quinta-feira, 26 de junho de 2008

Lição 13 - Sua Volta Como Rei e Amigo

Ao revisamos as treze lições sobre Jesus, uma verdade magnífica sobre Ele emerge como importantíssima:

Ele Se deu a Si mesmo por nós. Deu-Se a Si mesmo completamente—esvaziou-Se, como lemos aqui: “Cristo Jesus sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus, mas esvaziou-Se a Si mesmo, (um homem e uma mulher lutarão até à morte para preservar a reputação!), e

“Tomou sobre Si a forma de servo, fazendo-Se semelhante aos homens; E, achado na forma de homem, humilhou-Se a Si mesmo, sendo obediente até à morte, e morte de cruz. Fil.2:5-8

Este autor, que escreve esta INTROSPECÇÃO, nasceu num lar luterano e cedo aprendeu amar a história de Martinho Lutero; ele tornou-se meu herói.

Então nos mudamos para um povoado onde não havia nenhuma igreja luterana, e tornamo-nos metodistas; e depois mudamos outra vez, e outra vez não havia nenhuma igreja luterana então tornamo-nos presbiterianos.

A igreja presbiteriana era a mais bonita no povoado, completa, com um órgão de tubos, que eu amei como criança. Eu nunca me esquecerei das paredes que tremiam com as notas grandiosas do baixo, ao cantamos, hinos como "Amor Divino” (*Love Divine, 107 do hinário adv. brasileiro).

Descobri a verdade do Sábado na Escola Dominical daquela igreja presbiteriana; o amoroso Senhor me deu a graça de recebê-la e acreditar nela porque era uma verdade tão obvia na Bíblia. Não foi nenhum mérito próprio meu; o Senhor deu-me a graça de crer.

Quando nós deixamos (*a igreja presbiteriana) e fomos à pequena igreja adventista do sétimo dia, eles não tinham bancos (*confortáveis), mas de madeira para nos sentarmos, e nem sequer um piano—tinham um velho órgão de respiração asmática—daqueles que você bombeia com os pés.

Mas eu sabia que a verdade do Sábado é bíblica, e o Senhor na Sua grande misericórdia me deu da Sua mui abundante graça, para abrir o meu coração e receber a verdade. Significou eu dizer adeus à amável menininha de quem eu gostava, que me acompanhou ao piano quando toquei Thaïs de Massenet,1 e outras músicas, ao violino.

O pastor presbiteriano, o Dr. Campbell, ofereceu financiar meus estudos até a faculdade se eu abandonasse este louca "coisa de sábado do 7º dia”.

Andar pelo centro da cidade, no sábado de manhã, vestido de terno e gravata, a caminho da igreja adventista do 7º dia, através do povoado, parecia um pouco doloroso; companheiros de classe pensavam que eu era louco, incluindo a amável menina que tocou piano para mim; mas a convicção da verdade me sustentou.

Hoje agradeço ao Senhor do fundo do meu coração, pela Sua mui abundante graça, que me permitiu eu ter esta prova de fé.

Se eu tivesse permanecido na querida igreja presbiteriana (que era onde o presidente do banco da cidade freqüentava), eu nunca teria aprendido esta mui surpreendente verdade que nós aprendemos nestas treze semanas de estudos sobre o "Maravilhoso Jesus":

A morte que Jesus morreu por nós foi "a segunda morte" que é mencionada duas vezes no livro de Apocalipse (2:11 e 20:12-14). Esta é a medida da “largura, e comprimento, e profundidade, e altura" do amor (Ágape) de Cristo. Só quando essas grandiosas dimensões do Seu amor (Ágape) são claramente entendidos, você e eu perceberemos a "constrangimento" desse amor (Ágape) motivando-nos a total consagração ao serviço de Jesus: "Porque o amor [Ágape] de Cristo nos constrange, julgando nós assim: que, se um morreu por todos, logo todos morreram, ele morreu por todos, para que os que vivem não vivam mais para si, mas para aquele que por eles morreu e ressuscitou” (II Cor. 5:14, 15). Aliás, o que Paulo disse foi que "doravante" você achará impossível viver para si, não importa quanto ao mundo o tentar, se você deixa esse amor (Ágape) prendê-lo.

Mas pense nela, na verdade da “segunda morte”, embora ela não tenha sido mencionada com ênfase em nosso guia de estudos deste trimestre! (*grifos nossos).

Mas um dia, e nós confiamos que será em breve, esta verdade gloriosa de "Ágape" tomará o centro da pregação na Igreja de Adventista do Sétimo-Dia, e então iluminará a terra com a glória da mensagem do quarto anjo de Apocalipse 18:1-4.

O Senhor fez Seu melhor ao enviar essa mensagem a nós em 1888; mas que "em grande medida" foi mantida longe do nosso povo, e longe do mundo (cf. Mensagens Escolhidas, livro 1, pp. 234, 235).

Agradeça o Senhor pela boa nova gloriosa ainda perante nós!
—Robert J. Wieland

O pastor Roberto J. Wieland serviu à nossa igreja como pastor, missionário, administrador, e redator da nossa casa editora na África, onde despendeu a maior parte de sua vida ministerial. Jubilado, ele atualmente é ancião na sua igreja em Meadow Vista , Califórnia, EUA, onde prega no 5º sábado de cada mês. Ele continua a dar seminários, e a escrever artigos e livros, como seu último livro, “1888” for Almost Dummies.

Tradução e acréscimos, marcados com asteriscos, de João Soares da Silveira

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Notas do tradutor:

1)Jules Émile Frédéric Massenet (1842 – 1912), compositor francês, especialmente conhecido por suas mui populares óperas no final do século XIX e início do século XX, e desta época ainda permanece como um dos representantes mais típicos. Julio Massenet compôs Thaïs estreada com enorme sucesso (em 1894), tendo sido seu maior sucesso público sentimentalista. Carlos de Mesquita, compositor, pianista, organista e regente brasileiro, foi seu aluno.

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Cristo Já Poderia Ter Voltado a esta terra.
(Esta matéria extraímos da lição 7 da série A Esperança do Advento, referida na coluna ao lado)
Aquela lição diz: “A esperança não deve ser nem exagerada nem insuficiente.
Mas cuidado, com o passar do tempo, parece que diminui, e já não temos suficiente esperança.
A Bíblia aponta ao equilíbrio. “Para não ver a esperança frustrada não tenhas inveja dos pecadores, mas, no temor do Senhor, perseverarás todo dia” (Prov. 23: 17 e 18).
O Pe. Antonio Pereira de Figueiredo assim traduz Prov. 17:8: “A expectação de quem aguarda, é uma pérola belíssima. Para qualquer parte que ele se volta, obra com prudência.” E mais: “Quando achares a sabedoria, terás esperança duradoura na hora da morte” (Cap. 24:14).
11:7: “Morto o homem ímpio, não restará mais esperança alguma!”
Cícero dizia, “enquanto há vida há esperança”.
Diz aquela lição (7 do 4º trim. de 2002), que Paulo adverte contra o excesso de expectativa.
Como evitaremos que nosso primeiro amor se esfrie? Essa é a grande pergunta.
II Tess. 2:3, diz: “Ninguém de maneira alguma vos engane; porque não será assim sem que antes venha a apostasia, e se manifeste o homem do pecado, o filho da perdição,”
A lição de 2002 dizia: “A Esperança é algo maravilhoso, mas, podemos ter demasiado dela? Bem, isto, para alguns, é como aquela lógica: ‘—se um pouco de sal é bom para você, muito deve ser melhor’. Pode o mesmo dar-se com a esperança? Pode muita esperança ser algo mal para nós?
Leiamos dos vs. 1-4: “Ora, irmãos, rogamo-nos, pela vinda de nosso Senhor Jesus Cristo, e pela nossa reunião com ele, que não vos movais facilmente do vosso entendimento, nem vos perturbeis, quer por espírito, quer por palavra, quer por epístola, como de nós, como se o dia de Cristo estivesse já perto. Ninguém de maneira alguma vos engane; porque não será assim sem que antes venha a apostasia, e se manifeste o homem do pecado, o filho da perdição, o qual se opõe, e se levanta contra tudo o que se chama Deus, ou se adora; de sorte que se assentará, como Deus, no templo de Deus, querendo parecer Deus.”
Mesmo nos primitivos dias da igreja cristã, havia aqueles que deviam ser aconselhados quanto a abrigar esperança em demasia.
Podemos saber que quanto mais aguardamos, cada dia estamos mais próximos daquele grande dia. Assim a demora deve tornar-nos mais emocionados com a esperança do advento, não menos.
Quanto a esta aparente demora vejamos de Parábolas de Jesus, pág. 69: “É privilégio de todo cristão, não só esperar a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo, como também apressá-la (II Ped. 3:12). Se todos os que professam Seu nome produzissem fruto para Sua glória, quão depressa não estaria o mundo todo semeado com a semente do evangelho! Rapidamente amadureceria a última grande seara e Cristo viria recolher o precioso grão.” Também está em Evangelismo p. 696,
A intenção de nosso Senhor era retornar a este mundo não muito depois da apresentação da mensagem de 1888, mais precisamente uns 4 ou 5 anos depois.
Ouçam as declarações que nos demonstram que o atraso não foi falta do próprio Senhor:
De Parábolas de Jesus, p. 69:
"Quando já o fruto se mostra, mete-lhe logo a foice, porque está chegada a ceifa (Mar. 4:29). Cristo aguarda com fremente desejo a manifestação de Si mesmo em Sua igreja. Quando o caráter de Cristo se reproduzir perfeitamente em Seu povo, então virá para reclamá-los como Seus.
“Não era a vontade de Deus que a vinda de Cristo houvesse sido assim retardada. Não era desígnio Seu que Seu povo Israel vagueasse quarenta anos no deserto. Prometeu conduzi-los diretamente à terra de Canaã, e estabelecê-los ali como um povo santo, sadio e feliz. Aqueles, porém, a quem foi primeiro pregado, não entraram "por causa da incredulidade" (Mat. 13:58). Seu coração estava cheio de murmuração, rebelião e ódio, e Ele não podia cumprir Seu concerto com eles.
“Por quarenta anos a incredulidade, a murmuração e a rebelião excluíram o antigo Israel da terra de Canaã. Os mesmos pecados têm retardado a entrada do Israel moderno na Canaã celestial. Em nenhum dos casos houve falta da parte das promessas de Deus. É a incredulidade, o mundanismo, a falta de consagração e a contenda entre o professo povo de Deus que nos têm detido neste mundo de pecado e dor por tantos anos.” Manuscrito 4, 1883.
Não devemos responsabilizar a Deus
“Talvez tenhamos de permanecer muitos anos mais neste mundo por causa de insubordinação, como aconteceu com os filhos de Israel; mas por amor de Cristo, Seu povo não deve acrescentar pecado a pecado, responsabilizando a Deus pela conseqüência de seu procedimento errado.” Carta 184, 1901.
Podemos apressar o Dia
“Dando o evangelho ao mundo, está em nosso poder apressar a volta de nosso Senhor.” O Desejado de Todas as Nações, pág. 633.
E de Testimonies vol. 8 p. 22, e Testemunhos Seletos, vol. 3 pág. 213 temos isto:
“Todo cristão tem o privilégio, não só de esperar a vinda de Nosso Senhor Jesus Cristo, como também de apressá-la. Se todos os que professam Seu nome produzissem fruto para Sua glória, quão depressa não estaria o mundo todo semeado com a semente do evangelho! Rapidamente amadureceria a grande seara e Cristo viria recolher o precioso grão”.
Manuscrito 4, 1883: e está também em Evangelismo, pág. 695:
“Houvessem os adventistas, depois do grande desapontamento de 1844, sustido firme sua fé e seguido avante unidos, segundo a providência de Deus, Ele lhes abriria o caminho, recebendo a mensagem do terceiro anjo e no poder do Espírito Santo, proclamando-a ao mundo, haveriam visto a salvação de Deus, o Senhor teria operado poderosamente com os esforços deles, a obra haveria sido concluída, e Cristo teria vindo antes desta data para receber Seu povo para dar-lhe o Seu galardão”.
Assim não teria havido a mensagem de 1888.
Escrito em 1884 da série “Espírito de Profecia”, Volume 4 p.291:
“Se todos que trabalharam unidamente na obra em 1844 tivessem recebido a mensagem do terceiro anjo e a proclamado no poder do Espírito Santo, o Senhor teria operado poderosamente com seus esforços”.
“Um dilúvio de luz teria sido derramado sobre o mundo; anos antes os habitantes da terra teriam sido advertidos, o encerramento da obra completado e Cristo teria vindo para redenção de Seu povo”.
Testemunhos vol. 9 p. 29, extraído do Boletim da Associação Geral de 1893, p 419, a importância desta data é ter sido poucos anos depois que a mensagem de 1888 foi dada.
“O Senhor planejou que a mensagem de advertência e instrução dada mediante o Espírito ao seu povo fosse à toda parte, mas a influência que se desenvolveu com a resistência à luz da verdade em Mineápolis tendeu a tornar de nenhum efeito a luz que Deus havia dado a Seu povo mediante os testemunhos.
“Se todo soldado de Cristo tivesse cumprido seu dever, se todo atalaia nos muros de Sião tivesse dado à trombeta o sonido certo, o mundo poderia, muito antes disso, ter ouvido a mensagem de advertência, mas a obra está atrasada em anos”.
Vejam que em quatro anos a obra estaria concluída.
Agora da Review and Herald, de 6/10/1896:
“Se aqueles que reivindicam terem uma experiência rica nas coisas de Deus tivessem realizado sua obra designada pelo Senhor, o mundo inteiro teria sido advertido muito antes disso”
Isto é, antes de 1896 Jesus teria retornado em poder e grande glória..
E de Testemunhos vol. 6 p. 450, publicado em 1900, e que apareceu primeiro nos Anais da União Australiana de 15 de outubro de 1898, e que encontra-se também no 3° vol. de Testemunhos Seletos p.72 de onde eu o copiei:
“Caso houvesse sido executado o propósito divino de transmitir ao mundo a mensagem da misericórdia, Cristo já teia vindo à terra e os santos teriam recebido as boas vindas na cidade de Deus”.
A declaração que se segue é atribuída à Irmã White, mas é corroborada por uma carta de seu filho W. C. White ao pastor Taylor G. Bunch.
“Se o povo de Deus tivesse se dedicado ao trabalho como deveria, logo após a reunião de Mineápolis de 1888, o mundo inteiro teria sido advertido em poucos anos e o Senhor teria vindo”.
E escrito em 1898, está em Desejado de Todas as Nações, p. 633-634 o seguinte:
“Se a igreja de Cristo tivesse realizado sua obra como o Senhor ordenou, o mundo inteiro teria antes disso sido advertido e o Senhor Jesus teria vindo à terra em poder e grande glória”.
Do Boletim da Associação Geral de 13 de março de 1893:
“Irmãos e irmãs, pela luz que me foi dada, eu sei, que se o povo de Deus tivesse preservado uma viva ligação com Ele, se tivesse obedecido a Sua Palavra, poderia hoje estar na Canaã Celestial”
E de E Recebereis Poder (MM de 1999), pág. 171, (Extraído de Home Missionary, publicado em 1º de Agosto de 1896) temos isto:
“Se os que afirmam ter viva experiência nas coisas de Deus houvessem cumprido o dever que lhes foi designado da mesma maneira ordenada por Deus, o mundo inteiro teria sido advertido e o Senhor Jesus teria vindo a nosso mundo com poder e grande glória.”
Quando falamos isto alguns se chegam a nós e dizem: “—Ó certamente estou contente por Ele não ter vindo então, pois neste caso eu não estaria incluído no quadro. Bem, esta declaração devemos desencorajar alguém de a empregar. É uma manifestação puramente egoística. Lembre-se que nossa preocupação não deve estar na salvação de nossas próprias pequenas almas, mas o nosso cuidado e zelo deve ser para com a honra, glória e defesa de nosso Senhor Jesus Cristo, pela vindicação do Seu nome e do nome de Seu Pai. Isto é o que importa, e quanto mais cedo isto ocorrer, melhor será. Se nunca tivéssemos nascido neste mundo não faria diferença alguma. Este mundo correu por 6.000 anos sem nós. Contudo, agora, que aqui estamos, agora que estamos de fato vivendo neste mundo, tornamo-nos importantes à vista de Deus, pois Ele morreu para salvar a todos. E Ele conta conosco na divulgação de Sua mensagem.