Para 27/2 a 5/3/2016
Antes de pecarem, Deus disse a Adão e Eva que certamente
morreriam se comessem da árvore do conhecimento do bem e do mal. Satanás disse-lhes
que não morreriam. Em termos mais simples, o grande conflito entre Cristo e Satanás
no que se refere aos seres humanos é em quem desses dois escolhemos acreditar e
a quem seguir. Confiamos em nossas obras para criar a nossa própria justiça, ou
aceitamos humildemente a justiça de Cristo? Este é o conflito. Não há meio termo.
Quando Adão e Eva caíram, Satanás lhes disse que Deus
estava retendo alguma coisa desejável deles, o conhecimento do bem e do mal.
Por sua rebelião, eles estavam tentando encontrar o seu caminho para o que
pensavam ser uma existência mais elevada e desejável. O filho deles, Caim, deve
ter acreditado isso, pensando que seus próprios esforços em criar uma oferta
aceitável foram injustamente rejeitados por Deus. O resultado foi que o
pensamento e ações das pessoas no mundo pré-diluviano eram maus continuamente,
então Deus teve que destruir tudo, exceto um pequeno remanescente.
Dez gerações depois de Noé, as coisas não estavam
muito melhores, mas Deus novamente trouxe um pequeno remanescente de Babilônia
na família de Abraão (chamado Abrão na época). A vida de Abraão era uma lição
constante de fé, mas Deus foi muito paciente com ele, como Ele é conosco. Ele
deu a Abraão promessas ou concertos que se aplicavam a sua vida na terra, bem
como a seus descendentes. Uma dessas promessas é interpretada pelos estudiosos
como significando que o Messias viria da linhagem de Abraão: “E em ti serão benditas todas as famílias da
terra” (Gên. 12:3).
A lição desta semana (*parte de sábado à tarde) se
refere ao povo da “aliança” de Deus,1 mas temos de ser cuidados na definição de quem é
(*este povo). A nação de Israel acreditava
que eram o povo da aliança, com a exclusão de todos os outros. Era uma ideia
perigosa de um ponto de vista evangelístico. Imagine se você estivesse tentando
atrair pessoas para uma campanha evangelística e dissesse que teriam que ser
nascidos judeus a fim de serem salvas. Para quê alguém iria a essas reuniões?
Não haveria esperança para quase todos. Mas a aliança que Deus fez com Abraão
em Gênesis 12 incluía “todas as famílias da terra”.
Este é um grupo muito grande de pessoas, e pode ser
interpretado como incluindo todos os que nasceram, mas certamente nem todas as
promessas que Deus fez a Abraão em Gênesis 12 podem aplicar-se a “todas as
famílias”. Paulo deixa isso claro: “Sabei,
pois, que os que são da fé são filhos de Abraão. Ora, tendo a Escritura
previsto que Deus havia de justificar pela fé os gentios, anunciou primeiro o
evangelho a Abraão, dizendo: ‘Todas
as nações serão benditas em ti’”. (Gál. 3: 7, 8).
Os judeus acalentavam a ideia de que para alguém
ser um israelita teria que ter a Abraão, Isaque e Jacó em sua linhagem física.
Jesus disse à mulher siro-fenícia que Ele não foi enviado “senão às ovelhas perdidas da casa de Israel” (Mat. 15:24). Quando
a mulher persistiu em sua fé dizendo até mesmo que os cães obtinham alimento
das migalhas, Ele disse: “‘Ó mulher, a
tua fé é grande; seja-te feito como desejas’. E sua filha foi curada de
imediato” (vs. 27, 28).
Muitas vezes não vemos o engano de Satanás em tais
coisas, mas ele está lá. Os judeus tinham a verdade, mas a haviam pervertido.
Quem os havia inspirado a fazer isso? Certamente não foi Deus. Ao promover essa
perversão, Satanás esperava manter as nações pagãs que circundavam Israel sem
qualquer interesse no Deus verdadeiro, uma vez que era impossível renascer (*fisicamente)
como um judeu.
As várias cartas que Paulo escreveu às novas
igrejas dos gentios são esclarecimentos da parte de Deus desse equívoco do
Evangelho. “Sabei, pois, que os que são
da fé são filhos de Abraão” (Gál. 3: 7). Paulo está dizendo que o plano de
salvação não exclui aqueles que não são fisicamente descendentes de Abraão. Em
Romanos 9: 6, 7 Paulo declara: “nem todos
os que são de Israel [originalmente chamado Jacó] são israelitas; Nem por serem descendência de Abraão são todos filhos;
mas: Em Isaque será chamada a tua descendência”. Como o nascimento de
Isaque, ocorre o nosso renascimento porque Deus promete fazer isso por aqueles
que aceitam.
Isaque não fez nada para provocar o seu próprio
nascimento, mas ele teve que acreditar na promessa que Deus dera a seu pai de
que era o filho prometido, e que ele teria filhos. Quando Isaque soube que
seria sacrificado por Abraão, foi-lhe requerida fé para crer que de alguma
forma Deus cumpriria a Sua promessa. Senão, ele poderia ter resistido a seu
pai, que era então um homem velho. Poderia ter argumentado que deveriam pelo menos
adiar o plano até que ele se casasse e gerasse um filho.
Paulo nos dá o refrão de “Aleluia” de Romanos 5 para
mostrar que Jesus realizou a salvação, incluindo toda a justiça de que sempre necessitaremos,
para toda a humanidade. A paráfrase de “1888” do capítulo pode ter esta aparência:
A. Cristo morreu por nós, sendo nós ainda
pecadores, e esta é a própria prova de Deus de Seu amor Ágape a nós. Uma vez que todos nós pecadores fomos justificados
pela morte sacrifical de Cristo, temos a certeza de ser salvos por Ele do
castigo final.
B. Foi por um só homem (Adão) que o pecado entrou no
mundo, e pelo pecado a morte, e assim, a morte permeou toda a raça humana, na
medida em que todos pecaram.
C. O ato de graça de Deus está fora de qualquer
proporção com o delito de Adão.
D. Porque, se a transgressão de um homem, Adão, trouxe
a morte sobre tantos, seu efeito é excedido em muito pela graça de Deus e a
dádiva que veio a tantos, pela graça de um só homem, Jesus Cristo, o segundo
Adão.
E. Novamente, o dom de Deus que resolveu o problema
do pecado excede os danos causados pelo pecado de Adão, pois a morte de Cristo
na cruz cumpriu um ato judicial, ou satisfação de julgamento do salário do
pecado pelo ato de Adão. Isto resultou num veredito de absolvição para todos, não
apenas para Adão.
F. Se o ato de Adão estabeleceu o reino do pecado,
o dom da justiça de Deus é dado em muito maior medida, de modo que aqueles que
recebem Sua graça viverão e reinarão através do segundo Adão, que é Jesus
Cristo.
G. Segue-se então, que o resultado de uma má ação
foi a condenação para todos, assim o resultado de um ato justo é absolvição e
vida para todos.
H. Porque, assim como pela desobediência de um só
homem, muitos se tornaram pecadores, por meio da obediência de um só homem
muitos serão feitos justos.
Quando um detento na prisão recebe um perdão do governador
ou presidente, isso é maravilhoso, mas tudo o que aconteceu foi uma reversão ou
absolvição de sua convicção de seu crime. A morte de Cristo cumpriu isso para
todos nós, mas muito mais do que isso, reescreveu a nossa história. Muitas vezes,
um criminoso que é perdoado tem problemas para reingressar na sociedade. As pessoas
não confiam em que não vão voltar para seus caminhos criminosos, e sem uma mudança
de coração isso pode acontecer. Cristo não só nos perdoa, Ele nos coloca nEle,
então a Sua experiência se torna a nossa. Somos, portanto, restaurados para a vida,
e nos sentamos com Ele em lugares celestiais. Deus lança os nossos pecados nas
profundezas e não se lembra mais deles. Nós até reinamos com Cristo como
herdeiros de Seu legado. Louve a Deus!
Isto é o que Paulo quer dizer com o “dom gratuito” de
Deus ser maior do que o dano feito pelo pecado de Adão. O “conflito”
desenvolve-se quando nos esquecemos de que essa salvação é um dom gratuito de
Deus e não pode ser ganha por guardar a lei, mas apenas através da fé no sangue
purificador de Jesus Cristo. A mensagem da cruz de 1888 ensina que a graça se
estende a toda a humanidade, mas, misteriosamente, muitos a desprezam e lançam
fora. É o orgulho que insiste em que as obras de uma pessoa contam para alguma
coisa.
-Arlene Hill
Nota
do tradutor:
1) Pág. 120, edição do professor, e pág. ___ na ed. do aluno, 2º parágrafo),
A irmã Arlene Hill é uma advogada aposentada da Califórnia, EUA. Ela agora
mora na cidade de Reno, estado de Nevada, onde é professora da Escola Sabatina
na igreja adventista local. Ela foi um dos principais oradores no seminário “É a Justiça Pela Fé, Relevante
Hoje?”, que se realizou na sua igreja em maio de 2010, a Igreja Adventista
do Sétimo Dia, localizada no endereço: 7125 Weest 4th Street, Reno,
Nevada, USA, Telefone 001 XX
(775) 327-4545; 001 XX (775) 322-9642. Ela também foi oradora do
seminário “Elias, convertendo corações”, realizado nos dias 6 e 7 de fevereiro
de 2015, na igreja adventista Valley
Center Seventh-day Adventist Church localizada no endereço: 14919 Fruitvale
Road, Valley Center, Califórnia.
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