terça-feira, 9 de abril de 2019

Lição 2—As escolhasa que fazemos, por --Ann Walper




Para 6 a 13 de abril de 2019


O casamento e o sábado do sétimo dia são as duas instituições divinamente designadas que nos mostram o caráter de nosso Deus Criador, que tanto nos criou como nos redimiu, e de Quem devemos aprender a depender en todas as nossas necessidades.
Dos índices de divórcio nos Estados Unidos, parece que muitas pessoas não fazem as escolhas certas ao escolher a pessoa que se tornará seu companheiro(a) de vida. Existem vários critérios que os indivíduos usam para formar seus ideais de parceiro para o casamento, mas o mais importante deve ser a compatibilidade em questões espirituais. Quando dois se tornam um no casamento, suas ideias sobre Deus e adoração devem estar alinhadas para uma parceria de vida bem-sucedida. É por isso que Paulo nos adverte: "não vos prendais a um jugo desigual" (2ª Cor. 6:14).
No casamento, tornamo-nos intimamente “um” com o nosso cônjuge, e através da submissão mútua obtemos uma noção do que Deus pretende que sintamos em relação a Ele. Quando vemos o “quadro maior” do concerto eterno, descobrimos que a Divindade, como entidade unida, estava disposta a submeter-Se completamente em seu “casamento” com a raça humana. Este compromisso total tornou-se visível com o Filho tornando-Se “um” com a raça humana em Sua encarnação. Somente através de Cristo, nosso Redentor, existe salvação do pecado, e essa salvação veio a um custo muito alto.
Deus estava disposto a renunciar a Sua própria existência para nos salvar da destruição eterna. Nenhum ser humano jamais demonstrou amor igual ou maior por seu cônjuge. "Pense nisso; Deus jurou por Si mesmo! Isto é, Ele jurou a Si mesmo, e Sua própria existência, para nossa salvação em Jesus Cristo. Ele se colocou como fiador. Sua vida pela nossa, caso nos perdermos enquanto Nele confiando. Sua honra está em jogo ... Pense no que estaria envolvido na quebra dessa promessa e desse juramento. A palavra de Deus, que traz a promessa, é a palavra que criou os céus e a terra, e que os sustenta."1
O juramento de Deus é realmente uma promessa de sua própria existência. Ele jurou por si mesmo. Ele declarou que sua vida seria perdida se sua promessa falhar. ... Sobre a existência de Deus depende da existência dos céus. Mas Ele empenhou Sua própria existência para o cumprimento de Suas promessas. Portanto, a existência dos céus, sim, de todo o universo, depende do cumprimento das promessas de Deus ao pecador crente. não importa quão indigno, ou insignificante, ou obscuro, deveria vir ao Senhor pedindo sinceramente perdão e santidade, e deveria falhar em recebê-lo, naquele instante todo o universo se tornaria caos, e desapareceria da existência. Mas as estrelas ainda mantêm seus lugares no céu, como uma prova de que Deus nunca falhou com uma única alma que depositou sua confiança Nele, e como uma garantia de que Suas misericórdias não fracassam”.2
A verdadeira guarda do sábado é uma parte importante da promessa do concerto eterno. Aprendemos a nos submeter a Deus e descansamos completamente em Sua promessa a nós de nos salvar de nossos pecados. Deus disse que “devemos entrar em Seu descanso” porque “aquele que entrou em Seu descanso, também cessou de suas próprias obras, como Deus o fez” (veja Heb. 4: 9-11). “Deus se comprometeu. Deus está sob obrigações, não para com o homem, mas para Si mesmo; porque Ele jurou por Si mesmo [ver Heb. 6:13]. Alguns devem vir e entrar naquele descanso, a fim de salvar de impedir que Deus quebre O Seu juramento. Deve ser assim.”3
Toda a mensagem do Evangelho é focada na consumação do “casamento do Cordeiro”. A mensagem daquele Cordeiro para a igreja de Laodicéia é: “Conheço a tua nudez e tenho o remédio; volta para o teu Marido e recebe de Mim as vestes das bodas”. Quando a noiva finalmente der ouvidos a esta mensagem, então será ouvida “a voz de uma grande multidão, e como a voz de muitas águas, e como a voz de trovões poderosos, dizendo: Aleluia: porque o Senhor Deus onipotente reina. Vamos nos alegrar. Regozijai-vos e deleitai-vos,  porque vindas são as bodas do Cordeiro e já a sua esposa se aprontou” (Apo. 19: 6,7).
Aquele vestido de casamento é o manto de justiça de Cristo. “Os convivas das bodas de casamento foram inspecionados pelo rei. Só foram aceitos os que obedeceram aos seus requisitos e usaram as vestes nupciais. Assim é com os convidados na festa do evangelho. Todos devem passar pelo escrutínio do grande rei, e somente são recebidos aqueles que vestiram o manto da justiça de Cristo”.4
 “Nada pode ser inventado pelo homem para suprir o lugar de sua veste perdida de inocência. Nenhuma vestimenta de folha de figueira, nenhuma roupa de cidadão mundano pode ser usada por aqueles que se sentam com Cristo e anjos na ceia das bodas do Cordeiro. Somente a cobertura que o próprio Cristo providenciou pode nos fazer aptos a comparecer perante a presença de Deus. Esta cobertura, o manto de Sua própria justiça, Cristo porá sobre toda alma arrependida e crente. “— Aconselho-te, diz Ele, a comprar de Mim. . . . vestidos brancos, para que sejas vestido, e que a vergonha da tua nudez não apareça”. Apo. 3:18. Este manto, tecido no tear do céu, não contém um fio de criação humana.5
 “E temos mais, ‘Compra de mim, ouro provado no fogo, e vestes brancas para que possas estar vestido’. E você se lembra da descrição que já tivemos dessa vestimenta, a figura é, ‘aquela veste tecida no tear do céu, na qual não há um único fio de fabricação humana’. Irmãos, essa vestimenta foi tecida em um corpo humano. O corpo humano—a carne de Cristo—foi o tear, não foi? Aquele manto foi tecido em Jesus, na mesma carne que você e eu temos, pois Ele tomou parte da mesma carne e sangue que temos. Aquela carne que é sua e minha, que Cristo carregou neste mundo—esse foi o tear em que Deus tecia aquela veste para você e eu usarmos na carne, e Ele quer que a usemos agora, bem como quando a carne for tornada imortal no final! O que era o tear? Cristo em Sua carne humana. O que foi feito lá? [Algém responde: A vestimenta da justiça.] E é para todos nós, a justiça de Cristo—a vida que Ele viveu—para você e para mim que estamos considerando hoje à noite, esta é a vestimenta.6
As escolhas que fazemos todos os dias determinam se teremos a necessária veste nupcial. Não pode ser comprado com qualquer quantidade de "boas obras", pensamento positivo ou meditação irracional. Nenhuma criação humana pode moldar a roupa que cobrirá nossos pecados. O traje de casamento é um presente do próprio rei.
As escolhas que fazemos todos os dias determinam se teremos a necessária veste nupcial. Não pode ser comprada com qualquer quantidade de “boas obras”, pensamento positivo ou meditação irracional. Nenhuma criação humana pode moldar a roupa que cobrirá os nossos pecados. O traje de casamento é um presente do próprio rei.
 “Agora, então, Ele quer que a vestimenta seja nossa, mas não quer que esqueçamos quem é o tecelão. Não somos nós mesmos, mas é Aquele quem está conosco. Foi Deus em Cristo. Cristo está em nós, assim como Deus estava Nele, e o Seu caráter é estar em nós, assim como Deus estava Nele, e o Seu caráter deve ser tecido e transformado em nós através desses sofrimentos e tentações e provações que encontramos. E Deus é o tecelão, mas não sem nós, é a cooperação do divino e do humano—o mistério de Deus em você e eu—o mesmo mistério que estava no evangelho e que é a mensagem do terceiro anjo. Esta é a palavra do Maravilhoso Conselheiro”.7
Aqui Jones descreveu como o casamento do Cordeiro está para acontecer. O Cordeiro será “um” com a sua noiva. Seu caráer deve ser transformado no caráter do Cordeiro. O Cordeiro habitará com e em Sua noiva, cabendo-lhe assim o seu lugar na corte celestial. Deus está fazendo a transformação. É Sua obra, não nossa. Devemos cooperar com Ele, nos submeter à Sua tecelagem divina. Escolha deixá-Lo completar a Sua obra em nós. 
 “Muitas vezes, irmãos, os fios parecem emaranhados quando olhamos para eles. As malhas parecem todas fora de forma, e não há simetria alguma na figura; não há beleza alguma no padrão como o vemos. Mas o padrão não é de nossa criação, não somos o tecelão, embora os fios se emaranhem e o lançador,  ao passar, fique entupido e saibamos como tudo está saindo, quem está enviando o lançador? Você não precisa se importar, se os fios se emaranharem e você não puder ver nada de belo nele. Deus é o tecelão; Ele pode desembaraçar os fios? Seguramente os desembaraçará”.8
 “Irmãos, deixem-No tecer. Que Ele continue o Seu plano abençoado de tecer toda a nossa vida e experimentar o precioso padrão de Jesus Cristo. O dia está chegando e não está longe quando a última lançadeira avançará, o último fio será inserido no tecido, o último ponto na figura será encontrado completamente e selado com o selo do Deus vivo. Lá esperaremos somente por Ele de que poderemos ser como Ele, porque O veremos como Ele é.”9
Então o clamor subirá do coro celestial, “Aleluia: porque o Senhor Deus onipotente reina. Sejamos alegres e regozijemo-nos e a Ele honramos: porque chegadas são as bodas do Cordeiro, e a Sua esposa já se aprontou”.
É nossa escolha se seremos fiéis em nosso casamento com o Cordeiro e demonstraremos essa fé por meio da verdadeira observância do sábado, descansando completamente em Seu poder e amor.

--Ann Walper

Notas finais:                       
1) E. J. Waggoner, O Concerto Eterno, págs 87 e 88 (edição The present Truth, 2002)

2) E. J. Waggoner, O Evangelho na Criação, págs 114 -116.

3) E. J. Waggoner, Boletim da Conferência Geral, 1º de março de 1897, pág. 7

4) Ellen G. White, Parábolas de Jesus, pág. 312.

5) Idem, pág 311                                                  

6) A. T. Jones, Boletim da Conferência Geral, de 9 de fevereiro de 1893, pág 207.

7) ibidem                                                               

8) Idem, pág. 208                                                  

9) Ibidem                                                                

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Notas:                                                          Notes:

No vídeo deste tema desta semana você pode ver e ouvir o pastor Paul Penno https://youtu.be/kU6aEW3DLk0

Esta lição em inglês está na internet no sitio: http://1888message.org/sst.htm

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Biografia da autora:

A irmã Ana Walper é uma adventista dedicada à pesquisa bíblica e às atividades da igreja. Atualmente ela é diretora dos departamentos de liberdade religiosa; escola sabatina; saúde e temperança, e é coordenadora de uma das unidades evangelizadoras da escola sabatina. É também ativa instrutora bíblica. Profissionalmente é enfermeira padrão, e durante as férias escolares ela trabalha como enfermeira voluntária em acampamentos da juventude adventista nos estados de Tenneessee e Kentucky nos EUA. Ela é também escritora independente já por 16 anos em jornais de sua cidade sobre as boas novas de Cristo e Sua Justiça.

Atenção: Asteriscos (*) indicam acréscimos da tradutora.
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