Para 9 a 16 de junho de 2018
Nossa lição desta semana descreve adequadamente nossa
compreensão da “marca da besta” e do “selo de Deus”. No entanto, vamos explorar
algumas ideias que podem trazer este tópico para um foco mais claro através da
“dinâmica da mensagem de 1888”.
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Em cumprimento de Apocalipse 14:6-14, Deus está enviando
uma mensagem especial do evangelho para iluminar todas as pessoas, para que
aqueles que determinaram ser fiéis a Cristo possam tomar a decisão correta. Assim, o sábado do quarto
mandamento será o ponto de teste em favor ou contra Cristo.
O Senhor, nesta tríplice mensagem dos últimos dias,
adverte solenemente contra adorar ou obedecer ao poder da besta ou receber a sua
marca. Ao
exortar os homens a adorar a Cristo como o Criador, em vez de adorar a besta e
a sua imagem, a tríplice mensagem ataca o cerne da questão. Chama um
remanescente que guarda os mandamentos de Deus e a fé de Jesus. Guardar o
verdadeiro sábado ou o falso será o ponto focal em colocar o selo de Deus na
fronte (Apo. 7:1-3), ou a marca da besta na testa ou na mão (14: 9-11).
Se a mensagem de 1888 “é a mensagem do terceiro anjo, em
verdade,”1 é óbvio que os conceitos evangélicos não podem
substituí-la, porque as igrejas populares de guarda do domingo não estão
proclamando a mensagem do selo de Deus e a marca da besta. De fato, a mensagem genuína
de justificação pela fé de 1888 “se manifesta na obediência a todos os
mandamentos de Deus”.2 Isso deve incluir a observância do
quarto mandamento! No entanto, as igrejas evangélicas geralmente se têm oposto
às verdades do sábado e do santuário durante todo o período da existência
adventista do sétimo dia. Nenhum texto na Bíblia os ampara. Podemos encontrar
ajuda na própria Bíblia?
O terceiro anjo não traz uma mensagem isolada, sozinho. Dois anjos o precederam e
ele apenas “os seguiu”. O primeiro monta o cenário, "tinha o evangelho eterno para o proclamar aos que
habitam sobre a terra" (Apo. 14:6). Portanto, a Boa Nova deve estar tanto na mensagem do
terceiro anjo quanto na do primeiro anjo.
“O selo de Deus” é puro
evangelho, e é o outro lado da moeda da “marca da besta”. João liga o selo de Deus em
Apo. 7:1-4 com as mensagens dos três anjos do capítulo 14, porque ambas as passagens
estão relacionadas com encontrar e salvar um grupo de pessoas conhecidas como
os “144.000”.
O profeta percebe que não há maneira de tal grupo estar preparado para ficar "irrepreensíveis diante do trono de Deus" (14:5), a menos que esse
“evangelho eterno” da graça seja finalmente entendido e proclamado em sua
plenitude.
O que
está implícito aqui é a apresentação mais clara e poderosa da Boa Nova que já
iluminou a Terra, porque deve realizar uma obra de graça nunca antes realizada.
Nunca um tal grupo de “144.000” foi preparado para suportar o impulso
final da tentação de Satanás, e para a trasladação sem ver a morte.
Na
Assembleia da Associação Geral de 1893, A. T. Jones perguntou: “O que preferem
ter, a plenitude, perfeita totalidade de Jesus Cristo, ou menos do que isso,
com alguns dos seus pecados encobertos de que nem sabem?” Congregação:
“Sua plenitude”. Mas, vejam, os Testemunhos nos disseram que, se há manchas de
pecado, não podemos ter o selo de Deus. Como pode esse selo de Deus, que é a
impressão de Seu perfeito caráter revelado em nós, ser colocado sobre nós
quando há pecado em nós? Ele não pode colocar o selo, a marca de Seu caráter
perfeito, sobre nós até que o veja lá. E então Ele tem que cavar até os lugares
profundos que nunca sonhamos, porque não podemos entender o nosso coração”.3
A “marca da besta” não é uma calamidade ou crise que Deus
traz sobre a Terra. Não devemos pensar mal Dele! De acordo com Apocalipse 13, é o
diabo que o traz como o resultado final da história humana de rebeldia. E o Céu
é impotente para impedi-lo. Nenhum dos horrores que a profecia prediz é o que
Deus traz; Ele está nos alertando ao que a história humana inevitavelmente
levará.
O artifício de Satanás arruinará a Terra. Favorecerá o amor de si
mesmo com o seu orgulho e arrogância. O selo de Deus é o sinal da cruz, a
experiência de ser crucificado com Cristo através de uma apreciação de Seu amor
ali revelado. A marca da besta é o oposto, o emblema da devoção ao interesse próprio,
uma reação instintiva e total do coração contra esse amor. É o sinal para o
colapso final de qualquer aparência de ordem ou segurança na Terra. Não podemos
agora imaginar as cenas de horror que o “tempo de tribulação” final trará.
Todos os que recebem essa “marca da besta” devem, em
última análise, envolver-se em uma recrucificação de Cristo na pessoa de Seus
santos. Assim,
por um lado, reunir-se-á no final dos tempos a revelação completa da depravação
pecaminosa da humanidade e, por outro, a revelação completa da amorosa justiça
de Ágape de Deus. A mensagem do terceiro anjo define a questão e catalisa a
humanidade nesses dois campos.
Obviamente, isso significa muito mais do que supomos
superficialmente. Deve ser por isso que Ellen White disse: “Há poucos, mesmo
daqueles que afirmam crer nisso, que compreendem a mensagem do terceiro anjo,
e, no entanto, esta é a mensagem para este tempo. ... Disse meu guia: ‘Há ainda
muita luz para resplandecer da lei de Deus e do evangelho da justiça. Essa
mensagem, entendida em seu verdadeiro caráter e proclamada no Espírito,
iluminará a Terra com a sua glória’”.4
Ninguém pode conhecer a justificação pela fé no seu tempo
do fim se não prestar obediência de coração a todos os mandamentos de Deus. Isso indicaria que os
adventistas do sétimo dia têm uma melhor fonte para proclamar a justificação
pela fé do que as versões populares das igrejas dominicais.5
Não pode haver subserviência contínua ao “homem do pecado” (que criou o sábado
espúrio) se a justificação pela fé for claramente entendida à luz da
purificação do santuário.
Quando recebido e proclamado pelo corpo corporativo do
povo de Deus, será como tocar a trombeta com as notícias celestiais: "Regozijemo-nos e alegremo-nos, e demos-Lhe glória,
posque vindas são as bodas do Cordeiro, e á a Sua esposa se aprontou." (Rev.
19: 7).
Esta
edição do sábado testa a todos. Deixe que o seu amor por Jesus seja tão
verdadeiro, tão forte e tão convincente que você dirá: "Com Deus me
ajudando, guardarei a partir de agora o sétimo dia que Jesus, meu Salvador,
santificou para mim".
—Dos escritos de Robert J. Wieland
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Notas finais:
1) Ellen G. White, Mensagens Escolhidas, Livro 1, pág. 372;
The Review and Herald, April 1, 1890.
2) Ellen G. White, Testemunhos
para Ministros e Obreiros Evangélicos, págs. 91 e 92 (Itálicos supridos).
3) A. T Jones, "The Third Angel's Message – No. 17," A Terceira
Mensagem Angélica — nº 17, Boletim da Associação Geral de 1893
4)
Materiais de Ellen G. White sobre 1888, "A Call to a Deeper Study of the Word," (Um chamado para um
mais profundo Estudo da Palavra”); Manuscrito nº 15, de Nov. de 1888, págs. 165, 166).
5) Confira Ellen G. White, Primeiros
Escritos, págs. 55,
56, 260, 261.
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Notas:
Veja, em
inglês, o vídeo desta 11ª lição do 2º trim. de 2018, exposta pelo Pr. Paulo
Penno, na internet, no sitio: https://youtu.be/rjrvKGnD2_g
Esta
lição em inglês está na internet no sitio: http://1888message.org/sst.htm
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Biografia do autor, Pr. Roberto
Wieland:
O irmão Roberto J. Wieland foi um pastor
adventista, a vida inteira, missionário na África, em Nairobe e Kenia. Autor de
inúmeros livros. Foi consultor editorial adventista do Sétimo Dia para a
África. Ele deu sua vida por Cristo na África. Desde que foi jubilado, até sua
morte, em julho de 2011, aos 95 anos, viveu na Califórnia, EUA, onde ainda era
atuante na sua igreja local. Ele é autor
de dezenas de livros. Em 1950 ele e o
pastor Donald K. Short, também missionário na África, em uma das férias deles
nos Estados Unidos, pediram à Associação Geral que fossem publicadas todas as
matérias de Ellen G. White sobre 1888. 38 anos
depois, em 1988, a Associação Geral atendeu o pedido, o que resultou na
publicação de 4 volumes com um total de 1821 páginas
tamanho A4, com o título Materiais de
Ellen G. White sobre 1888.
Atenção: Asteriscos (*) indicam acréscimos do tradutor.
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