Para 4 a 11 de fevereiro de 2017
"A santidade é integridade. O que é perfeito é santo. Mas o homem é imperfeito. Ele era perfeito na sua criação, mas pecou e perdeu a sua retidão." O corpo, a alma e o espírito se contaminaram com o pecado e, portanto, ficaram sujeitos à morte; pois o pecado é um câncer que, abandonado a si mesmo, avança firmemente na alma, até a morte ser um resultado.Trazer o homem de novo para um estado de santidade, é trazê-lo de volta à condição que era dele antes da queda. E isto é feito não por qualquer mudança exterior visível, mas pelo dom de Cristo — a substituição de Sua perfeição por tudo o que é imperfeito no homem. Cristo Se dá a nós, para que Sua perfeição seja a nossa perfeição, tanto de corpo quanto de alma e espírito.
"A santidade — ou totalidade — vem somente da presença
de Cristo, trazendo Sua perfeição. Nada que o homem faça pode trazer santidade,
... só Deus pode fazer o que é santo, e o que não o é só pode assim Ser feito por
Sua presença".1
Ellen White viu como a mensagem dos dois
"mensageiros" de 1888, A. T. Jones e E. J. Waggoner, chamou a atenção
para os aspectos práticos do ministério sacerdotal de Cristo no Santuário
Celestial. A mensagem não causou frustração ao apelar para a vida santa, ela proveu os meios para isso. É aqui que
os dois grandes "rios", a verdade do santuário e a justificação pela
fé, fluiram juntos.
A mensagem de Jones-Wagoner reconheceu claramente que o
perdão dos pecados é uma declaração judicial que se baseia unicamente na
expiação feita na cruz. Mas eles também viram que a palavra da Bíblia para perdoar significa uma
"retirada" real do pecado. Assim, desde a Assembléia da Associação
Geral de 1888 eles reconheceram a distinção entre o ministério diário ou
contínuo no santuário (*no primeiro compartimento) e o ministério anual (*no
segundo compartimento — o Santísimo). Há uma diferença entre o perdão dos
pecados e a purificação dos pecados.
A purificação do santuário celestial (*de 1844 até o fim)
é uma obra que inclui as pessoas e a elas se estende. Proporciona a perfeição
de seu caráter em Cristo, por um lado, e, por outro na destruição final do
pecado e dos pecadores e na purificação do universo de toda mácula do pecado.
Este é o "completar do mistério de Deus"2. É
Cristo totalmente formado em cada crente. O próprio santuário não pode ser
purificado enquanto o povo de Deus continuar a derramar nele um fluxo constante
de pecados. O fluxo será interrompido em sua fonte — nos corações e vidas do povo de Deus. O ministério
de Cristo no compartimento Santíssimo "pode aperfeiçoar os que a ele se chegam"
e realmente aperfeiçoa "para sempre os que são santificados" (Heb.
10: 1, 14).3
Então, como a santificação se encaixa?
Qualquer pessoa que é justificada pela fé do Novo
Testamento está automaticamente no processo de santificação. Ele nunca tem que
mudar de engrenagem da salvação pela fé para a salvação pelas obras. "Como, pois, recebestes o Senhor Cristo
Jesus, assim também andai nEle: ... estabelecidos na fé" (Colossenses
2: 6, 7; *“confirmados,” Almeida Fiel).
Por sua expressão "a fé", o
apóstolo Paulo não significa um credo ou conjunto de doutrinas, mas o fenômeno
de uma apreciação de coração da cruz de Cristo. O método permanece o mesmo: pela fé.
Na santificação, é o Senhor que nos conduz ao longo de nosso
caminho, como Ele fez na justificação. A fé continua
trabalhando pelo amor, sempre no tempo presente.
De modo algum o Senhor nos deixa voar sozinhos, para
manter a velocidade ou a queda. A santificação nunca é pelas obras; nem é uma
mistura de fé e obras no sentido de esforços automotivados para destacar o mérito
para que possamos ganhar uma recompensa. Claramente, Cristo disse a Paulo que o
estava enviando às pessoas “para abrir-lhes
os olhos e das trevas os converteres, ... (*transformá-los) a fim de que recebam a remissão (*o perdão) dos pecados e a herança entre os que são santificados pela fé (*que
está) em Mim" (Atos 26:18).4 Não lemos em nenhum lugar do Novo Testamento que é
nosso dever santificar-nos a nós mesmos. Em vez disso, somos "santificados ... pelo Espírito de
nosso Deus" (1ª Coríntios 6:11). Jesus ora ao Pai para nos santificar,
João 17:17; E Cristo também santifica e purifica Sua igreja, Efésios 5:26.
Tudo se resume na declaração abrangente de Paulo: "Que o próprio Deus da paz vos
santifique em tudo, ... irrepreensíveis para a vinda de nosso Senhor Jesus
Cristo. Fiel é O que vos chama, o Qual também o fará" (1ª
Tessalonicenses 5:23, 24).
O Senhor não desiste facilmente. "Aquele que em vós começou uma boa obra, a aperfeiçoará (*a
completará) até ao dia de Jesus
Cristo" (Fil. 1: 6). Esta obra que Ele faz é santificação.
(*No guia de estudos
em inglês), no rodapé da lição de terça-feira há uma pergunta (*que não foi
incluida no nosso guia de estudos em português): "Se alguém lhe
perguntasse: 'Como faço para obter a vitória sobre o pecado que me é prometida
na Bíblia'?"
Uma resposta clara está na mensagem de 1888: A
"vitória" não é "ganha" por nossas próprias boas obras, mas
permitindo ao Senhor realizar Sua boa obra em nós até à conclusão.
"A obra do Espírito Santo no coração é quebar e
expulsar o amor próprio ... O templo da alma deve ser esvaziado e limpo de sua
impureza moral, para que Jesus encontre espaço para permanecer na alma como um Convidado
honrado, de modo que [Ele] a testemunha pura e verdadeira, possa ser o poder
exercido em uma vida santa. Então Cristo é revelado no coração pela fé e
vitórias preciosas são ganhas"5
Em todas as eras passadas "a esposa do
Cordeiro" (*Apoc. 19:7) nunca se preparou, mas como o Esposo celestial
pode chamar a atenção de Sua igreja? No incêndio dos escritórios da Review and Herald e do Hospital de Battle Creek? (Tudo isso aconteceu
depois da Assembléa da Associação Geral de 1901). Pode Ele chamar a atenção do
Seu povo por uma demanda sem precedentes motivada pelo medo de uma vida santa?
A resposta tem que estar no texto: "Foi-lhe
dado [à Sua noiva] que se vestisse de linho fino, puro e resplandecente (*branco); porque
o linho fino é a justiça dos santos" (Apocalipse 19: 8).
Os meios que o Senhor empregará não serão um trovão do
céu ou um terremoto, mas uma mensagem terna, calma e reconfortante da
"justiça dos santos". A mensagem que corteja o coração —
"justiça pela fé", o Noivo Se aproximando num apelo, um toque suave
de verdade.
--Dos escritos de Ellen G. White, Ellet J. Waggoner, e
Robert J. Wieland
Notas finais:
(A segunda, a terceira e a quarta notas são do tradutor)
1) Ellet J.
Waggoner, "Concepções equivocadas de santidade", The Present Truth, de 12 de outubro de 1893.
2) Sobre a "completar do mistério de Deus” (The Time of Finishing the Mystery of God) veja, EM INGLÊS:
De A. T. Jones, o outro mensageiro de
1888: http://www.sundaylaw.net/books/other/jones/conway/conway13.htm
De Ellen G White: http://text.egwwritings.org/publication.php?pubtype=Book&bookCode=STTHD&pagenumber=269
3) “Enquanto
o juízo investigativo prosseguir no Céu, enquanto os pecados dos crentes
arrependidos estão sendo removidos do santuário, deve haver uma obra especial
de purificação, ou de afastamento de pecado, entre o povo de Deus na Terra” (O Grande Conflito, pág. 425).
4) Os dois mensageiros de 1888, tanto A. T. Jones quanto
E. J. Waggoner, pregavam que é fácil ser salvo e difícil de se perder se você, simplesmente entender e
crer na completa verdade do evangelho, que nos foi apresentada por eles dois de
uma maneira singular, a saber, que todas
as ordens de Deus são habilitações.
“Colaborando a vontade do homem com a
de Deus, ela se torna onipotente. Tudo que deve ser feito a Seu mando pode ser
cumprido por Seu poder. Todas as Suas ordens são promessas habilitadoras”
(Ellen G. White, Parábolas de Jesus,
pág. 333).
Deus “é poderoso para vos guardar de tropeçar, e
apresentar-vos irrepreensíveis, com alegria, perante a Sua glória ... e
majestade, domínio e poder, agora, e para todo o sempre. Amém” (Judas 24 e 25).
“Ninguém é tão vil, ninguém tão decaído, que esteja
além da operação desse poder. Em todos quantos querem submeter-se ao Espírito
Santo deve ser implantado um princípio novo de vida: a perdida imagem de Deus
deve ser restaurada na humanidade.
“Mas o homem não se pode transformar pelo exercício
de sua vontade. Não possui faculdade por cujo meio esta mudança possa ser
efetuada. O fermento - algo totalmente externo - precisa ser introduzido na
farinha, antes de a alteração desejada efetuar-se. Assim a graça de Deus
precisa ser recebida pelo pecador antes de ele ser tornado apto para o reino da
glória. Toda cultura e educação que o mundo pode oferecer fracassarão em fazer
de um degradado filho do pecado, um filho do Céu. A energia renovadora precisa
vir de Deus. A mudança só pode ser efetuada pelo Espírito Santo” (Parábolas de Jesus, pág. 96)
5) Materiais
de Ellen G. White sobre 1888, 30 de outubro de 1889, vol. 2, pág. 467.
Notas:
Veja, em inglês, esta lição 6 exposta
pelo Pr. Paulo Penno, na internet no sitio https://youtu.be/KDdWsF1BLnA
O vídeo do Pr. Paulo Penno, em inglês, pode
ser recebido semanalmente. Solicite a inclusão do seu e-mail na lista do sitio: sabbathschooltoday@1888message.org
You may subscribe to the e-mail version of
Sabbath School Today by sending a request to sabbathschooltoday@1888message.org
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Os
textos bíblicos em português são da Edição
Almeida Corrigida e Revisada, Fiel ao Texto Original.
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Bibliografia
da 1ª autora:
“O Legado Literário de Ellen G. White”, Pr.
Alberto R. Timm. Atualizada até 2005.
Estará disponível no blog Ágape Edições sexta-feira, dia 10 de
fevereiro de 2017.
Biografia
do 2º autor,
Estamos
preparando uma biografia de Ellet Joseph Waggoner, com sua extensa
bibliografia.
Estará
disponível no blog Ágape Edições
sexta-feira, dia 10 de fevereiro de 2017.
Biografia
do 3º autor,
O
irmão Roberto J. Wieland foi um pastor adventista, a vida inteira, missionário
na África, em Nairobe e Kenia.
É
autor de inúmeros livros. Foi consultor editorial adventista do Sétimo Dia para
a África.
Ele
deu sua vida por Cristo na África. Desde que foi jubilado, até sua morte, em
julho de 2011, aos 95 anos, viveu na Califórnia, EUA, onde ainda era atuante na
sua igreja local.
Em 1950 ele
e o pastor Donald K. Short, também missionário na África, em uma das férias
deles nos Estados Unidos, fizeram dois pedidos à Associação Geral:
1º)
que fossem publicadas todas as matérias de Ellen G. White sobre 1888, e
2º)
que fosse publicada uma antologia dos escritos de Waggoner e Jones.
Tendo
em vista que eles e sua mensagem receberam mais de 200 recomendações de Ellen
G. White.
38
anos depois, em 1988, a Associação Geral atendeu o primeiro pedido, o
que resultou na publicação de 4 volumes com um total de 1821 páginas
tamanho A4, com o título Materiais de
Ellen G. White sobre 1888.
Esta série de 4 volumes dos Materiais
de Ellen g. White sobre 1888, em português, está sendo impresso pelo
irmão Severino Kull. Reserve já o seu exemplar: silverinokull@gmail.com, coordenador do IAGE Campestre
(“Instituto de Agricultura e Evangelismo”) iage.vidanocampo@gmail.com 037 9 9931 1844 vivo
Quanto ao segundo
pedido até hoje não foi o mesmo ainda atendido
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