sexta-feira, 10 de junho de 2011

Lição 11, As Vestes Nupciais, por Roberto Wieland

Para 4 a 11 de junho de 2011

Recusar o convite de casamento do Rei, como fizeram os judeus é um insulto, mas responder a um convite em nossos dias e, em seguida, recusar o presente das vestes do rei, é um ultraje ligeiramente ainda maior. Na lição de domingo, “relatando alguns dos últimos dias do ministério terrestre de Jesus sobre a terra,” e a dureza do coração dos judeus para receber a verdade, a pergunta é feita: "Existe alguma razão para pensar que, mesmo como adventistas do sétimo dia, vivendo com tanta luz, que somos muito diferentes?" A resposta tem que ser "Sim." Há uma verdade (ou "luz") que não pode ser negligenciada, especialmente para os adventistas do sétimo dia. É a verdade que separa nossa denominação das outras, a Boa Nova da purificação do santuário. Se não fosse pelo atual trabalho de nosso Sumo Sacerdote de purificação do santuário, no Dia nosso cósmico da Expiação, não haveria "veste nupcial".

"A parábola das bodas, Mateus 22: 2 -14, apresenta-nos uma lição da mais elevada importância [que é verdade presente!]. Pelas bodas é representada a união da humanidade com a divindade; a veste nupcial simboliza o caráter que precisa possuir todo aquele que há de ser considerado hóspede digno convidado para as bodas. Nesta parábola, ... são ilustrados o convite do evangelho, a sua rejeição pelo povo judeu, e o convite da graça aos gentios. Esta parábola, porém, apresenta maior ofensa da parte dos que rejeitam o convite, e juízo mais terrível. O chamado para o banquete é um convite real." ... "Quando o rei entrou para ver os convidados, foi revelado o verdadeiro caráter de todos. A cada um foi provido um vestido de bodas. Essa veste era uma dádiva do rei. Usando-a, os convidados demonstravam respeito ao doador da festa. ... A veste provida para ele [um dos convidados], com grande custo, desdenhou usar. Deste modo insultou seu senhor "(Parábolas de Jesus, págs. 307, 309).

"O homem que chegou à festa sem o traje nupcial representa a condição de muitos em nosso mundo hoje. ... Eles nunca sentiram o verdadeiro arrependimento pelo pecado. Eles não percebem a sua necessidade de Cristo ou de exercer fé nEle. ... Eles repousam sobre seus próprios méritos em vez de confiar em Cristo. ... Eles vieram ao banquete, mas não vestiram o manto da justiça de Cristo" (idem, pág. 315). A "verdade presente" nesta parábola encontra-se nas palavras de Ellen White acima, e nas palavras do Apocalipse: "Bem-aventurados aqueles que são chamados à ceia das bodas do Cordeiro." "Regozijemo-nos, e alegremo-nos, e demos-Lhe glória; porque vindas são as bodas do Cordeiro, e já a Sua esposa se aprontou" (Apoc. 19: 9 e 7).

Estes versos nos mostram, porque o dia das bodas ainda está no futuro, que Cristo é um Noivo decepcionado ansiando pelo dia de Seu casamento por vir. Sabemos que Ele não quer atrasar Sua segunda vinda, porque Ele ama o Seu povo que aprecia o seu sacrifício em seu favor e quer que eles estejam com Ele, João 14:3. Sabemos que Ele se solidariza com o sofrimento do Seu povo, Isaias 63: 8 e 9. Certamente é razoável entender que Ele deseja encerrar todos esses sofrimentos. Ele está esperando que o anjo celestial lhe diga: "Lança a tua foice, e sega; a hora de segar te é vinda" (Apocalipse 14:15).

A Bíblia inteira está cheia da idéia de que Ele nos ama, e se você ama alguém, você querer ficar com este alguém. A verdade mais importante não é nós mesmos, isto é, o quanto ansiamos por Sua segunda vinda, mas o quanto Ele deseja vir pela segunda vez! Tiago diz que Ele "silenciosamente aguarda Sua preciosa colheita" (1:7, Versão J. B. Phillips). Como um agricultor observando atentamente, dia-a-dia, a sua preciosa lavoura, ansiando pela colheita, assim Jesus anseia que Seu povo (Sua Noiva) se prepare para Sua vinda.

O que está causando esse atraso do dia do casamento? Pode Deus fazer alguma coisa para forçar sua adormecida "noiva" a se aprontar? Não, a onipotência de Deus deve ser contida: nunca um noivo vestiu a noiva para o casamento. Esse é o seu trabalho — "aprontar-se."

Uma noiva, (*normalmente) não "se apronta" para o casamento, se ela tem medo de seu noivo, e age sob coação dele. De fato, "o perfeito amor lança fora o medo" (1ª João 4:18), e a palavra usada aí para "amor" inclui o amor conjugal entre marido e esposa (cf. Efésios 5:25, grego, Ágape). Nada pode motivar a mulher a "fazer-se pronta" para um casamento, exceto uma apreciação de coração da parte dela pelo que ela perceba no seu noivo é o amor verdadeiro. Qualquer noiva em um tal casamento é uma pequena ilustração da igreja na última resposta para o Cordeiro de Deus, seu verdadeiro amor.

"O casamento do Cordeiro" é baseado no mesmo princípio. Nenhuma igreja nunca vai "fazer-se pronta" para se unir a Cristo a menos que ela tenha descoberto ”a largura, comprimento, profundidade e altura,” do amor que Ele tem por ela. Ser uma "mulher" de idade madura e maturada para o casamento (falando de maturidade espiritual), a Igreja virá para a posição em que "ela" vai crescer na vitória contra a mentalidade egocêntrica que tem caracterizado a sua suposta devoção a Ele.

A idéia da purificação do santuário de 1888 é uma Boa Nova melhor do que a maioria dos adventistas já pensaram que fosse. No início de 1890 Ellen White foi levada a escrever uma série de artigos para a Review and Herald, que ligava a idéia da justificação pela fé (*revelada) em1888 com a obra de Cristo no Santíssimo Apartamento (*do Santuário Celestial) (as edições foram de 21 de janeiro até 08 de abril de 1888, alguns trechos apresentamos a seguir):

"Estamos no dia da expiação, e estamos a trabalhar em harmonia com a obra de Cristo, na purificação do santuário dos pecados do povo. Que ninguém que deseje ser encontrado com o vestido nupcial, resista nosso Senhor em Seu ofício sumo-sacerdotal" (21 de janeiro).

"Cristo ... está purificando o santuário dos pecados do povo. Qual é o nosso trabalho? ... Estar em harmonia com a obra de Cristo" (28 de janeiro).

"Cristo está purificando o templo no céu dos pecados do povo, e devemos trabalhar em harmonia com Ele sobre a terra, limpando o templo da alma de sua contaminação moral" (11 de fevereiro).

"A Igreja adormecida deve ser despertada. ... O povo não tem entrado no lugar santíssimo. ... Há seca espiritual nas igrejas" (25 de fevereiro).

Você entendeu?

A purificação do santuário é obra que o Sumo Sacerdote está fazendo. Nós O deixamos fazê-la. E Ele a fará se nós não "Lhe resistirmos!" A veste de Seu caráter é dada a bons e maus durante o juízo investigativo, a fim de lhes vindicar. É deixado para que cada um escolha se ele / ela vai (*permitir Cristo) colocá-la (*sobre ele / ela). Pessoas do mundo inteiro estão despertando para a conscientização, que agora é o momento para essa resistência ao Sumo Sacerdote cessar! Todo o plano da salvação e o grande conflito entre Cristo e Satanás são dependentes de que a obra final de Cristo seja feita com sucesso.

A metáfora do casamento é a expressão mais profunda da expiação — a união da divindade com a humanidade (ver Parábolas de Jesus, acima). A veste do casamento é a expiação! A escolha de tê-la nos cobrindo é uma identificação com Cristo.

O Esposo celestial não vai ficar envergonhado diante do mundo e do universo. Receba o Seu presente — "a veste nupcial".

Compilado principalmente dos escritos de Robert J. Wieland



O irmão Roberto J. Wieland é um pastor adventista que foi, a vida inteira, missionário na África, em Nairobe e Kenia. É autor de inúmeros livros. Foi consultor editorial adventista do Sétimo Dia para a África. Ele deu sua vida pela África. Hoje, jubilado, vive na Califórnia, EUA, onde ainda é atuante na sua igreja local.

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