sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Lição 7 -- O Trabalho dos Profetas

Nossa lição desta semana mostra como dos profetas, incluindo Ellen White, são exigidos por Deus fazer coisas que eles prefeririam não fazer. Isto é especialmente verdadeiro quando são chamados a dar instrução e reprovação a indivíduos. Invariavelmente, o profeta é criticado embora a mensagem realmente venha de Deus.

Geralmente, o trabalho de um profeta é pregar o Evangelho: Jesus Cristo e Este crucificado. Se isso é verdadeiro, por que Deus pede que profetas entreguem mensagens impopulares de reprovação a indivíduos e grupos? É possível que necessitemos individualmente ser advertidos quando temos “filtros” pessoais que interferem ou nos previnem de ouvir o Evangelho?

Uma mensagem que põe a glória da humanidade no pó é exatamente tal mensagem:

O escândalo da cruz é que a cruz é uma confissão da fragilidade e pecado humanos e da incapacidade de fazer qualquer coisa boa. Tomar a cruz de Cristo significa depender unicamente dEle para tudo, e esta é a humilhação de todo orgulho humano. Os homens gostam de sentir-se independentes. Mas ao a cruz ser pregada, e tornar-se conhecido que não há no homem nenhuma coisa boa, e que tudo deve ser recebido como um dom, imediatamente alguém é ofendido” (E. J. Waggoner, Boas Novas, pág. 113).

Quando a mensagem especial de Cristo nossa Justiça primeiro foi dada à nossa igreja nos anos das décadas de 1880 e 1890, a profetisa de nossa igreja conectou a recepção dela com a do Israel antigo:

“Agora, quero que você seja cuidadoso, cada um de vocês, que posição você toma,... ao ver imperfeições;... e os julga [Jones e Waggoner] por isso. ... Você deve ver se Deus está operando por meio deles, e então deve reconhecer o Espírito de Deus que é revelado neles. E se você escolher resisti-lo você estará agindo como os judeus agiram” (Manuscrito 2, 1890; Sermão de E.G.W, pregado em 9 de março de 1890; Materiais de Ellen G. White sobre 1888, vol.. 2, págs. 608, 609, grifamos).

Freqüentemente, Israel atacou seus mensageiros ou com ameaças ou perseguição física real. Para evitar isto, eles foram forçados a fugir. O paralelo com 1888 é que Ellen White foi enviada à Austrália, e Waggoner à Inglaterra. Ela escreveu:

“O Senhor não estava em nossa saída da América. ... Os que estavam cansados dos testemunhos dados foram deixados sem as pessoas que os entediavam. Nossa separação de Battle Creek foi para deixar os homens seguirem o próprio caminho e vontade, ...” (Carta 0-127-1896, escrita ao Pr. O. A. Olsen1, em 1º de dezembro de 1896, de Sunnyside, Austrália, e que você pode encontra-la na série Materiais de Ellen G. White sobre 1888, vol.. 4, pág. 1622).

O profeta Micaias tinha estado quase esquecido quando Josafá perguntou a Acabe se havia ainda outro profeta que pudesse revelar-lhes a vontade do Senhor. Acabe lembrou-se de Micaias, mas acrescentou: “eu o odeio, porque nunca profetiza o bem a meu respeito, mas somente o mal” (1º Reis 22:8).

O paralelo de 1888 foi registrado:

“Alguns vêm cultivando ódio contra os homens a quem Deus comissionou para dar uma mensagem especial ao mundo. Eles começaram essa satânica obra em Minneapolis. Mais tarde, ao verem e sentirem a demonstração do Espírito Santo, que testificava que a mensagem era de Deus, odiaram-na ainda mais, pois eram um testemunho contra eles” (Testemunhos para Ministros e Obreiros Evangélicos, págs. 79, 80).

Ellen White ligou a experiência de Israel à da igreja da adventista, associando nossa experiência com uma demora do Segundo Advento:

“A história do antigo Israel é uma surpreendente ilustração da experiência passada do adventismo. Deus dirigiu Seu povo no movimento do advento, exatamente como dirigiu os filhos de Israel ao sair do Egito. Na grande decepção sua fé foi testada como o foi a dos hebreus no Mar Vermelho. Se eles ainda confiassem na mão que os guiara, que tinha estado com eles em sua experiência passada, eles veriam a salvação de Deus. Se todos que tinha trabalhado unidamente na obra em 1844 tivessem recebido a mensagem do terceiro anjo e a proclamou no poder do Espírito Santo, o Senhor teria operado poderosamente com seus esforços. Uma inundação de luz teria brilhado sobre o mundo. Anos atrás os habitantes da terra teriam sido advertidos, o trabalho final completado, e Cristo teria vindo para a redenção do Seu povo” (Da série The Spirit of Prophecy (O Espírito de Profecia), vol. 4, pág. 291; ênfase adicionada). “

A mensagem de Cristo Justiça Nossa foi dada à nossa igreja para fortalecer-lhe a fé como um grupo corporativo, que estaria pronto para ficar de pé nos principais acontecimentos até o advento final de Cristo. As vezes quando Deus teve que executar julgamento são sempre notáveis pela necessidade de nada mais que fé. Os que confiaram no que pensavam ser fé mais seu bom desempenho, não acharão nenhuma garantia para estarem firmes durante a provação. Como cinco das virgens eles compreenderão seu erro, mas não haverá nenhum tempo de aprender e de receber o dom da fé. Nada há que a natureza humana possa fazer que os apoiará neste tempo terrível.

Desde que foi dado pela profetisa e pelos mensageiros “credenciados do Céu”, a própria mensagem tem sido analisada, dissecada, dissolvida, criticada, ignorada, descaracterizada, e, por alguns poucos, aceita. Em alguns casos, foi mesmo difícil achar a mensagem porque suspeita e equívoco mantiveram a informação e livros em cofres ou em prateleiras das livrarias fora do alcance das pessoas.

Nós, como uma igreja não necessitamos do trabalho de outro profeta para nos dar alguma nova mensagem. Não faz sentido os irmãos leigos sentarem-se esperando para este ou aquele líder aceitar e ensinar esta mensagem. Os que dentre nós fomos privilegiados por Deus em tomar conhecimento desta “mui preciosa mensagem” não devemos mantê-la escondida, como se fosse para beneficiar somente a nós. Somos responsáveis a continuar o trabalho dos mensageiros. Necessitamos retornar à original mensagem simples, e estudar para entendê-la de tal modo que nós a possamos aceitar e ensiná-la ao nosso povo.

Como os antigos profetas e a história mais recente, todos crentes são comissionados a pregar o verdadeiro Evangelho sem ter em conta sua recepção. Em assim fazendo, Deus nos envolve no aspecto mais importante do trabalho de um profeta: compartilhar a Boa Nova
—Arlene Hill

Tradução de João Soares da Silveira

Nota: 1º) Leia o artigo: “Carta de Ellen White ao Presidente da Associação Geral”