terça-feira, 15 de setembro de 2015

Lição 12 — Paulo: missão e mensagem, por Robert J. Wieland



Para 12 a 19 de setembro de 2015

Esta foi a mensagem de Paulo:
O livro de Atos diz porque o evangelho foi tão bem sucedida no tempo dos apóstolos. Um tema recorrente parece emergir: eles diziam ao mundo que tinham rejeitado e crucificado o Filho de Deus. Esta percepção resultou num enorme sentimento de culpa: que pecado ou crime poderia ser pior do que isso?
Por exemplo, no dia de Pentecostes, Pedro disse: “A Esse Jesus, que vós crucificastes, Deus O fez Senhor e Cristo” (Atos 2:36). Imediatamente veio o grito de coração partido: “Que faremos?” (vs. 37). Então, quando Pedro e João curaram o paralítico, Pedro novamente disse: Mas vós negastes o Santo e o Justo, . . . e  matastes o Príncipe da vida, ao qual Deus ressuscitou dentre os mortos(3:14, 15). Não se poderia bocejar e sentar em cima do muro ouvindo uma acusação como essa!
Um vislumbre repentino do significado da cruz converteu Saulo de Tarso (Atos 9: 5, 6; 26: 13-15), e lhe deu o poder para proclamar a verdade mais poderosamente do que qualquer dos onze que haviam testemunhado o evento real.
Uma exceção para o sucesso apostólico é o ministério de Paulo em Atenas, tal como descrito em Atos 17. O fiel servo de Deus sofreu uma humilhante repreensão em sua cruzada evangelística na grande cidade de Atenas. Ele cometeu o erro de tentar igualar filosofia com filosofia, tentar defrontar os estudiosos atenienses em seu próprio terreno. Não houve menção da cruz. O resultado: quase falência em ganhar almas, embora alguns tenham respondido.
Mas a partir de Atenas, Paulo foi para a cidade imoral de Corinto, onde determinou-se a  não saber nada entre [eles] senão a Jesus Cristo, e Este crucificado” (1ª Coríntios 2: 2). Esta foi a mensagem de Paulo! Uma lição para nós?

Esta é a Mensagem de 1888!:
“Durante o outono de 1882, com a idade de 27 anos, E. J. Waggoner [um dos “mensageiros” de 1888] teve uma experiência que viria a descrever como o ponto de viragem da sua vida. Sentado sob uma tenda de reunião campal em uma melancólia tarde chuvosa em Healdsburg, Califórnia, ouvindo o evangelho apresentado por Ellen G. White, de repente viu uma luz que brilhava sobre ele, e a tenda iluminada como se o sol estivesse brilhando (*La dentro). Ele teve uma distinta “revelação de Cristo Crucificado” para ele. Mais tarde, escreveu que (*ali) foi revelado pela primeira vez em sua vida que Deus o amava, e que Cristo Se entregou por ele pessoalmente — que era tudo para ele. A luz que brilhou sobre ele naquele dia da cruz de Cristo tornou-se o guia em todo o seu estudo da Bíblia. Ele resolveu que o resto de sua vida seria dedicado a descobrir a mensagem do amor de Deus pelos pecadores individuais encontrados nas páginas da Escritura, e tornar essa mensagem simples para os outros (Carta de Ellet Waggoner para Ellen G. White, 22 de outubro de 1900)”.1 Este é o coração e a alma da mensagem de 1888!
Tanto Waggoner quanto o apóstolo Paulo viram que a revelação do amor nos últimos dias era “Jesus Cristo e este crucificado”. Isso não era extremismo; era apenas um “culto racional” que viam como apropriado ao amor extravagante que Cristo tinha-lhes mostrado. Era ágape, não o amor humano comum.2

Paulo não era morno!
O amor (Ágape) de Cristo o constrangia (o compelia). Quando ele disse “Um morreu por todos”, ele argumentou que tinha que significar que “todos morreram”, para que “aqueles que vivem” não possam continuar a viver em paz de consciência “por si mesmos”. São constrangidos, doravante, a “viver para Aquele que por eles morreu e ressuscitou” (2ª Cor. 5:14, 15). Paulo viu algo que o incendiou para o Senhor, até aquela última hora na prisão romana Mamertina, quando depositou sua cabeça sobre o bloco diante do carrasco, e morreu por Aquele que morrera por ele. “Deus não permita que eu me glorie, senão na cruz”, ele tinha dito. Nenhum gloriar-se em sua própria resposta, ou sua própria fé, ou sua própria obediência. É por isso que ele escreveu estas palavras:
 “Se pela ofensa de um morreram muitos, muito mais a graça de Deus, e o dom pela graça, que é de um só homem, Jesus Cristo, abundou sobre muitos [no grego muitos significa todas as pessoas]. ... Porque o juízo veio de uma só ofensa, na verdade, para condenação, mas o dom gratuito veio de muitas ofensas para justificação. ... Pois assim como por uma só ofensa veio o juízo sobre todos os homens para condenação, assim também por um só ato de justiça veio a graça sobre todos os homens (*para justificação de vida)”. (Rom. 5: 15-18).

A palavra “Evangelho”
A palavra “evangelho” é um termo comum que abrange todos os tipos de ideias. Mas o que os apóstolos realmente pregavam era a única ideia autêntica e válida. O que eles disseram deve ser lido em seu próprio contexto, totalmente, não parcialmente lido e distorcido numa definição errada da palavra.
Paulo disse que um entendimento correto da palavra “evangelho”, se crido,  “é o poder de Deus para a salvação” (Rom. 1:16). Esta mensagem converteu muitas pessoas “difíceis” quando Paulo a pregou (1ª Cor. 6: 9, 10).
O que aconteceu em Corinto sob a pregação de Paulo voltará a acontecer em escala mundial na proclamação do alto clamor de Apocalipse 18. Então, vamos descobrir que “evangelho” foi o que Paulo pregou ali.
Ele nos diz:  “Quando eu vim a vós, [a minha mensagem] não foi com excelência de oratória ou sabedoria. ... Decidi não saber nada entre vós, senão a Jesus Cristo, e este crucificado”. (1ª Coríntios 2: 2. ). Era esta uma “viagem” fanática que pregava em sermões chatos? Se assim for, por que as pessoas se aglomeravam para ouvi-lo e, em seguida, abraçavam o seu “evangelho” com “poder”? Há uma resposta: há algo na “verdade do evangelho” (Gal. 2: 5, 14) da cruz que triunfa sobre toda a imitação, “evangelhos” falsos Satanás pode inventar.
“Cristo crucificado” significava infinitamente mais do que tudo quanto grandes pensadores do mundo pudessem apresentar: a ideia dos apóstolos era de que Ele morreu a segunda morte por todo o mundo. Essa era uma ideia que ninguém jamais havia pensado naquele tempo; ninguém tinha imaginado que havia um amor em qualquer lugar do universo tão grande quanto esse.
Mesmo hoje em dia, entre a grande multidão de cristãos professos, há muito poucos que concebem tal ideia. Mas ela tem movido corações e motivado as pessoas a tomarem a cruz e segui-Lo “onde quer” que Ele conduza.

É uma mensagem vencedora!
Nestes últimos dias, quando o pecado e o egoísmo estão tão desenfreados, o Senhor Jesus será homenageado por “144.000” (figurativos ou literais), que “seguem o Cordeiro [o crucificado, Cristo ressuscitado] onde quer que Ele vá. ... porque são irrepreensíveis diante do trono de Deus” (cf. Apo. 14: 1-5). Quem quer que sejam, haverá um povo que vai glorificar a Cristo! Podemos ser surpreendidos quanto a quem finalmente comporá esse grupo; caminhemos humildemente diante dEle.
A mensagem que agora deve ir a todo o mundo é a do “Alto Clamor” de Apocalipse 18. Não é apenas uma mensagem de aviso; é uma mensagem de vitória — a de Cristo e Este crucificado.





Redigido a partir dos escritos de Robert J. Wieland

Nota do autor:
1)        A História do Evangelho Eterno de E.J. Waggoner, por Ron Duffield. (*Ron é um adventista de 5ª geração. Seu tataravô atendeu a conferência de Mineápolis, em 1888. Em 2010 ele publicou a obra: “O retorno da chuva serôdia.” Atualmente êle trabalha como medico fisioterapeuta no Walla Walla College, Universidade Adventista de Walla Walla, no estado de Washington, USA).

Nota do tradutor:

2)        A mensagem de 1888 era uma verdade simples apreendida por pessoas comuns que nunca a tinham ouvido tão claramente antes. Na introspecção da lição 7 deste corrente trimestre (3º de 2015) você pode ler uma pequena resenha dos principais pontos da mesma. Consulte-a em HTTP://agape-edicoes.blogspot.com. Na coluna da direita desça a barra até o mês de agosto de 2015, e então clique na lição 7.
Tenho em mãos uma relação de 374 declarações de Ellen G, White de endosso às pessoas de Ellet J. Waggoner e Alonzo T. Jones, os dois mensageiros de 1888, e sua mensagem. A quem me solicitar enviarei gratuitamente pelo correio. Entretanto está em inglês, O irmão Severino Kull (do Instituto de Agricultura e Evangelismo,” iage.vidanocampo@gmail.com,) está traduzindo a obra “Materiais de Ellen G. White sobre 1888,” São 4 volumes editados pela Conferência Geral, 1821 páginas A4 xerocopiadas dos próprios originais. Quando o trabalho desta grande tradução estiver concluído, então a referida lista poderá ser editada em português. Assim, para ter esta obra em nossa língua o irmão deverá aguardar até então.


O irmão Roberto J. Wieland foi um pastor adventista, a vida inteira, missionário na África, em Nairobe e Kenia. É autor de inúmeros livros. Foi consultor editorial adventista do Sétimo Dia para a África. Ele deu sua vida por Cristo na África. Desde que foi jubilado, até sua morte, em julho de 2011, aos 95 anos, viveu na Califórnia, EUA, onde ainda era atuante na sua igreja local. Ele é autor de dezenas de livros. Em 1950 ele e o pastor Donald K. Short, também missionário na África, em uma das férias deles nos Estados Unidos, fizeram dois pedidos à Conferência Geral: 1º) que fossem publicadas todas as matérias de Ellen G. White sobre 1888, e 2º) que fosse publicada uma antologia dos escritos de Waggoner e Jones. Estes e sua mensagem receberam mais de 374 recomendações de Ellen G. White. 38 anos depois, em 1988, a Conferência Geral atendeu o primeiro pedido, o que resultou na publicação dos 4 volumes acima referidos: Materiais de Ellen G. White sobre 1888. Quanto ao segundo pedido até hoje não foi o mesmo ainda atendido.
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