quinta-feira, 24 de julho de 2008

Lição 4 - O Filho de Deus Entre Nós


Jesus é o Filho de Deus. Ele está entre nós. Isto significa que Ele é Deus, revelado ao homem. O termo "Filho de Deus" é uma analogia que descreve a conexão entre Ele e Deus o Pai. Indica origem, uma íntima associação e identificação. Descreve o elo dentro da Divindade. Expressa um íntimo relacionamento entre os dois: Deus o Pai, e Deus o Filho—Jesus o Messias. Cristo é a imagem de Deus à humanidade. Deus—onipotente revelou-Se à humanidade, em Cristo.

O significado do termo "o Filho de Deus" é que Ele é da mesma natureza que Deus. Deus o Pai não é Deus o Filho, e Deus o Filho não é Deus o Pai. São pessoas distintas com centros distintos de consciência. O Pai e o Filho são um Deus, não dois Deuses, uma essência, uma natureza divina. Desde toda eternidade, sem qualquer começo, o Pai sempre teve uma perfeita imagem de Si e uma divina reflexão ou semelhança de fulgor de Si próprio no Filho.

Em Cristo, o Deus invisível é revelado. Jesus estava com o Pai antes que o mundo fosse criado. Cristo, como Deus o Filho, é o Criador de todas as coisas. Deus em toda Sua plenitude, morando em Cristo, reconciliando o mundo consigo mesmo (II Cor. 5:10; Col. 1:13-20).

Jesus referiu-Se a Si mesmo como o "Filho de Deus" (João 3:16-18). Gabriel testificou disto nas suas instruções a Maria (Lucas 1:35). Os discípulos identificaram Jesus como o Filho de Deus (Mat. 16:15, 16; João 1:1, 34; 11:27; Rom. 1:3; Fil.. 2:5-11), assim como os demônios e o centurião romano (Mat. 8:29; 27:54). Além disso, Jesus identificou-Se como Deus revelado na carne (João 8:58).

Conquanto anjos, profetas, e a natureza possam revelar-nos algo sobre Deus, só Deus pode revelar Deus. É necessário (*a iniciativa de) Deus para revelar Se à humanidade. O eterno Revelador revelou-Se ao homem por vestir Sua própria expressão em forma humana, como Jesus o Messias. "E o Verbo Se fez carne e habitou entre nós" (João 1:14).

E o que é uma palavra? É simplesmente a expressão de um pensamento. Talvez você usou ou ouviu a seguinte (*expressão): "—Darei a ele (ou ela) um pedaço de minha mente"! Como isto é feito? Por falar. Jesus é o pensamento de Deus tornado audível e visível. Este é o testemunho do Evangelho—a eterna expressão do próprio Deus, Sua Palavra, Seu Filho, entrou na forma humana como Jesus o Messias.

Hoje a tendência da maioria de humanidade é o desejo por experiências dramáticas como evidências de Jesus como o Filho de Deus. Esta tendência é para contornar o fato de que Deus revelou-Se no Filho de Deus num povoado popularmente difamado da Palestina, no lar de um simples carpinteiro, na carne humana comum, como revelado na Escritura. Isto foi Deus entre nós. Isto é "Deus conosco" (Mat. 1:23).

O pastor E. J. Waggoner tem isto a dizer sobre "Deus conosco" : "O que poderia ser mais fraco que um bebê desamparado, tornado ainda mais limitado por estar enfaixado com panos? Mas isso representou a medida do poder que Ele teve em Si quando executou os mais poderosos milagres. Desmaiando por estar em jejum, ele resistiu às tentações do demônio; e pelo mesmo poder Ele expulsou demônios. Ele disse, 'Eu não posso de Mim mesmo fazer coisa alguma,' (*João 5:30) era ‘a plenitude da divindade corporalmente’ habitando nEle (*Col.2:9), e não sua carne humana, que fez as obras. Seu nome é 'Deus conosco,' e Ele é 'o mesmo, ontem, e hoje, e eternamente' (*Heb. 13:8) e portanto a fraqueza de nossa carne não é nenhuma barreira para manifestação de sua força em nós. O poder que faz ‘muito mais abundantemente além daquilo que pedimos ou pensamos,’ é o ‘poder que em nós opera’ (Efésios 3:20'" ("A Manjedoura e a Cruz," Review & Herald, de 6 de Jan. de 1903).

Embora Jesus tenha Se limitado como um homem (*assumindo nossa natureza caída, entretanto Ele não pecou, a despeito de ter avocado a Sí este equipamento defeituoso). Ele não é um mero homem nem anjo de alto nível em forma humana. Ele é verdadeiramente Deus assim como verdadeiramente homem. A Filiação de Cristo é assim manifesta: Foi revelado como Deus na carne, e, entretanto, submeteu-Se a Deus o Pai. O principal dever de um filho é honrar e obedecer a seu pai, servi-lo livre e plenamente. Jesus como Deus o Filho serviu a Deus o Pai não por compulsão mas por causa da Sua unidade com o Pai, serviu em amor.

O título de nossa lição esta semana, "O Filho de Deus Entre Nós”, aponta às profecias de Isaias no Velho Testamento: "Emanuel" (Isa. 7:13, 14), o "Deus Forte, Pai da Eternidade" (9:6, 7), que são cumpridas em Jesus. "Eis que a virgem conceberá, e dará à luz um filho, E chamá-lo-ão pelo nome de EMANUEL, Que traduzido é: Deus conosco” (Mat. 1:23).

O pastor A. T. Jones ligou "Deus conosco" com a mensagem do terceiro anjo: "Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo” (*II Cor. 5:19). ‘Ele será chamado Emanuel’ —isso é, 'Deus conosco'. Agora então, Ele quer que essa peça de (*Sua) veste [a justiça de Cristo] seja nossa, mas não quer que nos esqueçamos quem é o tecelão. Não somos nós, mas é Ele que está conosco. Foi Deus em Cristo. Cristo deve estar em nós, assim como Deus estava nEle, e Seu caráter deve estar em nós, assim como Deus estava nEle, e Seu caráter deve ser tecido e transformado em nós por estes sofrimentos e tentações e provações que nós defrontamos. Deus é o tecelão, mas não sem nós. É a cooperação do divino e do humano—o mistério de Deus em você e em mim—o mesmo mistério que estava no evangelho, e que é a terceira mensagem angélica. Esta é a palavra do Maravilhoso Conselheiro" (Boletim da Conferência Geral de 1893, As três Mensagens Angélicas, sermão de número 10).1 (*Página 78 da edição de que disponho, publicada por irmãos adventistas do estado de Winsconsin, USA. Fone: 001 XX 715 822-4929).

Na seção da quinta-feira da lição, desta semana, há referência a Mateus 23:37 onde Mateus registra o Filho de Deus chorando por Jerusalém: "quantas vezes quis Eu ajuntar os teus filhos, como a galinha ajunta os seus pintos debaixo das asas, e tu não quiseste!”

Este lamento deve ir até o fim do mundo. O que acontece a Jerusalém caracteriza nossos próprios dias. A metáfora de uma galinha-mãe, protegendo seus pintainhos, revela que um predador estava para cair sobre o estado Judeu do qual nada podia prevenir exceto sua conversão a Deus, através do Filho de Deus, como Ele proclamou pela terra a boa nova de reconciliação. A recusa da Sua salvação deixou-os à mercê da águia romana que veio e os destruiu.

A mensagem para hoje de Apoc. 18:1-4, é outra da mesma espécie que o Filho de Deus deu quando estava entre nós. Só os que recebem Sua mensagem do "Alto Clamor" "sai dela (Babilônia)" vindo a Ele estará ao abrigo da águia predadora dos últimos dias.

A carta aos Gálatas dá a base de nossa esperança nestes últimos dias: "Mas, vindo a plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho, ... para remir os que estavam debaixo da lei” (Gal. 4:4-5). O Pai enviou Seu próprio divino Filho único para redimir você e a mim. Gálatas 2:20 diz que devemos viver pela “fé do Filho de Deus, O qual me amou, e Se entregou a Si mesmo por mim." Jesus é "O Filho de Deus Entre nós” a saber, "Deus conosco".

Esta é a mensagem para o tempo do fim do evangelho eterno (Apoc. 14:6). A verdade do evangelho eterno é que o Filho de Deus está entre nós, como um de nós e Ele é um com o Pai (João 17). O Filho de Deus entre nós é nossa redenção, nossa segurança, nosso refúgio de descanso.

—Gerald L. Finneman.

Tradução e acréscimos, marcados com asteriscos, de João Soares da Silveira

O pastor Gerald L. Finneman, já exerceu seu ministério em nossa denominação nos estados de Michigan, Pensilvânia e Califórnia nos EUA. Ele prepara materiais para encontros evangelísticos, incorporados com os conceitos das Boas-Novas da Mensagem de Justificação pela fé. Além de pastor da IASD ele atualmente é também o presidente do Comitê de Estudos da Mensagem de 1888.

Nota do Tradutor:

1) No penúltimo § das introspecções da lição anterior, da semana passada, o irmão Daniel Peters, falando Sobre as Tradições dos Homens disse: “É uma tradição popular (*dentro da IASD) ensinar, contrário às revelações do Espírito de Profecia, que a mensagem de 1888, enviada por Deus, já foi aceita. Isto é um vazio engano de acordo com as tradições de homens, e não de acordo com Cristo.”

Publica-se muito, em todas editoras de nossa igreja, sobre o que aconteceu em Mineápolis em 1888. Mas, porque não dar ao povo o alimento original e deixar que cada membro, iluminado pelo Espírito Santo, tire suas próprias conclusões??? Esta é uma clara evidência de que a mensagem não foi aceita.

Veja no § acima a beleza das mensagens de A T . Jones, um dos dois mensageiros da justificação pela fé da Igreja Adventista (que nada tem a ver com a dos evangélicos, conforme outra tradição que está se estabelecendo entre nós).

É do 10º sermão que o referido pastor pregou na assembléia da Conferência Geral do ano de 1893. Com total apoio de Ellen G. White ele foi, então, o pregador oficial do encontro, bem como na Assembléia do ano de 1895. Foram 24 sermões sobre As três Mensagens Angélicas, conforme registrado no Boletim da Conferência Geral de 1893, e 26 na do ano de 1895.

Vamos apelar à “NOSSA CASA”, a CPB, para que publique estes sermões, e cada um de nós poderá beber a água da fonte.Que tragédia seria se NÃO tivéssemos a Bíblia mas somente comentários a respeito dela.