Para 13 a 20 de abril de 2019
Devemos nos preparar para eventos futuros. Casamento,
paternidade, anos dourados, sim, até a morte (se o tempo durar) precisam de
nossa atenção antecipadamente. Enquanto a vida avança, fazemos planos. Do
começo ao fim, estamos nos preparando para as mudanças da vida e nos aprontando
para o retorno de Jesus. Cada estágio de preparação é importante. Se feita
corretamente, nós e nossos entes queridos ficaremos melhor. Adiar o
planejamento ou renunciar completamente pode trazer sérias consequências.
Por quase 3.000 anos, essas “palavras sábias” do salmista
foram estudadas e ponderadas pelo povo de Deus. "A justiça irá adiante
dele, e fará de seus passos o nosso caminho" (Sal. 85:13, Nova Versão
King James). Somos adventistas do sétimo dia, pessoas que vivem no “tempo do
fim”, no tempo da purificação do santuário celestial, no grande Dia da
Expiação. Se o tempo neste mundo pecaminoso continuasse por outros 3.000 anos,
essas palavras ainda seriam “sábias”. Mas devemos olhar para elas à luz da
“terceira mensagem angélica em verdade”, para tomar emprestado a descrição da
mensagem por Ellen White. que "o Senhor em Sua grande misericórdia nos
enviou" na era de 1888.1
A “Vida Familiar” está negligenciando as verdades da
genuína justiça pela fé. A ênfase na lição está nas coisas que precisamos fazer
para termos lares felizes. A ênfase da Bíblia está nas coisas em que devemos
crer para ter lares felizes, porque é no que cremos que transforma o caráter,
de sermos pessoas mesquinhas e egocêntricas, como somos por natureza, em
pessoas nas quais o eu foi crucificado com Cristo e a Ele é permitido viver Sua
vida dentro de nós (Gál. 2:20). Pessoas autocentradas tendem a ter atrito em
casa; a mudança real e definitiva nas relações familiares vem através da pura
verdade do evangelho de Jesus Cristo, que é o que Ellen White descreveu como “a
mensagem do terceiro anjo em verdade”.
A palavra “expiação” significa reconciliação, com alguém.
Aqueles que aguardam a vinda do Senhor neste Dia da Expiação querem se
reconciliar com todos os membros de suas famílias. Isso exige alguns tremendos
milagres! Nenhum de nós é inatamente mais justo do que os outros, então, os
problemas de desorientação e alienação da família são, na realidade, nossos
problemas “corporativos” como Igreja. Parece estranho orar ao Senhor por
“união” com Ele, se a amarga alienação com os membros da família traz uma sombra
sobre nossas orações.
E vamos falar com compaixão; aqueles que
felizmente foram poupados da amargura da separação ou do divórcio devem
agradecer ao querido Senhor e simpatizar com os que não tiveram tanta sorte. A
discórdia conjugal é um fardo extremamente pesado para carregar! Quando todos “comparecermos
diante do tribunal de Cristo” (2ª Cor. 5:10), se
formos casados, estaremos lá com nosso cônjuge. O Senhor Jesus tem alguma ajuda
especial para nós durante este Dia da Expiação, para o preparo para esse
momento tenso?
Sim, existe a promessa de Deus: “vos enviarei o
profeta Elias, antes que venha o grande e terrível dia do Senhor” (Mal. 4:5). Se a sua imagem
mental de “Elias” é a de um especialista em cortar as cabeças dos sacerdotes de
Baal, reconsidere. Quando “ele” vier, vai se especializar em ministérios de
reconciliação: “Ele converterá o
coração dos pais aos filhos e o coração dos filhos a seus pais” (v. 6). Tal trabalho
não poderia ser bem-sucedido a menos que houvesse também uma mudança nos
corações dos maridos para com suas esposas e esposas para com seus maridos.
Isso não pode ser um trabalho de medo, mesmo
que a cláusula de conclusão diga: “para que eu não venha e fira a terra com
maldição”. Isso dá a impressão superficial do
maior movimento inspirado no medo na história; mas não pode ser, porque o medo
nunca opera o tipo de “reconciliação” que é o assunto do grande Dia da
Expiação. São “corações” que são “convertidos”, e somente o amor pode fazer
esse tipo de “conversão”. E o único amor que pode operar esse estupendo milagre
(que é maior que a criação) é o amor de Cristo.
A vinda de “Elias” significa o ministério da
experiência de ser “crucificado com Cristo”, que por sua vez deve significar a
maior elevação de “Cristo e Ele
crucificado” que já foi conhecido na Terra—e que, claro, será a mensagem
daquele quarto anjo de Apo. 18:1-4.
Como Jesus poderia estar em paz na hora mais
crítica de sua vida? A salvação de um mundo estava na balança—sim, como
aprendemos no último sábado, do próprio universo. Mas Ele estava calmo. A única
resposta possível é que “derramou Sua alma na morte”, a segunda morte (Isa. 53:12), num compromisso total de Si
mesmo no amor que é Ágape. João diz que “agape lança fora o medo” (1ª João 4:18);
é o medo pecaminoso que sempre nos rouba a paz.
A “mui preciosa mensagem” de 1888, que foi o
começo da chuva serôdia,2 traz alguma contribuição para
a nossa “paz” de alma? Sim! Transfere nosso pensamento de nossa própria
preocupação egocêntrica por nossa salvação pessoal, a uma motivação diferente
de preocupação pela honra e recompensa de Cristo. Isso nos possibilita receber
a paz que Cristo já está tentando nos dar, não apenas oferecer-nos.
A motivação predominante que absorveu a Igreja
desde a rejeição da verdade em 1888 tem sido “o que devo fazer para ter certeza
de que estou atravessando os portões de pérola?” Nossa oração tem sido:
“Senhor, por favor, esteja certo de que eu e meus entes queridos sejamos
salvos! O amor maior que é ágape é um amor que ousa abrir mão da salvação
pessoal como Moisés pediu a Deus para apagar seu nome do livro da vida se seu
amor por Israel não pudesse salvá-los (Êxo. 32:31, 32). Isso foi ágape!
É verdade que tal amor não nos é natural, como
seres humanos egocêntricos, e é impossível que o alcancemos—por nós mesmos.
Portanto, o segredo de receber a paz de Cristo é “compreender” as grandes
dimensões do amor de Cristo reveladas em Sua cruz e, assim, ser “enraizado e
fundado em ágape” e ser “preenchido com toda a plenitude de Deus” que é uma
preparação para a trasladação na segunda vinda de Jesus.
--Paul E. Penno
Notas finais:
1) Ellen G. White, Mensagens Escolhida, Livro um, pág. 372(Review and Herald, 1º de abril de 1890; e Testemunhos Para Ministros e Obreiros Evangélicos, pág. 91
1) Ellen G. White, Mensagens Escolhida, Livro um, pág. 372(Review and Herald, 1º de abril de 1890; e Testemunhos Para Ministros e Obreiros Evangélicos, pág. 91
2) The Review
and Herald, “The Perils and Privileges of the Last Days,” [Os perigos e privilégios dos últimos dias].
22 de novembro de 1892.
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Notas:
No vídeo deste tema desta semana você pode ver e ouvir
o pastor Paul Penno https://youtu.be/otd9tGA4hg8
"Sabbath School Today" is on the Internet at: http://1888message.org/sst.htm
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Biografia do autor, Pastor Paulo Penno:
Paulo Penno foi pastor
evangelista da igreja adventista na cidade de Hayward, na Califórnia, EUA, da
Associação Norte Californiana da IASD, localizada no endereço 26400, Gading
Road, Hayward, Telefone: 001 XX (510) 782-3422. Foi ordenado ao ministério há
42 anos e jubilado em junho de 2016, Após o curso de teologia fez mestrado na
Universidade de Andrews. Recentemente preparou uma Compreensiva Pesquisa dos
Escritos de Ellen G. White. Recentemente também escreveu o livro “O Calvário no
Sinai: A Lei e os Concertos na História da Igreja Adventista do 7º Dia.” (Este
livro postamos, por inteiro, no nosso blog Ágape Edições (agape-edicoes.blogspot.com.br) em
1º de agosto de 2017). Ao longo dos anos o Pr. Paulo Penno, escreveu muitos
artigos sobre vários conceitos da mensagem de justificação pela fé segundo a
serva do Senhor nos apresenta em livros como Caminho a Cristo, DTN, etc. O pai
dele, Paul Penno foi também pastor da igreja adventista, assim nós usualmente
escrevemos seu nome: Paul E. Penno Junior. Ele foi o principal orador do
seminário “Elias, convertendo corações”, nos dias 6 e 7 de fevereiro de 2015,
realizado na igreja adventista Valley Center Seventh-day Adventist Church
localizada no endereço: 14919 Fruitvale
Road, Valley Center, Califórnia.
Atenção,
asteriscos (*…) indicam acréscimos do tradutor.
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