Para 9 a 16 de maio de 2015
O princípio dinâmico da mensagem
de 1888 desta semana é o mais básico de todos — tomar a Palavra
de Deus como ela reza e deixá-la ter o seu exato sentido; acreditamos que Deus
diz claramente o que tem a transmitir no sentido exato do que quer transmitir.
Este é o primeiro princípio da mensagem de 1888 que aprendi e nunca falhou ao
eu ler e compreender as Escrituras.
A Oração do Senhor é a única
oração já escrita por um Ser divino para o homem. Não há circunstâncias ou
condições na vida que não sejam abrangidas por essa petição.
Ellet J. Waggoner demonstra esse
princípio, dando-nos um estudo sobre o que está na Oração do Senhor, segundo as
Escrituras. O estudo completo pode ser muito demorado para transcrever aqui,
então ofereço uma pequena amostra de cada linha na oração, e links de sites no
final, onde você vai encontrar os artigos completos, que poderá baixar.
“Pai nosso que estás nos céus,
santificado seja o teu nome”1 Que ternura é expressa nestas
palavras! Que infinita condescendência revelam da parte de Deus em permitir
pobres, frágeis mortais se dirigirem a Ele assim. Sua grandeza é insondável e
Seus caminhos indecifráveis. Diante dEle todas as nações “são como nada, e eles são contados por Ele como menos do que nada e
sem valor” (Isa. 40:15-17). Ele anda “sobre
as asas do vento” (Salmo 104:3); Ele “tem
o Seu caminho no turbilhão e na tempestade, e as nuvens são o pó dos seus pés”
(Naum 1:3). E ainda este Deus tremendo tem a ternura de um pai, e Seu ouvido
está aberto às súplicas daqueles que suspiram, mesmo nos mais fracos sussurros,
“Pai Nosso”; pois nos é dito que “como um pai se compadece de seus filhos,
assim o Senhor se compadece dos que O temem” (Salmos 103: 13). Ele nos
assegurou que habita com aquele “que tem
um espírito contrito e humilde, para vivificar o espírito dos humildes, e para
vivificar o coração dos contritos” (Is. 57:15). Assim, as primeiras
palavras da oração do Senhor nos conduzem a uma relação muito íntima com o
grande Criador.
Também achamos que a expressão na
oração do Senhor “no céu” representa
o reconhecimento do poder, da majestade, da onipotência, da onisciência de
Deus. Deve-se ter em mente todas estas coisas quando nos aproximamos do trono
da graça. Este pensamento tenderá a produzir reverência e temor. A
multiplicação de palavras e “vãs repetições”, com que Cristo condenou as
nações, surgem do fato de que o que pede pensa mais em si mesmo do que nAquele
a quem se dirige. Mas o Deus a quem adoramos está assentado sobre o círculo dos
céus, e aquele que tem um sentimento justo de Sua grandeza virá com reverência
à Sua presença, e irá limitar suas palavras para apenas as coisas de que
precisa.
“Venha o Teu reino”2
Nesta breve petição está contido
um dos pedidos mais abrangentes já feitos pelo homem mortal.
Assim aprendemos que ao orar: “Venha
o teu reino”, estamos orando pela vinda do Senhor para destruir os ímpios e
purificar a Terra de tudo o que contamina, e para conceder imortalidade ao Seu
povo. Deus não faz acepção de pessoas. Todo aquele que não for achado escrito
no livro da vida será lançado no lago de fogo (Apocalipse 20:15). De nada
valerá que os homens digam: “Senhor, Senhor”— de que hajam orado
fervorosamente, mesmo apelando a que o reino de Deus venha, se naquele dia
qualquer contaminação é encontrada neles, serão lançados no lago de fogo. Quão cuidadosos
e irrepreensíveis devemos viver, se formos capazes de nos unir, ao dizer: “Ora vem,
Senhor Jesus!” (Apocalipse
22:20).
“Seja feita a Tua vontade assim
na Terra como no céu”3
É provável que esta parte da
oração do Senhor seja a menos compreendida de todas. A frase, “Seja feita a Tua
vontade”, é considerada pela maioria das pessoas como aplicável apenas em
casos de doença ou de outra provação, para indicar que o doente está disposto a
suportar pacientemente. Mas esta é apenas uma visão muito limitada da
expressão.
Os Dez Mandamentos são a vontade
de Deus.
“O pão nosso de cada dia nos dá
hoje”4
Nada menos do que a sabedoria
divina poderia ter enquadrado esta petição, tão simples e tão razoável.
Salomão
entendeu esse princípio quando pediu apenas para ter o que é necessário para
somente hoje: “. . . não me dês nem a pobreza nem a riqueza;
mantém-me do pão da minha porção de costume; para que, porventura, estando
farto não Te negue, e venha a dizer: Quem é o Senhor? ou que, empobrecendo, não
venha a furtar, e tome o nome de Deus em vão”. (Prov. 30: 7-9).
Esta petição ensina
contentamento. O sacrifício de Cristo é a promessa do cuidado de Deus por nós. “Aquele que não poupou o Seu próprio Filho,
mas O entregou por todos nós, como também com Ele, não nos dará graciosamente
todas as coisas?” (Rom. 8:32).
“Perdoa as nossas dívidas, assim
como nós perdoamos aos nossos devedores”5
Isto pode ser chamado de petição
culminante nesta maravilhosa oração.
Ser capaz de orar sempre com
entendimento e com o coração “perdoa as nossas dívidas, assim como nós perdoamos
aos nossos devedores” é algo que pode ser feito, mas relativamente por poucos
que professam ser cristãos. Aquele que pode fazê-lo está na posse das maiores
de todas as graças cristãs — o amor.
Tem sido verdadeiramente dito que
perdoar é divino. Certamente não é humano. A natureza humana não sabe nada de
perdão.
Não é natural para nós para fazer
isso [perdoar]; só podemos fazê-lo quando somos participantes da natureza
divina. Pode-se dizer que Deus realmente não perdoa os homens até que se arrependam.
Isso é verdade; mas Ele deseja que recebam o Seu perdão, e, portanto, no que
Lhe diz respeito, Ele já os perdoou. Tudo quanto Ele diz é que aceitem o perdão
que Ele lhes concederá; Se eles aceitam, Ele está isento, e a responsabilidade
de sua ruína repousa sobre si próprios.
Isso nos leva a outra
característica do perdão. É muito comum que as pessoas digam que podem perdoar
alguém, mas não podem esquecer. Isso não é verdadeiro perdão. Temos de esquecer
que alguém nos tenham magoado. Devemos tratar e considerar a pessoa como se não
nos tivesse feito nada além do bem, em vez de nada, além do mal.
“E não nos deixe cair em tentação, mas
livra-nos do mal”6
“Não nos deixe cair em tentação” é uma petição, não pode ser considerada àparte do
que se segue imediatamente: “mas livra-nos do mal”. Os dois
juntos formam um clímax apropriado para esta maravilhosa oração, pois indicam,
se usados inteligentemente, o desejo da alma por pureza de coração.
Pode haver apenas uma conclusão,
e é que esta oração implica uma renúncia ao ódio e ao pecado, e um desejo de
ter o coração purificado dele, e ser fortalecido para que não seja permitido
que [o pecado] ultrapasse o escudo da fé e tenha acesso ao coração. Esta é a
única maneira pela qual as tentações podem ser imediatamente repelidas, pois, como
temos lido, os maus pensamentos são naturais para o coração humano.
Foi para realizar isso que Cristo
veio ao mundo. Não é suficiente que sejamos libertos da culpa do pecado — das
transgressões passadas — mas devemos ser libertos do amor ao pecado.
A petição “não nos deixes cair em tentação”
deve ser entendida no sentido de, “Ó Senhor, não nos deixe ser superados quando
assaltados pela tentação”. Vigiai e orai para não cairdes em tentação. Há uma
diferença entre ser tentado e cair em tentação”.7
Oro para que esta breve
introdução à Oração do Senhor lhe dê um apetite por todo o estudo e uma
experiência prática de ver a simples, mas profunda dinâmica da mensagem de
1888, uma vez que toma da Palavra de Deus o que foi intencionado pela Palavra
de Deus (*expressar). Falamos sobre Deus nos ouvir, quando a questão realmente
é se ouvimos a Deus ou não.
Algumas
citações adicionais interessantes do estudo de Waggoner sobre a oração:
“Nossa petição não é para torná-Lo
disposto a dar, mas para mostrar a nossa vontade de receber”.
“A verdadeira oração é
simplesmente a aceitação agradecida dos presentes graciosos de Deus”.
“Deus não nos cansa em manter-nos
esperando — é por isso que podemos orar sempre e não desfalecer”.
—Daniel
Peters
Conexão:
Ou você pode acessar diretamente o site: http://1888mpm.org/node/1851;
(*Ou ainda, se você nos
pedir por e-mail lhe mandaremos os seis artigos de E. J. Waggoner, em inglês, sobre
A
Oração do Senhor, publicados na revista e datas abaixo).
Notas do autor:
1)
Ellet J. Waggoner, em Signs of the Times
de 24 de fevereiro de 1887;
2) Idem, de 10 de março de 1887;
3) Idem, de 24 de março de 1887;
4) Idem, de 31 de março de 1887;
5) Idem, de 5 de maio de 1887;
6) Idem, de 19 de maio de 1887;
7) Ellen G. White, em Manuscritos Liberados, vol. 8, pág. 308.
3) Idem, de 24 de março de 1887;
4) Idem, de 31 de março de 1887;
5) Idem, de 5 de maio de 1887;
6) Idem, de 19 de maio de 1887;
7) Ellen G. White, em Manuscritos Liberados, vol. 8, pág. 308.
O irmão Daniel
Peters e sua esposa Linda, vivem na
parte leste da cidade de Los Angeles, Estado da Califórnia, EUA. Ele trabalha
como conselheiro oficial antidrogas e álcool para mães e mulheres grávidas. O
seu coração foi sensivelmente tocado pela “mui preciosa mensagem” (Test. p/
Ministros, págs . 91 e 92) e sua vida tem sido apaixonadamente dedicada a esta
mensagem que Deus outorgou à Sua igreja em 1888. Ele e sua família são membros
da igreja adventista do sétimo dia de Whittier, uma cidade a 19 kms ao sul de
Los Angeles, localizada no nº 8841 na Calmada Avenue, Whittier, Ca. 90605, EUA. Ele é tataraneto de Ellet J.
Waggoner. O irmão Daniel é um ardoroso estudante da
Bíblia e do Espírito de Profecia e de toda literatura relativa à mensagem de
1888. Ele foi um dos principais oradores no seminário “É a Justiça Pela Fé,
Relevante Hoje?”, realizado em 21 e 22 de maio de 2010) na Igreja Adv. do 7º
Dia da cidade de Reno, estado de Nevada, localizada na 7125 Weest 4th Street.
Asteriscos (*) indicam acréscimos
do tradutor.
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