Para
6 a 13 de fevereiro de 2016
“E
houve batalha no céu; Miguel e os seus anjos batalhavam contra o dragão, e
batalhavam o dragão e os seus anjos; Mas não prevaleceram, nem mais o seu lugar
se achou nos céus”
(Apoc. 12; 7 e 8).
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“Miguel” é Cristo Jesus. O
grande conflito começou com o orgulho de Lúcifer e existiu muito antes de a
Terra ter sido criada. Adão não começou o grande conflito, mas fez a escolha
para os seres humanos se alinharem com o seu lado errado. Pela Sua encarnação,
vida sem pecado, cruz e ressurreição, Cristo demonstrou que Satã estava
mentindo quando difamava o caráter de Deus. Jesus prometeu estar sempre
conosco, até o fim dos tempos, quando a controvérsia termina.
O que há de tão errado sobre o
conflito? É um fato inevitável da interação humana. Não deveríamos estar
conformados com isso agora? Em Sua oração registrada em João 17, Jesus orou por
Seus crentes para “que todos sejam um;
como Tu, ó Pai, és em Mim e Eu em Ti, que também eles sejam um em Nós; para que
o mundo creia que Tu Me enviaste” (João 17:21).
O que Jesus está dizendo é que
Ele e Seu Pai são perfeitamente unidos, e Ele quer isso para nós. Em toda a
Bíblia, Deus está tentando nos dizer que a união com Ele é o que se perdeu no
Éden. Muitos se rebelam contra esse conceito porque acham que vai privá-los de
sua vontade individual. Não percebem que sua vontade foi deformada, inclinou-se
para o eu, e não para Deus, pelo que não podem confiar em seus desejos.
Muitos dos que anseiam por algo
melhor em suas vidas não entendem que este mesmo desejo vem do conflito que têm
com Deus. Muitas vezes, para resolver este conflito, as pessoas pensam que
precisam se voltar para a religião. Jesus disse: “Tomai sobre vós o Meu jugo”, assim as pessoas fazem o seu melhor
para tomar esse jugo, seja o que isso signifique. Para a maioria, a religião
significa guardar a lei, de modo que começou a fazer isso só para sentirem a
vaga perturbação de que não a estão observando suficientemente bem. Não é fácil
guardar a lei de Deus perfeitamente segundo a própria força.
Quanto mais duramente tente,
pior se sente, e finalmente fica bravo com Deus, acusando-O de pedir o
impossível. Você raciocina que o “jugo”
de Deus é muito pesado, muito difícil. Ele não é razoável. Se cedermos a tais
pensamentos, fazemos eco à acusação que Satanás usou quando afirmou que Deus é
injusto ao exigir guardar a lei de modo absolutamente perfeito. Em sua mente,
você está perpetuando o Grande Conflito.
A bênção da mensagem dada aos
mensageiros de 1888 é que guardar a lei nunca traz a justiça, mas a crença e
aceitação da justiça de Cristo traz a justiça, repouso e paz com Deus. Em
sermões logo após a Assembleia da Associação Geral de 1888, A. T. Jones, um dos
“mensageiros”, teve isto a dizer:
“Quando Israel saiu do Egito, eles não
conheciam a Deus, só lembrando que Abraão, Isaque e Jacó tinham um Deus, mas
não sabiam nada mais. Para fazê-los entender sua condição e o que era pecado,
tomou uma de suas próprias palavras e aplicou-a a seu propósito. Ele tomou uma
palavra que significa ‘errou o alvo’ e a empregou para expressar o pecado.
Agora temos todos pecado e ficamos aquém — isto é o que Paulo quer dizer ‘—erramos
o alvo’. Então, quanto mais justiça da lei um homem tem, pior se acha — mais
pecador é ele. ...
“A justiça é o dom da vida de todo aquele que
crê, e Jesus Cristo sempre será o propósito da lei a todos os que creem. É a
obediência de Cristo que aproveita e não a nossa, que nos traz justiça. Bem,
então vamos parar de tentar fazer a vontade de Deus em nossa própria força.
Pare tudo isso. Coloque isso longe de você para sempre. Deixe a obediência de
Cristo fazer tudo por você e obtenha a força para puxar o arco de modo a que
possa atingir o alvo” .1
Então, por que Deus nos dá a
lei? A lei foi dada para nos mostrar os nossos pecados, e nossa total
incapacidade de atender às demandas perfeitas de suas reivindicações
majestosas. Se a lei não pode nos salvar, mas apenas a crença na justiça de
Cristo traz a salvação, como é que chegamos à crença?
“A fé é a coisa mais fácil e mais natural do
mundo. Não há nada de maravilhoso sobre a fé, como alguns pensam, e dizem: ‘—Eu
tento crer e se não puder, então como posso?’ Mas podemos crer em Deus com as
mesmas faculdades com que cremos em outros. Não tente crer — desista disso — e
creia. Ou cremos, ou não cremos — então por que não crer? Creia como uma
criança, não tente raciocinar a respeito. A fé antecede a razão, ao
conhecimento e a tudo o mais. Na escola, a professora apontou a uma letra e nos
disse ‘Isso é [a letra] A’, e essa é toda a evidência que temos dela. Nós
acreditamos; agora vamos receber o reino do céu como fizemos quando em criança
cremos nas palavras da professora. Se formos raciocinar sobre a fé nunca
poderemos crer, porque raciocinar quanto à fé é irrazoável, já que o esforço da razão sempre
produz dúvida. ...
“Agora, Romanos 5: 6-8-10, Cristo morreu por
você, porque você é ímpio, e ele morreu pelos ímpios, e você pode ser
considerado justo agora se crer. A morte de Cristo reconciliou o mundo com
Deus, mas nunca salvou ninguém, nem nunca poderá fazê-lo. A Sua morte satisfez a
penalidade da lei, mas somos salvos pela vida de Cristo. Leia Romanos 4:25. Por
Sua morte, então, temos a reconciliação, por Sua vida justificação, e pela
segunda vinda temos salvação — tudo isso sendo necessário para completar o
plano da salvação”.2
Que promessas maravilhosas!
Crer é a “coisa mais fácil e natural no mundo”. Por que temos tanta dificuldade
em crer? O homem que construiu sua casa sobre a rocha ouviu as palavras de
Jesus, de modo que ele estava “bem aconselhado.” A sabedoria resultou em ações
que resultaram em sua casa manter-se firme. O Grande Conflito é deflagrado em
nossas próprias mentes. Se nossas mentes não estão “bem aconselhadas” na
Palavra de Deus, não podemos esperar produzir ações sábias. A boa notícia é
realmente melhor do que nós pensamos. Nosso orgulho quer raciocinar, mas “Não
tente crer — desista disso — (*simplesmente) creia”.
—Arlene Hill
Notas
da autora:
1)
A. T. Jones, “The Sabbath Morning Sermon, Nº 1” [“Sermão nº 1, pregado Sábado
de manhã”] numa campal na cidade de Ottawa, estado americano de Kansas, em 11
de maio de 1889.
2)
A. T. Jones, “The Sunday Morning Sermon on Righteousness Nº 2” [“Sermão nº 2, de
domingo de manhã, sobre justiça”], pregado na mesma campal, em 12 de maio de
1889.
A irmã Arlene Hill é uma advogada aposentada da Califórnia, EUA. Ela agora
mora na cidade de Reno, estado de Nevada, onde é professora da Escola Sabatina
na igreja adventista local. Ela foi um dos principais oradores no seminário “É a Justiça Pela Fé, Relevante
Hoje?”, que se realizou na sua igreja em maio de 2010, a Igreja Adventista
do Sétimo Dia, localizada no endereço: 7125 Weest 4th Street, Reno,
Nevada, USA, Telefone 001 XX
(775) 327-4545; 001 XX (775) 322-9642. Ela também foi oradora do
seminário “Elias, convertendo corações”, realizado nos dias 6 e 7 de fevereiro
de 2015, na igreja adventista Valley
Center Seventh-day Adventist Church localizada no endereço: 14919 Fruitvale
Road, Valley Center, Califórnia.
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