sexta-feira, 11 de abril de 2008

Lição 2 - O Mistério de Sua Divindade

"Desde o começo do movimento do Advento em 1844, a divindade de Jesus Cristo tem sido uma de suas crenças fundamentais. Formulada pela a primeira vez em 1872 e várias vezes desde então, foi estipulada outra vez nos seguintes termos, na sessão da Conferência Geral de 1980: "Deus o Filho Eterno tornou-Se encarnado em Jesus Cristo. Por Ele todas coisas foram criadas, o caráter de Deus é revelado, a salvação da humanidade é realizada, e o mundo é julgado. Eternamente verdadeiramente Deus, Ele tornou-Se também verdadeiramente homem, Jesus o Cristo".1

No entanto, Tiago White , José Bates, Uriah Smith e, mais tarde, Joseph H. Waggoner, "inicialmente acreditaram no conceito semi-Ariano que embora Cristo fosse o Criador e Salvador, Filho de Deus, Ele teve um começo no passado infinito".2 "Mesmo [E. J.] Waggoner (*filho do Joseph H. Waggoner, acima mencionado expressou que 'havia um tempo quando Cristo prosseguiu adiante e saiu de Deus,... mas esse tempo foi tão distante nos dias da eternidade que para a compreensão finita é praticamente sem começo.3

Ellen G. White parece ter resolvido a dúvida. Uma de suas mais claras declarações é citada na parte de segunda-feira, dia 7 de abril, do guia de estudos deste trimestre: "Falando da Sua preexistência, Cristo conduz a mente através dos séculos incontáveis. Afirma-nos que nunca houve um tempo em que Ele não estivesse em íntima comunhão com o Deus eterno ..." Evangelismo, p. 615.

A mensagem de 1888 corretamente coloca uma grande ênfase, com referência à Sua humanidade, no fato de que Cristo veio na semelhança de carne pecaminosa. No entanto, a divindade de Cristo é também essencial ao entendimento (*da mensagem de) 1888 do plano de salvação. A principla ênfase da mensagem (*de justificação pela fé, em 1888) estava mais na preexistência de Cristo com Deus do que no fato de ser Ele um ser Criador.

"Em Cristo há vida, original, não emprestada, não derivada. 'Quem tem o Filho tem a vida”. I João 5:12. A divindade de Cristo é a certeza de vida eterna para o crente. ... O milagre que Cristo estava prestes a realizar, em ressuscitar a Lazaro dos mortos, representaria a ressurreição de todos os justos mortos. Por Suas palavras e obras Ele declarou-Se o Autor da ressurreição. Aquele que estava, Ele próprio, prestes a morrer na cruz, retinha as chaves da morte, vencedor do sepulcro, e afirmou Seu direito e poder de dar vida eterna" (O Desejado de Todas as Nações, pág. 530).4

Somente um Deus Criador podia ser o "Autor da ressurreição". "Os anjos prostraram-se aos pés de seu Comandante e ofereceram-se para serem um sacrifício para o homem. Mas a vida de um anjo não podia pagar a dívida; apenas Aquele que criara o homem tinha poder para o redimi-lo." (Patriarcas e Profetas págs. 64, 65).

Foi dEle próprio que à raça humana foi dada uma existência. "Pela Sua obediência a todos os mandamentos de Deus, Cristo operou uma redenção do homem. Não fez isto transferindo-Se para outro, mas tomando em Si a humanidade. Assim Cristo deu à humanidade uma existência provinda dEle mesmo. Levar a humanidade a Cristo, levar a raça caída à unidade com a divindade, tal é a obra da redenção. Cristo tomou a natureza humana a fim de que pudessem os homens ser um com Ele, como Ele é um com o Pai, a fim de que Deus possa amar ao homem como ama Seu Filho unigênito, e os homens possam ser participantes da natureza divina, e ser completos nEle" (Mensagens Escolhidas, livro 1, pp. 250, 251).

O entendimento da mensagem de 1888 sobre a necessidade da encarnação, vida, morte e ressurreição de Cristo é única. Aos anjos, embora dispostos, não foi permitido tornarem-se substitutos para morrerem em lugar da humanidade. De acordo com Ellen White , só ao Criador-Deus era apropriado ficar em nosso lugar.

Por unir a humanidade com Sua divindade, Cristo alcançou as duas coisas exigidas pela lei que Adão transgrediu. Porque Deus havia dito, "no dia em que dela comeres, certamente morrerás" (Gen. 2:17). Cristo interferiu (*acudiu) como o Cordeiro morto desde a fundação do mundo. Por tomar humanidade em Si, Ele Se qualificou como nosso substituto, e nEle, a raça humana satisfez a exigência da lei de que "a alma que pecar essa morrerá" (Ezeq. 18:4). Mas, a morte que a lei requer não era a morte de sono com a qual nós estamos bem familiarizados. Era a segunda morte que era necessária.

Outro requisito da lei que foi transgredido pelo pecado de Adão e Eva, foi perfeita obediência. “Todos aqueles, pois, que são das obras da lei estão debaixo da maldição; porque está escrito: ‘Maldito todo aquele que não permanecer em todas as coisas que estão escritas no livro da lei, para faze-las.’” (Gal. 3:10). Só por unir humanidade com divindade podia Cristo satisfazer o segundo requisito da lei, isso é, Sua perfeita obediência. Esta perfeita obediência, efetuada por Jesus, é nossa, pela Sua fé que é dada a nós.

A lição da segunda-feira nos dirige a João 3:13: "Ninguém subiu ao céu, senão O que descendeu do céu, o Filho de homem". Alguém talvez possa perguntar sobre Enoque e Elias que já estavam no céu quando Cristo fez esta declaração a Nicodemos. Um verdadeiro entendimento da união da divindade com a humanidade em Cristo compreende que Enoque e Elias estavam no céu só por causa de sua posição em Cristo, e o que Ele realizaria como concertado na cruz.

Todos crentes são descritos como sentando-se nos lugares celestiais (Efésios 1:20), mas só por nossa posição em Cristo pode alguém reivindicar isto. Mesmo no céu, cada pessoa redimida eternamente deverá sua presença a sua posição em Cristo. Nunca irá qualquer pessoa ser intitulada a dizer que eles a ganharam. Cristo verdadeiramente é nosso Sumo Sacerdote eternamente.

Arlene Hill

Tradução de João Soares da Silveira.

Arlene Hill, autora desta introspecção, é uma fiel adventista, professora da Escola Sabatina numa das igrejas adventistas da cidade de Reno, estado de Nevada, EUA. Profissionalmente foi advogada no estado da Califórnia, estando hoje aposentada;

Notas da autora:

1) Seventh-day Adventist believe: A Biblical Exposition of 27 Fundamental Doctrines. (Hagerstown, MD.: Review and Herald Pub. Assn., 1988), p. 36; citado na obra Tocado por nossos Sentimentos do Pr. Jean R. Zurcher, Review and Herald Publishing Assn., 1999), p. 31

2) Tocado por nossos Sentimentos, pág. 31.

3) Ibidem, págs. 36 e 37.

Nota do tradutor,

4) O livro “O desejado de Todas as Nações” foi escrito em 1898, entretanto 8 anos antes Ellet Joseph Waggoner em um único artigo declarara: “A vida está inerente nEle”; “Ele possui a imortalidade”; “Ele tem vida em Si próprio”; “Ele tem todos os atributos da divindade”; “Ele é o grande ‘EU SOU o que Sou.” Assim nos parece que não faremos justiça em dizer ter sido Waggoner semi-arianista e muito menos arianista.

Muito esclarecedor é o livro Tocado por Nossos Sentimentos, do pr. Jean R. Zurcher, que fala de Ellet José Waggoner,e Ellen G. White (Está às pág. 34, em diante, págs. 20 e 21 da nossa edição em português).

Para seu exame transcrevemos aqui o que o Pr. Jean R. Zurcher fala dos dois. A paginação é do original em inglês.

Abreviaturas usadas no texto que se segue: DTN = Desejado de Todas as Nações, Ellen G. White; GC = O Grande Conflito, Ellen G. White; ST = Signs of the Times, (Sinais dos Tempos), periódico Adventista anteriormente chamado de The Signs of the Times; CSJ = Cristo e Sua Justiça (Christ and His Righteousness) Escrito por Ellet Joseph Waggoner em 1890; R&H = Review and Herald (Periódico equivalente à Revista Adventista Brasileira); Man. = Manuscrito de EGW


Começando à pág. 34 o pr. Jean R. Zurcher nos fala de Ellet J. Waggoner (1855-1916)

Ellet J. Waggoner foi o primeiro teólogo adventista a apresentar a Cristologia sistemática referente à divindade e à humanidade de Jesus Cristo. . . .

Depois de revelar talento para escrever, ele foi chamado para trabalhar como editor-assistente da revista Signs of the Times, em 1884, sob a direção de seu pai. Dois anos mais tarde, tornou-se editor-chefe, cargo que manteve até 1891. De 1892 até 1902, Waggoner trabalhou na Inglaterra, primeiramente como editor da Present Truth, e depois como primeiro presidente da Associação do Sul da Inglaterra. . . .

Waggoner era um teólogo muito fecundo. Escreveu vários e importantes livros, numerosos panfletos e centenas de artigos para revistas. No entanto, ficou mais conhecido pelo papel que desempenhou na sessão da Conferência Geral de 1888, em Mineápolis, juntamente com seu colega Alonzo T. Jones. . . . A Justificação pela fé, para Waggoner, . . . somente poderia ser compreendida através das lentes da Cristologia.

Já em 1884, Waggoner publicou uma série de artigos na Signs of the Times, nos quais afirmava sua fé na divindade de Cristo, Criador de todas as coisas, a quem os anjos adoram exatamente como fazem a Deus, o Pai. “Ele (Deus) deu Seu Filho Unigênito – por quem todas as coisas foram feitas e a quem os anjos adoram com reverência igual à rendida a Deus – para que o homem pudesse ter vida eterna.” (ST, 28/8/1884).

Na sessão da Conferência Geral de Mineápolis, em 1888, Waggoner apresentou uma série de palestras sobre a divindade de Cristo, um assunto que estava na agenda da Conferência. Embora não tenha deixado versões escritas de suas apresentações, Waggoner publicou uma série de quatro artigos sobre o assunto, imediatamente após a sessão. (ST 25/03/1989, 1, 8 e 15/04/1989). Isso sugere que eles foram relatos de suas palestras. Eles também são vistos nas primeiras quatro seções do livro Christ and His Righteousness (Cristo e Sua Justiça), publicado em 1890. Esse livro contém a maioria das idéias prevalecentes na Cristologia de Waggoner.1

Nesse tempo, muitos líderes da igreja ainda acalentavam conceitos semi-arianos ou adocianistas, concernentes à natureza divina de Cristo, daí a importância da questão levantada por Waggoner: “Cristo é Deus?”

Para provar que Ele realmente era Deus, Waggoner citou muitos versos nos quais Cristo era chamado Deus. Para benefício daqueles que ainda negavam isso, ele explicou que o nome de Deus “não foi dado a Cristo em conseqüência de alguma grande realização, mas é Seu por direito hereditário,” (CSJ, págs. 11 e 12). “Cristo é a ‘expressa imagem’ da pessoa do Pai (Heb. 1:3)... Conquanto Filho de Deus, auto-existente, Ele tinha por natureza todos os atributos da divindade”. (Idem, pág. 12). O próprio Cristo ensinou de maneira categórica que Ele era Deus (João 14:8 e 9; 10:33; 8:58) (Idem, pág. 13–15). Waggoner enfatizava a importância da declaração de Paulo em Col. 1:19: “Porque aprouve a Deus que nEle habitasse toda a plenitude.” E 2:9: “Porque nEle habita corporalmente toda a plenitude da divindade.” Waggoner qualifica isso como “o mais absoluto e inequívoco testemunho” (Idem, pág. 16), noção que foi repetida quinze vezes em seu estudo.

Não basta simplesmente dizer: “Jesus Cristo é Deus.” Os apóstolos descrevem-nO também como “Criador”. Waggoner cita Colossenses 1:15-17, afirmando que “não há coisa alguma no Universo que deixou de ser criada por Cristo... Tudo depende dEle para existir ... Ele sustém todas as coisas pela palavra do Seu poder”. (Idem, pág. 17). Em Hebreus 1:10, o próprio Pai diz ao Filho: “Tu, ó Senhor, no princípio fundaste a Terra e os céus são obra das Tuas mãos.” (Idem, pág. 18).

Quem, então, pode se atrever a negar “a divindade de Cristo e o fato de que Ele é o Criador de todas as coisas”. (Idem, pág. 19). Insistir, como “muitas pessoas” fazem, que “Cristo é um ser criado”, baseando-se em um único verso, como Apocalipse 3:14, é simplesmente negar Sua divindade. (Idem, pág. 19-21). O mesmo é válido quando alguém se apóia na expressão de Paulo, declarando que Cristo era “o primogênito de toda a Criação” (Col. 1:15). O seguinte versículo, observa Waggoner, mostra claramente que Ele é “o Criador e não a criatura”. (Idem, pág. 21).

Porém, mesmo Waggoner cria que “houve um tempo quando Cristo derivou e saiu de Deus, do seio do Pai (João 8:42; 1:18), mas que esse tempo vai tão distante nos dias da eternidade, que para a finita compreensão ele é praticamente sem princípio”. (Idem, pág. 21-25). Finalmente, Waggoner enfatizou que “uma vez que Ele é o Unigênito Filho de Deus, é da mesma substância e natureza de Deus, e possui, por nascimento, todos os atributos de Deus... Ele tem imortalidade por direito próprio, e pode conferi-la a outros”. (Idem, pág. 22). Isso porque, Waggoner conclui: “Ele é apropriadamente chamado Jeová, o Eu Sou”. (Idem, pág. 23).

A insistência de Waggoner sobre o fato de ser Cristo da mesma substância de Deus e possuir vida em Si mesmo, não era, indubitavelmente, uma novidade aos olhos de muitos dos delegados na sessão de Mineápolis. Sua posição sobre a natureza divina de Cristo era, provavelmente, parte da razão para a oposição de muitos delegados à sua mensagem sobre a justificação pela fé. Ele, evidentemente, achou que era essencial afirmar a igualdade de Cristo com Deus, pois somente a vida de Deus em Cristo tinha o poder de salvar pecadores, justificando-os por Sua graça.

Sua contribuição nesse ponto, como também a respeito da natureza humana de Cristo, foi decisiva. Froom reconhece isso prontamente: “Em 1888, Waggoner estava sendo pioneiro, e sem os benefícios das muitas afirmações posteriores dela [Ellen White]”, “não apenas sobre a eterna preexistência de Cristo, como também de Sua existência individual e Sua infinitude, igualdade e onipotência”. (Froom, pág. 296).

Ellen White assim se expressou após ouvir Waggoner: “A plenitude da divindade em Jesus Cristo foi-nos mostrada com beleza e encanto.” (EGW, R&H, 27/05/1890). Para ela, isso demonstrava que Deus estava operando entre eles. A interpretação de Waggoner foi, mormente, uma prova teológica do que ela sempre creu e declarou em seus escritos para aquele tempo.


Ellen Gould White (1827-1915)

Educada na fé metodista, Ellen White nunca teve problema em tratar da divindade de Cristo, Sua preexistência e igualdade com o Pai. É, em larga medida, graças a ela e a seus escritos que a doutrina da Trindade foi definitivamente estabelecida. Não iniciada nas complexidades da teologia, ela cuidadosamente evitava cair na armadilha das controvérsias cristológicas anteriores. Igualmente, ela nunca tomou parte em confrontações diretas com seus associados mais chegados que mantinham errôneas idéias sobre a pessoa de Cristo. Isso não impediu que sua influência fosse decisiva.

. . .

Em Mineápolis, Ellen White sustentou o princípio da Sola Scriptura, promovido por Waggoner, para resolver o problema enfrentado pelos delegados sobre a divindade de Cristo, a justificação pela fé e a lei em Gálatas. Ellen não fora capaz de encontrar um manuscrito anterior que havia escrito para J. H. Waggoner’ [*Pai de Ellet J. Waggoner] ‘sobre a matéria, e sugeriu que isso poderia ter sido providencial: “Deus tem um propósito nisso. Ele deseja que vamos à Bíblia e tomemos a evidência escriturística.” (EGW, Man. 15, 1888). Em sua palestra de encerramento, intitulada A Call to a Deeper Study of the Word (Um Chamado ao Estudo Mais Profundo da Palavra), Ellen White promoveu um exemplo do próprio método de Waggoner.

“O Dr. Waggoner”, ela disse, “apresentou seus pontos de vista de maneira clara e direta, como um cristão deve fazer. Se ele estiver em erro, vocês deveriam, de modo calmo, racional e cristão, buscar mostrar-lhe pela Palavra de Deus onde ele está em desarmonia com seus ensinos... Tomemos nossa Bíblia e com humilde oração e espírito suscetível de ensino, vamos ao grande Mestre do Mundo... A verdade precisa ser apresentada tal qual ela é em Jesus... Devemos pesquisar as Escrituras a fim de obter evidências da verdade... Todos os que reverenciam a Palavra de Deus tal qual ela se apresenta, todos que fazem Sua vontade segundo o melhor de suas capacidades, conhecerão se a doutrina procede de Deus.” (Ídem).

Por ter seguido esse método desde o começo, Ellen White nunca teve problemas com a divindade de Jesus. Ela afirmava a igualdade de Cristo com Deus. (Enciclopédia Adventista, 287). Descrevia-O como “a Majestade do Céu... igual a Deus” (EGW, Man. 4, 1863). “Soberano do Céu, um em poder e autoridade com o Pai” (EGW, GC, 459). “de uma só substância, possuindo os mesmos atributos” do Pai (ST 27/1/1993), “o Unigênito Filho de Deus, que estava com o Pai desde as eras eternas” 2, “O Senhor Deus... revestido das vestes da humanidade” (Idem, pág. 379). “Infinito e Onipotente; Eterno e auto-existente Filho’ (Evang. Pág. 615)

Em sua maior obra, O Desejado de Todas as Nações, publicado primeiramente em 1898, Ellen White escreve nas linhas iniciais do livro: “Desde os dias da eternidade o Senhor Jesus Cristo era um com o Pai; era ‘a imagem de Deus’, a imagem de Sua grandeza e majestade, ‘o resplendor de Sua glória’. Foi para manifestar essa glória que Ele veio ao mundo... para ser ‘Deus conosco (DTN, pág. 19). Escreveu mais: Em Cristo há vida original, não emprestada, não derivada... A divindade de Cristo é para o crente a segurança da vida eterna.” (Idem, pág. 530).

Num artigo publicado em 1900, Ellen White insistiu: “Cristo é o Filho de Deus, preexistente por Si mesmo. . . . Falando de Sua preexistência, Cristo reporta a mente através dos séculos incontáveis. Afirma-nos que nunca houve tempo em que Ele não estivesse em íntima comunhão com o Eterno Deus. Aquele cuja voz os judeus estavam então ouvindo, estivera com Deus como Alguém que vivera sempre com Ele.” (ST 29/8/1900),

Semelhantemente, em outro artigo datado de 5 de abril de 1906, Ellen White afirmou pela última vez aquilo que se tornou a crença oficial da Igreja Adventista sobre o assunto da divindade de Cristo:

Cristo era essencialmente Deus, e no mais alto sentido. Ele estava com Deus desde toda a eternidade... uma Pessoa distinta, todavia Um com o Pai.” (ST 5/4/1906),.

A influência de Ellen White foi decisiva para ajudar a dissipar as crenças semi-arianas que ainda remanesciam entre alguns membros da igreja. Ela foi apoiada por Ellet J. Waggoner e mais tarde por William W. Prescott 3 e Arthur G. Daniells 4.


Notas do autor Jean R. Zurcher

1) Ver deste mesmo autor o ensaio “Ellet J.Waggoner’s Teaching on Reghteousness by Faith” (O Ensino de Ellet J. Waggoner sobre a Justiça pela Fé), apresentado na reunião dos depositários White, Wasnhington D.C., e Janeiro de 1988.

2) Fundamentos da Educação Cristâ, pág. 382;

3) William W. Prescot, (1855-1944) Enciclopédia Adventista, pág. 1148 Editor da Review and Herald (1902-1909), e vice-presidente da Associação Geral. Autor de A Doutrina de Cristo. Primeiro ensaio adventista em Teologia sistemática sobre a Pessoa de Cristo;

4) Arthur G. Daniels (1858-1935), Enciclopédia adventista, pág.373. Presidente da Associação Geral (1901-1922). Publicou em 1926 Cristo, Nossa Justiça. Este livro exerceu notável influência sobre o corpo ministerial.