Para 4 a 11 de junho de 2016
Será que o Senhor Jesus, sendo divino, tem um senso de tempo como
nós seres humanos temos? Poderia dar-se o caso de que Ele não se importa com
quanto mais dure o tempo?
Bem, Ele diz claramente que haverá um “fim do mundo”! Quando os
Seus discípulos lhe perguntaram: “Qual será o sinal da Tua vinda e do fim do
mundo?” (Mat. 24: 3), Ele respondeu a pergunta diretamente, fazendo então a
afirmação de que o tempo não vai continuar sempre, sem jamais findar.
E sendo um de nós, para sempre humano com nós, bem como sendo
divino para sempre, Jesus compartilha conosco nosso cansaço com a passagem
ininterrupta de um tempo doloroso de pecado, com todo o sofrimento que existe
no mundo. Não há dor que qualquer um de nós na terra sinta que Ele não tenha
que compartilhar conosco.
Sim! Mil vezes, Jesus quer que este reino de pecado e sofrimento
termine no feliz estabelecimento de Seu reino eterno sobre a Terra renovada.
Jesus nos lembra dos sinais do fim:
• O fosso entre os ricos e pobres ficaria mais largo, não importa
o que os governos façam sobre cortes de impostos e programas de bem-estar para
os pobres.
• O temor do terrorismo vai continuar, mesmo aumentar, não importa
quem seja o presidente (Mat. 24:6-7).
• As atividades de entretenimento e esportes vão prosperar mais e
mais (Mat. 24:38, 39).
• As catástrofes naturais e de origem humana vão aumentar (Mat.
24:7).
• Os valores de família vão constantemente corroer-se e o amor
sexual fiel se tornará quase extinto (Mat. 24:12).
Jesus disse que pouco antes de Seu retorno a maldade seria
repetida na Terra: “Como nos dias
anteriores ao dilúvio, comiam, bebiam, casavam e davam-se em casamento, ... e
não o perceberam, até que veio o dilúvio e os tomou a todos; assim será também
a vinda do Filho do homem” (Mat. 24:38, 39).
Considere como este mundo perverso está repetindo a história do
mundo antes do Dilúvio de Noé: A terra estava cheia de violência (Gên. 6:11); a
terra estava corrompida (vs. 12); as pessoas eram dadas a licença sexual, e “tomaram para si mulheres de todas as que
escolheram” (vs. 2); estavam entregues ao prazer pecaminoso e à
libertinagem (vs. 5), e a maldade da humanidade em geral era “grande sobre a terra” (vs. 5).
“A inclinação da carne é inimizade contra
Deus, pois não é sujeita à lei de Deus, nem mesmo pode estar” (Rom. 8:7). Ao
longo da história a natureza pecaminosa, cruel e egoísta de Satanás levou
alguns seres humanos a agir pior do que os animais. Certamente, em muitos
casos, os costumes convencionais da sociedade e da civilização mantiveram sob
controle a maior parte dessas grosseiras forças da paixão até certo ponto.
Mas, guerras e holocaustos ofereceram vislumbres ocasionais do que
vai acontecer quando essas restrições forem finalmente removidas. Revoltas
selvagens e insanas são uma antecipação de um “tempo de angústia”, que
a Bíblia prediz que irá desenvolver-se em intensidade crescente pela Terra.
Cristo predisse o que vai prevalecer pouco antes da segunda vinda: “Porque ao se multiplicar a iniquidade, o
amor de muitos esfriará” (Mateus 24:12).
O que há de errado com o mundo? O amor é o problema; ou a falta
dele. Poderíamos traduzir isso dizendo que as pessoas estão desobedecendo a lei
de Deus? Sim, claro que é verdade. E elas precisam ser avisadas.
Será que a mensagem de 1888 nos mostra na Bíblia qualquer coisa de
relevante além do que sempre temos dito há 150 anos, “O fim está próximo!”?
É mais sensato dizer que as pessoas estão a desrespeitar a lei de
Deus porque realmente não conhecem esse “amor de Deus” — o que significa? Pode
dar-se que em vez de precisarem ser novamente avisadas, as pessoas precisam ser
ganhas para o Ágape de Deus?
Se tivéssemos um medidor que poderia determinar a extensão da
nossa verdadeira obediência (como um termômetro determina quão quente estamos),
registraria a percepção que existe em nossa alma do amor de Cristo; e isso se
relacionaria diretamente com a extensão da nossa obediência à lei de Deus.
Nosso “amor-termômetro” não é para medir o nosso amor por Cristo;
é para medir a nossa apreciação de Seu amor por nós. Não somos salvos por nosso
amor por Jesus. Somos salvos pelo Seu amor por nós. Oh, como precisamos dessa “mui preciosa mensagem!” (sic)a
Obteremos uma bênção incalculável se nos ajoelharmos para “passar
uma hora de reflexão a cada dia na contemplação da vida de Cristo. ...
especialmente as cenas finais. ... Detendo-nos sobre o Seu grande sacrifício
por nós” (Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, pág. 83). Deixe
o amor dEle, não o seu, fluir através da sua alma.
Mas sendo que os “homens
maus e impostores irão de mal a pior” nos últimos dias, e sendo que as
pessoas em geral “amam mais as trevas do
que a luz” (2ª Tim. 3:13; João 3:19), o Espírito Santo de Deus está
gradualmente se afastando do mundo. O resultado: Jesus disse que a horrenda
desolação de Jerusalém em 70 dC retrata o que o mundo vai se tornar quando o
Espírito Santo for finalmente expulso (Mat. 24:34).
As milhões e bilhões de pessoas sem Deus serão levadas a tomar uma
decisão crítica a favor ou contra o evangelho. Isso vai exigir uma proclamação
poderosa, sem precedentes, do verdadeiro evangelho que Cristo em Sua sabedoria
nos mostra no Seu santuário, que irá de alguma forma transparecer a toda a
humanidade (Mat. 24:14; Apo. 18:1-4).
Nos dias de Noé houve a provisão de uma arca em que alguém que
cresse na boa notícia podia entrar e estar seguro. Assim, hoje o Senhor Deus
tem uma arca de segurança onde qualquer um que crer na boa notícia pode encontrar
refúgio. Essa arca é a comunhão do povo de Deus em Sua igreja. Você não está
sozinho; abra os olhos da fé, há outros que compartilham de sua fé em Jesus,
que também amam a Bíblia, que respondem ao chamado de Deus para se arrepender;
sim, você vai encontrar comunhão se o seu coração humildemente buscar o Senhor.
Enquanto isso, “Acautelai-vos,
que ninguém vos engane. Porque muitos virão em Meu nome, dizendo: Eu sou o
Cristo, e enganarão a muitos” (Mat. 24:4-5). Apocalipse 13 continua a
delinear o fantástico episódio da besta/nação de dois chifres que começa
falando “como um cordeiro”, mas acaba
“falando como um dragão”. Todos esses
envolvimentos militares da nação reforçarão a sua posição como ditador de fato
do mundo. Mas a boa notícia será proclamada “poderosamente”: “Sai dela [de
Babilônia], povo Meu” (Apo. 18:4). A notícia atrás da notícia: o Espírito Santo
está ocupado em preparar um povo responsivo. Você O está ouvindo?
--Paul
E. Penno
Nota do tradutor:
a) Testemunhos para Ministros, pág. 91, no
original em inglês. Na
edição da CPB o advérbio “mui” (“forma apocopada de muito”, Caudas Aulete) foi omitido. No original EGW usa “most”,
um adjetivo (indicando: 1º, “o maior
em importância, quantidade e grau
... 2º, um superlativo do adjetivo “muito” ..., e, 3º: “o maior em graduação, ordem e posição”. Dicionário de Noah Webster,
2ª edição, 1957, pág. 1172, 3ª coluna). Assim o que a serva do Senhor está nos
dizendo é que a mensagem de justificação pela fé que nos foi outorgada em 1888,
que é a obra da justiça de Cristo em nós, é algo muito importante no evangelho,
a mais importante pregação que temos como adventistas do 7º dia.
Na pág. seguinte (92) a serva do Senhor
nos diz: “esta é a mensagem que Deus
manda proclamar ao mundo, é a 3ª mensagem angélica que deve ser proclamada com
alto clamor e regada como o derramamento de Seu Espírito Santo em Grande
medida.”
Se esta é a mensagem que temos que dar ao mundo
por que perdermos muito tempo com outras em detrimento desta?
A mensagem
de 1888 não foi uma mera reiteração das doutrinas de Lutero e Wesley, nem mesmo
dos pioneiros adventistas. Nem foi uma reedição do que os oradores de Keswick e
líderes protestantes populares da época ensinavam como "doutrina da
justificação pela fé." A Mensagem de 1888) foi muito maior do que isso! Tratou-se do "começo" de um
conceito mais maduro do "evangelho eterno" do que havia sido
claramente percebido por qualquer geração prévia. Foi o "começo" do derramamento final do Espírito Santo como a
chuva serôdia. Foi o anúncio inicial da mensagem do quarto anjo de Apocalipse
18. Deveria ser uma bênção sem precedentes desde o Pentecoste (cf.
F.C.E. 473; RH, 3 de junho de 1890).
Isso não
significa dizer que os mensageiros de 1888 eram maiores do que Paulo, Lutero,
Wesley, ou qualquer outro, nem que eles eram estudantes mais brilhantes e
inteligentes. A mensagem que traziam era simplesmente a "terceira mensagem
angélica em verdade", um entendimento de justificação pela fé paralela à,
e consistente com, a doutrina do "tempo do fim" da purificação do
santuário celestial, onde o Sumo Sacerdote ministra no Dia antitípico da
Expiação no Compartimento Santíssimo do Santuário (cf. Primeiros Escritos, págs. 55, 56, 250-254, 260, 261). Ele entrou nessa última fase de Sua obra em 1844. De lá Ele ministra
a verdadeira justificação pela fé àqueles que O seguem pela fé. Daí, há algo
peculiar a respeito de justificação pela fé à luz do Dia da Expiação, e a
mensagem de 1888 o reconhece.
Se tivesse
obtido livre curso para plena e cordial aceitação e desenvolvimento teológico,
a mensagem teria preparado uma comunidade de cristãos para encontrar o Senhor
"sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, porém santa e sem
defeito", "sem contaminação perante o trono de Deus". Era
intenção de Seu Divino Autor amadurecer as "primícias para Deus e o
Cordeiro". Se isso não for verdade, a credibilidade de toda a vida de
Ellen White será afetada, bem como nosso respeito próprio denominacional.
Ademais, a
óbvia e inegável rejeição dessa mensagem não constituiu uma queda moral ou espiritual
da Igreja remanescente envolvendo um repúdio da teologia protestante. Foi,
antes, a captura de seu desenvolvimento espiritual ordenado, uma pobre cegueira
e falta de habilidade em reconhecer a consumação escatológica do amor e chamado
do Senhor.
A rejeição
dessa mensagem virtualmente eclipsou um entendimento ético e prático da
purificação do santuário celestial. Deixou somente a capa exterior da estrutura
doutrinal, tal como as provas cronológicas dos 2300 anos, e o conceito mecânico
do "juízo investigativo" como pregado por nós antes de 1888. Nosso
próprio crescimento retardado em entendimento tem atraído a zombaria de nossos
oponentes evangélicos que fazem pouco caso desta verdade peculiar adventista
como "balofa, mofada e sem proveito". É por isso que tantos dentre
nossa própria gente, especialmente os nossos jovens, veem a
"doutrina" do santuário como entediante e irrelevante.
A Mensagem do
Terceiro Anjo. Esta
mensagem estava destinada a pôr os filhos de Deus de sobreaviso, mostrando-lhes
a hora de tentação e angústia que diante deles estava. Disse o anjo:
"Serão trazidos em cerrado combate com a besta e sua imagem (Primeiros
Escritos, pág. 254).
Uma Firme Plataforma. “Vi
um grupo que permanecia bem guardado e firme, não dando atenção aos que faziam
vacilar a estabelecida fé da comunidade. Deus olhava para eles com aprovação.
Foram-me mostrados três degraus - a primeira, a segunda e a terceira mensagens
angélicas. Disse o meu anjo assistente: "Ai de quem mover um bloco ou
mexer num alfinete dessas mensagens. A verdadeira compreensão dessas mensagens
é de vital importância (Primeiros Escritos, pág. 258).
Alguns ... começaram a encontrar
defeito no fundamento. Achavam que se deviam fazer melhoramentos, ... Deus fora
o Mestre Construtor, e eles estavam lutando contra Ele (Primeiros Escritos, pág. 259).
Vi que assim como os judeus crucificaram a Jesus, as igrejas nominais
haviam crucificado essas mensagens, e por isso mesmo não têm conhecimento do
caminho para o santíssimo, e não podem ser beneficiadas pela intercessão de
Jesus ali (Primeiros
Escritos, pág. 261).
Notas adicionais:
O video do Pr. Paulo Penno desta lição em inglês está na internet em: https://www.youtube.com/watch?v=uLFOe6sDWI0
Também esta introspecção da lição da Escola Sabatina desta semana está
na internet em: http://www.1888mpm.org
Paulo
Penno é pastor evangelista da igreja adventista na cidade de Hayward, na
Califórnia, EUA, da Associação Norte Californiana da IASD, localizada no
endereço 26400, Gading Road, Hayward, Telefone: 001 XX (510) 782-3422. Ele foi
ordenado ao ministério há 38 anos. Após o curso de teologia ele fez mestrado na
Universidade de Andrews. Recentemente ele preparou uma extensiva antologia dos
escritos de Alonzo T. Jones e Ellet J. Waggoner, a qual está incluída na Compreensiva
Pesquisa dos Escritos de Ellen G. White. Recentemente também ele
escreveu o livro “O Calvário no Sinai: A Lei e os Concertos na História da Igreja
Adventista do 7º Dia,” e, ao longo dos anos, escreveu muitos artigos
sobre vários conceitos da mensagem de 1888. O pai dele, Paul Penno foi também
pastor da igreja adventista, assim nós usualmente escrevemos seu nome: Paul E.
Penno Junior. Ele foi o principal orador do seminário “Elias, convertendo
corações”, nos dias 6 e 7 de fevereiro de 2015, realizado na igreja adventista Valley Center Seventh-day Adventist
Church localizada no endereço: 14919 Fruitvale Road, Valley Center, Califórnia. Você pode vê-lo, no You Tube,
semanalmente, explanando a lição da semana seguinte na igreja adventista de
Hayward, na Califórnia, em
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