Para 20 a
27 de abril de 2013
Em muitos aspectos, Amós é um livro triste de se ler. A realidade da antiga
adoração de Baal e a adoração de ídolos era o culto do sexo. "Qualquer um e seu irmão dormem com a
‘prostituta sagrada’ —
um sacrilégio contra o Meu santo nome" (Amós 2:7, Peterson1). Foi
paganismo obsceno importado para a cultura sagrada de Israel, o verdadeiro povo
de Deus na Terra. Tornou-se tão difundida que, eventualmente, a nação (*de
Israel) foi engolida por nações pagãs e deixou de existir.
Por que estudar Amós? Porque o amor de Deus o inspirou a deixar sua casa
no Reino do Sul e ir até Israel como um missionário para tentar trazê-los de
volta à adoração do verdadeiro Deus (mas só algumas pessoas responderam ao seu
apelo sincero para arrependerem-se). A história do antigo Israel é estranhamente
semelhante à cultura religiosa professada por todos que vivemos hoje. Enquanto
você lê Amós,
você terá a estranha sensação de que ele é o mensageiro de Deus para o nosso
tempo.
Por que, oh! por que, o verdadeiro povo de
Deus foi, tão sem amor, tão mundano, tão apóstata nos dias de Amós? Por
que tantas vezes caíram na sedutora imoralidade sexual dos pagãos? Através de
Amós Deus disse a Israel, amorosamente, que Ele os tinha afligido repetidas
vezes, mas "não vos convertestes a
Mim, disse o Senhor" (Amós 4, u.p. dos versos 8, 9, 10 e 11). Sua disciplina foi praticamente inútil.
Esta dolorosamente triste história foi o fruto direto do padrão do velho
concerto de pensar sobre Deus. Tudo começou no Monte Sinai quando o próprio povo
rejeitou o novo concerto de Deus e abraçou a "escravidão" do velho
concerto, Êxodo 19:4-8; Gál. 4:24. Amós é "verdade presente". Aquelas "dez tribos" perderam-se na história; é
saudável para "nós" considerarmos e tremermos diante de Deus! Não é
este o momento para aprendermos a lição?
A igreja de Laodicéia é "morna", inconsciente de uma grande
pobreza de espírito nesta hora de crise (Apoc. 3:14-21). Será que não devemos
aprender as lições da história?
O profeta Amós implorou ao rei e ao povo a se arrependerem de sua
flagrante injustiça, luxo, extravagância e enorme
licenciosidade — corrupção moral ostentada diante
de Deus, enquanto a nação estava à beira de um
desastre irremediável. Amós disse, "Eles
odeiam na porta ao que repreende, e abominam
ao que fala a verdade" (Amós 5:10). Os sacerdotes tentaram expulsar
Amós do país, 7:10. Mas ele ficou firme e disse-lhes: "Eu vou destruir o palácio de inverno, esmagar o palácio de verão
— Todos os seus edifícios de fantasia. As luxuosas casas serão demolidas, todas
as casas pomposas" (3:15, Peterson). "Israel certamente será levado cativo para fora da sua terra"
(7:17). "Acabou o tempo, ó
Israel! Prepara-te para conhecer o seu Deus" (4:12, Peterson). Essa é
a prometida mensagem de Elias.2
Assim como no cumprimento por João Batista da mensagem de
Elias, também a mensagem que vem "antes
do grande e terrível dia do Senhor" vai "preparar ao Senhor um povo bem disposto" (Lucas 1:17).
Parece que "a mensagem do terceiro anjo, em verdade" (*E. G. White, Review and
Herald, 1º de abril de 1890), Apocalipse 14:1-12, e a "mensagem de Elias,"
(*ambas) são (*uma e) a mesma (*coisa): arrependimento permeando o "corpo
de Cristo" (*a igreja).
A grande reforma protestante de justificação pela fé tem preparado um
número incontável de almas preciosas para reviverem na "primeira ressurreição" (Apocalipse 20:6). Eles podem ser
felizes no reino de Deus para sempre. Agora chegamos ao momento em que o
Espírito Santo irá revelar uma compreensão mais clara da verdade que prepara as
pessoas para a trasladação na segunda vinda de Jesus (cf. 1ª Tessalonicenses 4:
16 e 17) — algo a ver com a "mensagem de
Elias". Ou melhor, entendimentos mais profundos e claros de justificação
e justiça pela fé.
Tal "transformação de corações" é o que a palavra "expiação" significa; aqui está a profecia de Deus do maior ministério de
reconciliação de coração que o mundo já conheceu desde os tempos de Jesus. A
mensagem de Elias é o apelo solene do grande Dia antitípico da Expiação que encerra
a obra de Cristo como Sumo Sacerdote do mundo. É o "Alto Clamor" do anjo
de Apocalipse 18.
Mas o coração que mais precisa de "reviravolta" é o da heroína
no drama do Apocalipse 19:7 e 8 — a alienada futura noiva do Cordeiro, cujo
"casamento" tem sido adiado devido a seu coração frio em relação a Ele.
É uma igreja mundial que ainda não aprendeu a reconhecer sua própria
identidade, para ver a si mesma como ela aparece pateticamente no palco do
universo.
Os estudiosos e líderes de tal igreja mundial têm debatido por muito
tempo como o coração de uma tal massa de um "corpo" unificado possa
ser "transformado" e derretido
em contrição pessoal, mas também contrição corporativa. Não sejamos descrentes;
descrença torna-se aqui o pecado de todos os tempos. "Elias" vai fazer o que parece ser impossível.
Tudo vem junto: a "mensagem
de Elias" é aquela do grande "outro anjo" de Apocalipse 18:1 a 4, é a mensagem final do "evangelho eterno"
de 14:6 a 15; é a poderosa repetição da "queda de Babilônia"
do versículo 8; é a "testemunha" do Senhor Jesus [a mensagem de 1888]3 “ao anjo da igreja em Laodicéia",
a última das sete igrejas da história
(3:14-21); é o
chamado: "sê pois zeloso e
arrepende-te"; é o apelo do Amante Decepcionado em o Cântico dos Cânticos (5:2) à Sua
noiva para consumar a "bodas do Cordeiro" longamente
adiada (19:07, 8) e Elias concilia o
coração dela a Ele! E é isso que significa
"expiação"
- o Dia cósmico do ministério da
Expiação centrada no Santíssimo do santuário celestial. (*Grifamos)
Elias não tinha paciência com os "profetas de Baal", mas ele
tinha uma enorme perseverança e ternura para com o povo. As pessoas eram
ovelhas que tinham sido enganadas por seus pastores que tinham sido apoiados
pelo tesouro nacional. (Qualquer pessoa que ganha o seu sustento administrado com o
dízimo sagrado deve tremer diante de Deus.) (*Grifamos). A indignação
de Elias foi inspirada pelo Espírito Santo. Foi a "honorável indignação"
de Deus expressa em Jeremias 23 e Ezequiel 22 e 34, onde Ele diz: "Ai dos pastores", "pastores", que são "profanos", "que se alimentam a si mesmos."
Veneração egoísta disfarçada como adoração, como ministério, de Cristo! Essa é
a essência do culto a Baal. Deus odeia isto. "O leão rugiu — quem não tem medo? Deus tem falado — o profeta
pode ficar quieto?" "O fato
é que Deus, o Mestre, não faz nada, sem antes dizer aos Seus profetas toda a
história" (Amós 3: 8 e 7, Peterson).
Mas Seu
coração anseia pelas pessoas que são desviadas, especialmente os jovens e as
crianças. A mensagem "de Elias" vai curar corações alienados. A
dureza será derretida. Através da "graça de
Deus", e não através do severo legalismo, raízes de amargura" enterradas serão expostas por aquilo que
são, e um povo vai compor uma unidade preciosa com Jesus (Zac. 13: 1;
Hebreus 12:15). E, é claro, portanto, uma unidade preciosa um com o outro! A mensagem
"de Elias" vai fazer pelo povo de Deus o que fez por ele — o preparou
para a trasladação. Não se engane: Satanás vai se opor à mensagem de condenados ao inferno. Mas, "a graça de
Deus", será muito mais abundante. O povo de Deus vai responder ao seu Sumo
Sacerdote.
- Paul E. Penno
Paulo Penno é pastor evangelista da igreja adventista na
cidade de Hayward, na Califórnia, EUA, da Associação Norte Californiana da
IASD, localizada no endereço 26400, Gading Road, Hayward, Telefone: 001 XX
(510) 782-3422. Ele foi ordenado ao ministério há 38 anos. Após o curso de
teologia ele fez mestrado na Universidade de Andrews. Recentemente ele preparou
uma extensiva antologia dos escritos de Alonzo T. Jones e Ellet J. Waggoner, a
qual está incluída na Compreensiva Pesquisa dos Escritos de Ellen
G. White. Recentemente também ele escreveu o livro “O Calvário no Sinai: A Lei e os
Concertos na História da Igreja Adventista do 7º Dia,” e, ao longo dos
anos, escreveu muitos artigos sobre vários conceitos da mensagem de 1888. O pai
dele, Paul Penno foi também pastor da igreja adventista, assim nós usualmente
escrevemos seu nome: Paul E. Penno Junior. Você pode vê-lo, no You Tube, semanalmente, explanando
a lição da semana seguinte na igreja adventista de Hayward, na Califórnia, em http://www.youtube.com/user/88denver99
Notas:
1) Amós 2:7 na versão “A Mensagem
— A Bíblia em linguagem contemporânea,” do pastor presbiteriano Eugene H.
Peterson. A Almeida Fiel diz: “Um homem e
seu pai entram à mesma moça, para profanarem o Meu santo nome.”
[2] "Nesta época, pouco antes da segunda vinda de Cristo nas nuvens
do céu, Deus chama homens que preparem um povo que subsista no grande dia do
Senhor .... Nestes últimos dias o Senhor está dando mensagens ao Seu povo,
através dos instrumentos que Ele escolheu, e todos teriam atenção as
advertências e avisos que Ele envia. A mensagem que precedeu o ministério
público de Cristo era: Arrependei-vos ... A nossa mensagem
não é para ser uma mensagem de paz e segurança. Como pessoas que acreditam no
breve aparecimento de Cristo, temos uma mensagem definida para transmitir, — ‘Prepara-te para te encontrares com o teu Deus" (Amós 4:12).
(Ellen G. White, "No Espírito e Poder de Elias," The Southern Watchman, edição de 21 de março, 1905).
[3] "A mensagem que nos foi
dada por A. T. Jones e E. J. Waggoner é a mensagem de Deus para a igreja de
Laodicéia, e ai de quem professa crer na verdade e ainda não reflete a outros
os raios dados por Deus" (Materiais de Ellen G. White sobre 1888, vol. 3,
pág. 1.052).
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