quarta-feira, 1 de junho de 2011

Lição 10, As Roupas Novas do Pródigo, por Raul Diaz.

Para 28 de maio a 4 de junho de 2011


O jovem Tiago foi a uma loja comprar um iPad, o custo médio do qual é de aproximadamente R$ 1.500,00. Ao final da transação, ele tinha um iPad, mas menos mil e quinhentos reais no bolso. Consequentemente, não será capaz de comprar outras coisas com aqueles R$ 1.500,00, pois o dinheiro não era mais seu. Você vê, a fim de obter algo de valor, Tiago teve de suportar uma perda. Para ele, o ganho do IPad valeu a pena a perda do dinheiro. Se ele achasse que os R$ 1.500,00 valiam mais do que o IPad, ele (*não teria comprado o IPad, e) teria mantido o dinheiro.

Todo dia tomamos decisões baseadas naquilo que achamos que é de valor. Então, nós trocamos o que achamos que vale a pena perder para ganhar o que achamos que é mais importante. Um pai sai para trabalhar e troca habilidade, tempo e esforço por dinheiro. O tempo gasto no trabalho é o tempo que ele não pode dar a seu cônjuge e filhos, (*mas), com o dinheiro que ele recebe, compra alimentos, vestuário, abrigo e outras necessidades. Para ganhar dinheiro, perde tempo; para obter comida e abrigo ele perde dinheiro. A idéia é: para ganhar, você tem que perder. E, em cada escolha que fazemos, há perdas e ganhos.

A pergunta é esta: será que o ganho vale à pena a perda? A Escritura diz: "Porque aquele que quiser salvar a sua vida perdê-la-á, e quem perder a sua vida por amor de Mim, achá-la-á. Pois que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro se perder sua alma? Ou que dará o homem em recompensa da sua alma?" (Mateus 16:25, 26). Qual é o valor, ou o preço de uma alma?

Jesus falou muitas parábolas para ensinar-nos os valores do Seu Pai. Hoje, vamos olhar para a parábola do Filho Pródigo, a partir da perspectiva do que cada personagem perdeu ou ganhou. Esta (*análise) deve levar-nos a um exame mais detalhado dos nossos próprios valores. Precisamos ver se eles estão em alinhamento com os valores de Deus.

No começo da história, o filho mais novo pede ao pai “sua” herança a fim de que ele possa sair da casa de seu pai para viajar e viver como lhe apraz. Com tristeza, o pai condescende, Lucas 15: 11-14. O que o filho mais novo espera ganhar com o seu pedido? Ele queria os recursos para desfrutar de uma suposta liberdade das restrições de seu pai. Para ele, essa liberdade era mais valiosa que a companhia do irmão mais velho, e mesmo o abrigo e proteção de seu pai. Infelizmente, o filho mais novo não tinha conhecimento de suas maiores perdas.

Ele não compreende nem valoriza o amor de seu pai. Em contrapartida, o pai não só perdeu seus bens, perdeu um filho. Para ele, esta foi a maior perda. Agora, o irmão mais velho sofreu duas perdas — ele perdeu seu irmão e uma parte de sua herança. O que descobrimos mais tarde na parábola, é que, na perspectiva do irmão mais velho, sua maior perda não era seu irmão, mas sua herança.

Na segunda parte da história o filho mais novo perde tudo, e encontra um trabalho abominável ganhando muito pouco. (*mas mesmo ali Deus não o abandonou1. O Espírito Santo trabalhava com ele.) Ele decide voltar para casa para pedir perdão a seu pai. Ele está disposto a trabalhar como empregado de seu pai e estava interessado em ganhar comida e abrigo, enquanto o pai ganharia um empregado. No entanto, quando o pai o viu o se aproximando, do lar, correu ao seu encontro e abraçou-o carinhosamente, restabelecendo-o, ato contínuo, ao seu antigo lugar na família, Lucas 15: 15 a 24). O Pai reconquistou seu filho. Se houvesse uma perda não lhe importava, porque, a recuperação de seu filho a ofuscava. O filho mais novo ganha mais do que o previsto. Ele recebeu a graça, a misericórdia, o perdão e a reconciliação. O maior ganho foi experimentar o amor (*Ágape, incondicional) de seu pai.

Na terceira parte da história, o filho mais velho censura o pai por receber seu irmão, Lucas 15: 25 a 31. Aos seus olhos, ganhar novamente o irmão significa perder mais da herança do pai. Para o filho mais velho, nada é mais importante que a sua herança. É mais importante que seu irmão. Tanto quanto ele estava preocupado, ele nada ganhou com o retorno de seu irmão rebelde. Infelizmente, o irmão mais velho estava inconsciente de sua maior perda: a de realmente não experimentar o amor de seu pai.

Será que conhecemos o amor do nosso Pai Celestial? Talvez se a gente entendesse o que Ele perdeu para nos ganhar (de novo), entenderíamos melhor o Seu amor. Quanto Deus deu por nós? (*Tudo, o céu se esvaziou). Nosso Pai nos amou tanto que Ele estava disposto a pagar muito mais do que nós intrinsecamente valemos Nosso Pai, estava prestes a perder tudo para readquirir-nos.

Quando Adão e Eva pecaram, o Pai perdeu tanto essa terra como Seus Filhos. Porque Deus amou o mundo, Ele concordou, nos concílios do Céu, que Cristo viria e os salvaria se eles pecassem, João 3:16. Portanto, o Filho foi morto desde a fundação do mundo, Apocalipse 13:8, A decisão tomada foi que Jesus iria morrer eternamente, (*isto é, morreria a segunda morte) para que (*não precisássemos padecê-la) e pudéssemos viver eternamente com Ele. Se Ele tivesse êxito em sua missão, então o Pai iria recuperar o que havia perdido.

No entanto, se Ele falhasse, os riscos seriam maiores — tudo estaria perdido. De qualquer forma, haveria uma perda. Quando Abraão demonstrou que estava disposto a perder seu filho Isaac, a fim de ganhar a Cristo, o Senhor (cf. Gên. 22:15 - 18), jurou, por Si mesmo, que ... "em tua semente todas as nações da Terra serão abençoadas."

Ao jurar por Ele mesmo, o Senhor colocou-Se como o Fiador e, Garantia. Arriscou tudo. Se o plano falhasse, Deus perderia tudo. Por este ato de amor, Deus mostrou que Ele prefere morrer do que viver sem nós. O Senhor coloca esse grande valor em nós. Quanto valor nós damos a Ele? Se O estimarmos, vamos responder como Paulo em Filipenses 3:7-10:

Mas o que para mim era ganho, reputei-o perda por Cristo. E, na verdade, tenho também por perda, todas as coisas, pela excelência do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor; pelo qual sofri a perda de todas estas coisas, e as considero como escória, para que possa ganhar a Cristo e seja achado nEle, não tendo a minha própria justiça que vem da lei, mas a que vem pela fé em Cristo,a saber, a justiça que vem de Deus pela fé: para que eu possa conhecê-Lo, e o poder da Sua ressurreição, e à comunhão de Seus sofrimentos, sendo feito conforme à Sua morte” (KJV).

Que possamos permitir Deus implantar em nós o princípio de dar tudo para ganhar as almas de outros!


- Raul Diaz

O irmão Raul Diaz é um membro da Igreja adventista da cidade de Monte Vernon, no estado de Illinois, perto de Chicago. Ele atua em diversos departamentos da igreja, prega em diferentes ocasiões e locais, e ensina a lição da escola sabatina em sua unidade evangelizadora em sua igreja local — Seventh-day Adventist church, na cidade de Mt Vernon, Illinois, localizada no endereço: 12831 N. Norton, Dr. Mount Vernon, Il. 62864-8231, U.S.A, Tel.: 001 XX (618) 244-7064, endereço eletrônico: www.mtvernonadventist.org



Nota do tradutor, (Para a lição 10 do 2ª trim. / 2011, O Filho pródigo):

Esta nota não é apenas uma curiosidade.

Mesmo nas piores circunstâncias Deus não abandona Seus filhos.

Lucas 15: 16, “desejava enche o seu estomago com as bolotas que os porcos comiam”, (Alm Fiel); “desejava enche o seu estomago com as alfarrobas que os porcos comiam” (Alm. Rev. e Atualiz ); “he would fain have filled his belly whith the husks that the swine did eat” (KJV).

De acordo com o Comentário Bíblico, vol. 5, da série SDABC, pág. 819, husks são vagens da árvore chamada alfarrobeira (Carob, em inglês), cientificamente nomeada Ceratonia siliqua, da família das leguminosas). A vagem é também chamada de “gafanhoto”, ou, popularmente conhecida como “pão de São João”, devido à tradição de que era parte da dieta de João Batista.

Mat. 3: 4, “João. ... Seu alimento era gafanhotos e de mel silvestre” (Alm. Fiel); “João ... alimentava-se de gafanhotos e de mel silvestre” (Almeida Revista e Atualizada), cf. Marcos 1: 6.

Nas págs. 303 e 304, da obra acima citada, lemos, “De acordo com a lei de Moises certos tipos de gafanhotos são animais limpos (Lev. 11: 22), e seria, portanto, permissível na dieta de um judeu. ... Mas desde os tempos primitivos do cristianismo nos vem uma tradição, muito difundida, enfática, e persistente, de que Mateus e Lucas ... se referiam a um outro alimento que não um inseto. A vagem da alfarrobeira parece ser a mais óbvia base, com evidência linguística e antropológica. ... Incidentalmente, em inglês, a vagem da alfarrobeira é comumente conhecida como gafanhoto, e suas castanhas (sementes) são popularmente chamadas de “pão de São João”. É relatado que comerciantes ingleses de grãos dizem alimentar o gado com vagens da alfarrobeira sob o nome de ‘gafanhotos’”.

Voltando à pág. 819, da obra acima citada, lemos:

“Depois de removidas as sementes para consumo humano as cascas da vagem são usadas para forragem de animais domésticos.”

E na página 304, nos é dito que as sementes “podem ser comidas cruas, cozidas, ou moídas, e, da farinha, se pode fazer pão. Embora não particularmente saborosa e agradável ao paladar, tem um substancial valor nutritivo, e tem sido, por longo tempo, um alimento básico das classes pobres do oriente médio.”

Assim o alimento dos porcos na parábola do filho pródigo não nos parece ser lavagem. Era um alimento altamente nutritivo, mas o filho pródigo possivelmente estava enjoado e enfastiado e não gostava dele. Também certamente estava humilhado pela função que exercia, e desejou as comidas saborosas e bem temperadas da casa do pai. Era, sem dúvida uma decisão egoística, e, via de regra, todos nós vamos inicialmente a Deus por interesses próprios, tais como, por estarmos cansados deste mundo de pecado, e até mesmo por desejarmos rever um ente querido que perdemos; mas é o Espírito Santo que, depois, nos dá uma verdadeira conversão e nos conduz, dia a dia à santificação. Nós procuramos nossos interesses; o Ágape do Pai busca reconquistar o objeto de Seu amor: nós.

A seguir você tem uma ilustração da árvore alfarrobeira.

Eu conheci esta árvore em San Diego na Califórnia, nos jardins da clínica naturalista Optimum Health Institute of San Diego, localizada no endereço 6970 Central Avenue Lemon Grove, CA 91945, Phone: 001 (800) 993-4325 Endereço eletrônico: www.optimumhealth.org, www.yelp.com/.../optimum-health-institute-lemon-grove

Tenha um feliz sábado .João Soares da Silveira



A ALFARROBEIRA: No quadro a seguir você vê um galho da alfarrobeira (letra “A”). Em destaque (letra “B”) a flor, cujas hastes externas (B1) são as flores masculinas e a central (B2) a feminina. O fruto (letra “C”) com a vagem seca, silíqua, com um corte transversal mostrando as sementes.