Para 15 a 22 de
junho de 2013
A última metade do livro de Zacarias trata dos conceitos de guerra e paz nesta terra e Quem é que vai acabar com a guerra e introduzir a paz. Quando Cristo morreu e ressuscitou, Ele venceu a guerra com Satanás em que Ele conheceu as exigências da lei que a “alma que pecar, essa morrerá” (*Eze.18:4). Mas ele fez mais do que isso, vivendo uma vida sem pecado na carne do pecado, Ele obteve uma justiça que Ele nos dá, se o consentirmos. Isto é o que nos dá a paz, mesmo que o mundo continue a ser um caos.
Os exilados idosos que se lembravam
da glória do templo de Salomão se queixaram de que o novo, que estava sendo
construído, não seria tão maravilhoso. Deus deu a Zacarias uma nova definição
de glória. O novo templo veria o verdadeiro Emanuel. Deus encarnado em carne
humana andaria pelos átrios desta estrutura. Isso deve ter emocionado os
exilados que (if they = se eles) entenderam as
implicações.
A verdadeira paz vem de Deus e só
pode ser estabelecida nos corações que estão em harmonia com Deus. Harmonia com
Deus só é alcançada quando os corações humanos não estão em inimizade com Deus
e Sua lei. No poder humano, isso é impossível, mas quando rendemos nossos
corações a Ele, Ele prometeu que, se não resistirmos, nossas vidas se tornarão
vidas de contínua obediência como se realizássemos os nossos próprios impulsos.1 Por que Cristo teve que vir "em semelhança da carne do pecado"?
Por que não podia simplesmente ter operado um milagre para resolver tudo? Ao
assumir a nossa natureza caída e pecadora, levou-nos nEle à cruz e, assim,
toda a raça humana obteve um veredicto de absolvição. Mas isso não foi o
suficiente. Cristo viveu uma vida sem pecado que produziu uma justiça em carne
pecaminosa que Ele está pronto a dar-nos se estivermos dispostos
(*grifamos). Não admira que Ellen White disse: "A humanidade do Filho de Deus é tudo
para nós. É a corrente de ouro que liga nossa alma a Cristo, e por meio
de Cristo a Deus. Isto deve constituir nosso estudo."2
Até a década de 1940 os estudiosos
adventistas do sétimo dia e os líderes estavam unidos a respeito da natureza de
Cristo. No prefácio do livro de Jean Zurcher, Tocado Por Nossos Sentimentos (Uma
Pesquisa Histórica do Pensamento Adventista Sobre a Natureza Humana de Cristo),
Kenneth H. Wood escreveu em 1996:
"Porque os adventistas, desde o
início, sustentam que Jesus tomou a natureza humana como Ele a encontrou depois
de mais de 4.000 anos de pecado, ministros e teólogos de outras igrejas têm
distorcido essa crença e a usado para desviar o povo da verdade do sábado e das
três mensagens angélicas. ... No princípio dos anos de 1930 um artigo
desafiando três ensinos adventistas, inclusive a natureza de Cristo, apareceu
em The Moody Monthly (O Mensário
Moody). Francis D. Nichol, editor da Review
and Herald (hoje Revista Adventista),
respondeu às acusações escrevendo uma carta ao editor do Moody. Com referência ao
ensino de que Cristo “herdou uma natureza
pecaminosa e decaída", ele disse: "A crença dos adventistas do
sétimo dia sobre esse assunto está claramente fundamentada em Hebreus 2:14-18. Na
medida em que tal passagem bíblica ensina a real participação de Cristo na
nossa natureza, assim nós pregamos."
"A posição colocada pelo Pr.
Nichol era precisamente a crença que a Igreja, bem como muitos respeitáveis estudiosos
da Bíblia não-adventistas, mantiveram através de décadas. Esse era o ponto de
vista sustentado por Ellen White. Ela escreveu:."Tomando sobre Si a
natureza humana em seu estado decaído, Cristo não participou, no mínimo que
fosse, do seu pecado. ... Ele foi tocado com o sentimento de nossas fraquezas,
e em tudo foi tentado como nós somos. E, todavia, não conheceu pecado. ... Não
devemos ter dúvidas acerca da perfeita ausência de pecado na natureza humana de
Cristo" (Mensagens Escolhidas,
livro 1, pág. 256)"3
O Pr. Kenneth H. Wood chegou a dizer
que na década de 1950, quando ele era editor da Revista ouviu “alguns líderes
da igreja dizerem que esse não era o ponto de vista correto — que essa era apenas
a visão de uma ala 'lunática' na igreja"4
Em 1872, a igreja produziu 25 artigos
de fé na Declaração dos Princípios
Fundamentais Ensinados e Praticados Pelos Adventistas do Sétimo Dia, que
declara: "que há um Senhor, Jesus Cristo, o Filho do Pai Eterno, Aquele
por quem Deus criou todas as coisas, e por quem elas subsistem, que
Ele tomou sobre Si a natureza da semente de Abraão, para a redenção de
nossa caída raça; que Ele habitou entre os homens cheio de graça e de
verdade."5
Quando Ellet J. Waggoner foi nomeado
editor-assistente da Signs of the Times,
seu primeiro artigo publicado em 1884, afirmou: "Cristo era sem pecado; a
lei estava em Seu coração. Como o Filho de Deus Sua vida era mais excelente do
que as de todos os seres criados, quer no céu ou na terra."6
Alonzo T. Jones (o outro
"mensageiro” de 1888) concordou com a cristologia de Waggoner: "A
figura é ... "Este vestido fiado nos teares do céu, não tem um fio de
origem humana. Irmãos, aquela roupa foi tecida em um corpo humano. O corpo
humano — a carne de Cristo — foi o tear, não foi? Aquela veste foi tecida em
Jesus; na mesma carne que você e eu temos, pois Ele tomou parte da mesma carne
e sangue que temos. Aquela carne que é sua e minha, que Cristo suportou neste
mundo — foi o tear no qual Deus teceu aquela roupa para você e para mim usarmos
na carne, e Ele quer que nós a usemos agora, assim como quando a carne é feita
imortal no final!"7
Isto dá algum pano de fundo não só
sobre os pontos de vista defendidos pelos nossos pioneiros, mas também enfatiza
a importância de uma compreensão consciente do motivo pelo qual a natureza de
Cristo é tão importante para os pecadores. Não havia necessidade de Cristo elaborar, à força de trabalho, um caráter perfeito para Adão antes da
queda, assim Cristo tomou a natureza do Adão caído, que somente então precisava
de resgate.
Zacarias usa a metáfora de ovelhas,
tanto a ovelha perdida, por causa de inúteis, indiferentes pastores, e ovelhas
protegidas, e cuidadas pelo Bom Pastor, quando as ovelhas valorizam a proteção.
Então, em Zacarias capítulo 12 a mente do leitor é direcionada para a frente "naquele dia". ... Eu
derramarei sobre a casa de Davi e sobre os habitantes de Jerusalém, o Espírito
de graça e de súplicas; para que quando eles olharem para Mim a Quem
traspassaram, Me pranteiem. ... (Vs. 10-11).
Há muita esperança para nós nesses
versículos. O Bom Pastor vai reunir tanto a liderança de Israel bem como os membros
do povo de Israel moderno juntos no fim dos tempos. Um espírito de compaixão é
derramado de Ágape, de Deus, e um
espírito de súplica que ilumina a Terra com uma manifestação da glória de Deus
e ela muda as pessoas. Por causa da compaixão que lhes foi dada, a mensagem de
súplica é dada. Qual é a súplica? É nada menos que a mensagem final de Elias
que pede à humanidade para tomar sua decisão. Será que eles querem permanecer
na proteção do Bom Pastor, ou eles vão resistir?
Por que essa demonstração do tempo do
fim depende de uma compreensão adequada da natureza de Cristo? A pré-caída
natureza de que Adão desfrutava antes do pecado entrar, foi definida por uma
linha clara: No dia em que dele comerdes (da árvore), vocês certamente morrerão.
Enquanto eles não "comessem dele" obediência viria naturalmente. Mas aquela
natureza, se não mudasse, não precisava de redentor. Jesus tinha colocado as
prerrogativas da divindade de lado, então Ele não poderia determinar a cada dia
que Ele viveu uma vida pura. Mas pelo poder do Espírito Santo, Ele resistiu às mais
severas tentações, tanto no Getsêmani como na cruz em nossa natureza caída e
pecaminosa. Esta é a fé de Jesus. Ele não estava usando Sua natureza divina
para ajudar a Si mesmo, por isso Ele demonstrou ao universo que Satanás estava
errado. É possível para Deus, através do Seu Espírito, produzir um caráter sem
pecado em carne pecaminosa. Ele dá essa justiça vitoriosa para aqueles que estejam
dispostos a aceitar e começa a mudar os caracteres, mesmo antes que Ele venha.
"Antes que o fim venha, e ao tempo da vinda de Cristo, precisa
haver no mundo um povo, não necessariamente grande em proporção ao número de
habitantes da Terra, mas grande o suficiente para ser conhecido em todo o
planeta, e em quem 'toda a plenitude de
Deus’ seja manifesta, assim como o foi em Jesus de Nazaré. Deus demonstrará
ao mundo que o que Ele fez com Jesus de Nazaré, fá-lo-á com qualquer um que se
renda a Ele."8
Esta demonstração vai finalmente
acabar com a guerra entre Cristo e Satanás, que se opôs o plano de Cristo para
salvar a humanidade, afirmando que era impossível guardar a lei de Deus. Ao
nossos caráteres tornarem-se mais semelhantes ao de Cristo, através do fogo do
sofrimento, encontramos paz em confiar que Deus fará o que Ele diz que vai
fazer, que é terminar a obra que Ele começou em nós até o dia de Cristo Jesus
(Fil. 1:6 ).
- Arlene Hill
Notas (a 4ª e a 6ª são do tradutor):
[1] cf. O Desejado de Todas as Nações, pág. 668. “Toda a verdadeira obediência vem do coração, donde
procedia também a de Cristo. E se consentirmos, Ele por tal forma Se
identificará com os nossos pensamentos e ideais, dirigirá nosso coração e
espírito em tanta conformidade com o Seu querer, que, obedecendo-Lhe, não
estaremos senão seguindo nossos próprios impulsos. A vontade, refinada,
santificada, encontrará seu mais elevado deleite em fazer o Seu serviço. Quando
conhecermos a Deus como nos é dado o privilégio de O conhecer, nossa vida será
de contínua obediência. Mediante o apreço do caráter de Cristo, por meio da
comunhão com Deus, o pecado se nos tornará aborrecível.”
Atenção, li rapidamente as páginas 26 a 28 de CAMINHO a CRISTO, se alguém detectar a conexão com a idéia da autora, favor no-la indicar.
Atenção, li rapidamente as páginas 26 a 28 de CAMINHO a CRISTO, se alguém detectar a conexão com a idéia da autora, favor no-la indicar.
[2] Mensagens Escolhidas, livro 1, pág. 244. “Devemos aproximar-nos deste estudo com a
humildade de um discípulo, de coração contrito. E o estudo da encarnação de Cristo é campo frutífero, que recompensará o
pesquisador que cave fundo em busca de verdades ocultas” (ibidem).
[3] Jean Zurcher, Tocado por Nossos Sentimentos, págs. 16 e17. (Na tradução de Cesar
L. Pagani, IEST Publicações, está no meio da pág. 13). Considerando a clara
posição do Espírito de Profecia apontada pelo Pr. Nichol a respeito do assunto,
isto equivale dizer que aqueles líderes afirmaram que Ellen G. White é da “ala
lunática” ('lunatic
fringe') na igreja.
4) Ídem, págs. 17 e 18 (Na tradução de
Cesar L. Pagani, IEST Publicações,
está no último parágrafo da pág. 13).
[5] Ídem, pág. 47. (Na tradução de Cesar
L. Pagani, IEST Publicações, está às
págs. 43 e 44). Citando Review and Herald,
2 de janeiro de 1872 (itálicos supridos).
6) Idem, pág.68 (Na tradução de Cesar L.
Pagani, IEST Publicações, está ao
final da pág. 62).
[7] Boletim da Conferência Geral de 1893, pág. 207.
[8] Ellet J. Waggoner, como citado em Zurcher, à pág. 73. (Na tradução de Cesar L. Pagani, IEST Publicações, está no meio da pág. 68). The Everlasting Covenant (O Concerto Eterno), pág. 366.
Arthur G. Daniels, o homem que mais
tempo presidiu a Conferência Geral, (1901-1922) recomendou esse livro de
Waggoner a Wiliam C. White, (filho da irmã White) numa carta datada de 12 de
maio de 1902: “Estou profundamente convencido de que algo deve ser feito para
colocar um dilúvio de luz nos lares de nosso povo. Não conheço um livro melhor
para fazer isso, além da Bíblia, do que o do irmão Waggoner” (citado em Albert
V. Olson, Through Crisis to Victory,
Da Crise à Vitória, pág. 231).
Este livro você o tem, gratuitamente,
em nosso Blog agape-edicoes.blogspot.com no ano de 2010,
meses de julho, agosto e setembro, quando então estudamos o tema “A
Redenção em Romanos”.
Naquele mesmo trimestre
disponibilizamos também de Waggoner o livro “Carta aos Romanos,” no mês de
julho de 2010.
A irmã Arlene Hill
é uma advogada aposentada da Califórnia, EUA. Ela agora mora na cidade de Reno,
estado de Nevada, onde é professora da Escola Sabatina na igreja adventista
local. Ela foi um dos principais oradores no seminário “É a
Justiça Pela Fé, Relevante Hoje?”, que se realizou na sua igreja em
maio de 2010, a
Igreja Adventista do Sétimo Dia, localizada no endereço: 7125 Weest 4th
Street , Reno, Nevada, USA, Telefone
001 XX (775) 327-4545; 001 XX (775) 322-9642.
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