quinta-feira, 3 de abril de 2008

Lição 1 - Quem Foi Jesus

Estas novas lições são ricas nas Escrituras1 e no Espírito de Profecia2, dignas de oração e estudo por todo este novo trimestre.

Faça uma escolha de início, ao abrir o guia de estudos da Lição, que você responderá ao galanteio do Espírito Santo quando apelar a você para ler a Palavra que é o próprio coração destas Lições.

A Bíblia é o Livro que o Senhor pretende que nós leiamos fielmente, e que o marquemos, de modo que o acompanhante Espírito Santo possa indicar-nos, como sua Bíblia torne-se um livro pessoal para nós, lembrando-nos dos preciosos momentos que desfrutamos a sós com Jesus. De quando em quando acharemos declarações que podemos recortar e colar nas páginas vazias no final de nossa Bíblia.

Assim a nossa Bíblia será personalizada, diferente das que todos têm—será uma parte de nós. A Palavra tornar-se-á "carne" em nós—um milagre relacionado com o que João 1:14 descreve: “E o Verbo Se fez carne, e habitou entre nós, (e vimos a Sua glória, como a glória do unigênito [Filho] do Pai)"! Aqui está a fiel promessa do Senhor cujo cumprimento nunca pode falhar: "Atentai para a Minha repreensão; pois eis que vos derramarei abundantemente do Meu espírito e vos farei saber as Minhas palavras (Prov. 1:23).

Para começar queremos lembrar que vivemos no "tempo do fim" de Daniel 12:4, quando a profecia de Jesus em Mateus 24 está sendo cumprida ao nosso redor: “Porque surgirão falsos cristos ... e farão tão grandes sinais e prodígios” (vs. 24). Todos que professam ser "Jesus" não são, necessariamente, o Jesus da Bíblia.

Por exemplo, há um "Jesus", adorado por quase um bilhão de (*pessoas), que nasceu de uma "Virgem Maria", de quem a Bíblia nada fala através do dogma popular da "Concepção Imaculada". Este dogma, artificial, declara que quando ela era um embrião no útero de sua mãe, ela foi milagrosamente "isenta" de herdar a mesma natureza humana comum que todos os outros seres humanos possuem—herdada do caído Adão. Assim ela foi separada de nós.

Esse "dogma", de fabricação humana, declara que, desde que Maria não partilhou de nossa humanidade comum, seu Filho (Jesus), igualmente não era um ser humano verdadeiro como todos somos. Ele não podia ter sido tentado "como nós" somos. Assim é um estranho para nós; Ele pertence aos vitrais das janelas de nossa catedral.

"Qual é a diferença"? alguém pode perguntar. Se o dogma católico for verdadeiro, não há nenhuma possibilidade de Deus ter um povo nos últimos dias que estará pronto para encontrar Jesus no Seu segundo advento; pois, se Jesus nunca "venceu" como eles devem, eles também não "vencerão" e o plano da salvação fracassará em sua última hora.

Mas Apocalipse 14 nos fala que "144.000" seguirão a Cristo, "o Cordeiro," onde quer que Ele vá; na sua boca não se achou "nenhum engano" porque eles são "irrepreensíveis diante do trono de Deus" (vs. 1-5; se este número é literal ou simbólico não faz parte da discussão agora). O cumprimento disto será pela fé de Jesus, o Cristo verdadeiro da Bíblia.

Dê boas vindas a esta nova série de 13 lições da Bíblia sobre Ele!

Robert J. Wieland

Tradução e acréscimos, marcados com asteriscos, de João Soares da Silveira

Notas do Tradutor:

1) Com efeito, na introdução geral do trimestre, sob o título Uma Grande Esperança de Imortalidade, o autor da lição nos chama a atenção para um texto de Ellen G. White, de Life Sketches, p. 293, “Você precisa pesquisar a Bíblia, pois ela lhe fala de Jesus. Ao ler a Bíblia você encontrará os inigualáveis encantos de Jesus.”

No livro Tocado pelos Nossos Sentimentos, O pr. Jean R. Zurcher, de quem falamos na nota introdutória do 2º trimestre de 2008, à margem deste blog, diz, à pág. 38 (24 da edição em português): “Não podemos enfatizar suficientemente como o Senhor usou Ellen White para guiar, desde o início, a pequena comunidade adventista à Bíblia como a palavra de Deus, e através dela, a Jesus Cristo,” e à pág. 44 e 45 (28 e 29 da edição em português) sob o título “O Fundamento Bíblico da Cristologia: O único jeito pelo qual os pioneiros [adventistas] conseguiram se desvencilhar da influência de suas tradições semi-arianas, foi confiar inteiramente no ensino das Escrituras. Em virtude disso, eles abriram o caminho para a Cristologia a qual os melhores exegetas do século 20 somente vieram verificar recentemente em seus estudos. ... desde o início, a Cristologia dos pioneiros foi desenvolvida em direta relação à sua Soteriologia, sendo a última uma função da primeira.” [Soteriologia = A ciência da salvação do homem por Cristo; do Gr. Soterion (salvação) + logos (ciência) + ia]. Em seqüência os seguintes textos são mencionados; Rom. 8:3; Fil. 2:7; Heb. 5:9, 2:16; 2:11, 14 e 17, 4:15; Gal. 4:4 e 5; II Cor. 5:21. Tome tempo para ler e meditar em cada um destes textos.

2) Também quanto ao Espírito de Profecia, o pr. Jean R. Zurcher, à pág. 38 (23 da edição em português), diz que Ellen White: “Cuidadosamente evitava cair na armadilha das controvérsias cristológicas anteriores. Igualmente, ela nunca tomou parte em confrontações diretas com seus associados mais chegados que mantinham errôneas idéias sobre a pessoa de Cristo. ... ela adorou e exaltou a Cristo, Seu caráter, vida e obra, em: Caminho a Cristo; O Maior Discurso de Cristo; O Desejado de Todas as Nações; Parábolas de Jesus; Christ Our Savior (Cristo Nosso Salvador)” Ver nota 43 à pág. 41 (26 ed. em port.)
À pág. 39 (24 da edição em português) Zurcher diz que, “Ela declarou repetidas vezes a Igualdade de Cristo com Deus, em 2T, p. 200; (1869); 3T, p. 566 (1875); 4T, pp. 458 (1880); etc. Ela descreve a Cristo como ‘a Majestade do céu ... igual a Deus’, 1ME, p.69; ‘Soberano do céu, um em poder e autoridade com o Pai’, GC, p. 459 (1888); ‘De uma substância, possuindo os mesmos atributos’ com o Pai. Signs of Times, 20:54, 27 de Nov. 1893; ‘o Filho unigênito de Deus, que estava com o Pai desde eras eternas’, Fundamentos da Educação Cristã, p. 382 (1895); ‘O Senhor Deus ... vestido com o equipamento [ou vestimenta] da humanidade’, idem p. 379 (1895); ‘Igual a Deus, infinito e onipotente, ... eterno, existente por Si mesmo’, Evangelismo, pág. 615 (1897); ‘Em Cristo há vida original, não emprestada, não derivada’, Desejado de Todas as Nações, p. 530 (1898); ... ‘Ele não deixou de ser Deus quando tornou-Se homem ... Divindade ainda era Sua própria,’ SDABC, vol. 5, p. 1129 (1903); ‘Cristo era essencialmente Deus, e no mais alto sentido. Ele estava com Deus desde toda a eternidade’, ‘uma pessoa distinta, entretanto um com o Pai,’ Review and Herald, 83:8, de 5 de abril de 1906”. (Cf. notas 46 a 52, colhidas da Enciclopédia Adventista, Vol. 10 da série SDABC, pág. 287, no verbete sobre Cristologia;

3) Sobre o Pr Roberto J. Wieland já lhe falamos, no 1º trimestre de 2008, nas lições 1, nota 3; 2, nota 3; 7, nota 11, e 13, nota 7.