quinta-feira, 10 de março de 2016

Lição 11 — O que Pedro disse sobre o Grande Conflito



Para 5 a 12 de março de 2016
  
Qual foi o ensinamento de Pedro a respeito do sacrifício expiatório de Cristo? A expiação é o coração e a alma da mensagem de 1888. Se pudermos determinar isso avançaremos um longo caminho na compreensão da resolução do grande conflito entre Cristo e Satanás. Pedro se refere ao Concerto eterno de Deus como a solução para o problema do pecado.
AS PROMESSAS DE DEUS
Parece uma ideia fantástica, mas é como um fio de ouro tecido ao longo tanto do Antigo quanto do Novo Testamento da Bíblia: corações humanos orgulhosos, pecadores, egoístas, sensuais, perversos (os nossos!) são mudados por simplesmente acreditar no que o apóstolo Pedro diz serem “preciosas e mui grandes promessas”! (2ª Pedro 1: 4).
E elas não são “promessas” do homem. São do Senhor. Pode realmente ser verdade que há poder em algo tão simples quanto crer nas promessas de Deus que parecem ser tão selvagens e extravagantes?
Por exemplo, no Antigo Testamento, lemos que Ele pegou o único monoteísta que poderia encontrar no mundo antigo, chamou-o para o exílio “numa terra que [Ele] iria lhe mostrar”, e lha prometeu como “uma eterna posse”. Era infinitamente mais do que a minúscula faixa de terra conhecida como Canaã; significava toda a Terra! E de modo nenhum poderia a “posse” ser “eterna” para Abraão a menos que esta “excessivamente grandiosa e preciosa promessa” incluísse o dom da vida eterna, que Abraão não poderia apreciar como uma herança genética, pois nasceu um pecador sob condenação, como todos nós. E ainda mais, de modo algum ele poderia ser “o herdeiro do mundo”, a menos que este se tornasse a “nova Terra”. E, novamente, de modo nenhum ele poderia ser “o herdeiro” de uma nova terra tal, a menos que lhe fosse dado o dom da “justiça”, pois Pedro insiste em que nela somente “habita a justiça” lá (2ª Pedro 3:13).
Então, tudo isso forma o completo círculo: as “preciosas e mui grandes promessas” de Deus significam o dom integral da “justificação pela fé”. E esse foi o significado das sete promessas que o Senhor fez a Abraão em Gênesis 12:2, 3,  “justificação pela fé”, e depois jurou no capítulo 15 — pondo Sua própria existência e Seu trono eterno em garantia de mantê-las.
Nossa pergunta é: Será que faz sentido que nós, pessoas egoístas e pecaminosas por natureza, possamos ser mudados, convertidos, purificados, transformados, mesmo “santificados”, crendo nessas “promessas”? Acredite ou não, essa é a ideia de Pedro: “Seu divino poder nos deu todas as coisas que conduzem à vida e à piedade, ... preciosas e mui grandes promessas para que por elas vos torneis participantes da natureza divina, livrando da corrupção que há no mundo pela concupiscência“ (2ª Pedro 1: 3, 4). “Escapar” é o de que precisamos desesperadamente, pois enfrentamos a segunda morte sem isso. A “corrupção” da luxúria nos rodeia e nos permeia. Nossa cultura moderna está mergulhada nela.
Nosso “escape” é apenas crer nessas “promessas”. A diferença entre o Novo e o Velho Concertos é simplesmente a diferença entre a salvação pela fé e a salvação pelas obras. Quando Deus faz uma promessa, há vida na própria promessa. Esta é uma notícia surpreendente para muitos: acreditar que uma promessa de Deus muda o seu coração! A Bíblia diz que sim! Houve “preciosas e mui grandes promessas” a nós dadas, para que “mediante elas vos torneis participantes da natureza divina, havendo escapado da corrupção que há no mundo pela concupiscência” (2ª Pedro 1: 4).
Há os frutos gloriosos da salvação nessa declaração. “Mediante” as próprias promessas nos tornamos convertidos. Através das promessas que “escapam a corrupção” — não é o nosso problema prático da vida diária? Sim, crendo nessas “grandes e preciosas promessas” nos preparamos para a trasladação na segunda vinda de Cristo.
Não é pelas obras. Mas isso não significa que boas obras não estejam lá, elas estão como resultado de crer nessas “promessas”! A Bíblia fala de “receber as promessas” (Heb. 11:13, 17). Isto é o mesmo que nelas crer. Tal “receber” as promessas de Deus liberta os homens e as mulheres e os jovens do vício do álcool, cigarros, pornografia, o fascínio de fornicação e adultério, drogas (sim!), Pois lemos: “Tendo essas promessas [recebendo-as], ó amados, purifiquemo-nos de toda a imundícia da carne e do espírito, aperfeiçoando a santificação no temor de Deus” (2ª Cor. 7:1).
Assim, a Nova Aliança (*o Novo Concerto) é a mensagem da chuva serôdia e do alto clamor que ilumina a Terra com glória (*Apoc. 18; 1). Pedro apresenta a mensagem traduzida da purificação do santuário. Esta é a resposta de Deus às acusações de Satanás no grande conflito de que os pecadores não podem guardar a lei de Deus. É a justificação pela fé, que é consistente com a verdade do santuário.
PORQUE A VINDA DE CRISTO É ADIADA
Pedro está concentrando nossa atenção sobre a segunda vinda de Cristo. Tem a Sua vinda sido adiada? Tem o Pai inexoravelmente fixado o tempo de Sua vinda para que o Seu povo não possa nem acelerar nem retardar isso? Ou, pode o Seu povo apressar o Seu retorno como 2ª Pedro 3:12 sugere, “aguardando, e apressando a vinda do dia de Deus ...”? O original pode ser entendido tanto como ansiando pela Sua vinda quanto a apressando. Aqueles que acreditam que o Pai tem prefixado a data, acreditam que significa anseio pela Sua vinda. Os que acreditam que podemos atrasar a Sua vinda apegam-se a apressar a Sua vinda.
Jesus deixa claro que somente o Pai sabe a hora de Sua segunda vinda (Marcos 13:32), mas isso não significa que Ele fixou o tempo como a predestinação calvinista. Ele designou o tempo no sentido de que está condicionado à conclusão da comissão evangélica: “E este evangelho do reino será pregado em todo o mundo, em testemunho a todas as nações; e então virá o fim” (Mat. 24:14). O quando depende de nós.
O caráter de Deus está envolvido nesta questão. Se Ele fixou o tempo, então tem enganado o Seu povo por repetidas mensagens dizendo-lhes que está “próximo”. Alguns sustentam que, quando Ele diz “sabei que Ele está próximo, às portas” (Mat. 24:33) , quer dizer algo diferente do que toda linguagem humana entende por “próximo”, porém, reitere-se, isso implica engano. Se eu disser a uma pessoa faminta que o almoço está “próximo” quando quero dizer na próxima semana, eu a terei enganado.
O que torna toda esta questão clara é que a segunda vinda de Cristo não pode ocorrer até que o “venham as bodas do Cordeiro” (Apo. 19: 7). O Apocalipse deixa claro que a única razão de as “bodas” não terem ocorrido é que Sua noiva “[não] se aprontou”, pois quando ela estiver “pronta”, o Esposo celestial não tardará. Assim, esta questão envolve o caráter de Cristo. Será que Ele ama esta futura noiva? Será que Ele quer vir?
—Paul Penno
Paulo Penno é pastor evangelista da igreja adventista na cidade de Hayward, na Califórnia, EUA, da Associação Norte Californiana da IASD, localizada no endereço 26400, Gading Road, Hayward, Telefone: 001 XX (510) 782-3422. Ele foi ordenado ao ministério há 38 anos. Após o curso de teologia ele fez mestrado na Universidade de Andrews. Recentemente ele preparou uma extensiva antologia dos escritos de Alonzo T. Jones e Ellet J. Waggoner, a qual está incluída na Compreensiva Pesquisa dos Escritos de Ellen G. White. Recentemente também ele escreveu o livro “O Calvário no Sinai: A Lei e os Concertos na História da Igreja Adventista do 7º Dia,” e, ao longo dos anos, escreveu muitos artigos sobre vários conceitos da mensagem de 1888. O pai dele, Paul Penno foi também pastor da igreja adventista, assim nós usualmente escrevemos seu nome: Paul E. Penno Junior. Ele foi o principal orador do seminário “Elias, convertendo corações”, nos dias 6 e 7 de fevereiro de 2015, realizado na igreja adventista Valley  Center Seventh-day Adventist Church localizada no endereço: 14919  Fruitvale Road, Valley Center, Califórnia. Você pode vê-lo, no You Tube, semanalmente, explanando a lição da semana seguinte na igreja adventista de Hayward, na Califórnia, em
Atenção, asteriscos (*…) indicam acréscimos do tradutor.
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