Para 28 de maio a 4 de junho de 2011
O jovem Tiago foi a uma loja comprar um iPad, o custo médio do qual é de aproximadamente R$ 1.500,00. Ao final da transação, ele tinha um iPad, mas menos mil e quinhentos reais no bolso. Consequentemente, não será capaz de comprar outras coisas com aqueles R$ 1.500,00, pois o dinheiro não era mais seu. Você vê, a fim de obter algo de valor, Tiago teve de suportar uma perda. Para ele, o ganho do IPad valeu a pena a perda do dinheiro. Se ele achasse que os R$ 1.500,00 valiam mais do que o IPad, ele (*não teria comprado o IPad, e) teria mantido o dinheiro.
Todo dia tomamos decisões baseadas naquilo que achamos que é de valor. Então, nós trocamos o que achamos que vale a pena perder para ganhar o que achamos que é mais importante. Um pai sai para trabalhar e troca habilidade, tempo e esforço por dinheiro. O tempo gasto no trabalho é o tempo que ele não pode dar a seu cônjuge e filhos, (*mas), com o dinheiro que ele recebe, compra alimentos, vestuário, abrigo e outras necessidades. Para ganhar dinheiro, perde tempo; para obter comida e abrigo ele perde dinheiro. A idéia é: para ganhar, você tem que perder. E, em cada escolha que fazemos, há perdas e ganhos.
A pergunta é esta: será que o ganho vale à pena a perda? A Escritura diz: "Porque aquele que quiser salvar a sua vida perdê-la-á, e quem perder a sua vida por amor de Mim, achá-la-á. Pois que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro se perder sua alma? Ou que dará o homem em recompensa da sua alma?" (Mateus 16:25, 26). Qual é o valor, ou o preço de uma alma?
Jesus falou muitas parábolas para ensinar-nos os valores do Seu Pai. Hoje, vamos olhar para a parábola do Filho Pródigo, a partir da perspectiva do que cada personagem perdeu ou ganhou. Esta (*análise) deve levar-nos a um exame mais detalhado dos nossos próprios valores. Precisamos ver se eles estão em alinhamento com os valores de Deus.
No começo da história, o filho mais novo pede ao pai “sua” herança a fim de que ele possa sair da casa de seu pai para viajar e viver como lhe apraz. Com tristeza, o pai condescende, Lucas 15: 11-14. O que o filho mais novo espera ganhar com o seu pedido? Ele queria os recursos para desfrutar de uma suposta liberdade das restrições de seu pai. Para ele, essa liberdade era mais valiosa que a companhia do irmão mais velho, e mesmo o abrigo e proteção de seu pai. Infelizmente, o filho mais novo não tinha conhecimento de suas maiores perdas.
Ele não compreende nem valoriza o amor de seu pai. Em contrapartida, o pai não só perdeu seus bens, perdeu um filho. Para ele, esta foi a maior perda. Agora, o irmão mais velho sofreu duas perdas — ele perdeu seu irmão e uma parte de sua herança. O que descobrimos mais tarde na parábola, é que, na perspectiva do irmão mais velho, sua maior perda não era seu irmão, mas sua herança.
Na segunda parte da história o filho mais novo perde tudo, e encontra um trabalho abominável ganhando muito pouco. (*mas mesmo ali Deus não o abandonou1. O Espírito Santo trabalhava com ele.) Ele decide voltar para casa para pedir perdão a seu pai. Ele está disposto a trabalhar como empregado de seu pai e estava interessado em ganhar comida e abrigo, enquanto o pai ganharia um empregado. No entanto, quando o pai o viu o se aproximando, do lar, correu ao seu encontro e abraçou-o carinhosamente, restabelecendo-o, ato contínuo, ao seu antigo lugar na família, Lucas 15:
Na terceira parte da história, o filho mais velho censura o pai por receber seu irmão, Lucas 15:
Será que conhecemos o amor do nosso Pai Celestial? Talvez se a gente entendesse o que Ele perdeu para nos ganhar (de novo), entenderíamos melhor o Seu amor. Quanto Deus deu por nós? (*Tudo, o céu se esvaziou). Nosso Pai nos amou tanto que Ele estava disposto a pagar muito mais do que nós intrinsecamente valemos Nosso Pai, estava prestes a perder tudo para readquirir-nos.
Quando Adão e Eva pecaram, o Pai perdeu tanto essa terra como Seus Filhos. Porque Deus amou o mundo, Ele concordou, nos concílios do Céu, que Cristo viria e os salvaria se eles pecassem, João 3:16. Portanto, o Filho foi morto desde a fundação do mundo, Apocalipse 13:8, A decisão tomada foi que Jesus iria morrer eternamente, (*isto é, morreria a segunda morte) para que (*não precisássemos padecê-la) e pudéssemos viver eternamente com Ele. Se Ele tivesse êxito em sua missão, então o Pai iria recuperar o que havia perdido.
No entanto, se Ele falhasse, os riscos seriam maiores — tudo estaria perdido. De qualquer forma, haveria uma perda. Quando Abraão demonstrou que estava disposto a perder seu filho Isaac, a fim de ganhar a Cristo, o Senhor (cf. Gên. 22:15 - 18), jurou, por Si mesmo, que ... "em tua semente todas as nações da Terra serão abençoadas."
Ao jurar por Ele mesmo, o Senhor colocou-Se como o Fiador e, Garantia. Arriscou tudo. Se o plano falhasse, Deus perderia tudo. Por este ato de amor, Deus mostrou que Ele prefere morrer do que viver sem nós. O Senhor coloca esse grande valor
“Mas o que para mim era ganho, reputei-o perda por Cristo. E, na verdade, tenho também por perda, todas as coisas, pela excelência do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor; pelo qual sofri a perda de todas estas coisas, e as considero como escória, para que possa ganhar a Cristo e seja achado nEle, não tendo a minha própria justiça que vem da lei, mas a que vem pela fé em Cristo,a saber, a justiça que vem de Deus pela fé: para que eu possa conhecê-Lo, e o poder da Sua ressurreição, e à comunhão de Seus sofrimentos, sendo feito conforme à Sua morte” (KJV).
Que possamos permitir Deus implantar em nós o princípio de dar tudo para ganhar as almas de outros!
- Raul Diaz
O irmão Raul Diaz é um membro da Igreja adventista da cidade de Monte Vernon, no estado de Illinois, perto de Chicago. Ele atua em diversos departamentos da igreja, prega em diferentes ocasiões e locais, e ensina a lição da escola sabatina em sua unidade evangelizadora em sua igreja local — Seventh-day Adventist church, na cidade de Mt Vernon, Illinois, localizada no endereço: 12831 N. Norton, Dr. Mount Vernon, Il. 62864-8231, U.S.A, Tel.: 001 XX (618) 244-7064, endereço eletrônico: www.mtvernonadventist.org
Nota do tradutor, (Para a lição 10 do 2ª trim. / 2011, O Filho pródigo):
Esta nota não é apenas uma curiosidade.
Mesmo nas piores circunstâncias Deus não abandona Seus filhos.
Lucas 15: 16, “desejava enche o seu estomago com as bolotas que os porcos comiam”, (Alm Fiel); “desejava enche o seu estomago com as alfarrobas que os porcos comiam” (Alm. Rev. e Atualiz ); “he would fain have filled his belly whith the husks that the swine did eat” (KJV).
De acordo com o Comentário Bíblico, vol. 5, da série SDABC, pág. 819, husks são vagens da árvore chamada alfarrobeira (Carob, em inglês), cientificamente nomeada Ceratonia siliqua, da família das leguminosas). A vagem é também chamada de “gafanhoto”, ou, popularmente conhecida como “pão de São João”, devido à tradição de que era parte da dieta de João Batista.
Mat. 3: 4, “João. ... Seu alimento era gafanhotos e de mel silvestre” (Alm. Fiel); “João ... alimentava-se de gafanhotos e de mel silvestre” (Almeida Revista e Atualizada), cf. Marcos 1: 6.
Nas págs. 303 e 304, da obra acima citada, lemos, “De acordo com a lei de Moises certos tipos de gafanhotos são animais limpos (Lev. 11: 22), e seria, portanto, permissível na dieta de um judeu. ... Mas desde os tempos primitivos do cristianismo nos vem uma tradição, muito difundida, enfática, e persistente, de que Mateus e Lucas ... se referiam a um outro alimento que não um inseto. A vagem da alfarrobeira parece ser a mais óbvia base, com evidência linguística e antropológica. ... Incidentalmente, em inglês, a vagem da alfarrobeira é comumente conhecida como gafanhoto, e suas castanhas (sementes) são popularmente chamadas de “pão de São João”. É relatado que comerciantes ingleses de grãos dizem alimentar o gado com vagens da alfarrobeira sob o nome de ‘gafanhotos’”.
Voltando à pág. 819, da obra acima citada, lemos:
“Depois de removidas as sementes para consumo humano as cascas da vagem são usadas para forragem de animais domésticos.”
E na página 304, nos é dito que as sementes “podem ser comidas cruas, cozidas, ou moídas, e, da farinha, se pode fazer pão. Embora não particularmente saborosa e agradável ao paladar, tem um substancial valor nutritivo, e tem sido, por longo tempo, um alimento básico das classes pobres do oriente médio.”
Assim o alimento dos porcos na parábola do filho pródigo não nos parece ser lavagem. Era um alimento altamente nutritivo, mas o filho pródigo possivelmente estava enjoado e enfastiado e não gostava dele. Também certamente estava humilhado pela função que exercia, e desejou as comidas saborosas e bem temperadas da casa do pai. Era, sem dúvida uma decisão egoística, e, via de regra, todos nós vamos inicialmente a Deus por interesses próprios, tais como, por estarmos cansados deste mundo de pecado, e até mesmo por desejarmos rever um ente querido que perdemos; mas é o Espírito Santo que, depois, nos dá uma verdadeira conversão e nos conduz, dia a dia à santificação. Nós procuramos nossos interesses; o Ágape do Pai busca reconquistar o objeto de Seu amor: nós.
A seguir você tem uma ilustração da árvore alfarrobeira.
Eu conheci esta árvore
Tenha um feliz sábado .João Soares da Silveira
A ALFARROBEIRA: No quadro a seguir você vê um galho da alfarrobeira (letra “A”). Em destaque (letra “B”) a flor, cujas hastes externas (B1) são as flores masculinas e a central (B2) a feminina. O fruto (letra “C”) com a vagem seca, silíqua, com um corte transversal mostrando as sementes.