Para 5 a 12 de março de 2016
Qual foi o ensinamento de Pedro a respeito
do sacrifício expiatório de Cristo? A expiação é o coração e a alma da mensagem
de 1888. Se pudermos determinar isso avançaremos um longo caminho na
compreensão da resolução do grande conflito entre Cristo e Satanás. Pedro se
refere ao Concerto eterno de Deus como a solução para o problema do pecado.
AS PROMESSAS DE DEUS
Parece
uma ideia fantástica, mas é como um fio de ouro tecido ao longo tanto do Antigo
quanto do Novo Testamento da Bíblia: corações humanos orgulhosos, pecadores,
egoístas, sensuais, perversos (os nossos!) são mudados por simplesmente
acreditar no que o apóstolo Pedro diz serem “preciosas
e mui grandes promessas”! (2ª Pedro 1: 4).
E
elas não são “promessas” do homem. São do Senhor. Pode realmente ser verdade
que há poder em algo tão simples quanto crer nas promessas de Deus que parecem
ser tão selvagens e extravagantes?
Por
exemplo, no Antigo Testamento, lemos que Ele pegou o único monoteísta que
poderia encontrar no mundo antigo, chamou-o para o exílio “numa terra que [Ele]
iria lhe mostrar”, e lha prometeu como “uma eterna posse”. Era infinitamente
mais do que a minúscula faixa de terra conhecida como Canaã; significava toda a
Terra! E de modo nenhum poderia a “posse” ser “eterna” para Abraão a menos que
esta “excessivamente grandiosa e preciosa
promessa” incluísse o dom da vida eterna, que Abraão não poderia apreciar
como uma herança genética, pois nasceu um pecador sob condenação, como todos
nós. E ainda mais, de modo algum ele poderia ser “o herdeiro do mundo”, a menos que este se tornasse a “nova
Terra”. E, novamente, de modo nenhum ele poderia ser “o herdeiro” de uma nova terra tal, a menos que lhe fosse dado o
dom da “justiça”, pois Pedro insiste
em que nela somente “habita a justiça”
lá (2ª Pedro 3:13).
Então,
tudo isso forma o completo círculo: as “preciosas
e mui grandes promessas” de Deus significam o dom integral da “justificação pela fé”. E esse foi o significado
das sete promessas que o Senhor fez a Abraão em Gênesis 12:2, 3, “justificação
pela fé”, e depois jurou no capítulo 15 — pondo Sua própria existência
e Seu trono eterno em garantia de mantê-las.
Nossa
pergunta é: Será que faz sentido que nós, pessoas egoístas e pecaminosas por
natureza, possamos ser mudados, convertidos, purificados, transformados, mesmo
“santificados”, crendo nessas “promessas”? Acredite ou não, essa é a ideia de
Pedro: “Seu divino poder nos deu todas as coisas que conduzem à vida e à
piedade, ... preciosas e mui grandes promessas para que por elas vos torneis
participantes da natureza divina, livrando da corrupção que há no mundo pela
concupiscência“ (2ª Pedro 1: 3, 4). “Escapar” é o de que
precisamos desesperadamente, pois enfrentamos a segunda morte sem isso. A “corrupção”
da luxúria nos rodeia e nos permeia. Nossa cultura moderna está
mergulhada nela.
Nosso
“escape”
é apenas crer nessas “promessas”. A diferença entre o Novo
e o Velho Concertos é simplesmente a diferença entre a salvação pela fé e a
salvação pelas obras. Quando Deus faz uma promessa, há vida na própria
promessa. Esta é uma notícia surpreendente para muitos: acreditar que uma
promessa de Deus muda o seu coração! A Bíblia diz que sim! Houve “preciosas e mui grandes promessas” a
nós dadas, para que “mediante elas vos torneis participantes da natureza divina, havendo
escapado da corrupção que há no mundo pela concupiscência” (2ª Pedro 1:
4).
Há
os frutos gloriosos da salvação nessa declaração. “Mediante” as próprias
promessas nos tornamos convertidos. Através das promessas que “escapam a
corrupção” — não é o nosso problema prático da vida diária? Sim, crendo nessas “grandes e preciosas promessas” nos
preparamos para a trasladação na segunda vinda de Cristo.
Não é pelas obras. Mas isso não significa
que boas obras não estejam lá, elas estão como resultado de crer nessas
“promessas”! A Bíblia fala de “receber as promessas” (Heb. 11:13,
17). Isto é o mesmo que nelas crer. Tal “receber” as promessas de Deus liberta
os homens e as mulheres e os jovens do vício do álcool, cigarros, pornografia,
o fascínio de fornicação e adultério, drogas (sim!), Pois lemos: “Tendo
essas promessas [recebendo-as], ó amados, purifiquemo-nos de toda a
imundícia da carne e do espírito, aperfeiçoando a santificação no temor de
Deus” (2ª Cor. 7:1).
Assim,
a Nova Aliança (*o Novo Concerto) é a mensagem da chuva serôdia e do alto
clamor que ilumina a Terra com glória (*Apoc. 18; 1). Pedro apresenta a
mensagem traduzida da purificação do santuário. Esta é a resposta de Deus às
acusações de Satanás no grande conflito de que os pecadores não podem guardar a
lei de Deus. É a justificação pela fé, que é consistente com a verdade do
santuário.
PORQUE A VINDA DE CRISTO É ADIADA
Pedro
está concentrando nossa atenção sobre a segunda vinda de Cristo. Tem a Sua
vinda sido adiada? Tem o Pai inexoravelmente fixado o tempo de Sua vinda para
que o Seu povo não possa nem acelerar nem retardar isso? Ou, pode o Seu povo
apressar o Seu retorno como 2ª Pedro 3:12 sugere, “aguardando, e apressando a vinda
do dia de Deus ...”? O original pode ser entendido tanto como ansiando
pela Sua vinda quanto a apressando. Aqueles que acreditam que o Pai tem
prefixado a data, acreditam que significa anseio pela Sua vinda. Os que
acreditam que podemos atrasar a Sua vinda apegam-se a apressar a Sua vinda.
Jesus
deixa claro que somente o Pai sabe a hora de Sua segunda vinda (Marcos 13:32),
mas isso não significa que Ele fixou o tempo como a predestinação calvinista.
Ele designou o tempo no sentido de que está condicionado à conclusão da
comissão evangélica: “E este evangelho do
reino será pregado em todo o mundo, em testemunho a todas as nações; e então
virá o fim” (Mat. 24:14). O quando depende de nós.
O
caráter de Deus está envolvido nesta questão. Se Ele fixou o tempo, então tem
enganado o Seu povo por repetidas mensagens dizendo-lhes que está “próximo”.
Alguns sustentam que, quando Ele diz “sabei
que Ele está próximo, às portas” (Mat. 24:33) , quer dizer algo diferente
do que toda linguagem humana entende por “próximo”, porém, reitere-se, isso
implica engano. Se eu disser a uma pessoa faminta que o almoço está “próximo”
quando quero dizer na próxima semana, eu a terei enganado.
O
que torna toda esta questão clara é que a segunda vinda de Cristo não pode
ocorrer até que o “venham as bodas do Cordeiro” (Apo. 19: 7). O Apocalipse deixa
claro que a única razão de as “bodas” não terem ocorrido é que Sua noiva “[não]
se aprontou”, pois quando ela estiver “pronta”, o Esposo celestial não
tardará. Assim, esta questão envolve o caráter de Cristo. Será que Ele ama esta
futura noiva? Será que Ele quer vir?
—Paul
Penno
Paulo
Penno é pastor evangelista da igreja adventista na cidade de Hayward, na
Califórnia, EUA, da Associação Norte Californiana da IASD, localizada no
endereço 26400, Gading Road, Hayward, Telefone: 001 XX (510) 782-3422. Ele foi
ordenado ao ministério há 38 anos. Após o curso de teologia ele fez mestrado na
Universidade de Andrews. Recentemente ele preparou uma extensiva antologia dos
escritos de Alonzo T. Jones e Ellet J. Waggoner, a qual está incluída na Compreensiva
Pesquisa dos Escritos de Ellen G. White. Recentemente também ele
escreveu o livro “O Calvário no Sinai: A Lei e os Concertos na História da Igreja
Adventista do 7º Dia,” e, ao longo dos anos, escreveu muitos artigos
sobre vários conceitos da mensagem de 1888. O pai dele, Paul Penno foi também
pastor da igreja adventista, assim nós usualmente escrevemos seu nome: Paul E.
Penno Junior. Ele foi o principal orador do seminário “Elias, convertendo
corações”, nos dias 6 e 7 de fevereiro de 2015, realizado na igreja adventista Valley Center Seventh-day Adventist Church localizada
no endereço: 14919 Fruitvale Road, Valley Center, Califórnia. Você pode vê-lo, no You Tube, semanalmente,
explanando a lição da semana seguinte na igreja adventista de Hayward, na
Califórnia, em
Atenção, asteriscos (*…) indicam acréscimos do
tradutor.
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