Para 19 a 26 de julho de 2014
Fácil
ou Difícil?
Muitas pessoas têm medo de Deus e pensam
dEle como alguém que torna a
salvação difícil e o caminho para
a morte eterna fácil. É hora de ajustarmos o correto registro sobre
esta importante questão.
Uma
das grandes
verdades do evangelho da mensagem de
1888 é que é realmente fácil
se salvar e difícil se perder se a pessoa entende e crê quão boa é a Boa Nova (*da salvação). A dificuldade é aprender a crer no evangelho. Jesus ensinou essa verdade.
Nossa
lição
cria algumas ideias que não se harmonizam com esta "mui preciosa
mensagem." Uma, que é
apresentada de forma consistente nos guias de estudos
dos diferentes trimestres, é que "Deus
... oferece a salvação através de Cristo." A salvação é um dom de Deus (não oferta) a
cada alma na Terra. "Nós ... sabemos que este é
verdadeiramente o Cristo, o Salvador
do mundo" (João 4:42); "Trazendo salvação a todos os homens" (*Tito 2:11; João 1;29; 3:16; 12: 47; 2ª Tim.
4:8; Isaias 53:12, etc.).
Mas
no fundo,
como você se sente a respeito de Deus?
Uma forma possível de descobrir a
verdade poderia ser a de se
perguntar se a afirmação é
verdadeira ou falsa: "É fácil se perder e difícil de ser
salvo?" Se você responder: é
verdade!, é
provável que sua ideia básica
de Deus seja desconfortável, como a do homem que recebeu do seu senhor um
talento, e que cavou um buraco e o enterrou. Quando o Senhor finalmente o confrontou, ele respondeu: "Senhor, eu
conhecia-te, que és um homem duro,
que ceifas onde não semeaste e ajuntas onde não
espalhaste, e, atemorizado,
escondi o teu talento" (Mat. 25:24, 25).
Muitas
pessoas hoje
temem a Deus e O veem mais ou menos como um "homem duro," que torna
difícil sermos salvos, e fácil nos perdermos. E se
isso é verdade, então Deus deve ficar despreocupadamente sentado enquanto a grande maioria dos habitantes da Terra
caminham para o desastre final. (*Neste caso) Ele permite que o caminho para
o inferno seja um caminho largo
para que você deslize facilmente para a ruína eterna; e o caminho
para o céu Ele faz que seja uma
trilha íngreme com cada obstáculo concebível escondido diabolicamente, para desencorajar tantas pessoas quanto possível, e fica de pé nas
sombras contente em assistir as
massas deslizarem para baixo pelo
caminho escorregadio para o
inferno, enquanto apenas um pequeno número tem o que é preciso para escalar por todas aquelas dificuldades que estão no caminho daqueles que
querem chegar ao céu.
Não
deve haver
qualquer dúvida sobre algo, se Jesus diz isto claramente. No entanto, multidões que
dizem que acreditam na Bíblia
rejeitam uma de Suas
declarações mais claras: "Vinde a Mim, todos os que estais
cansados e oprimidos,
e Eu vos aliviarei. ... Porque o Meu
jugo é suave, e o Meu fardo é
leve" (Mateus 11:28-30). A natureza humana parece decidida a acreditar que o jugo de Cristo é pesado. Muitos acham que ser um verdadeiro cristão é uma tarefa extremamente difícil, uma conquista heroica que apenas algumas pessoas podem ter a esperança de realizar. Mas Jesus disse:
é fácil se salvar, "difícil" se perder!
Quase
todo mundo
hoje em dia tem a
sensação de que a atração do mundo
tem mais apelo do que o serviço
de Deus. Como um sinal
sonoro, fraco, distante, congestionado
por uma poderosa estação de rádio
nas proximidades, o Espírito Santo parece
quase não atingir-nos, comparado com
o apelo do mundo. Mas o apóstolo Paulo diz que não: "Onde o pecado abundou,
superabundou a graça: assim... para que, como o pecado
reinou na morte, também a graça
reinasse pela justiça para a vida
eterna, por Cristo Jesus nosso Senhor" (Rom.
5:20, 21).
Muito
antes
que entendêssemos o evangelho, Paulo já dizia: "o pecado reinou" como
um rei, rebatendo o poder da graça. Mas quando entendemos o
evangelho, a graça reina como um
rei e rebate o poder do pecado. Isto tem que ser verdade, porque se
não há mais poder na graça
do que há na tentação, João estaria errado em dizer:
"Esta é a vitória que vence o mundo: a nossa
fé" (1ª João 5:4) e o evangelho
não poderia ser uma boa nova. Mas é isso que faz com que seja "fácil" ser salvo e "difícil" ser perder.
Lembre-se, a batalha nunca é fácil.
A graça é mais abundante “muito mais". É literalmente verdade
que "se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já
passaram, eis que tudo se fez novo"
(2ª Coríntios 5:17). Você tem um novo
Pai, assim o poder que opera dentro de você para o bem é muito mais forte do que as nossas tendências para o mal;
nosso Pai celestial é maior do que
nossos pais terrenos.
Quando
essa visão obscura
de incompreensão é removida, de
repente vemos que a Bíblia está cheia de
"boas novas." Vejamos outro
exemplo de ideia explosiva de Paulo: "O amor de Cristo
nos constrange, julgando assim:
que, se Um morreu por todos, logo todos morreram, e Ele morreu por todos, para que os que vivem não vivam mais para si, mas
para Aquele que por eles morreu e
ressuscitou" (2
Coríntios 5:14, 15).
A verdade bíblica é que Deus toma a iniciativa de nos salvar. Ele não é como muitos
O imaginam, afastado, Seus divinos braços cruzados
em desinteressada preocupação enquanto nós nadamos em nossa miséria.
Ele não está dizendo: "Bem, Eu fiz
minha parte há dois mil anos atrás,
agora depende de você. Você deve tomar a iniciativa se você quer ser salvo; venha
e trabalhe duro para isso. Se isto
parece difícil para você, é
porque você não tem o que é necessário para chegar ao céu". Não! Mil vezes não! Mas
muitos se sentem assim em relação a
Deus.
Em
contraste,
Paulo quer que vejamos a iniciativa
divina em operação por nós: "desprezas tu as riquezas da Sua
benignidade, e tolerância e paciência, não
reconhecendo que a
bondade de Deus te leva ao arrependimento?" (Rom. 2:4).
A
edição “Boas Novas” da Bíblia diz que Ele "está tentando levá-lo
ao arrependimento." A bondade
de Deus o está realmente conduzindo
pela mão e levando-o em direção ao arrependimento, tão certo como um
bombeiro tenta levar a vítima
para fora da fumaça e neblina de um prédio em chamas. Se você não resistir
teimosamente, você será conduzido
todo o caminho para o céu.
É
verdade, mas
nem toda a gente se arrepende. Por quê? Alguns "desprezam"
esta bondade de Deus. Teimosamente, eles se afastam para longe dessa
liderança. Já em 1892,
Ellen G. White compreendeu
essa tremenda visão e expressou isso muito bem: "Poderá o pecador resistir a esse amor, poderá recusar-se a ser atraídos para Cristo, se, porém,
não se opuser, será levado a Ele.
O conhecimento do plano de salvação levá-lo-á ao pé da cruz em
arrependimento pelos seus pecados" (Caminho a Cristo, pág.
27).
Esta
é uma ideia
revolucionária para muitos que têm suposto que temos de tomar a iniciativa e fazer alguma coisa,
se queremos ser salvos. Para eles,
essa ideia parece invertida — se pararmos de resistir, seremos salvos! Mas, por mais revolucionário que pareça, esta é a "boa nova" do evangelho, pois pressupõe o ativo amor, persistente
de Deus.
Nossa
lição
ensina que ou "pagamos por nossos pecados no lago de fogo, ou aceitamos o pagamento feito por Cristo na cruz" (último parágrafo da parte de sábado, pág. 42 no guia de estudos do professor e 24 no do aluno). É tão fácil, para nós seres humanos ingênuos, conceber o
Senhor como desenhando um círculo que exclui as pessoas
más. Mas Ele desenha um círculo
para incluí-las, pelo menos até que
as exclua por resistência
interminável. O Senhor olha para as pessoas perdidas não como lobos a serem
abatidos, mas como ovelhas que se desviaram — como potenciais herdeiros de Sua propriedade. Sua graça ainda procura
uma maneira de se relacionar com eles.
Paulo
ensina que
"o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus
é a vida eterna, por Cristo Jesus, nosso
Senhor" (Rom. 6:23). Tudo isso nos leva à conclusão de que,
se alguém estiver perdido ao final, será por causa de sua própria rejeição persistente do que Deus tem feito ao longo de sua vida para salvá-lo. Ninguém
vai pagar por seus pecados
no "lago de fogo," mas por
incredulidade ao eles escolherem a morte em vez de vida
em Cristo. E quem for salvo, o será
por causa da iniciativa de Deus
em salvá-lo.
Em
última análise,
se a pessoa estará salva ou perdida
dependerá de sua própria escolha.
Mas, à luz do amor
de Deus revelado na cruz, até
mesmo a escolha de ser salvo
se torna "fácil". A única
dificuldade em seguir a Cristo,
portanto, é a escolha diária de entregar-se para ser "crucificado com Cristo" (Gál. 2:20). No
entanto, nós nunca somos chamados para ser crucificados sozinhos
— apenas com Ele. Mas, graças a Deus, é um milhão de vezes mais fácil para nós sermos crucificados com Cristo do que Ele
ser crucificado sozinho por nós. Olhe
para o Cordeiro de Deus, e
isto se tornará fácil:
Ellen
White
mais uma vez apoia esta Boa Nova: "Entretanto não conclua que o caminho para cima é o mais difícil e o caminho para baixo seja
a vereda mais fácil. Por toda a extensão da estrada que leva à morte há dores e penalidades, existem tristezas e decepções, há avisos para não ir em frente. O amor de Deus [Ágape] tornou difícil aos
desatentos e obstinados se autodestruírem.
... e por todo o caminho até a estrada íngreme que
conduz à vida eterna encontram-se
nascentes de alegria para refrigerar o cansado" (O Maior Discurso de Cristo, escrito em 1896, págs. 139, 140;).
Mesmo
que isso
ainda lhe pareça difícil, nunca se esqueça de que é muito mais difícil continuar lutando assim contra
o amor, e rejeitando a liderança
persistente do Espírito Santo, a fim de se perder.
A partir dos escritos de
Roberto J. Wieland
O irmão
Roberto J. Wieland foi um pastor adventista, a vida inteira, missionário na
África, em Nairobe e Kenia. É autor de inúmeros livros. Foi consultor editorial
adventista do Sétimo Dia para a África. Ele deu sua vida por Cristo na África.
Desde que foi jubilado, até sua morte, em julho de 2011, aos 95 anos, viveu na
Califórnia, EUA, onde ainda era atuante na sua igreja local. Ele é autor de
dezenas de livros. Em 1950 ele e o
pastor Donald K. Short, também missionário na África, em uma das férias deles
nos Estados Unidos, fizeram dois pedidos à Conferência Geral: 1º) que
fossem publicadas todas as matérias de Ellen G. White sobre 1888, e 2º) que fosse publicada uma antologia dos escritos de
Waggoner e Jones. Eles e sua mensagem receberam mais de 200 recomendações de
Ellen G. White. 38 anos depois, em 1988, a Conferência
Geral atendeu o primeiro pedido, o que resultou na publicação de 4 volumes
com um total de 1821 páginas tamanho A4, com o título Materiais de Ellen G. White sobre 1888. Quanto ao segundo pedido
até hoje não foi o mesmo ainda atendido.
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