Para 20 a 27 de agosto de 2016
Em que posso ajudá-lo? Lemos que Jesus teve
“compaixão” das multidões e que curava todos os enfermos, às vezes deixando
aldeias inteiras sem pessoa doente (cf. Mat 9:36; 14:14, por exemplo). Isso foi
há 2.000 anos. Agora, vamos avançar para o nosso tempo: ainda temos pessoas
doentes e com todos os tipos de necessidade.
A lição de segunda-feira cita Ellen White: “Cristo
tomou um interesse pessoal em homens e mulheres ... Aonde quer que fosse Ele
era um médico missionário”.1 Nós,
também, temos compaixão pelos doentes; mas o que podemos fazer agora para
ajudá-los? Médicos e enfermeiros podem fazer uma obra maravilhosa em aliviar o
sofrimento; mas o que dizer sobre nós, pessoas comuns?
Quando Jesus curou o paralítico que a Ele foi
levado por quatro homens, que até quebraram as telhas no telhado para fazê-lo
baixar, Jesus sabia muito bem que aquele homem havia acarretado doença sobre si
por uma vida pecaminosa. Mas Ele nada perguntou ao pobre homem, nem lhe fez
promessas. Nem sequer perguntou se ele havia se arrependido; Ele disse de
pronto: “Filho, os teus pecados estão
perdoados” (Mar. 2:5).
Então o que podemos fazer? Podemos contar-lhes a
verdade do Novo Concerto. Em alguns casos, simplesmente fazer isso pode trazer
a cura física para o doente; tudo quanto o pobre paralítico precisava era ouvir
Jesus dizer-lhe: “Filho, tem bom ânimo;
os teus pecados estão perdoados” (Mat. 9:2), e ele estaria feliz, disposto
a suportar sua doença em paz.
Há sete grandes promessas que compõem a curativa
verdade do Novo Concerto. Estão em Gên. 12:2, 3: o Senhor vai tornar a sua vida
importante, Ele vai lhe dar felicidade, “Farei
o teu nome grande”, serás uma bênção onde quer que vás pelo mundo, o Senhor
abençoará as pessoas que te ajudarem e “amaldiçoará
as que te amaldiçoarem”, serás parte da bênção que virá sobre “todas as famílias da terra” em Cristo, porque proclamarás a Sua
mensagem. Aí reside a
verdade que cura!
Dizer essas palavras a alguém levianamente ou sem
pensar, naturalmente não faz bem; mas se pela graça do Senhor, somos capazes de
transmitir a mensagem cuidadosa e significativamente, o Espírito Santo vai
abençoar para a cura da alma.
Por incrível que possa parecer, a boa notícia é que
o Espírito Santo faz o “trabalho”. Esse “vento” está sempre soprando sementes
da verdade celeste em nossas mentes e corações. Ninguém é sábio o suficiente
para dizer de onde vêm, pois a graça de Deus vem operando em corações humanos de
formas numerosas desde que o mundo começou. Pais, amigos, cânticos de louvor,
as mensagens da Bíblia ouvidas ou lidas, sermões, expressões de amor
verdadeiro, todas podem ser maneiras que o Senhor utiliza para plantar ideias
das “boas novas” no coração. O importante é reconhecer que a sua fonte
derradeira é o próprio Deus.
Este é realmente o amor de Deus em ação. O vento
que sopra “onde quer” é um retrato do
interesse compassivo de Deus por cada alma humana. Não menos certo é o Seu amor
manifestado por você do que o vento sopra em você também.
Um dos equívocos quanto à mensagem de 1888 é que
seja “suave” em obras. Cristo ensinou esse tipo distintivo da fé “que opera”, e
os “mensageiros” de 1888 captaram esta ideia. A fé genuína produz obediência a
todos os mandamentos de Deus. Tal fé faz com que os crentes “zelosos de boas obras” sejam tão
numerosos que não podem ser medidos. Isso vai muito além de tentar preservar um
equilíbrio entre fé e obras. É muito mais do que o entendimento de 50% fé e 50%
obras. Deus já realizou o amar, e o doar. A nossa parte (crer) vem como
resposta a uma boa notícia com a apropriada apreciação de coração – submeter-se
a um amor celestial. As boas obras seguem uma fé genuína, tão certo quanto as
frutas se seguem ao plantio de sementes. E, em seguida, toda a parte de
obediência da familiar “terceira mensagem angélica” toma o seu lugar, mas
muito mais assim, porque aqui estava uma mensagem que iria preparar um povo
para a vinda de Jesus. A pura justiça do Dia da Expiação pela fé é a única
mensagem que pode produzir algo diferente de “obras mortas”.
Dorcas
em Jope. A lição de quarta-feira trata do
relato da “discípula chamada Tabita”.
Ellet J. Waggoner, um dos “mensageiros” de 1.888, relata o real significado de
“boas obras”:
“‘E havia em Jope uma discípula chamada Tabita, que traduzido se diz
Dorcas; Esta estava cheia de boas obras e esmolas que fazia” (Atos 9:36) As
boas obras não são algo que se coloca,.., ou que ele adquire, mas elas vêm de
dentro. “O homem bom, do bom tesouro do
seu coração tira o que é bom, e o homem mau, do mau tesouro do seu coração tira
o que é mau, porque da abundância do coração fala a boca “ (Lucas 6:45). Um
homem deve ser tornado bom antes que ele possa fazer o bem, e este bem vem do
Senhor. “Oh quão grande é a Tua bondade,
que guardaste para os que Te temem (Salmo 31:19). “a qual guardaste para aqueles que em Ti confiam na presença dos filhos
dos homens!” “Porque somos feitura Sua, criados em Cristo Jesus para as boas
obras, as quais Deus preparou para que nós andássemos nelas“ (Efé. 2:10). As
boas obras são extremamente necessárias, mas ninguém precisa se preocupar com
elas. Se uma pessoa está em Cristo, as boas obras seguirão tão naturalmente
como flores sigam a chuva de primavera e sol”.2
Paulo
em Atenas. Pelo final do nosso estudo da lição
lemos sobre “a famosa história” de Paulo pregando em Atenas. É uma exceção para
o sucesso apostólico. O que a nossa lição não nos diz é que poucos dos seus
ouvintes responderam positivamente. Mas na leitura do relato de seu sermão em
Atos 17 não encontramos qualquer menção da cruz! Paulo em Atenas esteve muito
mais parecido com o nosso trabalho pelas “classes mais altas”. Mas a partir de
Atenas ele foi para Corinto onde proclamou àquelas pessoas o que não proclamara
em Atenas. Proclamou a cruz de Cristo
e diz: “E eu, irmãos, quando
fui ter convosco ... nada me propus saber entre vós, senão a Jesus
Cristo, e este crucificado”
(1ª Cor. 2:1, 2).
Paulo nos explica como esta poderosa motivação
opera em nossos corações: “Ele morreu por
todos, para que os que vivem não vivam mais para si mesmos, mas para Aquele pelos
quais morreu e ressuscitou” (2ª Cor. 5:15). Na língua original, a ideia é
clara de que aqueles que entendem esta grande verdade da graça e creem, vão
“doravante” achar que é impossível viver uma vida centrada no eu. Não mais
rangerão os dentes e cerrarão os punhos tentando se forçar a trabalhar
duro para o Senhor; isto será automático.
A palavra chave é “amor”. Você não pode realmente
viver sob a graça, a menos que aprecie o amor revelado na cruz. Quando o
pecador contempla a cruz e aprecia o tipo de amor ali expresso, tudo por ele,
lágrimas vêm a seus olhos. Seu coração se derrete.
Essa é a genuína fé do Novo Testamento — uma
apreciação de coração por esse imenso amor. É por isso que vamos continuar
aprendendo à gloriar-nos na cruz de Cristo. Cada vez mais essa motivação de “debaixo da graça” vai expulsar a velha
motivação de esperança de recompensa centralizada no eu ou motivação pelo medo
do castigo.
Vamos sair das sombras para a luz do sol de viver “debaixo da graça”, e trabalhar para
Cristo, porque o Seu amor “nos
constrange”.
—Redigido a partir dos escritos
de Roberto Wieland
Notas
finais:
1) Ellen G. White, Serviço Cristão, pág.
162.
2) Ellet J. Waggoner,
"Chjeio de Boas Obras," The Present Truth, 18 de Jan. de 1894.
Nota
adicional:
Esta introspecção, em inglês está na Internet em: http://1888mpm.org
O video em inglês, do Pastor Paul Penno sobre esta lição, está na Internet em:
O video em inglês, do Pastor Paul Penno sobre esta lição, está na Internet em:
O irmão Roberto J. Wieland foi um pastor adventista, a vida inteira,
missionário na África, em Nairobe e Kenia. É autor de inúmeros livros. Foi
consultor editorial adventista do Sétimo Dia para a África. Ele deu sua vida
por Cristo na África. Desde que foi jubilado, até sua morte, em julho de 2011,
aos 95 anos, viveu na Califórnia, EUA, onde ainda era atuante na sua igreja
local. Ele é autor de dezenas de livros. Em 1950 ele e o pastor
Donald K. Short, também missionário na África, em uma das férias deles nos
Estados Unidos, fizeram dois pedidos à Conferência Geral: 1º) que fossem publicadas todas as matérias de Ellen G. White sobre 1888,
e 2º) que fosse publicada uma
antologia dos escritos de Waggoner e Jones. Eles e sua mensagem receberam mais
de 200 recomendações de Ellen G. White. 38 anos depois, em 1988, a Conferência
Geral atendeu o primeiro pedido, o que resultou na publicação de 4 volumes
com um total de 1821 páginas tamanho A4, com o título Materiais de Ellen G. White sobre 1888.
Quanto ao segundo pedido até hoje não foi o mesmo ainda atendido
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