quinta-feira, 14 de junho de 2012

Lição 11 – Levando Informação à Igreja, por Ellet J. Waggoner

Para 9 a 16 de junho de 2012

"Em quase todas as áreas da vida, a comunicação eficaz é a chave para a compreensão" (citado da lição de segunda-feira). No mundo de hoje, podemos experimentar a "sobrecarga" de comunicação através de relatórios que recebemos via e-mail, Facebook, Twitter, TV, revistas, boletins, jornais e Internet em geral. Nos dias em que há uma notícia de um grande evento, muitos relatórios são emitidos por muitas agências, por diversos indivíduos, que nos perguntamos: qual é verdadeiro.
Nossa amada Igreja Adventista do Sétimo Dia tem experimentado muitos eventos que têm sido dignos de "notícias", mas há um em particular que tem sido falado, escrito a respeito, e discutido por mais de um século. E, em vez de trazer a unidade à igreja, o que o Senhor pretendia, a divisão vem por causa daqueles que a rejeitam. Qual foi esse evento? A sessão da Conferência Geral de 1888.
Temos o nosso próprio "Muro das Lamentações"? Uma área de disacordia gira em torno da "chuva serôdia". Reflita sobre o fluxo interminável de apelos e chamados à oração que vêm com leituras de Semana de Oração anuais, sermões de reuniões campais, sessões da Conferência Geral e Consilhos anuais, apelando aos fiéis adventistas do sétimo dia para orarem para que o Senhor cumpra Sua promessa de que Ele abrirá as janelas do céu para derramar sobre o Seu povo os chuveiros refrescantes da chuva serôdia, que consistiria em um dom supremo do Espírito Santo para amadurecer o grão do evangelho para a "colheita" de almas. Esta chuva vai guiar ao alto clamor da mensagem do terceiro anjo — a iluminação final e gloriosa do mundo. Foi-nos dito em 1850 que "o tempo está quase terminado" (Primeiros Escritos, pág. 64). Na verdade, a honra do Deus dos pioneiros está envolvida (*nesta promessa). É Ele fiel? Está Ele ainda vivo?
Mas, como os judeus, nossos antepassados ​​(*pioneiros) não conseguiram reconhecer o dom celestial, assim como aqueles que rejeitaram o seu Messias há dois mil anos. Assim como uma rachadura fina na terra em Qumran escondia a presença de fabulosos e ricos manuscritos em uma caverna escondida, uma revelação despretensiosa na The Review and Herald de 22 de novembro de 1892, declarou:
"O tempo de prova está exatamente diante de nós, pois o alto clamor do terceiro anjo já começou na revelação da justiça de Cristo, o Redentor que perdoa os pecados. Este é o início da luz do anjo cuja glória há de encher a Terra" (Mensagens Escolhidas, vol. 1, págs. 362 e 363, grifamos).
Desde a Conferência de 1888, e nos anos que se seguiram, Ellen White parecia obcecada com o fato de que nós estavamos repetindo a tragédia dos judeus, e "falou" sobre este tema em palestras e em artigos da Review and Herald. Em 1890 ela se atreveu a levar a mensagem diretamente para o próprio povo:
"Nós não devemos ser encontrados procurando subterfúgios, e colocando ganchos para pendurar nossas dúvidas em relação à luz que Deus nos envia. Quando um ponto de doutrina que você não entende vem à sua atenção, vá a Deus de joelhos, para que você possa entender qual é verdade, e não ser encontrado, como fizeram os judeus, lutando contra Deus” (The Review and Herald, de 11 de março de 890).
Mas havia também uma boa nova em sua "exposição". Em um relatório de uma reunião campal, em Ottawa, no estado americano de Kansas, Ellen White escreveu: "Em todas as reuniões desde a Conferência Geral de 1888, as almas têm ansiosamente aceito a preciosa mensagem da justiça de Cristo.1 Agradecemos a Deus que existem almas que percebem que eles estão precisando de algo que não possuem — o ouro da fé e amor; as vestes brancas da justiça de Cristo, e o colírio do discernimento espiritual. Se você possui esses dons preciosos, o templo da alma humana não vai ser como um santuário profanado. Irmãos e irmãs, convido-vos, em nome de Jesus Cristo de Nazaré, para trabalharem onde Deus trabalha. Agora é o dia da graciosa oportunidade e privilégio" (Idem, de 23 de julho de 1889).
Mais uma vez: "Aqueles que estavam em South Lancaster no inverno passado [para ouvirem Jones e Waggoner] sabem que a igreja e a escola foram movidos pelo Espírito de Deus .... A luz estava brilhando do trono de Deus, e para que? - É para que um povo possa ser preparado para estar em pé no dia de Deus" (ídem, de 4 de março de 1890).
Em 04 de fevereiro de 1890 Ellen White relatou aos irmãos reunidos em Battle Creek: "Eu considerei um privilégio estar ao lado de meus irmãos [Jones e Waggoner] e dar meu testemunho com a mensagem para este tempo .... Suponha que você apague o depoimento que vem sendo dado durante estes últimos dois anos proclamando a justiça de Cristo, a quem você pode apontar como trazendo luz especial para o povo? Esta mensagem, tal como foi apresentada, deve ir a qualquer igreja que afirma crer na verdade" (Idem, de 18 de março de 1890; Isto está também na Coleção de Materiais de  Ellen G. White sobre 1888, vol.2, pág. 545).
Robert J. Wieland uma vez relatou uma experiência de mudança de vida resultante de um relatório da missão:
"Como indigno servo do Senhor fui enviado por um conselho missionário da igreja para a África Oriental na era quase pré-histórica de 1945. Uma razão pela qual eu estava ansioso para ir: Um relatório da igreja estava informando, com entusiasmo, que a "chuva serôdia" do Espírito Santo estava caindo em Ruanda, evidenciada pelas grandes adesões de adeptos através de batismos. Havia fotografias de pessoas que cobriam encostas de colinas em 'reuniões campais’. Além disso, conversões em massa foram relatadas na área do Lago Vitória no Quênia. As pessoas, muitas delas, tinham vindo apenas recentemente do paganismo; eles tinham dificuldade em distinguir desenvolvimento econômico (o que eles naturalmente queriam) com o ser ‘Cristianizados’.
"Entretanto, fui nomeado para a vizinha Uganda onde havia uma rica história de martírios que remontavam à década de 1880. As pessoas eram alfabetizadas;. Eles tinham história de reinos que remontavam ao século 16, e um elevado nível de sofisticação. Os cristãos protestantes amavam a Bíblia e a consideravam como a única regra de fé. Nossa missão especial foi considerada como uma intrusa, e ‘conversões’ para a Igreja (*adventista) eram lentas.
"Quando eu aprendi a língua e cheguei a conhecer as pessoas, tornou-se dolorosamente evidente que as conversões em massa em Ruanda não eram a ‘chuva serôdia’ bíblica, apepsar das histórias de milagres. Elas eram a ‘chuva temporã’. O conhecimento do evangelho era superficial; ... as profecias de Daniel e Apocalipse, que Jesus ordenou a todos nós para 'entendermos’ (*Mat. 24:15), eram quase desconhecidas, mas as pessoas se aglomeravam em adesão à 'igreja'.
"Também desconcertante era a fome para compreender a justificação e justiça pela fé em Romanos, Gálatas, etc. O 'evangelho' devia produzir pureza de vida, pessoas transformadas, um povo levantado para encontrar Jesus Cristo quando Ele voltasse em Sua segunda vinda.
"Todos nós esperamos o final 'evangelho eterno' que vai 'iluminar a terra com a glória’ (*Apoc. 18:1). A 'chuva serôdia' irá preparar o seu caminho, mas vamos lembrar que quando o Senhor ‘derramar' o Espírito Santo, Seu primeiro trabalho será o de desmascarar e condenar o pecado (João 16:8), uma mensagem reconfortante, pois, afinal, nos reconciliará com Deus,. " (Tirado do Dial Daily Bread, o devocional diário de 22 de julho de 2007.
Ao "reportar" há um perigo em dar detalhes sobre o que "nós" fizemos ou estamos fazendo. Toda a glória deve ser dada a Deus. Como a nossa lição nos diz: "por meio de relatórios fiéis, Deus é glorificado" (Quinta-feira).
"Se acautele de uma crença doentia, mas, mais cauteloso ainda, em relatá-la"

(Ellet J. Waggoner, The Signs of the Times, de 25 de maio de 1888).
--Compiled by Carol A. Kawamoto

Nota do tradutor:

1)                 Estas reuniões a que ela se refere, foram realizadas por ela juntamente com os pastores Waggoner e Jones, por iniciativa pessoal deles, sem patrocínio oficial algum da Organização, após a rejeição da liderança à mensagem de 1888. Na verdade houve um certo desconforto por parte dos nossos líderes, e pouco tempo depois o trio foi dividido. Ellen White enviada à Austrália e um dos mensageiros para a Europa. Como você classificaria a declaração da Serva de Deus, ao embarcar dizendo: “—Deus não está nesta nossa partida para a Austrália, nós seriamos mais úteis na direção da obra em Battle Creek? Ela estava se declarando missionária voluntária? Ou exilada?

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