quinta-feira, 4 de abril de 2013

Lição 1 - Adultério Espiritual, (Oseias) por Jerry Finneman

 Para 30 de março a 6 de abril de 2013

Nos três primeiros capítulos (e em todo o livro) de Oseias1 existe uma mensagem que se move de uma posição para outra. Aqui, a ideia subjacente, ou tema, está entre julgamento e salvação.2 A experiência do casamento de Oseias com Gômer, que incluiu desgosto causado pela infidelidade de Gômer  e depois seguida pela alegria de seu relacionamento renovado, fornecem o quadro para a mensagem.
Primeiro temos o simbolismo da família de Oseias (1:2 - 2:1). Os principais temas da profecia são apresentados nesta seção de abertura. A infidelidade de Israel a Deus é seguida por julgamento consequente. Após o julgamento, aprendemos da reconciliação entre Deus e Seu povo. Estes temas são introduzidos dentro do contexto da ordem de Deus a Oseias para se casar e ter filhos. Há uma diferença de opinião entre os estudantes da Bíblia, se Deus disse a Oseias para casar-se com uma mulher adúltera ou casar-se com Gômer antes dela tornar-se infiel. Tal como acontece com Israel, quando o Senhor levou-a como sua noiva, que mais tarde tornou-se infiel (em linguagem figurada), assim foi com Oseias e Gômer
No início do ministério profético de Oseias Deus lhe disse para se casar, o que ele fez. O casamento se tornou um desastre, caracterizado pela infidelidade da parte de Gômer. Aqui estava uma imagem da infidelidade de Israel ao Senhor (cf. 2:2 a 23). O desgosto de Oseias espelhava a agonia de Deus, causada pela infidelidade de Seu povo para consigo mesmo. A ordem: "Vai, toma uma mulher de prostituições, e filhos de prostituição" (1:2), pode ser entendida no sentido de que Gômer veio de uma família que tornou-se degradada através de indulgência sensual, e passou esta degeneração de uma geração para outra. A frase seguinte dá a razão. Foi porque Israel cometera prostituição. Mas como ela fez isso? Foi "por se afastar do Senhor." Israel era Sua noiva, Sua esposa, e ela O deixou por outro.
Ao casamento entre Oseias e Gômer vieram três filhos. Os nomes de cada um eram lembretes do relacionamento quebrado entre Israel e Deus. Seus nomes apontam para o julgamento futuro e a restauração. Cada seção da carta, sobre os filhos (vs. 3, ú.p. até 5; 6 a 7, e 8 a 9) contêm o aviso de nascimento (vs. 3, ú.p.; 6, p.p., e 8), a instrução de Deus sobre os nomes dos filhos (vs. 4, p.p.; 6, ú.p., e 9, p.p.), e uma explicação do significado dos nomes (vs. 4, ú.p. até 5; 6, ú.p., e 9, ú.p.). As palavras de Deus (v. 7) são características distintas em que elas descrevem o anúncio do juízo (v. 6).
Jizreel foi o nome dado por Deus para o primeiro filho. Jizreel está associado a eventos passados ​​e futuros, no local geográfico chamado Jizreel. Este foi o local onde Jeú impiedosamente massacrou a casa de Acabe (1:4). O julgamento futuro é no mesmo lugar — Jizreel — e é a cena da ruína militar de Israel que é o significado de "quebrarei o arco de Israel no vale de Jizreel" (1:5) o campo do pecado de Jeú. A dinastia de Jeú foi cortada para sempre pela queda do reino do Norte.3
A segunda criança recebeu o nome de Lo-Ruama significando "ela não é amada." O nome dela indicava que o amor do Senhor seria interrompido por um tempo, por causa da prostituição de Israel — a adoração de falsos deuses. O termo "Ruama", do verbo am, descreve ternos sentimentos de compaixão. No Sinai, o Senhor descreveu a Si mesmo como "o Compassivo ... Deus" ('El raûm) que está disposto a perdoar a iniquidade (Êxo. 34:6). No entanto, apesar de seu caráter perdoador, às vezes acontece que Ele "ao culpado não tem por inocente" (Êxodo 34:7). Deus preferiria, muito mais purificar do pecado, se Lhe fosse permitido, mas Israel recusou e assim chegou o momento para a separação do Reino do Norte de Deus.
Em contraste com Israel do norte, a luz da graça de Deus brilharia através da escuridão do julgamento iminente das 10 tribos do norte até Judá. Judá, o Reino do Sul, ao contrário, iria receber e experimentar o amor do Senhor. Este amor foi demonstrado quando Ele livrou Judá dos assírios invasores, (*livramento este) realizado não através da força militar humana, simbolizada pelo arco e a espada, (*a guerra, cavalos e cavaleiros, Oseias 1:7), mas por intervenção do Senhor. Esta promessa foi cumprida quando Deus sobrenaturalmente aniquilou 185.000 soldados no poderoso exército assírio em uma noite dando fim à campanha destes contra Judá (ver 2º Reis 19:32-36).
A terceira criança, um filho, foi chamado Lo-Ami (Oseias 1:8-9), que significa "não meu povo." O relacionamento entre Deus e Seu povo era para ser interrompido. A última parte de Oseias 1:9 diz, “Eu não serei vosso Deus,” é, literalmente, “Eu não [sou] EU SOU para você”. Esta declaração faz alusão às palavras de Cristo a Moisés: "Eu Sou o que Sou. Assim dirás aos filhos de Israel: EU SOU me enviou a vós" (Êxo. 3:14). "EU SOU", aponta a Deus como o Senhor do concerto que vigia e livra o Seu povo (cf. Êxo. 3:16-17). E agora, através do nome de Lo-Ami, o Senhor anunciou que Israel já não experimentaria a Sua presença especial de salvação e proteção.
Na seção seguinte, o simbolismo é invertido (1:10 - 2:01). Nesta mudança de tom, o Senhor declarou que o juízo e os seus efeitos seriam anulados algum dia. Ele prometeu um tempo de bênçãos e restauração do relacionamento e da união nacional.
Apesar da perda do reino do Norte, Israel voltará a ser como a areia da praia em cumprimento da promessa de Deus a Abraão (compare Oseias 1:10; com Gên. 22:17, e 32:12.4 Onde Israel ouviu as palavras "não Meu povo" (Oseias 1:9) serão chamados de "Meu povo," filhos do Deus vivo.5 A referência à filiação aponta para restauração do relacionamento, retratado sob a figura de um ambiente familiar por causa da misericórdia de Deus (2:1-5).6
Mas o juízo voltará. A cena é a restauração através do julgamento, primeiro ameaçada então iniciada, seguida de reconciliação e restauração através do amor renovado e bênçãos (Oseias 2:2 a 23).
Movendo-se para a cena seguinte vemos a restauração do casamento de Oseias (capítulo 3). O Senhor disse a Oseias para demonstrar seu amor a sua esposa adúltera mais uma vez.7 Isto serve como uma lição objetiva do amor incondicional de Deus por Israel, apesar de sua infidelidade. Em vez de responder favoravelmente ao marido dela, o Senhor, ela estava voltando para outros deuses de novo e amando os bolos sagrados de passas, iguarias utilizadas nas festas associadas com o culto a Baal (3:1). 
Oseias respondeu obedientemente ao comando do Senhor (cf. 1:3). Ele comprou sua esposa Gômer de volta por um preço substancial. O valor foi de 30 siclos, o preço de um escravo (cf. Êxo. 21:32). Jesus também foi vendido pelo preço de um escravo (ver Zac. 11:12 e Mat. 27:1-10).
     Não diferente da compra de Oseias Jesus redimiu Sua noiva, mas não com 30 peças de prata. A compra desta redenção foi com Sua vida. No entanto, como Israel no passado, ela considerou os dons do Senhor como certos e orgulhosamente se afastou dEle. No final, ela foi ganha de volta, mas não sem custo. Gômer perdeu seus filhos. Isso porque eles eram "filhos de prostituições" (Oseias 2:4). Assim foi com o falso sistema religioso da idade média simbolizada pela figura de Jezabel, na igreja de Tiatira, e seus filhos, que estão para ser destruídos (Apoc. 2:22).8 Isto é, em linguagem figurada. Os filhos dela são suas doutrinas falsas geradas através de sua prostituição. Os descendentes foram/são concebidos em sua mente carnal. Estes filhos vêm dos poderes apóstatas da união da Igreja e do Estado, conforme descrito em Daniel e Apocalipse (veja O Grande Conflito, pág. 54, e o vol. 7 do Comentário Bíblico Adventista, pág. 979). O Senhor não pode adotar essas doutrinas. Elas não são filhas dEle. Suas doutrinas são as verdades que são encontradas em Jesus. O professo mundo cristão adotou essa criança da apostasia (doutrina apóstata), recusando-se a obedecer a Deus.
Vamos seguir em frente. Na lição desta semana na parte de segunda-feira, referindo-se à experiência de Gômer, são feitas duas perguntas, "Que advertência é dada em Oseias 2:8 a 13? Estamos em perigo de fazer a mesma coisa?" Mas uma terceira pergunta poderia ser feita : "Têm dons e bênçãos de Deus sido desviados de Jesus e dados a ídolos acariciados", como nos dias de Oseias?
Apoc. 3:14-20 pode apresentar algumas respostas. Aqui nós vemoso apelo, o conselho, o desgosto do Senhor pelos pecados de Laodicéia. Jesus estava/está nauseado por Seu amor desprezado por Laodicéia. Seu coração se parte com tristeza. Ele passa mal do estômago. A tradução literal de Apocalipse 3:16 descreve Sua experiência. Esta última parte do versículo pode ser traduzida como "Você Me faz tão doente que Eu estou a ponto de vomitar." "Eu estou tão doente que eu estou a ponto de (Mello) vomitar (emeo, confira em português o termo "emético").9
Considere o seguinte: Quando Jesus estava na terra: "O cálice do sofrimento foi colocado em Sua mão, como se Ele fosse o culpado, e Ele o esvaziou até a última gota" (*E.G.W, “Para Conhecê-Lo,” MM de 1965, pág. 396, 3º parágrafo). No entanto, seu sofrimento não parou então. A citação continua: "Ele carregou o pecado do mundo até o amargo fim. E ainda assim os homens continuam a pecar, e Cristo continua a sentir as consequências de nossos pecados, como se Ele próprio fosse o culpado." Então, o que é que vai trazer a cura para o coração de Cristo? Será que a sensação contínua das consequências de nossos pecados nos levará ao arrependimento (Apoc. 3:19)? Ou será que isto vai levar a tempos difíceis como os dos dias de Oseias e Israel? O Arrependimento é gerado por juízos de Deus, por convicção, através da aplicação da lei à consciência, ou pela bondade de Deus, todos os quais estão descritos no livro de Oseias.
Não diferente de Oseias, Jesus procura, bate, e nos pede para abrir a porta de nossos corações (Apoc. 3:20). Há alguma esperança para nós? Sim! Ele vai nos cobrir com o vestido de casamento de Sua justiça, ao respondermos com fé para Seu conselho (verso 18). Como Oseias finalmente conseguiu cortejar Gômer, de volta para si mesmo, assim será com Jesus e Laodicéia. Não há oitava igreja. Laodicéia é a sétima e última igreja. A mensagem de 1888 continua a ser o fundamento de Jesus para aceitarmos o Seu convite para receber a Sua justiça hoje, assim como foi em 1895:
Em Sua grande misericórdia, enviou o Senhor uma mui (sic) preciosa mensagem a Seu povo por intermédio dos Pastores [EJ] Waggoner e [AT] Jones (sic). Esta mensagem devia pôr de maneira mais preeminente diante do mundo o Salvador crucificado, o sacrifício pelos pecados de todo o mundo. Apresentava a justificação pela fé no Fiador; convidava o povo para receber a justiça de Cristo, que se manifesta na obediência a todos os mandamentos de Deus. Muitos perderam Jesus de vista. Deviam ter tido o olhar fixo em Sua divina pessoa, em Seus méritos e em Seu imutável amor pela família humana" (Ellen G. White, Testemunhos para Ministros e Obreiros Evangélicos, págs. 91, 92).
Você vai aceitar o convite hoje?

-Jerry Finneman


O irmão Geraldo L. Finneman é um pastor adventista, já tendo atuado nos estados de Michigan, Pensilvânia e Califórnia nos EUA. Ele prepara materiais para encontros  evangelísticos, incorporados com os conceitos das Boas-Novas da Mensagem de 1888 de Justificação pela fé. Além de pastor da IASD ele também já foi presidente do Comitê de Estudos da Mensagem de 1888. Já há alguns anos não me encontro com ele, mas me parece que, devido à idade, está para, ou, já se aposentou, mas ouvi dizer que continua trabalhando por boa parte do dia, atualmente na área de Battle Creek, a cidade que abrigava a antiga sede da igreja. Há um excelente livro escrito por ele, "Christ in the Psalms” [Cristo nos Salmos], infelizmente não está traduzido para o português.



Notas do tradutor:
1) “O nome Oseias (Heb. de Hoshea) é uma abreviatura do Heb. Hosha’eyah, que aparece em Jer. 42:1 e 43:3” como Hosaias, e, na Bíblia de Jerusalém, como Osaias, e significa “Yahweh salvou.”  “Oseias deve ter começado seu ministério bem antes de 753 a.C. e continuou ativo até algum tempo depois de 729 a.C. (*A lição, na parte de sábado, diz 722 a.C.). Ele viveu no período mais escuro da história do reino de Israel (*o reino do norte), exatamente antes da nação ser levada cativa pela Assíria. Considerando que o livro de Oséias não menciona este evento, é provável que tenha sido escrito antes do final da ruína do reino do norte. Aparentemente, Israel, sob Jeroboão II foi prospero e bem sucedido, mais do que em qualquer tempo desde Davi e Salomão” (Comentário Bíblico Adventista, vol. 4, pág. 885).
Israel, “não reconhece que Eu lhe dei o grão, e o mosto, e o azeite, e que lhe multipliquei a prata e o ouro, que eles usaram para Baal” , veja Oseias 2:8” A lição, na parte de segunda-feira, diz que grão, mosto, e azeite simbolizavam as dádivas de Deus: “produtos básicos que as pessoas desfrutavam em abundância, de acordo com as promessas de Deus dadas por intermédio de Moisés. No tempo de Oséias as pessoas eram tão ingratas para com Deus, tão envolvidas com o mundo, que estavam apresentando essas dádivas divinas aos seus falsos ídolos” (1º parágrafo após a pergunta 2 de segunda-feira).
“Luxuria em todas as formas era estimulada nos prósperos dias de Jeroboão II. Justiça pervertida era comum, também opressão do pobre. O adultério foi consagrado à religião. Todos os níveis da sociedade tornaram-se corruptos, e blasfêmia e cepticismo caracterizava a corte real. Os sacerdotes, inteiramente dedicados à idolatria, juntaram-se ao povo em sua pecaminosidade e a adicionaram à corrupção que cobria a terra. Contra este dilúvio de iniquidade no reino do norte Oseias foi chamado por Deus para erigir diques de repreensão, condenação e apelo — apelo ao invencível amor de Deus por Seus filhos errantes. Mas os apelos de Oseias passaram desatendidos por um povo apóstata. ... Oseias levou a última mensagem ao reino do norte antes de sua queda em 723/722 a.C.” (Comentário Bíblico Adventista, vol. 4, pág. 886).
2)O tema dominante do livro de Oseias é o amor de Deus por Seus filhos errantes. As experiências pelas quais o profeta passou em sua própria vida familiar, e os sentimentos do seu próprio coração para com sua esposa infiel deram-lhe um vislumbre das ilimitadas profundezas do amor do Pai por Seu povo. À luz deste divino amor a terrível maldade do reino do norte aparece mais negro, e Oseias de modo algum desculpa o povo por sua conduta. O profeta também pinta em escura matiz a terrível retribuição que cairá sobre Israel se eles persistirem em seus maus caminhos. Estas advertências não são ameaças, mas declarações de fato, mostrando que punição inevitavelmente segue-se ao pecado. Entretanto, através de todos os seus escritos, Oseias descreve o anelante amor de Deus por Seu povo desobediente. O livro é cheio de apelos ao arrependimento e mensagens de esperança para aqueles que voltarão  para seu amoroso Pai” (Comentário Bíblico Adventista, vol. 4, pág. 886).
3) “Assim cumpriu-se tanto a profecia de Oseias e a anterior palavra do Senhor a Jeú” (Comentário Bíblico Adventista, vol. 4, pág. 889), de que “teus filhos até à quarta geração, se assentarão no trono de Israel” (2º Reis 10:30).
A dinastia de Jeú (foi de 841 a 752 a.C.): Jeú reinou vinte e oito anos (2º Reis 10:36, de 841 a 814). Seus quatro filhos foram: Jeocaz, que reinou dezessete anos (2º Reis 13:1, de 814 a 798 a.C.); Jeoás, que reinou dezesseis anos (2º Reis 13:9 e 10, de 798 a 782 a.C.); Jeroboão, que reinou quarenta e um anos (2º Reis 14:23, de 793 a 758 a.C., que incluíram 12 anos de co-regência com seu pai Jeoás), e, finalmente, Zacarias, que reinou apenas seis meses, (2º Reis 14:29, e 15:8 de 753 a 752 a.C.). (As informações deste parágrafo colhemos do livro de 2º Reis e do Comentário Bíblico Adventista, vol. 2, págs. 82 e 83).
Assim “Esta foi a palavra do Senhor, que falou a Jeú: Teus filhos, até à quarta geração, se assentarão sobre o trono de Israel. E assim foi” (2º Reis 15:12).
Com “O assassinato de Zacarias, começou o período de confusão política que rapidamente precedeu a queda do reino do norte” (Comentário Bíblico Adventista, vol. 4, pág. 889).
Este foi um curto período “de anarquia e declínio político, trazendo a destruição e eventual extinção do reino.” Salum (2º Reis 15:13) matou a Zacarias, e reinou um mês (vs. 10 e 13, em 752 a.C.); Menaém (vs. 14) o matou, e reinou dez anos (vs 17, de 752 a 742 a.C.); Pecaías, seu filho (vs.22) reinou dois anos (vs.23, ú.p., de 742 a 740 a.C.); Peca o matou, e reinou (vs.25) por 20 anos (vs.27, de 741 a 731 a.C.), e, finalmente, Oseias (NÃO O PROFETA, mas Oseias filho de Elá), matou a Peca (vs.30) e reinou por nove anos (17:1, de 732 a 722 a.C.). Este Oseias, filho de Ela, foi o último rei de Israel. “Contra ele subiu Salmaneser, rei da Assíria” (vs. 3), “e veio até Samaria, e a cercou três anos. No ano nono de Oseias, o rei da Assíria tomou a Samaria, e levou Israel cativo para a Assíria” (vs.5 e 6).  (As informações deste parágrafo colhemos do livro de 2º Reis e do Comentário Bíblico Adventista, vol. 2, págs. 84 e 85).
“A queda de Samaria marcou o fim do reino de Israel, depois de uma trágica história de pouco mais de dois séculos. Concebido e nascido no espírito de rebelião, não tinha chance de sobreviver. Vinte reis, com uma média de reinado de dez anos e meio cada, assentaram-se sobre o trono, sete deles como assassinos dos seus predecessores. O primeiro rei introduziu uma adoração corrompida, estabelecendo representações idólatras de Jeová, e todos os reis que o sucederam o seguiram neste ‘pecado,’ alguns adicionando a ele a adoração de Baal e Astarote. Não fosse o incansável ministério de reformadores como Elias, Eliseu, e outros profetas, o reino de Israel talvez não tivesse durado tanto quanto durou” (Comentário Bíblico Adventista, vol. 2, págs. 85 e 86).
4) “Note a semelhança aqui [Oseias 1:10] com a promessa  de Gên. 22:17, dada a Abraão, e a de 32:12 dada a Jacó. A restauração prometida não seria para as dez tribos como tal, mas a Israel e Judá juntos (veja o vs. 11). Entretanto, os filhos de Israel não viveram à altura do glorioso destino que o Senhor planejou para eles. O Apostolo Paulo mostra como esta profecia se cumprirá com relação aos gentios (Rom 9:25 e 26).”  
5) “Esta promessa agora encontra seu cumprimento na igreja cristã. Através da aceitação, pela fé do evangelho nós, quer judeus quer gentios, somos adotados como indivíduos na família de Deus (Rom. 9:24 a 26), e, portanto, nos tornamos herdeiros da vida eterna (veja João 1:11 e 12; Rom. 8:14 a 17; Gal. 3:26 e 29, e Apoc. 21:7; e confira a ilustração de Paulo dos enxertos à figueira do verdadeiro Israel, Rom. 11). ... O nome Lo-Ami assim significa implica uma anulação do concerto, e a declaração ‘vós sois filhos do Deus vivo,’ sua restauração” (Comentário Bíblico Adventista, vol. 4, pág. 890).
 “Ao passo que no verso 4, Oseias usa o nome ‘Jizreel’ para representar a dispersão do povo, no vs. 11 e no cap. 2 vs. 22 e 23, o profeta emprega ‘Jizreel’ para expressar a disseminação do amor de Deus em direção a Seus filhos” (Ibidem).
6) A Oseias é ordenado apelar para seus irmãos “Ami” e suas irmãs “Ruama”, “Contendei com vossa mãe” (2:2). “O povo de Israel é encarregado a contender, apelar com sua mãe, a nação de Israel, para se arrepender e retornar para Deus ... para que Eu não a despoje, ficando ela nua. Israel seria reduzida à condição que ela tinha quando Deus primeiro a escolheu como Seu povo — uma nação de escravos. Compare com Eze. 16:39” (Comentário Bíblico Adventista, vol. 4, pág. 891).
7) “Ama uma mulher ... adúltera” (3:1). “Embora não especificamente declaro aqui, a referência é, indubitavelmente, à anterior esposa de Oseias. Somente considerando a narrativa nesta luz a experiência torna-se uma efetiva ilustração do amor de Deus pela desviada Israel e Seu desejo para renovar Seu concerto com ela” (Comentário Bíblico Adventista, vol. 4, pág. 896).  
8) “Para o relato da história de Jezabel, veja 1º Reis 16:31; 18:13; 19:1 e 2; 21:5 a 16, e  23 a 25, e 2º Reis 9:30 a 37. Pareceria que, como Jezabel patrocinou a adoração de Baal em Israel, 1º Reis 21:25, assim nos dias de João, alguns falsos profetas estavam tentando desviar a igreja em Tiatira. ... Como aplicado ao período da história cristã de Tiatira, a figura de Jezabel representa o poder que produziu a grande apostasia dos séculos medievais” (Comentário Bíblico Adventista, vol. 7, pág. 751).  
9) Emético (do grego, “emetikos,” < “emeein”), adj. e s.m., que ou o que provoca o vômito; que induz a vômito; vomitório. 
Muitos dizem que a igreja adventista é uma igreja rejeitada, VOMITADA, devido a esta declaração de Apoc. 3:16. Entretanto ao analisarmos a tradução literal vemos que “méllou,” do grego, significa “estou a ponto de vomitar-te,” o que denota não ter tal fato ocorrido; mesmo porque, fosse este o caso, não faria sentido Cristo estar apelando à Sua igreja (se ela já tivesse sido rejeitada), para que comprasse dEle os três elementos da justificação pela fé listados no verso 18: o “ouro provado no fogo,” que é a fé e o amor; “roupas brancas,” a pureza do caráter de Cristo, a justiça de Cristo, e, terceiro, “colírio,”  o discernimento espiritual.
Temos, em português algumas traduções bíblicas que vertem similarmente: a Nova Versão Internacional, que traduz,estou a ponto de vomitá-lo;” a Bíblia de Jerusalém e a versão da Sociedade Bíblica Britânica, que interpretam “estou para te vomitar;”

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