quarta-feira, 13 de maio de 2015

Lição 7 – Jesus, O Espírito Santo e a Oração, por Daniel Peters,

Para 9 a 16 de maio de 2015

O princípio dinâmico da mensagem de 1888 desta semana é o mais básico de todos tomar a Palavra de Deus como ela reza e deixá-la ter o seu exato sentido; acreditamos que Deus diz claramente o que tem a transmitir no sentido exato do que quer transmitir. Este é o primeiro princípio da mensagem de 1888 que aprendi e nunca falhou ao eu ler e compreender as Escrituras.
A Oração do Senhor é a única oração já escrita por um Ser divino para o homem. Não há circunstâncias ou condições na vida que não sejam abrangidas por essa petição.
Ellet J. Waggoner demonstra esse princípio, dando-nos um estudo sobre o que está na Oração do Senhor, segundo as Escrituras. O estudo completo pode ser muito demorado para transcrever aqui, então ofereço uma pequena amostra de cada linha na oração, e links de sites no final, onde você vai encontrar os artigos completos, que poderá baixar.
“Pai nosso que estás nos céus, santificado seja o teu nome”1 Que ternura é expressa nestas palavras! Que infinita condescendência revelam da parte de Deus em permitir pobres, frágeis mortais se dirigirem a Ele assim. Sua grandeza é insondável e Seus caminhos indecifráveis. Diante dEle todas as nações “são como nada, e eles são contados por Ele como menos do que nada e sem valor” (Isa. 40:15-17). Ele anda “sobre as asas do vento” (Salmo 104:3); Ele “tem o Seu caminho no turbilhão e na tempestade, e as nuvens são o pó dos seus pés” (Naum 1:3). E ainda este Deus tremendo tem a ternura de um pai, e Seu ouvido está aberto às súplicas daqueles que suspiram, mesmo nos mais fracos sussurros, “Pai Nosso”; pois nos é dito que “como um pai se compadece de seus filhos, assim o Senhor se compadece dos que O temem” (Salmos 103: 13). Ele nos assegurou que habita com aquele “que tem um espírito contrito e humilde, para vivificar o espírito dos humildes, e para vivificar o coração dos contritos” (Is. 57:15). Assim, as primeiras palavras da oração do Senhor nos conduzem a uma relação muito íntima com o grande Criador.
Também achamos que a expressão na oração do Senhor “no céu” representa o reconhecimento do poder, da majestade, da onipotência, da onisciência de Deus. Deve-se ter em mente todas estas coisas quando nos aproximamos do trono da graça. Este pensamento tenderá a produzir reverência e temor. A multiplicação de palavras e “vãs repetições”, com que Cristo condenou as nações, surgem do fato de que o que pede pensa mais em si mesmo do que nAquele a quem se dirige. Mas o Deus a quem adoramos está assentado sobre o círculo dos céus, e aquele que tem um sentimento justo de Sua grandeza virá com reverência à Sua presença, e irá limitar suas palavras para apenas as coisas de que precisa.
“Venha o Teu reino”2
Nesta breve petição está contido um dos pedidos mais abrangentes já feitos pelo homem mortal.
Assim aprendemos que ao orar: “Venha o teu reino”, estamos orando pela vinda do Senhor para destruir os ímpios e purificar a Terra de tudo o que contamina, e para conceder imortalidade ao Seu povo. Deus não faz acepção de pessoas. Todo aquele que não for achado escrito no livro da vida será lançado no lago de fogo (Apocalipse 20:15). De nada valerá que os homens digam: “Senhor, Senhor”de que hajam orado fervorosamente, mesmo apelando a que o reino de Deus venha, se naquele dia qualquer contaminação é encontrada neles, serão lançados no lago de fogo. Quão cuidadosos e irrepreensíveis devemos viver, se formos capazes de nos unir, ao dizer: “Ora vem, Senhor Jesus!” (Apocalipse 22:20).
“Seja feita a Tua vontade assim na Terra como no céu”3
É provável que esta parte da oração do Senhor seja a menos compreendida de todas. A frase, “Seja feita a Tua vontade”, é considerada pela maioria das pessoas como aplicável ​​apenas em casos de doença ou de outra provação, para indicar que o doente está disposto a suportar pacientemente. Mas esta é apenas uma visão muito limitada da expressão.
Os Dez Mandamentos são a vontade de Deus. 
“O pão nosso de cada dia nos dá hoje”4
Nada menos do que a sabedoria divina poderia ter enquadrado esta petição, tão simples e tão razoável.
Salomão entendeu esse princípio quando pediu apenas para ter o que é necessário para somente hoje: “. . .  não me dês nem a pobreza nem a riqueza; mantém-me do pão da minha porção de costume; para que, porventura, estando farto não Te negue, e venha a dizer: Quem é o Senhor? ou que, empobrecendo, não venha a furtar, e tome o nome de Deus em vão”. (Prov. 30: 7-9).
Esta petição ensina contentamento. O sacrifício de Cristo é a promessa do cuidado de Deus por nós. “Aquele que não poupou o Seu próprio Filho, mas O entregou por todos nós, como também com Ele, não nos dará graciosamente todas as coisas?” (Rom. 8:32).
“Perdoa as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores”5
Isto pode ser chamado de petição culminante nesta maravilhosa oração.
Ser capaz de orar sempre com entendimento e com o coração “perdoa as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores” é algo que pode ser feito, mas relativamente por poucos que professam ser cristãos. Aquele que pode fazê-lo está na posse das maiores de todas as graças cristãs — o amor.
Tem sido verdadeiramente dito que perdoar é divino. Certamente não é humano. A natureza humana não sabe nada de perdão.
Não é natural para nós para fazer isso [perdoar]; só podemos fazê-lo quando somos participantes da natureza divina. Pode-se dizer que Deus realmente não perdoa os homens até que se arrependam. Isso é verdade; mas Ele deseja que recebam o Seu perdão, e, portanto, no que Lhe diz respeito, Ele já os perdoou. Tudo quanto Ele diz é que aceitem o perdão que Ele lhes concederá; Se eles aceitam, Ele está isento, e a responsabilidade de sua ruína repousa sobre si próprios.
Isso nos leva a outra característica do perdão. É muito comum que as pessoas digam que podem perdoar alguém, mas não podem esquecer. Isso não é verdadeiro perdão. Temos de esquecer que alguém nos tenham magoado. Devemos tratar e considerar a pessoa como se não nos tivesse feito nada além do bem, em vez de nada, além do mal.
 “E não nos deixe cair em tentação, mas livra-nos do mal”6
“Não nos deixe cair em tentação” é uma petição, não pode ser considerada àparte do que se segue imediatamente: “mas livra-nos do mal”. Os dois juntos formam um clímax apropriado para esta maravilhosa oração, pois indicam, se usados inteligentemente, o desejo da alma por pureza de coração.
Pode haver apenas uma conclusão, e é que esta oração implica uma renúncia ao ódio e ao pecado, e um desejo de ter o coração purificado dele, e ser fortalecido para que não seja permitido que [o pecado] ultrapasse o escudo da fé e tenha acesso ao coração. Esta é a única maneira pela qual as tentações podem ser imediatamente repelidas, pois, como temos lido, os maus pensamentos são naturais para o coração humano.
Foi para realizar isso que Cristo veio ao mundo. Não é suficiente que sejamos libertos da culpa do pecado — das transgressões passadas — mas devemos ser libertos do amor ao pecado.
A petição “não nos deixes cair em tentação” deve ser entendida no sentido de, “Ó Senhor, não nos deixe ser superados quando assaltados pela tentação”. Vigiai e orai para não cairdes em tentação. Há uma diferença entre ser tentado e cair em tentação”.7
Oro para que esta breve introdução à Oração do Senhor lhe dê um apetite por todo o estudo e uma experiência prática de ver a simples, mas profunda dinâmica da mensagem de 1888, uma vez que toma da Palavra de Deus o que foi intencionado pela Palavra de Deus (*expressar). Falamos sobre Deus nos ouvir, quando a questão realmente é se ouvimos a Deus ou não.
Algumas citações adicionais interessantes do estudo de Waggoner sobre a oração:
“Nossa petição não é para torná-Lo disposto a dar, mas para mostrar a nossa vontade de receber”.
“A verdadeira oração é simplesmente a aceitação agradecida dos presentes graciosos de Deus”.
“Deus não nos cansa em manter-nos esperando — é por isso que podemos orar sempre e não desfalecer”.

—Daniel Peters

Conexão:
Ou você pode acessar diretamente o site: http://1888mpm.org/node/1851;
(*Ou ainda, se você nos pedir por e-mail lhe mandaremos os seis artigos de E. J. Waggoner, em inglês, sobre A Oração do Senhor, publicados na revista e datas abaixo).

 Notas do autor:
1) Ellet J. Waggoner, em Signs of the Times de 24 de fevereiro de 1887;
2) Idem, de 10 de março de 1887;                                                                  
3) Idem, de 24 de março de 1887;                                              
4) Idem, de 31 de março de 1887;                                                                  
5) Idem, de 5 de maio de 1887;                                                                      
6) Idem, de 19 de maio de 1887;                                                                    
7) Ellen G. White, em Manuscritos Liberados, vol. 8, pág. 308.
O irmão Daniel Peters e sua esposa Linda, vivem na parte leste da cidade de Los Angeles, Estado da Califórnia, EUA. Ele trabalha como conselheiro oficial antidrogas e álcool para mães e mulheres grávidas. O seu coração foi sensivelmente tocado pela “mui preciosa mensagem” (Test. p/ Ministros, págs . 91 e 92) e sua vida tem sido apaixonadamente dedicada a esta mensagem que Deus outorgou à Sua igreja em 1888. Ele e sua família são membros da igreja adventista do sétimo dia de Whittier, uma cidade a 19 kms ao sul de Los Angeles, localizada no nº 8841 na Calmada Avenue, Whittier, Ca. 90605, EUA. Ele é tataraneto de Ellet J. Waggoner. O irmão Daniel é um ardoroso estudante da Bíblia e do Espírito de Profecia e de toda literatura relativa à mensagem de 1888. Ele foi um dos principais oradores no seminário “É a Justiça Pela Fé, Relevante Hoje?”, realizado em 21 e 22 de maio de 2010) na Igreja Adv. do 7º Dia da cidade de Reno, estado de Nevada, localizada na 7125 Weest 4th Street.
Asteriscos (*) indicam acréscimos do tradutor.
______________________________