quinta-feira, 29 de março de 2012

Lição 13 - A Promessa de Sua Vinda, por Mark Duncan

Para 25 a 31 março de 2012

Para quem crê na mensagem de 1888, a doutrina da segundavinda de Cristo representa uma parte de um dilema. Nós não temos nenhuma dúvidasobre o fato de que Jesus voltará, literal, física, visível e pessoalmente aesta terra para receber seus filhos que O esperam. No entanto, o assuntotorna-se mais e mais difícil de se discutir a cada ano que passa. Por quê?Porque cremos que a mensagem de 1888 foi enviada para preparar um povo para atrasladação, que agora está com mais de um século de atraso. A própria mensagem1888 foi-nos outorgada provavelmente um pouco tarde, se levarmos em conta ocenário ideal apresentado no espírito de profecia.
Vamos rever o nosso passado; entenderonde estamos no fluxo da história recente, e enfrentar a esperança, a desilusãoe a perplexidade associadas a esta preciosa doutrina.
Em João capítulo 14, encontramos umapassagem favorita dos adventistas que torna clara a promessa de Jesus. "Não se turbe o vosso coração; credesem Deus, crede também em Mim. Na casa de Meu Pai há muitas moradas, se não fosse assim, euvo-lo teria dito. Vou preparar-vos lugar. E quando eu for, e vos prepararlugar, virei outra vez, e vos levarei para Mim mesmo, para que onde Eu estiverestejais vós também" (João 14:1-3). Esta é a "bem-aventurada esperança" (Tito 2:13). É uma promessa preciosa, um destino irrevogável.Ansiamos por ver o cumprimento desta promessa. É o que nos permite compreendero mundo, e dá sentido à nossa existência, por vezes misteriosa neste planeta.
Quando olhamos para trás, em Gênesis,entendemos de onde viemos. Entendemos as perplexidades, os problemas, assituações terríveis que às vezes enfrentamos ou percebemos na vida dos outros.A vida não é sem sentido para um adventista do sétimo dia, porque sabemos que há uma grande controvérsiaacontecendo, e nós às vezes somos os objetos diretos da malícia de Satanás.Apesar de não compreender totalmente as razões para tudo o que somos chamados asuportar, no entanto, a vida tem sentido, e há sempre esperança. Algum dia,todos os mistérios serão explicados, todos os problemas serão resolvidos, cadadecepção fará sentido. Tudo vai, finalmente, fazer sentido ... quandoestivermos finalmente em casa. É aí que um pouco demistério e perplexidade, por vezes, intromete-se em nossas vidas.
Sabemos que este mundo está caminhandopara o retorno glorioso de nosso vitorioso Senhor e Salvador Jesus Cristo. Esteevento é inevitável e dele não podemos escapar. Ele prometeu voltar — e dado o registro das muitas profecias cumpridasno passado, estamos certos de que esta também será cumprida em tempo. Tempo ...que é, por vezes, o desconcertante parâmetro da situação perante nós. QuandoJesus vai voltar? Se formos honestos, esta é a questão problemática queenfrentamos. Jesus não nos disse quando Ele vai voltar, mas Ele nos disse quedevemos saber quando o evento está “próximo, às portas" (Mateus 24:33);(*“perto, às portas,” Marcos 13:29).Além disso, Ele nos deu a Bíblia e o Espírito de Profecia que fornecem umavisão sobre este evento. A inspiração revela que Ele já poderia ter vindo e, naverdade, Ele já deveria ter vindo. Podeser útil rever algumas dessas declarações.
O Senhor projetou que as mensagens deadvertência e instrução dada pelo Espírito ao Seu povo devem ir a todo lugar.Mas, a influência que cresceu a partir da resistência à luz e verdade emMinneapolis, tendia tornar sem efeito a luz que Deus tinha dado ao Seu povoatravés dos Testemunhos. . . Se cada soldado de Cristo tivesse cumprido o seudever, se cada vigia nos muros de Sião tivesse dado à trombeta o sonido certo,o mundo já poderia ter ouvido a mensagem de advertência. Mas a obra está comanos de atraso” (Materiais de Ellen Whitesobre 1888, páginas 1129 e 1130, Ellen White, Boletim Diário da Conferência Geral de 1893, página 419).
"Se aqueles que afirmaram ter umaexperiência viva nas coisas de Deus houvessem feito a obra que lhe foideterminada, como o Senhor ordenou, o mundo inteiro já teria sido advertido, eo Senhor Jesus teria vindo em poder e grande glória" (Ellen White, Review and Herald, 10-6-96).
"Caso houvesse sido executado opropósito divino de transmitir ao mundo a mensagem de misericórdia, Cristo já teriavindo à terra, e os santos teriam recebido as boas-vindas na cidade deDeus" (Ellen White, Testemunhos paraa Igreja, vol. 6, página 450; inicialmente publicado na Ata da União Australiana, de 15 deoutubro de 1898).
"Houvesse a igreja de Cristo feitoa obra que lhe era designada, como Ele ordenou, o mundo inteiro haveria sido,antes disso, advertido, e o Senhor Jesus teria vindo à Terra em poder e grandeglória" (Ellen White, O Desejado deTodas as Nações, págs. 633-634 — escrito 1898).
"Irmãos e irmãs, a partir da luzque me foi dada, eu sei que se o povo de Deus tivesse preservado uma ligaçãoviva com Ele, se tivessem obedecido a Sua Palavra, eles estariam hoje na Canaãcelestial" (Ellen White, BoletimDiário da Conferência Geral de 1903, de 30 de março de 1903).
Em 1844, a serva do Senhorrecebeu uma visão, na qual ela viu Cristo entrar no lugar santíssimo dosantuário celestial. Como Ele estava prestes a fazer essa transição Ele foirepresentado como dizendo: "Esperai aqui; vou para Meu Pai para receber oreino; guardai os vossos vestidos sem mancha, e em breve voltarei das bodas evos receberei para Mim mesmo" (Ellen White, Primeiros Escritos, pág. 55). Por causa das declarações apresentadas acima, eoutras como elas, somos forçados a uma percepção de que, de fato, o casamentodeve estar em andamento. Mas até à presente data, a noiva de Cristo aindanão "se aprontou"(Apocalipse 19:7).
Jesus prometeu voltar. No entanto,entendemos que o tempo deste evento não é uma data fixa no calendário ou umtempo determinado em algum relógio celestial. O "tempo" apontado é otempo quando a noiva estiver pronta. Considerando que não há nada maisimportante para a noiva do que se preparar para o casamento, o atraso deve continuar. O Senhor é paciente conosco. O tempo não é uma verdadeira fonte de perplexidade paraCristo, pois "um dia para o Senhor é como mil anos, e mil anos como um dia" (2ª Pedro 3:8). Ele é eterno, eos Seus anos não falham. Ele não está coagido pelo tempo da maneira como àsvezes nós somos pressionados. No entanto, o tempo é um problema, pelo menos eucreio que deveria ser, pois há umcusto real associado com atraso.
"Os que pensam no resultado deapressar o evangelho, ou impedi-lo, pensam isso em relação a si mesmos e aomundo. Poucos o tomam em consideração em relação a Deus. Poucos tomam emconsideração o sofrimento que o pecado causou ao nosso Criador. Todo o Céusofreu com a agonia de Cristo, mas esse sofrimento não começou nem terminou comSua manifestação na humanidade. A cruz é uma revelação aos nossos sentidosembotados, da dor que o pecado, desde o seu início, acarretou ao coração deDeus. Cada desvio do que é justo, cada ação de crueldade, cada fracasso da naturezahumana para atingir o seu ideal, traz pesar a Deus" (Ellen White, Educação, página 263).
Não é tempo para a noiva começar aolhar para este atraso e "sua relação com Deus"? Não é tempo para a noivacomeçar a considerar o custo do atraso? Só então ela vai encontrar motivaçãosuficiente para aprontar-se.


- Mark Duncan


O irmãoMarcos Duncan é um engenheiro, que vive na cidade de Fort Wayne. Na igrejaadventista que frequenta, localizada no endereço: 228 W. Lexington Ave, Fort Wayne, Indiana, 46.807, USA. ele éancião, pianista, e professor da escola sabatina, mas também faz parte da mesaadministrativa da igreja, nas comissões audiovisual e tecnológica.