quarta-feira, 8 de junho de 2016

Lição 11 — Eventos finais, por Paulo Penno



Para 4 a 11 de junho de 2016

Será que o Senhor Jesus, sendo divino, tem um senso de tempo como nós seres humanos temos? Poderia dar-se o caso de que Ele não se importa com quanto mais dure o tempo?
Bem, Ele diz claramente que haverá um “fim do mundo”! Quando os Seus discípulos lhe perguntaram: “Qual será o sinal da Tua vinda e do fim do mundo?” (Mat. 24: 3), Ele respondeu a pergunta diretamente, fazendo então a afirmação de que o tempo não vai continuar sempre, sem jamais findar.
E sendo um de nós, para sempre humano com nós, bem como sendo divino para sempre, Jesus compartilha conosco nosso cansaço com a passagem ininterrupta de um tempo doloroso de pecado, com todo o sofrimento que existe no mundo. Não há dor que qualquer um de nós na terra sinta que Ele não tenha que compartilhar conosco.
Sim! Mil vezes, Jesus quer que este reino de pecado e sofrimento termine no feliz estabelecimento de Seu reino eterno sobre a Terra renovada.
Jesus nos lembra dos sinais do fim:                                       
• O fosso entre os ricos e pobres ficaria mais largo, não importa o que os governos façam sobre cortes de impostos e programas de bem-estar para os pobres.
• O temor do terrorismo vai continuar, mesmo aumentar, não importa quem seja o presidente (Mat. 24:6-7).   
• As atividades de entretenimento e esportes vão prosperar mais e mais (Mat. 24:38, 39).
• As catástrofes naturais e de origem humana vão aumentar (Mat. 24:7).
• Os valores de família vão constantemente corroer-se e o amor sexual fiel se tornará quase extinto (Mat. 24:12).
Jesus disse que pouco antes de Seu retorno a maldade seria repetida na Terra: “Como nos dias anteriores ao dilúvio, comiam, bebiam, casavam e davam-se em casamento, ... e não o perceberam, até que veio o dilúvio e os tomou a todos; assim será também a vinda do Filho do homem” (Mat. 24:38, 39).
Considere como este mundo perverso está repetindo a história do mundo antes do Dilúvio de Noé: A terra estava cheia de violência (Gên. 6:11); a terra estava corrompida (vs. 12); as pessoas eram dadas a licença sexual, e “tomaram para si mulheres de todas as que escolheram” (vs. 2); estavam entregues ao prazer pecaminoso e à libertinagem (vs. 5), e a maldade da humanidade em geral era “grande sobre a terra” (vs. 5).
 “A inclinação da carne é inimizade contra Deus, pois não é sujeita à lei de Deus, nem mesmo pode estar” (Rom. 8:7). Ao longo da história a natureza pecaminosa, cruel e egoísta de Satanás levou alguns seres humanos a agir pior do que os animais. Certamente, em muitos casos, os costumes convencionais da sociedade e da civilização mantiveram sob controle a maior parte dessas grosseiras forças da paixão até certo ponto.
Mas, guerras e holocaustos ofereceram vislumbres ocasionais do que vai acontecer quando essas restrições forem finalmente removidas. Revoltas selvagens e insanas são uma antecipação de um “tempo de angústia”, que a Bíblia prediz que irá desenvolver-se em intensidade crescente pela Terra. Cristo predisse o que vai prevalecer pouco antes da segunda vinda: “Porque ao se multiplicar a iniquidade, o amor de muitos esfriará” (Mateus 24:12).
O que há de errado com o mundo? O amor é o problema; ou a falta dele. Poderíamos traduzir isso dizendo que as pessoas estão desobedecendo a lei de Deus? Sim, claro que é verdade. E elas precisam ser avisadas.
Será que a mensagem de 1888 nos mostra na Bíblia qualquer coisa de relevante além do que sempre temos dito há 150 anos, “O fim está próximo!”?
É mais sensato dizer que as pessoas estão a desrespeitar a lei de Deus porque realmente não conhecem esse “amor de Deus” — o que significa? Pode dar-se que em vez de precisarem ser novamente avisadas, as pessoas precisam ser ganhas para o Ágape de Deus?
Se tivéssemos um medidor que poderia determinar a extensão da nossa verdadeira obediência (como um termômetro determina quão quente estamos), registraria a percepção que existe em nossa alma do amor de Cristo; e isso se relacionaria diretamente com a extensão da nossa obediência à lei de Deus.
Nosso “amor-termômetro” não é para medir o nosso amor por Cristo; é para medir a nossa apreciação de Seu amor por nós. Não somos salvos por nosso amor por Jesus. Somos salvos pelo Seu amor por nós. Oh, como precisamos dessa “mui preciosa mensagem!” (sic)a
Obteremos uma bênção incalculável se nos ajoelharmos para “passar uma hora de reflexão a cada dia na contemplação da vida de Cristo. ... especialmente as cenas finais. ... Detendo-nos sobre o Seu grande sacrifício por nós” (Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, pág. 83). Deixe o amor dEle, não o seu, fluir através da sua alma.
Mas sendo que os “homens maus e impostores irão de mal a pior” nos últimos dias, e sendo que as pessoas em geral “amam mais as trevas do que a luz” (2ª Tim. 3:13; João 3:19), o Espírito Santo de Deus está gradualmente se afastando do mundo. O resultado: Jesus disse que a horrenda desolação de Jerusalém em 70 dC retrata o que o mundo vai se tornar quando o Espírito Santo for finalmente expulso (Mat. 24:34).
As milhões e bilhões de pessoas sem Deus serão levadas a tomar uma decisão crítica a favor ou contra o evangelho. Isso vai exigir uma proclamação poderosa, sem precedentes, do verdadeiro evangelho que Cristo em Sua sabedoria nos mostra no Seu santuário, que irá de alguma forma transparecer a toda a humanidade (Mat. 24:14; Apo. 18:1-4).
Nos dias de Noé houve a provisão de uma arca em que alguém que cresse na boa notícia podia entrar e estar seguro. Assim, hoje o Senhor Deus tem uma arca de segurança onde qualquer um que crer na boa notícia pode encontrar refúgio. Essa arca é a comunhão do povo de Deus em Sua igreja. Você não está sozinho; abra os olhos da fé, há outros que compartilham de sua fé em Jesus, que também amam a Bíblia, que respondem ao chamado de Deus para se arrepender; sim, você vai encontrar comunhão se o seu coração humildemente buscar o Senhor.
Enquanto isso, “Acautelai-vos, que ninguém vos engane. Porque muitos virão em Meu nome, dizendo: Eu sou o Cristo, e enganarão a muitos” (Mat. 24:4-5). Apocalipse 13 continua a delinear o fantástico episódio da besta/nação de dois chifres que começa falando “como um cordeiro”, mas acaba “falando como um dragão”. Todos esses envolvimentos militares da nação reforçarão a sua posição como ditador de fato do mundo. Mas a boa notícia será proclamada “poderosamente”: “Sai dela [de Babilônia], povo Meu” (Apo. 18:4). A notícia atrás da notícia: o Espírito Santo está ocupado em preparar um povo responsivo. Você O está ouvindo?

--Paul E. Penno

Nota do tradutor:
a) Testemunhos para Ministros, pág. 91, no original em inglês. Na edição da CPB o advérbio “mui” (“forma apocopada de muito”, Caudas Aulete) foi omitido. No original EGW usa “most”, um adjetivo (indicando: 1º, “o maior em importância, quantidade e grau ... 2º, um superlativo do adjetivo “muito” ..., e, 3º: “o maior em graduação, ordem e posição”. Dicionário de Noah Webster, 2ª edição, 1957, pág. 1172, 3ª coluna). Assim o que a serva do Senhor está nos dizendo é que a mensagem de justificação pela fé que nos foi outorgada em 1888, que é a obra da justiça de Cristo em nós, é algo muito importante no evangelho, a mais importante pregação que temos como adventistas do 7º dia.
Na pág. seguinte (92) a serva do Senhor nos diz: “esta é a mensagem que Deus manda proclamar ao mundo, é a 3ª mensagem angélica que deve ser proclamada com alto clamor e regada como o derramamento de Seu Espírito Santo em Grande medida.”
Se esta é a mensagem que temos que dar ao mundo por que perdermos muito tempo com outras em detrimento desta?
A mensagem de 1888 não foi uma mera reiteração das doutrinas de Lutero e Wesley, nem mesmo dos pioneiros adventistas. Nem foi uma reedição do que os oradores de Keswick e líderes protestantes populares da época ensinavam como "doutrina da justificação pela fé." A Mensagem de 1888) foi muito maior do que isso! Tratou-se do "começo" de um conceito mais maduro do "evangelho eterno" do que havia sido claramente percebido por qualquer geração prévia. Foi o "começo" do derramamento final do Espírito Santo como a chuva serôdia. Foi o anúncio inicial da mensagem do quarto anjo de Apocalipse 18. Deveria ser uma bênção sem precedentes desde o Pentecoste (cf. F.C.E. 473; RH, 3 de junho de 1890).
Isso não significa dizer que os mensageiros de 1888 eram maiores do que Paulo, Lutero, Wesley, ou qualquer outro, nem que eles eram estudantes mais brilhantes e inteligentes. A mensagem que traziam era simplesmente a "terceira mensagem angélica em verdade", um entendimento de justificação pela fé paralela à, e consistente com, a doutrina do "tempo do fim" da purificação do santuário celestial, onde o Sumo Sacerdote ministra no Dia antitípico da Expiação no Compartimento Santíssimo do Santuário (cf. Primeiros Escritos, págs. 55, 56, 250-254, 260, 261). Ele entrou nessa última fase de Sua obra em 1844. De lá Ele ministra a verdadeira justificação pela fé àqueles que O seguem pela fé. Daí, há algo peculiar a respeito de justificação pela fé à luz do Dia da Expiação, e a mensagem de 1888 o reconhece.
Se tivesse obtido livre curso para plena e cordial aceitação e desenvolvimento teológico, a mensagem teria preparado uma comunidade de cristãos para encontrar o Senhor "sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, porém santa e sem defeito", "sem contaminação perante o trono de Deus". Era intenção de Seu Divino Autor amadurecer as "primícias para Deus e o Cordeiro". Se isso não for verdade, a credibilidade de toda a vida de Ellen White será afetada, bem como nosso respeito próprio denominacional.
Ademais, a óbvia e inegável rejeição dessa mensagem não constituiu uma queda moral ou espiritual da Igreja remanescente envolvendo um repúdio da teologia protestante. Foi, antes, a captura de seu desenvolvimento espiritual ordenado, uma pobre cegueira e falta de habilidade em reconhecer a consumação escatológica do amor e chamado do Senhor.
A rejeição dessa mensagem virtualmente eclipsou um entendimento ético e prático da purificação do santuário celestial. Deixou somente a capa exterior da estrutura doutrinal, tal como as provas cronológicas dos 2300 anos, e o conceito mecânico do "juízo investigativo" como pregado por nós antes de 1888. Nosso próprio crescimento retardado em entendimento tem atraído a zombaria de nossos oponentes evangélicos que fazem pouco caso desta verdade peculiar adventista como "balofa, mofada e sem proveito". É por isso que tantos dentre nossa própria gente, especialmente os nossos jovens, veem a "doutrina" do santuário como entediante e irrelevante.
A Mensagem do Terceiro Anjo.   Esta mensagem estava destinada a pôr os filhos de Deus de sobreaviso, mostrando-lhes a hora de tentação e angústia que diante deles estava. Disse o anjo: "Serão trazidos em cerrado combate com a besta e sua imagem (Primeiros Escritos, pág. 254).
Uma Firme Plataforma. “Vi um grupo que permanecia bem guardado e firme, não dando atenção aos que faziam vacilar a estabelecida fé da comunidade. Deus olhava para eles com aprovação. Foram-me mostrados três degraus - a primeira, a segunda e a terceira mensagens angélicas. Disse o meu anjo assistente: "Ai de quem mover um bloco ou mexer num alfinete dessas mensagens. A verdadeira compreensão dessas mensagens é de vital importância (Primeiros Escritos, pág. 258).
Alguns ... começaram a encontrar defeito no fundamento. Achavam que se deviam fazer melhoramentos, ... Deus fora o Mestre Construtor, e eles estavam lutando contra Ele (Primeiros Escritos, pág. 259).
Vi que assim como os judeus crucificaram a Jesus, as igrejas nominais haviam crucificado essas mensagens, e por isso mesmo não têm conhecimento do caminho para o santíssimo, e não podem ser beneficiadas pela intercessão de Jesus ali (Primeiros Escritos, pág. 261).

Notas adicionais:

O video do Pr. Paulo Penno desta lição em inglês está na internet em: https://www.youtube.com/watch?v=uLFOe6sDWI0

Também esta introspecção da lição da Escola Sabatina desta semana está na internet em: http://www.1888mpm.org

Paulo Penno é pastor evangelista da igreja adventista na cidade de Hayward, na Califórnia, EUA, da Associação Norte Californiana da IASD, localizada no endereço 26400, Gading Road, Hayward, Telefone: 001 XX (510) 782-3422. Ele foi ordenado ao ministério há 38 anos. Após o curso de teologia ele fez mestrado na Universidade de Andrews. Recentemente ele preparou uma extensiva antologia dos escritos de Alonzo T. Jones e Ellet J. Waggoner, a qual está incluída na Compreensiva Pesquisa dos Escritos de Ellen G. White. Recentemente também ele escreveu o livro “O Calvário no Sinai: A Lei e os Concertos na História da Igreja Adventista do 7º Dia,” e, ao longo dos anos, escreveu muitos artigos sobre vários conceitos da mensagem de 1888. O pai dele, Paul Penno foi também pastor da igreja adventista, assim nós usualmente escrevemos seu nome: Paul E. Penno Junior. Ele foi o principal orador do seminário “Elias, convertendo corações”, nos dias 6 e 7 de fevereiro de 2015, realizado na igreja adventista Valley Center Seventh-day Adventist Church localizada no endereço: 14919  Fruitvale Road, Valley Center, Califórnia. Você pode vê-lo, no You Tube, semanalmente, explanando a lição da semana seguinte na igreja adventista de Hayward, na Califórnia, em
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