Para 9 a 16 de janeiro de 2016
Bem-vindo a
este estudo dos patriarcas no livro de Gênesis. De acordo com Paulo, o apóstolo
do Senhor, Gênesis é o “livro do evangelho da Bíblia”: “Ora, a Escritura, prevendo que Deus havia de justificar as nações pela
fé, pregou o evangelho a Abraão de antemão, dizendo: ‘Em Ti serão benditas todas
as nações” (Gál. 3:8). Gênesis é o Romanos do Antigo Testamento!
A MENSAGEM DE 1888 E A PROMESSA DE DEUS A ABRAÃO
O “novo concerto” (*“a nova
aliança”) bíblica é simplesmente a promessa de Deus de escrever a Sua santa lei
no coração humano para que se torne uma alegria viver em harmonia com a Sua
santa vontade para a nossa felicidade. O “velho concerto” bíblico é simplesmente
a promessa de pessoas obedecerem a “tudo
o que o Senhor falou”, uma expressão de sua justiça própria – que,
obviamente, ninguém possui. Nenhum ser humano tem a justiça inata; a justiça
genuína que exista tem de ser sempre um dom de Deus.
Em Seu amor e misericórdia, Deus tentou dar ao antigo Israel uma nova
aliança (*um novo concerto), mas eles não quiseram humilhar seus corações para
crer (ver Êxo. 19: 1-8). Ele queria renovar-lhes a promessa da nova aliança que
fizera a seu “pai” Abraão (este havia crido na promessa da nova aliança após
décadas de sua incredulidade e da “antiga aliança” de Sara). Com seus corações
humilhados em arrependimento, Abraão e Sara tinham desfrutado as bênçãos da
justiça imputada e comunicada – pela fé. Assim, pela sua fé, Abraão ganhou o direito
de ser sempre chamado de “o pai dos que
têm fé”. Nos termos das disposições gloriosas da “nova aliança”, todos os
verdadeiros descendentes de Abraão (os que têm a sua fé) teriam toda a Terra
como uma “possessão eterna”, o que
significava que também devem receber o dom da vida eterna.
CAIM E ABEL DE UMA PERSPECTIVA DE 1888
Sabemos qual era o problema de Caim: ele estava tentando encontrar
aceitação diante de Deus pelas boas obras que realizava. E ele era um grande
fazendeiro! A sua oferta representou o que havia de melhor, a mais paciente e
dedicada habilidade hortícola possível envolvendo trabalho duro e dedicação!
Mas o problema de Caim era o seu “trabalho”; o seu problema era a sua estrita
obediência ao mandamento de Deus quando Ele disse a Adão e Eva: “maldita é a terra por tua causa; em
tristeza comerás dela todos os dias da tua vida. ... com o suor do teu rosto
comerás o teu pão” (Gên. 3:17-19).
Não tinha Caim suado ao cumprir exatamente isso? Ele estava feliz como
uma cotovia, quando trouxe a sua “oferta” para o altar naquele dia,
regozijando-se em sua “obediência”, (*sentia ser) positivo que Deus iria
recompensá-lo por suas “obras”, mas ficou desapontado quando Deus a ignorou. O
que Caim perdeu foi a apreciação simples de coração pelo sangue derramado do Cordeiro
de Deus; seu problema foi a “incredulidade”, uma falha em apreciar o que custou
ao Filho de Deus salvá-lo. Vamos aprender a lição!
Abel trouxe um cordeiro que sacrificara — uma confissão de sua fé de que
nenhum “presente” pode enriquecer a Deus, mas a oferta de Abel dizia que em seu
coração ele apreciava o dom inefável que Deus estava dando para nossa salvação.
Gênesis 4:4 diz que “atentou o Senhor
para Abel e sua oferta”. Fogo desceu do céu. Deus estava satisfeito pela
evidência de que Abel era alguém com um coração contrito, alguém que disse, pela
cruz de Cristo, “Obrigado Senhor!”
Quando Caim viu que seu esplêndido buquê, de frutas e vegetais, estavam
murchando, inaceitáveis sobre o altar, ele experimentou a primeira onda de
fúria do mundo, e matou seu irmão. Se ele pudesse por suas mãos sobre Deus, ele
O teria matado também — assim ele foi o primeiro homem do mundo a crucificar a
Cristo.
CAIM E ABEL DE UMA PERSPECTIVA DE 1888
O pano de fundo do emocionante
drama de José é o grande conflito entre Cristo e Satanás. É muito mais do que
um romance; o destino do plano de salvação está em posição crítica com este
filho de Jacó. Em Gênesis capítulos 12-17 Deus prometeu sob juramento (colocando
Sua própria existência e Seu trono em perigo), que, a partir de
"semente" de Abraão, viria o Messias, o Salvador do mundo. Caso contrário, não pode
haver Salvador do mundo.
Os doze filhos de Jacó são aquela "semente", e Satanás sabe disso. Ele inspira dez deles com ódio assassino daquele a quem Deus chamou para ser o "salvador" da "semente". Fracassando em matá-lo abertamente, eles o venderam como escravo sem esperança.
Se tão somente pudesse esmagar o espírito de amor de José, Satanás teria vencido! Apenas amargar o jovem escravo, um exilado abandonado numa nação e cultura estrangeiras, se apenas então, a "semente" perecesse sem "salvador" com eles pereceria o único plano possível de salvação de Deus.
O grande Deus do Céu colocou todos os Seus ovos na cesta de José. Em um mortal, falível, um pecador por natureza, um homem inclinado por seu DNA para ser amargo para aqueles irmãos que o traíram em miserável escravidão. Podemos imaginar quão ansiosos ficaram os habitantes do Céu enquanto observavam o drama se desenrolar.
José supera o teste! Depois de todos aqueles anos de amarga separação,
quando reconhece seus irmãos outrora cheios de ódio — seu coração ainda os
amava; ele os perdoara. Satanás esgueira-se para fora, derrotado. José como
“salvador” da “semente” demonstra ao universo a sua ligação com Cristo, o Salvador
do mundo que ora pelos que O crucificavam e é o Vindicador do juramento de Deus
a Abraão.
É José um tipo da igreja que irá proclamar uma mensagem que “ilumina a Terra com glória” nos últimos
dias? A esta igreja foi dado o especial “espírito
de profecia” tal como o de que José era dotado (veja Apo. 12:17; 19:10).
Ela deve passar no teste de pureza moral como José passou no teste com a esposa
de Potifar que o tentou.1 “Fornicação”
ou “adultério” não devem nem sequer ser mencionados entre os que vencem, tal
como Cristo venceu (Apo. 3:21).
A igreja que proclama uma mensagem que ilumina a Terra com a glória vai
sofrer perseguição, como José sofreu — de seus irmãos e até mesmo de seu pai. A
mensagem dos últimos dias vai salvar as pessoas; vidas serão transformadas;
personagens vão se tornar “um” com Deus. José salvou a vida de muitas pessoas;
a “Igreja remanescente” irá proclamar uma mensagem que levará muitas almas para
a vida eterna.
Mas cada um que participa da bênção vai conhecer em primeira mão “a
correção do Senhor” (Heb. 12: 5-11). Isso tornará mais distinto quanto o Senhor
ama a ele ou a ela! Esse Ágape será o elemento dominante da
mensagem final. Esta, por sua vez, é a obra de nosso grande Sumo Sacerdote em
Sua tarefa atual de purificação do santuário celeste na preparação de um povo
para a trasladação na segunda vinda de Cristo.
Essas histórias não são áridas; são relatos intensamente interessantes.
E ao estudá-los, encontramos o milagre de crescimento em nossos próprios
corações humanos — o milagre da reconciliação de coração (“expiação”) com Deus.
Vemo-Lo revelado nas histórias, e vê-Lo assim, é reconciliar-se com Deus.
Paulo E. Penno
Paulo Penno é pastor evangelista da igreja adventista na cidade de Hayward, na Califórnia, EUA, da Associação Norte Californiana da IASD, localizada no endereço 26400, Gading Road, Hayward, Telefone: 001 XX (510) 782-3422. Ele foi ordenado ao ministério há 38 anos. Após o curso de teologia ele fez mestrado na Universidade de Andrews. Recentemente ele preparou uma extensiva antologia dos escritos de Alonzo T. Jones e Ellet J. Waggoner, a qual está incluída na Compreensiva Pesquisa dos Escritos de Ellen G. White. Recentemente também ele escreveu o livro “O Calvário no Sinai: A Lei e os Concertos na História da Igreja Adventista do 7º Dia,” e, ao longo dos anos, escreveu muitos artigos sobre vários conceitos da mensagem de 1888. O pai dele, Paul Penno foi também pastor da igreja adventista, assim nós usualmente escrevemos seu nome: Paul E. Penno Junior. Ele foi o principal orador do seminário “Elias, convertendo corações”, nos dias 6 e 7 de fevereiro de 2015, realizado na igreja adventista Valley Center Seventh-day Adventist Church localizada no endereço: 14919 Fruitvale Road, Valley Center, Califórnia. Você pode vê-lo, no You Tube, semanalmente, explanando a lição da semana seguinte na igreja adventista de Hayward, na Califórnia, em:
Nota do tradutor:
1)
*Suponha que
você não escolheu buscar tentação
andando no terreno de Satanás, mas, de repente, você o enfrenta. Ele pode vir a
você a partir de mil direções. Jesus descreveu isto como "olhar"
preocupações em você e você quer saber sobre aquele “pecado no coração."
*Aqui está
uma boa notícia. Esse era o problema de José na casa de Potifar, no Egito. Ele não estava caçando tentação, mas ela
veio. Com a idade de 17 ou mais, José já havia se comprometido totalmente ao
Senhor, porque ele entendeu as promessas da Nova Aliança. Ele não estava com
medo, tentando desesperadamente segurar a mão de Deus — Deus o estava segurando
pela mão, e o Salvador o impediu de cair, uma tentação sedutora súbita. Ele correu.
*Se você se
prepara antes do tempo como José fez, dando-se ao Salvador, não se preocupe;
Ele não vai te esquecer. Sua graça muito mais abundante vai “te
ensinar a dizer Não!" e correr (veja Tito 2:11, 12,
NVI).
*José sozinho no Egito pagão foi cercado por uma atmosfera constante
como a de Sodoma e Gomorra. Um sábio
escritor nos diz que ele era como alguém que não viu nem
ouviu. Não era medo; ele estava vivendo sob o novo concerto,
e o Senhor tinha escrito a "lei da liberdade,"
Seus dez mandamentos, em seu coração.
Atenção,
asteriscos (*…) indicam acréscimos do tradutor.
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