quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Lição 3 – Homem: Criatura de Deus, por Paulo Penno

Para 13 a 20 de outubro de 2012


"Restaurações" muitas vezes parecem melhores e desempenham mais eficientemente (*suas finalidades) do que os "originais". O ser humano criado "à imagem de Deus" (Gên. 1:27). A escolha para arruinar-se, por causa da rebelião intencional contra Deus, quase obliterou essa imagem. É somente através da verdade da "purificação do santuário", tão vividamente proclamada na mensagem de 1888, que o nosso Irmão mais velho restaura a imagem de Deus, com a aprovação final do "selo de Deus".
De todos os seres criados de Deus, apenas o "homem” (“homem e mulher”), foi criado "à imagem de Deus" (*Gên. 1:27). Os animais têm mentes, mas não moral. Os anjos têm inteligência e ética, mas eles não podem procriar. Deus concedeu ao “homem e mulher,” a capacidade de escolher e desenvolver o caráter, e a participar com Ele em trazer novas vidas ao mundo.
A essência de "Deus é amor [Ágape]”, a divina auto-abnegação em serviço a todos os outros (1ª João 4:8). O inocente "Adão" estava vestido com uma "vestimenta de luz", irradiando o divinamente dotado Ágape.1
A idade da inocência-Ágape passou ao Adão e Eva tentarem "astutamente" se tornarem "deuses, sabendo o bem e o mal” (Gên. 3:5). Eles foram agora expostos à nudez de seu próprio egoísmo. A culpa foi além de sua capacidade de lidar. Eles sentiram-se morrendo de auto-condenação. A fim de se salvarem a si mesmos, cobriram sua nudez com vestes de vegetação feitas por eles mesmos.
O pecado de extorquir seu Criador era tão arrogante e rebelde que, a fim de preservar o ego, criou uma "guarda" para reprimir a culpa do assassinato, de modo que era inconsciente. "Eles não se importaram de ter conhecimento de Deus" (Rom. 1:28). Eles queriam que Deus morresse e ficasse fora de suas vidas. "A inclinação da carne é inimizade contra Deus, pois não é sujeita à lei de Deus" (Rom. 8:7).
"Adão" não buscou a Deus. Ele se escondeu. Deus o "chamou”. Assim começou a "restauração" da humanidade. "Deus fez túnicas de peles, e os vestiu" (Gên. 3:21). Eles não se arrependeram e nem pediram perdão. Deus viu a sua necessidade. Ele os "resgatou ... com o precioso sangue de Cristo, como de um cordeiro, ... conhecido ainda antes da fundação do mundo" (1ª Pedro 1:18-20). Deus perdoou o pecado do mundo, antes que alguém Lhe pedisse isso. "Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem" (Lucas 23:34).2
Aqui reside o grande, vasto, desconhecido pecado, não só do mundo, mas da igreja de Deus dos últimos dias, Laodicéia. Há algo que ela "não sabe" e é que ela é "miserável", "desgraçado", "pobres", "cego", "e nu" (Apoc. 3:17). Enterrado profundamente dentro dos reprimidos bancos da memória das mentes adventistas está a culpa pelo assassinato do Filho de Deus; e esta "inimizade" se levanta contra a obra sacerdotal de Cristo de ministrar a cruz para os corações resistentes.
Em 1888 Cristo enviou "mensageiros" para encorajar "o Cordeiro que foi morto" "o sacrifício pelos pecados de todo o mundo." "A eficácia, eficiência do sangue de Cristo foi ... apresentada", "a eficácia, eficiência deste sacrifício expiatório"3. Aqui está a dinâmica da mensagem de 1888 — a cruz e a verdade da purificação do santuário. O "sacrifício expiatório" já é eficaz antes que alguém creia.4 (*Preste atenção na sua) respiração, ela é prova de que Jesus te salvou da segunda morte, porque se Ele não tivesse nos salvado dela, estaríamos todos mortos agora. Então nunca pense que a morte de Jesus não seja eficaz para todos os indivíduos no mundo.
O Salvador veio à conferência de 1888 com uma mensagem de Sua cruz, capaz de reconciliar corações, e Ele, na pessoa dos mensageiros, foi rejeitado e ridicularizado como os judeus O trataram a 2.000 anos atrás.5 Havia profundo e inconsciente ódio por Cristo.6 Essa mesma resistência pela mensagem de 1888 foi passada através de gerações até hoje, sempre que o tema é trazido à tona, há animosidade nos corações de muitos. Foram os adventistas históricos naquela época, e hoje, que dizem que não precisam desta crendice fácil, esta religião do Exército da Salvação. A lei de Deus e as profecias são o centro da nossa mensagem de evangelismo integral.
Nunca o ódio do povo de Deus contra Seu Filho foi tão marcante, amargo, e irracional; vem diretamente das artimanhas do inimigo! Nunca na história desta terra tem sido Cristo tão cruelmente "desprezado, e O mais rejeitado entre os homens", como Ele é hoje (Isa. 53:3). A história de Jesus é a saga da eternidade. Na medida em que o universo está repleto de seres inteligentes (*não caidos), eles se maravilham de que pessoas criadas à imagem de Deus, e redimidos pelo Seu amor, podem ser tão diabólicos em sua animosidade para com o Filho de Deus.
Agora, o mundo está em um novo relacionamento com o trono de Deus, nunca antes conhecido no seu passado: nós viemos para a hora do Dia da Expiação cósmica. Pela redenção de Cristo da raça perdida também vem a restauração da imagem de Deus no homem, também conhecida como santificação. É a hora em que a Escritura, há muito tempo disse que é o momento em que o arrependimento pela rejeição e crucificação do Filho de Deus deve tornar-se completa e um povo finalmente ser totalmente reconciliado, de coração, com a justiça de Deus.
Uma das metáforas vivas que descreve esta "expiação" (ou o ato de estar com Ele “em-uma-mente”), é a "noiva" fazendo-se pronta para "o casamento do Cordeiro" (Apoc. 19:1-8). Fora da raça humana que é corporativamente culpada dessa rejeição de Cristo vem (ou virá) um "remanescente" tão intimamente reconciliado com Cristo como uma noiva pode ser com o seu marido.
Ao mesmo tempo ao esta "expiação" estar em processamento, os da raça humana que a rejeitam irão crucificá-Lo "de novo" em um frenesi final do ódio a Deus. O grande dia da expiação é a hora para alguns serem totalmente reconciliados com Deus, e também a hora do "juízo" para aqueles que escolhem, finalmente, des-acreditar do Filho de Deus.
A mensagem de 1888 corretamente discernida é o "início" do "alto clamor." Os terrores aparentes da mensagem do terceiro anjo são transcendidos por sua amigável proclamação da graça. A advertência contra a marca da besta é, na realidade, a Boa Nova de que o Senhor está tentando o Seu melhor para convencer-nos a receber o selo de Deus. Aqui está a preocupação primordial da mensagem de 1888 — vamos parar de resistir a esta graça que está fluindo neste momento! Deixe Cristo, fazer o que Ele quer muito realizar — salvar-nos "completamente." Nós chegamos (*a este tempo).

Paul E. Penno

 
Paulo Penno é pastor evangelista da igreja adventista na cidade de Hayward, na Califórnia, EUA, da Associação Norte Californiana da IASD, localizada no endereço 26400, Gading Road, Hayward, Telefone: 001 XX (510) 782-3422. Ele foi ordenado ao ministério há 38 anos. Após o curso de teologia ele fez mestrado na Universidade de Andrews. Recentemente ele preparou uma extensiva antologia dos escritos de Alonzo T. Jones e Ellet J. Waggoner, a qual está incluída na Compreensiva Pesquisa dos Escritos de Ellen G. White. Recentemente também ele escreveu o livro “O Calvário no Sinai: A Lei e os Concertos na História da Igreja Adventista do 7º Dia,” e, ao longo dos anos, escreveu muitos artigos sobre vários conceitos da mensagem de 1888. O pai dele, Paul Penno foi também pastor da igreja adventista, assim nós usualmente escrevemos seu nome: Paul E. Penno Junior. Você pode vê-lo, no You Tube, semanalmente, explanando a lição da semana seguinte na igreja adventista de Hayward, na Califórnia, em



Notas (Dos Escritos de Ellen G. White):
1) Eventos Finais, pág. 249.
2) "Aquela oração de Cristo por Seus inimigos abrangia o mundo inteiro. Envolvia todo pecador que já viveu ou viria ainda a viver, desde o começo do mundo, até o fim dos tempos. Pessa sobre todos a culpa de crucificar o Filho de Deus" (O Desejado de Todas as Nações, pág. 745).
3) Testemunhos para Ministros e Obreiros Evangélicos, pág. 92.
4) "A expiação de Cristo não foi feita para induzir Deus a amar aqueles que Ele de outra forma, odiava, ela não foi feita para produzir um amor que não existia, mas foi feita como uma manifestação do amor que já existia no coração de Deus ... Nós não devemos entreter a idéia de que Deus nos ama porque Cristo morreu por nós ... A morte de Cristo era conveniente (*necessária), a fim de que a misericórdia pudesse chegar até nós com seu completo poder de perdão, e ao mesmo tempo que a justiça pudesse ser satisfeita no justo substitutivo" ("Cristo, Nossa Completa Salvação" (Signs of the Times, de 30 de maio 1895).
5) "Veio vividamente diante de mim que os mesmos atos que o divino Redentor experimentou quando Ele estave neste mundo, um homem de dores e experimentado no sofrimento, estão sendo repetidos por professos seguidores de Cristo hoje. ... Esta reunião [Minneapolis] tem sido a mais triste experiência da minha vida" (Materiais de Ellen G. White sobre 1888, vol. 1, págs. 176, 179; MS 21, 1888).
6) "Vi que Jones e Waggoner tiveram sua contrapartida em Josué e Calebe. Como os filhos de Israel apedrejaram os espias com pedras literais, vós apedrejastes esses irmãos com pedras de sarcasmo e ridículo. Vi que vós voluntariamente rejeitastes o que sabíeis ser a verdade. Apenas porque ela era por demais humilhante para a vossa dignidade. Vi alguns de vós em vossas tendas arremedando e fazendo toda a sorte de galhofas desses dois irmãos. Vi também que se tivéssemos aceito a mensagem deles teríamos estado no reino após dois anos daquela data, mas agora temos de retornar ao deserto e ficar mais 40 anos." (E. White, escrito da cidade de Melbourne, capital do estado de Vitória, na Austrália, em 9 de maio de 1892).
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