quinta-feira, 16 de junho de 2011

Lição 12, Mais Imagens de Vestes, por Paul Penno

Para 11 a 18 de junho de 2011

(*Na lição de domingo vemos que a mulher ouvira) as "boas novas" sobre Jesus, "o Salvador do mundo," o que emocionou seu coração. "Ouvindo falar de Jesus" (Marcos 5:27), "ela chegou à beira-mar, onde Ele estava ensinando” (O Desejado de Todas as Nações, pág. 343). O Salvador estava a par dessa mulher muito antes de seu encontro no meio da multidão. "Ele chegou perto de onde ela se achava. Ali estava a áurea oportunidade. Achava-se em presença do grande Médico!” (ibidem)

Ela “dizia: Se tão-somente tocar nas Suas vestes, sararei" (Marcos 5:28). Cristo tinha uma identificação comum com ela em sua humanidade. Ele simpatizava com a mulher na sua condição de doente. Ele incorporou a mulher em Sua vida divina infinita, e submergiu-Se em sua doença. Para ela, tocar Suas roupas era um ato de identificação com Cristo. Não foi algum tipo de ligação supersticiosa com as roupas que magicamente a curou. Para ela este toque significou uma união íntima (de coração) com o Salvador que afetaria a integridade não só física, mas mental e espiritualmente.

Instantaneamente a hemorragia cessou. A morte havia sido revertida por força vivificante do Salvador.

Todas as pessoas em torno de Jesus queriam estar associadas com Ele. Eles tinham "fé nominal" no "Salvador do mundo" (O Desejado de Todas as Nações, pág. 347).

A fé dela não era um medo covarde motivado por uma insegurança centrada em si mesma. Fé genuína manifesta um "medo" saudável — reverência — que é motivado por Ágape. Foi gratidão originária de um coração doente e rebelde que tinha sido agora totalmente reconciliado com o Salvador. Ela "disse-Lhe toda a verdade" sobre seu próprio caso (Marcos 5:33). Sua confissão da verdade sobre sua vida estava de acordo com a avaliação de Deus. (*“Aqueles que recebem a Cristo se unem a Deus em concerto,” O Desejado de Todas as Nações, pág. 347) Ela manifestou verdadeiro arrependimento e mudança de vida (*“a alma se torna uma força vitoriosa,” ibidem).

Ele disse a Maria Madalena: “a tua fé te salvou, vai-te em paz" (Lucas 7:50). "A fé é realmente identificação com Ele, em união com Ele, permanecendo nele" (Robert J. Wieland, no devocional "Dial Daily Bread," na internet, em 3 de maio de 1999). Quando Jesus disse à mulher que foi curada, "Filha, a tua fé te salvou; vai em paz" (Marcos 5:34), Ele removeu os pecados dela e restaurou seu alienado coração a Deus, e só isto é que traz a paz. Este é o significado de Suas palavras a Maria Madalena: “Teus pecados te são perdoados" (Lucas 7:48). Qualquer pessoa que realmente reconhece que os seus pecados são perdoados, sabe que a paz com Deus chegou. As hostilidades cessaram.

A mensagem de 1888, de justificação pela fé, foi uma identificação reconciliadora de coração com O Crucificado, que ministra como nosso Sumo Sacerdote no santuário celestial. Este é o começo da chuva serôdia (Mensagens Escolhidas, livro 1, pág. 363). A mulher curada por Jesus foi um exemplo singular de tal indivíduo, restituído à sua integridade.

Por que Jesus morreu na Sua cruz? A resposta popular é: “Ele morreu como um substituto vicário1 por nossos pecados. Agora podemos ir livres”. Maravilhoso!

Durante a Guerra Civil Americana, você podia contratar um substituto para lutar e morrer em seu lugar, pagando (*US$ 300,00 ao governo, enquanto permanecia em casa ganhando dinheiro). Seu substituto contratado vicário sofreria e morreria, enquanto a família dele ia chorar. E você podia continuar em casa com sua família graças ao seu substituto.

É algo parecido com a sabedoria convencional (*evangélico-popular) sobre a expiação sacrifical. Jesus morreu em vez de você. Mas é uma forma infantil de pensar, porque o coração continua egocêntrico.

A Bíblia ensina "uma substituição compartilhada onde você, pessoalmente, se identifica com Cristo". (Robert J. Wieland, no devocional "Dial Daily Bread," na internet, em 25 de setembro de 2001) "Já estou crucificado com Cristo" (Gal. 2:20). "Se um morreu por todos, logo todos morreram" (2ª Coríntios 5:14). É identificação com Cristo, que transforma todos os nossos sofrimentos pessoais de serem auto-"lamúrias" para serem "as aflições de Cristo [que] são abundantes em nós" (2ª Coríntios 1:5). “Pela comunhão dos sofrimentos de Cristo somos levados a uma relação de intimidade com Ele.” (Caminho a Cristo, pág. 79).

O Grande Médico ama a igreja corporativa. Ele lhe dá um vestido de casamento para usar. Ela deve "aprontar-se" através da identificação com Cristo — "não se faça a Minha vontade, mas a Tua" (*Lucas 22:42). É uma solidariedade de coração com Seus diagnósticos da patética mornidão dela; a arrogância de auto-satisfação de suas vestes, e a compreensão da justificação pela fé.

Ela aprende as lições dos fracassos da história da igreja. Ela compreende que a recusa dela, do noivo, na história 1888, foi uma queda moral. "Deixando o primeiro amor é representado como uma queda espiritual. ... Em cada igreja em nossa terra, é necessário confissão, arrependimento e de reconversão. O desapontamento de Cristo está além da descrição" (Review and Herald, de 15 de dezembro de 1904). O "manto da justiça de Cristo" se torna algo mais. É agora a "veste nupcial" do seu Ágape maduro. Ela compreende "a largura, e o comprimento, e a altura e a profundidade e, do amor de Cristo, ... preenchido com toda a plenitude de Deus" (Efé. 3:18, 19).

"Você se identifica com Cristo, entrando para suas experiências por todo o caminho através da Sua vida, até mesmo à sua cruz. E nesse ponto final de identidade sua alma está intimamente unida. com a Sua alma como por uma chama quente branca de experiência compartilhada. "Já estou crucificado com Cristo" (Gal. 2:20), diz Paulo, e "longe esteja de mim gloriar-me, a não ser na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo" (6:14). O ponto de Cristo, de auto-humilhação, se torna seu. Você ajoelha-se com Ele no Getsêmani, você se une à Sua oração: "Não como eu quero, mas como Tu queres"; você render seus braços para ser pregado ao madeiro 'com Ele", você resisti às provocações e abusos dos líderes e do povo "nEle"; você derrama lágrimas com Ele: 'Por que me desamparaste?"

"Você não é mais uma criança impensada, pois vocês está consciente agora, você provou, com Ele o cálice amargo que Ele bebeu. Em Sua cruz Ele morreu a morte do pecador, Ele morreu como uma vítima da AIDS, uma vítima de câncer; Ele está no corredor da morte, "ao Ele estar pendurado na cruz, sangrando, espancado, impotente e abandonado, a última coisa com que Ele se parece é com Deus. Na verdade, Ele mal Se parece humano," diz um escritor pensativo. Ele que “não conheceu pecado, foi feito pecado por nós" (2ª Coríntios. 5:21). Você se junta a família real, identificando-se com Ele lá" (Robert J. Wieland, no devocional "Dial Daily Bread," na internet, em 17 de fevereiro de 2000).


—Paul E. Penno



Paulo Penno é pastor evangelista da igreja adventista da cidade de Hayward, na Califórnia, EUA, da Associação Norte Californiana da IASD, localizada no endereço 26400, Gading Road, Hayward, Telefone: 001 XX (510) 782-3422. Ele foi ordenado ao ministério há 38 anos. Após o curso de teologia ele fez mestrado na Universidade de Andrews. Recentemente ele preparou uma extensiva antologia dos escritos de A.T. Jones e E. J. Waggoner, a qual está incluída na Compreensiva Pesquisa dos Escritos de Ellen G. White. Recentemente também ele escreveu o livro “O Calvário no Sinai: A Lei e os Concertos na História da Ig. Adventista do 7º Dia,” e, ao longo dos anos, escreveu muitos artigos sobre vários conceitos da mensagem de 1888. O pai dele, Paul Penno foi também pastor da igreja adventista, assim nós usualmente escrevemos seu nome: Paul E. Penno Junior. Você pode vê-lo, no You Tube, semanalmente, explanando a lição na igreja adventista de Hayward, na Califórnia, em http://www.youtube.com/user/88denver99

NOTA do tradutor:

1) Vicário, ou vigário, do latim vicarius, significa: “que faz as vezes de outro” (dic. Inglês-português de Caldas Aulete); ou, “que atua no lugar de outro” (dic. Webster).

É verdade, “Cristo morreu por nós, segundo as escrituras” (1ª Cor. 15:3). “O Justo pelos injustos” (1ª Pedro 3:18). “O castigo que nos trás a paz estava sobre Ele, ... e o Senhor fez cair sobre Ele a iniquidade de nós todos” (Isaias 53: 5 e 6). Mas, é a idéia evangélica popular de “SUBSTITUIÇÃO” o que a Bíblia ensina? Ele é, sem dúvida, NOSSO DIVINO SUBSTITUTO, mas não no entendimento evangélico-popular.

O conceito de expiação substitucionária, presentemente ensinado pelo cristianismo evangélico popular, e mesmo por alguns adventistas, É O CONCEITO DE UMA TROCA DE EXPERIÊNCIA. E este pensamento não nos leva a um completo entendimento da profunda verdade da expiação, especialmente como ensinado pelo apóstolo Paulo.

Para entendermos o verdadeiro significado da expiação é preciso atentar para o fato de que Cristo não morreu de tal modo que nós, em troca, possamos viver; mas ELE MORREU E RESSUCITOU SENDO NÓS, A FIM DE QUE, PELA FÉ, NÓS POSSAMOS PARTICIPAR EM SUA MORTE E RESSURREIÇÃO. Ao assumir a nossa corpórea humanidade pecaminosa e condenada, que necessitava ser redimida, Cristo foi feito pecado, o que nós somos, a fim de que nós possamos ser feitos nEle, o que ELE É, JUSTIÇA DE DEUS (veja 2ª Cor. 5:21).

Ele é o segundo Adão. “A palavra Adão em cinco línguas orientais (hebraico, caldeu, siríaco, etíope e árabe) significa, primeiramente, o nome da espécie humana, principalmente na Bíblia” (dic. Webster).

Assim, CRISTO É A HUMANIDADE, e é por isso que ELE PODIA MORRER, COMO MORREU, A NOSSA SEGUNDA MORTE, a fim de que possamos ser identificados com Ele tanto na Sua morte como na Sua ressurreição. Isto é o que o nosso batismo significa (Veja Rom. 6:3-11).

Então, em quê a substituição vicária e a substituição real divergem? Veja:

A substituição vicária ensina uma TROCA DE EXPERIÊNCIA.

É a idéia evangélica popular, sendo que Bíblia e o Esp. de Profecia não usam nem uma única vez a palavra vicário

A substituição REAL, pregada pela mensagem de 1888, ensina uma EXPERIÊNCIA COMPARTILHADA.

Somente quando nós, pela fé, nos identificamos com a cruz de Cristo é que o evangelho se torna o poder de Deus para a salvação em nossas vidas (veja Gálatas 2:20 e 6:14). Este é o verdadeiro significado do batismo por imersão, que salva (veja Mar. 16: 15, 16).

Tenha um feliz sábado na sua audiência com Deus

João Soares da Silveira

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