Para 12 a 19 de julho de 2014
Ao
longo da história
humana, o Espírito Santo tem cumprido o Seu “ofício” que Jesus descreveu em João
14:26. A obra do Espírito é
convencer o mundo do pecado, da justiça
e do juízo. Nunca antes foi a obra do Espírito tão importante quanto
nos eventos finais da história da Terra.
Alonzo
T. Jones
e Ellet J. Waggoner
viram que a justiça pela fé genuína desde 1844 é
uma experiência ministrada a
partir do Santíssimo do santuário,
como representado pelas funções do Dia
judaico anual da
Expiação. Esse ritual resultava em todo o acampamento ser purificado, pelo menos por um momento. O Dia
da Expiação cósmica é paralelo em preparar as pessoas para serem trasladadas para encontrar com Deus,
por isso a purificação deve ocorrer
antes da volta de Jesus, uma vez que nos é dito que aqueles com pecado não confessados serão mortos pelo esplendor da Sua vinda. Este processo não diz respeito principalmente à preparação do povo para morrer, mas preparar
um grupo corporativo do povo de
Deus para a trasladação na vinda
de Cristo.1
Muito
mais
do que apenas levar as pessoas para o céu, a mensagem
de 1888, sustenta um cumprimento
escatológico do chamado de Deus à
perfeição de caráter através do inédito
ministério sacerdotal de Cristo, que prepara um povo
para estar firme durante a
perseguição, e o protege contra o
erro do perfeccionismo.
É
durante
o período de tempo de julgamento e
purificação do santuário que o caso de
cada indivíduo é examinado e sua escolha final revelada.
Submeter-se a este processo não se baseia no medo egocêntrico
de punição, ou um desejo pela recompensa de chegar ao céu, mas em uma
preocupação para a recompensa do Esposo
divino pelo Seu sacrifício.
Afinal, a ideia de que o céu é a nossa recompensa sugere que temos feito algo para merecê-la. Nós somos a Sua
recompensa por Seu esforço em
fazer o plano de salvação acontecer.
Esta ideia nos diz que Jesus esta motivado mais
do que nós para trazer todos para a salvação. Ele
se entristece quando nós sempre resistimos às sugestões do Espírito Santo para nos trazer ao conhecimento de
nossos pecados, para que possamos nos arrepender deles. Só humilharmos nossos
corações contemplando isso.
Infelizmente, a mensagem que liga a purificação do santuário
para perfeição de caráter antes da trasladação é considerada com desprezo ou hostilidade, mesmo a
título definitivo por muitos adventistas
do sétimo dia hoje. Eles descartam como impossível, talvez a partir de uma realização tranquila de quão fútil seus próprios esforços para se tornar perfeito tem sido.
Contraste aqueles que pensam que é impossível com
aqueles que vieram a crer que eles devem aperfeiçoar o seu próprio caráter por conta própria. Eles acreditam que não têm direito ao céu,
a menos que parem de pecar, mas estão
frustrados com o seu desempenho passado.
Eles se concentram em coisas específicas
que eles fazem ou deixam de fazer, completamente inconscientes de grandes pecados que eles são incapazes de ver.
O mais terrível pecado cometido foi um pecado desconhecido.
Jesus orou por aqueles
que O crucificaram: "Pai, perdoa-lhes, porque
não sabem o que fazem" (Lucas
23:34). "Não
saber", neste contexto, é estar
inconsciente dele. Toda a raça humana participa de pecados e, portanto, participam da culpa
de matar o Filho de Deus, mas muitos se recusam a ver isso. A enormidade dessa
culpa nos leva a tentar colocar a culpa em outros, talvez sobre os judeus ou os romanos, ou simplesmente
que isto foi um mito e não aconteceu.
Alguns
podem
alegar que 1ª João
1:9 nos diz: "Se confessarmos os nossos pecados,
Ele é fiel e justo para nos
perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça." Então, se nós confessamos (nossa parte), Deus é obrigado (a parte de Deus) em nos perdoar e isso é tudo que é necessário. Não temos mais o pecado. Como Ele pode
nos responsabilizar por não confessar pecados que nem
sequer sabemos que temos? Mesmo o
famoso programa de 12 passos utilizados
pelos Alcoólicos Anônimos requer que os participantes
admitam suas falhas para com as
pessoas que elas feriram, e
na medida do possível endireitá-las.
Mas eles param por aí. Eles não são orientados
a pedir pela "Força Maior"
para revelar o pecado oculto deles.
Embora
seja verdade
que Deus perdoa os nossos pecados
quando os confessamos, a
confissão deve ser uma natureza consciente, reconhecendo pecados específicos.
Pecado não é
magicamente perdoado como se
pressiona a tecla “delete” em um computador. É um
fato aceito na ciência psicológica
que grande parte do nosso comportamento
é dirigido ou influenciado por ideias colocadas em
nossa consciência escondidas ao
longo de anos de exposição. Psiquiatras
e psicólogos estão ocupados
ajudando as pessoas a entender os recantos escondidos de suas mentes onde fobias
e compulsões que dirigem estão localizados. Pode o processo redentor de Deus, realizado pelo Seu Espírito Santo chegar até mesmo à mente inconsciente?
Rei
Davi
pensava assim. Ele percebeu que não poderia fazer isso por
si mesmo, mas tinha fé que Deus podia. Ele
orou: "Sonda-me, ó Deus, e conhece o meu coração; prova-me e conhece os meus pensamentos, e vê se há
em mim algum caminho mau, e guia-me pelo caminho eterno" (Salmo 139:23, 24).
Somos todos como David, nós não
podemos fazer isso por nós mesmos,
mas como tudo que parece impossível para nós, todas
estas coisas são possíveis para Deus.
Ellen G. White escreveu: "Todos têm traços de caráter não descobertos ainda que
têm que vir à luz pela aflição. Deus
permite que os que confiam em suas próprias forças sejam
tentados severamente, a fim de que se compenetrem de sua
incapacidade." 2
Alguns
podem
perguntar: "Como eu sei que o
Senhor está fazendo isso por mim?" Waggoner respondeu a esta pergunta: "O Senhor é muito discreto em Sua obra. Algumas das mais poderosas obras do Senhor são feitas da maneira mais discreta e imperceptível. Ele nem sempre rasga rochas
e faz a terra tremer quando Ele faz uma coisa.. . "3 Aqui é
onde nós tendemos a ficar
ansiosos. Nós perguntamos: "Se
é tranquila e imperceptível,
como é que eu sei que está
acontecendo?" Costumamos também
dizer, "Como eu sei que isso está acontecendo rápido o suficiente?"
Nascer
de novo
é o mesmo que ter nascido pela primeira vez. Forças externas causam a concepção ocorrer,
o feto se desenvolver e nascer. Não há nenhuma evidência de um feto constantemente medir seu desenvolvimento e fazer ajustes para
fazer as coisas acontecerem de uma certa
maneira ou mais rápido. Então,
não há nada que fazer? Será que basta sentar e esperar? Waggoner explicou desta
forma: "A palavra do Senhor
é a semente pela qual o pecador nasce de novo. Lemos do
"Pai das Luzes" que
"segundo a Sua vontade, Ele nos gerou pela palavra
da verdade, para que fôssemos como primícias das Suas criaturas" (Tiago 1:18). Então, ficamos sabendo que, enquanto os
que são de Cristo, são nascidos do Espírito, a palavra de Deus é a semente da qual eles são desenvolvidos
em novas criaturas em Cristo. A palavra, então, tem poder para dar a vida."4
Somos
convidados a
cooperar com Deus neste seríssimo
processo. Se formos imaturos
em nossa compreensão da justiça,
pode ser desanimador. Em um sermão
clássico na Conferência Geral de 1893, Jones
disse à congregação: "Quando
o pecado lhe é apontado, diga: ‘Eu prefiro
ter Cristo a isto.’ E deixe-o ir. ... Então ...
é a oportunidade para qualquer um de nós
ficar desanimado por nossos pecados?
Agora, alguns dos irmãos aqui têm feito exatamente isso. Eles vieram aqui livres; mas o Espírito de Deus suscitou-lhes algo que nunca viram antes.
O Espírito de Deus foi mais fundo
do que jamais tinha ido antes, e revelou coisas que
nunca viram antes, e então, em vez de agradecer ao Senhor por que era
verdade, e deixar todo o negócio
perverso ir embora, .. . eles começaram a
ficar desanimados."5
Ellen
White
resumiu o trabalho do Espírito Santo
desta forma: "O Espírito Santo glorifica
a Deus por assim revelar Seu caráter a
Seu povo que Ele (*O Espírito Santo) se
torne o objeto de suas afeições
supremas, e fazendo manifesto o Seu caráter neles. ... Quando o
Espírito foi derramado do alto, a igreja foi inundada de luz, mas
Cristo era a fonte dessa luz; Seu nome estava em toda língua, Seu
amor encheu cada coração. Assim será quando o anjo que desce do céu tendo.
grande poder, deverá iluminar a Terra toda com a sua glória.
[Rev. 18:1].6
Que
tempo
terrivelmente glorioso em que vivemos!
--Arlene
Hill
Notas (A primeira é do tradutor):
1) O evangelho foi até 1844 eficiente para
fazer as pessoas morrerem por Cristo. Após isto Ele tem desejado trasladar o
Seu povo remanescente sem provar a morte. É bem diferente.
[2] E. G. White, Testemunhos
Para a Igreja, vol. 7, pág.
211.
[3] EJ Waggoner, Estudos
do livro de
Hebreus.
[4] EJ
Waggoner, Cristo e Sua Justiça, págs.153.154 (edição Glad Tidings).
[5] AT Jones, Boletim da Conferência Geral de 1893, pág. 404.
[6] Carta 25b, d E. G. White a
Uriah Smith, de 30
de agosto de 1892; também está na obra Matérias de Ellen
G. White sobre 1888, pág. 1017.
A irmã Arlene Hill é uma advogada aposentada da Califórnia, EUA. Ela agora
mora na cidade de Reno, estado de Nevada, onde é professora da Escola Sabatina
na igreja adventista local. Ela foi um dos principais oradores no seminário “É a Justiça Pela Fé, Relevante
Hoje?”, que se realizou na sua igreja em maio de 2010, a Igreja Adventista
do Sétimo Dia, localizada no endereço: 7125 Weest 4th Street , Reno,
Nevada, USA, Telefone 001 XX (775) 327-4545; 001 XX (775) 322-9642.
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