terça-feira, 9 de fevereiro de 2016

Lição 7 — Os ensinos de Jesus e o grande Conflito, por Arlene Hill



Para 6 a 13 de fevereiro de 2016
“E houve batalha no céu; Miguel e os seus anjos batalhavam contra o dragão, e batalhavam o dragão e os seus anjos; Mas não prevaleceram, nem mais o seu lugar se achou nos céus” (Apoc. 12; 7 e 8).
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“Miguel” é Cristo Jesus. O grande conflito começou com o orgulho de Lúcifer e existiu muito antes de a Terra ter sido criada. Adão não começou o grande conflito, mas fez a escolha para os seres humanos se alinharem com o seu lado errado. Pela Sua encarnação, vida sem pecado, cruz e ressurreição, Cristo demonstrou que Satã estava mentindo quando difamava o caráter de Deus. Jesus prometeu estar sempre conosco, até o fim dos tempos, quando a controvérsia termina.
O que há de tão errado sobre o conflito? É um fato inevitável da interação humana. Não deveríamos estar conformados com isso agora? Em Sua oração registrada em João 17, Jesus orou por Seus crentes para “que todos sejam um; como Tu, ó Pai, és em Mim e Eu em Ti, que também eles sejam um em Nós; para que o mundo creia que Tu Me enviaste” (João 17:21).
O que Jesus está dizendo é que Ele e Seu Pai são perfeitamente unidos, e Ele quer isso para nós. Em toda a Bíblia, Deus está tentando nos dizer que a união com Ele é o que se perdeu no Éden. Muitos se rebelam contra esse conceito porque acham que vai privá-los de sua vontade individual. Não percebem que sua vontade foi deformada, inclinou-se para o eu, e não para Deus, pelo que não podem confiar em seus desejos.
Muitos dos que anseiam por algo melhor em suas vidas não entendem que este mesmo desejo vem do conflito que têm com Deus. Muitas vezes, para resolver este conflito, as pessoas pensam que precisam se voltar para a religião. Jesus disse: “Tomai sobre vós o Meu jugo”, assim as pessoas fazem o seu melhor para tomar esse jugo, seja o que isso signifique. Para a maioria, a religião significa guardar a lei, de modo que começou a fazer isso só para sentirem a vaga perturbação de que não a estão observando suficientemente bem. Não é fácil guardar a lei de Deus perfeitamente segundo a própria força.
Quanto mais duramente tente, pior se sente, e finalmente fica bravo com Deus, acusando-O de pedir o impossível. Você raciocina que o “jugo” de Deus é muito pesado, muito difícil. Ele não é razoável. Se cedermos a tais pensamentos, fazemos eco à acusação que Satanás usou quando afirmou que Deus é injusto ao exigir guardar a lei de modo absolutamente perfeito. Em sua mente, você está perpetuando o Grande Conflito.
A bênção da mensagem dada aos mensageiros de 1888 é que guardar a lei nunca traz a justiça, mas a crença e aceitação da justiça de Cristo traz a justiça, repouso e paz com Deus. Em sermões logo após a Assembleia da Associação Geral de 1888, A. T. Jones, um dos “mensageiros”, teve isto a dizer:
 “Quando Israel saiu do Egito, eles não conheciam a Deus, só lembrando que Abraão, Isaque e Jacó tinham um Deus, mas não sabiam nada mais. Para fazê-los entender sua condição e o que era pecado, tomou uma de suas próprias palavras e aplicou-a a seu propósito. Ele tomou uma palavra que significa ‘errou o alvo’ e a empregou para expressar o pecado. Agora temos todos pecado e ficamos aquém — isto é o que Paulo quer dizer ‘—erramos o alvo’. Então, quanto mais justiça da lei um homem tem, pior se acha — mais pecador é ele. ...
 “A justiça é o dom da vida de todo aquele que crê, e Jesus Cristo sempre será o propósito da lei a todos os que creem. É a obediência de Cristo que aproveita e não a nossa, que nos traz justiça. Bem, então vamos parar de tentar fazer a vontade de Deus em nossa própria força. Pare tudo isso. Coloque isso longe de você para sempre. Deixe a obediência de Cristo fazer tudo por você e obtenha a força para puxar o arco de modo a que possa atingir o alvo” .1
Então, por que Deus nos dá a lei? A lei foi dada para nos mostrar os nossos pecados, e nossa total incapacidade de atender às demandas perfeitas de suas reivindicações majestosas. Se a lei não pode nos salvar, mas apenas a crença na justiça de Cristo traz a salvação, como é que chegamos à crença?
 “A fé é a coisa mais fácil e mais natural do mundo. Não há nada de maravilhoso sobre a fé, como alguns pensam, e dizem: ‘—Eu tento crer e se não puder, então como posso?’ Mas podemos crer em Deus com as mesmas faculdades com que cremos em outros. Não tente crer — desista disso — e creia. Ou cremos, ou não cremos — então por que não crer? Creia como uma criança, não tente raciocinar a respeito. A fé antecede a razão, ao conhecimento e a tudo o mais. Na escola, a professora apontou a uma letra e nos disse ‘Isso é [a letra] A’, e essa é toda a evidência que temos dela. Nós acreditamos; agora vamos receber o reino do céu como fizemos quando em criança cremos nas palavras da professora. Se formos raciocinar sobre a fé nunca poderemos crer, porque raciocinar quanto à fé é irrazoável, já que o esforço da razão sempre produz dúvida. ...
 “Agora, Romanos 5: 6-8-10, Cristo morreu por você, porque você é ímpio, e ele morreu pelos ímpios, e você pode ser considerado justo agora se crer. A morte de Cristo reconciliou o mundo com Deus, mas nunca salvou ninguém, nem nunca poderá fazê-lo. A Sua morte satisfez a penalidade da lei, mas somos salvos pela vida de Cristo. Leia Romanos 4:25. Por Sua morte, então, temos a reconciliação, por Sua vida justificação, e pela segunda vinda temos salvação — tudo isso sendo necessário para completar o plano da salvação”.2
Que promessas maravilhosas! Crer é a “coisa mais fácil e natural no mundo”. Por que temos tanta dificuldade em crer? O homem que construiu sua casa sobre a rocha ouviu as palavras de Jesus, de modo que ele estava “bem aconselhado.” A sabedoria resultou em ações que resultaram em sua casa manter-se firme. O Grande Conflito é deflagrado em nossas próprias mentes. Se nossas mentes não estão “bem aconselhadas” na Palavra de Deus, não podemos esperar produzir ações sábias. A boa notícia é realmente melhor do que nós pensamos. Nosso orgulho quer raciocinar, mas “Não tente crer — desista disso — (*simplesmente) creia”.
Arlene Hill

Notas da autora:                                                                                

1) A. T. Jones, “The Sabbath Morning Sermon, Nº 1” [“Sermão nº 1, pregado Sábado de manhã”] numa campal na cidade de Ottawa, estado americano de Kansas, em 11 de maio de 1889.

2) A. T. Jones, “The Sunday Morning Sermon on Righteousness Nº 2” [“Sermão nº 2, de domingo de manhã, sobre justiça”], pregado na mesma campal, em 12 de maio de 1889.

A irmã Arlene Hill é uma advogada aposentada da Califórnia, EUA. Ela agora mora na cidade de Reno, estado de Nevada, onde é professora da Escola Sabatina na igreja adventista local. Ela foi um dos principais oradores no seminário “É a Justiça Pela Fé, Relevante Hoje?”, que se realizou na sua igreja em maio de 2010, a Igreja Adventista do Sétimo Dia, localizada no endereço: 7125 Weest 4th Street, Reno, Nevada, USA, Telefone  001 XX (775) 327-4545; 001 XX (775) 322-9642. Ela também foi oradora do seminário “Elias, convertendo corações”, realizado nos dias 6 e 7 de fevereiro de 2015, na igreja adventista Valley Center Seventh-day Adventist Church localizada no endereço: 14919 Fruitvale Road, Valley Center, Califórnia.
Nota: Asteriscos (*) indicam acréscimos feitos pelo tradutor.

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