Para 6 a 13 de abril de 2013
Da parte de Cristo, ter
que perdoar infinitamente, geração após geração, século após século, e amar Seu
povo com um amor conjugal nunca correspondido deve ser uma agonia para Ele. Deve o povo de Deus ser sempre
motivado por um desejo egocêntrico por recompensa de salvação pessoal deles?
Podem eles deixar de sentir uma preocupação pelo coração de amor de Cristo,
como um propósito do coração deles para que Ele receba a Sua recompensa,
deixando de lado o anseio por recompensa própria? Pode Sua futura esposa,
finalmente, aprontar-se para as bodas do Cordeiro, Apoc. 19:7 e 8?
O livro de Oseias diz
"sim!". Nos diz para empenhar-nos; como Gomer finalmente o fez,
podemos crescer também!
Por que o livro de
Oseias foi incluído no cânon sagrado? Oseias foi o último esforço do Senhor
para salvar Israel da ruína pelos assírios. Eles colocaram um fim ao reino (*do
norte) em 723 a.C.,
pois era sem esperança a impenitência deles. Elias tentou salvá-los cerca de
150 anos antes; o que tornou o problema mais difícil foi que, sob Jeroboão II o
reino havia desfrutado de grande prosperidade e sucesso material. Assim como
Laodicéia, o povo e os seus líderes espirituais continuamente diziam, "rico
sou, e estou aumentado com bens, e de nada tenho falta" (Apoc.
3:14-17, KJV). O Israel do tempo de Oseias e a nossa Laodicéia têm um problema
idêntico.
Os profetas que eram
profundamente sensíveis tiveram uma visão sobre a dor que o Deus de Israel estava sofrendo século após
século. Salomão tinha percebido que o amor de Deus por Israel era o de um
amante (veja isto no livro Cantares de Salomão). Jeremias, Ezequiel,
Oseias, escreveram sobre isto (veja Ezequiel 16).
É verdade que Deus
sempre amou o mundo inteiro que O rejeitou, mas há uma diferença na rejeição de
Israel por Ele. O amor de Cristo por Israel era conjugal. A esperança surge
continuamente em Seu coração. Aqui foi “o escolhido" (*o povo de Israel)
que poderia apreciá-Lo e, nesse sentido retribuir amor.
Israel
"respondeu" a Seu amor. Lemos sobre as reformas e
arrependimentos que enchem o Antigo Testamento com a história dos juízes, do
reinado dos reis Josafá, Ezequias, Josias, etc. Mas em todo tempo, o amor de
Cristo era decepcionado, e Seu "escolhido" O envergonhava perante o
mundo e perante o universo e, finalmente, O crucificou.
Qual é a causa de tal
apostasia? Desde tempos imemoriais tem sido o problema do verdadeiro povo de
Deus. Deus diz através de Oseias, "o Meu povo é inclinado a
desviar-se de Mim" (Oseias 11:7). A sua apostasia era evidente
já no tempo dos juízes logo após o tempo de Moisés. A história é cheia de altos
e baixos continuamente, mais baixos do que altos, exatamente nos tempos dos
profetas maiores e menores do Antigo Testamento. Finalmente, em 586 a.C. o reino de Judá (o
verdadeiro povo de Deus), sofreu uma destruição maciça. Mas, mesmo em Babilônia
e um pouco mais tarde, a "apostasia" continuou até que eles
rejeitaram e mataram o Filho de Deus. A palavra "apostasia" não
ocorre no Novo Testamento, mas a palavra "mornidão" está lá, tão ruim,
talvez pior, descrevendo o verdadeiro povo de Deus nestes últimos dias
(Apocalipse 3:15, 16).
Por que é que tantas
vezes depois de ter tido uma maravilhosa série de "reuniões de
avivamento" e os nossos corações serem agitados, em seguida, depois de
algumas semanas descobrimos que começamos a "retroceder" de novo? O
mundo tem-se insinuado (*entre o povo de Deus);
temos estado ocupados demais para manter a nossa promessa de empregar tempo de
qualidade para o Senhor, no estudo da Bíblia, na oração e testemunho, e mais
uma vez perdemos essa experiência de estabilidade. Será que é possível que haja
uma razão fundamental para que esse problema tenha continuado por esses
milhares de anos, desde Moisés?
O problema começou no
Monte Sinai naquela exata experiência "no topo da montanha" ao (*o
povo) encontrar o Senhor e ouvi-Lo falar a Sua santa lei com Sua própria voz,
com fogo e trovões e terremotos. Apenas algumas semanas após isto, o povo já
tinha se para a adoração de ídolos (Êxodo 32:1-6)! O problema foi que prenderam-se
à promessa deles do antigo concerto para serem bons e fazerem tudo certo (Êxo.
19:8). (*Deus não nos pede que prometamos nada a Ele, pois sabe que somos pó e
não podemos cumpri-las). O de que precisamos é crer nas promessas do novo
concerto de Deus.
Apostasia é uma
repetição do declínio e queda do reino de Israel. O profeta Oseias rogou aos reis e ao povo para se arrependerem de sua
flagrante injustiça, luxuria, extravagância, e repulsiva licenciosidade — a corrupção moral ostentada diante de Deus,
enquanto o país estava à beira de um desastre irremediável. "Ó
Israel", disse Oseias , “para a tua perda te rebelaste contra
Mim!" (Oseias 13:9, 10). "O Meu povo foi destruído
porque lhe faltou o conhecimento; porque tu rejeitastes o conhecimento" (4:6).
Algumas pessoas
conscientes emigraram, para o reino de Judá, onde a Páscoa ainda era mantida
(2º Crô. 30:10-13), mas o próprio Israel desapareceu da face da terra, invadida
pela Assíria. Deus retirou o Seu Santo Espírito após ser repetidamente
afugentado (Oseias 4:17). Mas
havia uma boa notícia. Assim que o Titanic de Israel afundou, havia um barco
salva-vidas para todos os que se arrependessem: "Eu sararei a sua
infidelidade, Eu voluntariamente os amarei", disse o Senhor (14:4).
Esta cura envolve a chuva
serôdia. Você está pronto para a chuva serôdia? Durante anos, os cristãos têm
antecipado o derramamento do Espírito Santo nos últimos dias, antes da segunda
vinda de Jesus Cristo nas nuvens do céu.
Paulo em Romanos 10:3
disse “Porquanto, não conhecendo a justiça de Deus, e procurando estabelecer
a sua própria justiça, não se sujeitaram à justiça de Deus.” A realização
do que custou a Jesus Cristo para resgatar o nosso mundo caído estará à base da
preparação do povo de Deus para receber a chuva serôdia.
Se começarmos a
reconhecer que Jesus Cristo Se
identificou completamente com a nossa natureza humana decaída, e morreu e nos
ressuscitou com Ele a partir dessa desgraça de uma sepultura eterna, “e
ressuscitou para nossa justificação” (Rom. 4:25), quando esta realização
raiar em nossa consciência egocêntrica, e "prosseguirmos em conhecer ao
Senhor ... Ele a nós virá como a chuva, como a chuva serôdia que rega a
terra" (Oseias 6:1-3).1 Isto só ocorrerá quando o
povo de Deus se conscientizar de que (*o que os impede de receber esta chuva)
são as suas iniquidades, sua perversidade, seus corações revoltantes e
rebeldes, e sua continua rejeição do conhecimento de Sua justiça.
(*A mensagem da
justiça de Cristo, que nos foi outorgada na Conferência Geral na cidade de
Mineápolis, em) 1888, é para a Igreja Adventista do Sétimo Dia o que o Calvário
foi para os judeus. A maioria dos judeus são como adventistas do sétimo dia,
ocupados com "apenas manter suas vidas pessoais confortavelmente”, que
pouco se importa com o que aconteceu cerca de 2000 anos atrás, como
"nós" nem um pouco nos importamos com o que aconteceu há mais de 120
anos. Mas a mensagem de 1888 foi o "começo" da chuva serôdia e do
alto clamor de Apocalipse 18 e falhamos miseravelmente, “assim como os
judeus", diz Ellen White, e ela diz a verdade nua.2
Era o método do Senhor de infundir cada congregação adventista do sétimo dia,
com o calor de um verdadeiro amor Ágape, para torná-los "os
primeiros a levantar a Cristo
perante o mundo."3
A terrível mornidão, o legalismo, a crítica e a amargura
sobre que justamente choramos são os subprodutos de mais de cem anos daquela
rejeição da verdade.
A bela mensagem da muito
mais abundante graça de Cristo, Rom. 5:20, “tem sido, em grande
medida, conservada afastada do mundo” e do nosso povo.4
Assim, os críticos e os legalistas têm muito sucesso condenando "o pecado abundante" dentro da igreja,
quase totalmente ignorante da muito mais abundante graça.
Alguns sentem que é pura
bobagem que nos sintamos de algum modo culpados do pecado de rejeição em 1888.
Jesus reconheceu o princípio da culpa corporativa e da necessidade de
arrependimento corporativo. Na verdade, o Pentecostes em si foi a consequência
direta de reconhecer a culpa corporativa e receber o dom do arrependimento corporativo:
"Saiba, pois, com certeza toda a casa de Israel que ... vós
crucificastes ... Cristo" (Atos 2:36), “vós negastes o Santo e o
Justo ... e matastes o Príncipe da vida. ... bem sei que o fizestes por
ignorância, como também os vossos príncipes" (3:14, 15 e 17). Pedro
claramente concentra a culpa em "toda a casa de Israel"
(*2:36), embora comparativamente falando poucos realmente tomaram parte nela.
Quando escolhemos
conhecer o Senhor como Ele Se revelou em nossa história de 1888 (*e alguns anos
que se seguiram), Ele virá a nós como a chuva, como a chuva serôdia e a chuva
temporã à Terra. A abençoada chuva serôdia cairá, e que refrigério há de ser!!!
Paul E. Penno
Paulo Penno
é pastor evangelista da igreja adventista na cidade de Hayward, na Califórnia,
EUA, da Associação Norte Californiana da IASD, localizada no endereço 26400,
Gading Road, Hayward, Telefone: 001 XX (510) 782-3422. Ele foi ordenado ao
ministério há 38 anos. Após o curso de teologia ele fez mestrado na
Universidade de Andrews. Recentemente ele preparou uma extensiva antologia dos
escritos de Alonzo T. Jones e Ellet J. Waggoner, a qual está incluída na Compreensiva
Pesquisa dos Escritos de Ellen G. White. Recentemente também ele
escreveu o livro “O Calvário no Sinai: A Lei e os Concertos na História
da Igreja Adventista do 7º Dia,” e, ao longo dos anos, escreveu muitos
artigos sobre vários conceitos da mensagem de 1888. O pai dele, Paul Penno foi
também pastor da igreja adventista, assim nós usualmente escrevemos seu nome:
Paul E. Penno Junior. Você pode vê-lo, no You Tube, semanalmente, explanando a lição da semana
seguinte na igreja adventista de Hayward, na Califórnia, em http://www.youtube.com/user/88denver99
* Asteriscos indicam acréscimos que o
tradutor fez ao texto do autor.
Notas:
1) Este maravilhoso texto de Oseias
6:1-3, contem a única predição profética do Velho Testamento de que o Messias
ressuscitaria ao terceiro dia, está no verso 2, “Depois de dois dias nos
dará a vida; ao terceiro dia nos ressuscitará, e viveremos diante dEle.” (Esta nota é do tradutor, as demais, que se segue, são do autor).
[2] "Quando os judeus deram o primeiro passo na rejeição de
Cristo, eles deram um passo perigoso. Quando posteriormente tiveram evidência
acumulada de que Jesus de Nazaré era o Messias, eles estavam muito foram
orgulhosos demais para reconhecer que eles erraram. Assim se dá com os homens
do nosso tempo, que rejeitam a verdade. Eles não têm tempo para investigar
honestamente, com fervorosa oração, as evidências da verdade, e eles se opõem
àquilo que eles não entendem. Assim como os judeus, eles supõem que têm toda a
verdade, e sentem uma espécie de desprezo por quem acha que tem ideias mais
corretas do que as deles mesmos a respeito do que é a verdade" (Materiais
de Ellen G. White Sobre 1888, vol. 1, págs. 169, 170. Originalmente era o Manuscrito
15 de 1888, que foi um apelo da Sra. White aos irmãos reunidos em
Mineapolis, em novembro daquele ano, com o título “Um Chamado para um
Profundo Estudo da Palavra”).
[3] Evangelismo,
p. 188.
[4] Mensagens
Escolhidas, vol. 1 págs, 234, 235.
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