sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Lição 12 – Unidos a Cristo

"Ora, as promessas foram feitas a Abraão e à sua Semente. Ele não diz: e às sementes, como falando de muitos; mas como de uma só, e à tua Semente, que é Cristo. E digo isto, que o concerto, anteriormente confirmado por Deus em Cristo, a lei, que veio quatrocentos e trinta anos depois, não o invalida, de forma a tornar a promessa de nenhum efeito. Porque se a herança provém da lei, já não provém da promessa: mas Deus pela promessa a deu a Abraão... E se sois de Cristo, então sois semente de Abraão, e herdeiros conforme a promessa" (Gal. 3:16-18, 29 KJV; ênfases em negrito, neste e nos textos que se seguem, foram adicionadas).

"Pelas quais Ele nos tem dado grandíssimas e preciosas promessas, para que por elas fiqueis participantes da natureza divina, havendo escapado da corrupção, que pela concupiscência há no mundo” (2ª Pedro 1:4).

"Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura [literalmente, ato de criação] é; as coisas velhas são passadas; e eis que tudo se fez novo" (2ª Cor. 5:17).

"Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o qual nos abençoou com todas bênçãos espirituais nos lugares celestiais em Cristo: como também nos elegeu nEle antes da fundação de o mundo, para que fossemos santos e irrepreensíveis diante dEle em amor; e nos predestinou para filhos de adoção por Jesus Cristo, para Si mesmo, segundo o beneplácito de Sua vontade, para louvor e glória de Sua graça, pela qual nos fez agradáveis a Si no Amado. Em quem temos redenção pelo Seu sangue, a remissão das ofensas perdão de pecados, segundo as riquezas da Sua graça" (Ef. 1:3-7).

"Porque todos sois filhos de Deus pela fé em Jesus Cristo" (Gal. 3:26).

"Deixa esta mente estar em vós, que está também em Cristo Jesus" (Fil. 2:5, KJV2).

Cristo, como criador, era representante da raça humana. Adão, como o primeiro ser criado e pai da raça humana (porque todos nós estávamos nele quando foi criado, Gen. 25:23), era também representante da raça humana. Quando Adão pecou, tomou sobre ele carne humana caída, e uma mente humana pecaminosa (uma mudança de carne e uma mudança de mente; da carne sem pecado e mente sem pecado que ele tinha antes de ter pecado) e passou essas mudanças à sua posteridade. Estas mudanças, particularmente a mudança da carne, sendo relativamente permanente, causou a raça humana tomar uma nova e diferente forma do que ele era ao ser criado, portanto Cristo não mais o podia representar; e Adão, tendo (*se) vendido a Satanás, cedeu a raça (*humana) a Satanás, assim desqualificando-se como representante (*da raça humana). Isto deixou Satanás como aparente representante da raça humana—como conquistador. Conseqüentemente, se a raça jamais devesse ser salva, um novo representante tinha que voluntariar-se imediatamente. Como criador, Jesus era responsável pelo que aconteceu; assim caiu sobre os Seus ombros fixá-lo. E foi o que Ele fez, pela promessa em Gênesis 3:15.

Para Jesus continuar a representar a raça humana, Ele teve que tornar-Se um de, e um com, os que Ele quis representar (Hebreus 2), e então ganhou apoio suficiente (Jó 1). Estas coisas que Ele fez por tomar sobre Si carne humana caída, pecaminosa, a mesma que temos, e por nos cortejar, encorajando-nos a receber Sua mente sem pecado (Fil. 2:5) isso conquistou, e conquista, todos os desejos da carne humana caída, pecaminosa. Cristo partilhou de nossa carne humana caída, pecaminosa, para que nós possamos partilhar da Sua natureza divina, assim tornando-nos um com Cristo, tendo estado nEle antes da fundação do mundo.

Cristo, tendo mente sem pecado e corpo sem pecado, tomou sobre Si carne humana caída, pecaminosa, retendo Sua mente sem pecado. Nós, tendo carne humana caída, pecaminosa, e uma mente humana caída, pecaminosa, podemos escolher tomar sobre nós a mente sem pecado de Cristo, retendo nossa carne humana caída, pecaminosa, até que Jesus venha a segunda vez. Jesus difere de nós só em um aspecto; nasceu com Sua mente sem pecado, íntegra (que todavia podia pecar como a mente sem pecado de Adão pecou). Nós, tendo nascido com mente humana caída, pecaminosa, recebemos a mente sem pecado de Cristo quando cremos. Assim tornamo-nos uma nova criação.

O batismo é um reconhecimento público de uma união com Cristo previamente ocorrida (Atos 8:26-38), reconhecendo que nós morremos com Ele, sendo ressuscitados com Ele, e agora cremos em Sua promessa de dar-nos a experiência de Sua vida perfeita em nós (Rom. 6:3, 4). Gálatas 3:27 não implica que o candidato ao batismo não tinha se revestido de Cristo antes de ser batizado, só (*implica em) que se foi batizado ele se revestiu de Cristo (em algum tempo). A herança de justiça (fazer o que é correto) foi dada a Abraão e a sua Semente por promessa. Contanto que estejamos na Semente e cremos nEle, nós também recebemos a dispensação daquela promessa em nossa experiência. Quando nós cremos nas promessas de Deus nós nos tornamos participantes da natureza divina.

Ao nós, por assim crer, permanecemos em Cristo, nós nos tornamos uma nova criação—sim a palavra original "criatura" traduzida em 2ª Coríntios 5:17 realmente significa "criação" (como assim é declarada na NVI), em que Deus nos recriou em seguidores dEle, controlados por uma nova mente—algo que nós não éramos antes. Esta leve diferença de tradução leva-nos um passo para longe da possível afirmação da tese da carne santa, como a idéia de "criatura" talvez implique, pois a única coisa que muda em nós na conversão é a nossa mente; a nossa carne permanece a mesma. Ao invés de ser uma mudança permanente, como o conceito de carne santa talvez nos leve a crer, podemos mudar nossa mente a qualquer momento de acordo com nosso próprio capricho. Se formos manter um curso constante dentro de plano do Deus para nós, necessitamos reivindicar Sua promessa de segurar-nos com uma mão que nunca nos soltará (Isa. 41:13; 42:6). Somos os únicos que podemos livrar-nos de Cristo e assim jogar fora nossa primogenitura, como Esaú o fez. Tendo-nos colocado em Cristo antes da fundação do mundo, Deus, por assim fazer, predestinou-nos para crer (a menos que, naturalmente, nós não o escolhamos, pois Deus não nos forçará contra nossa vontade), pois sendo adotados como filhos (e tomando o nome de Deus como "cristãos") é o que acontece quando cremos. Então é tempo de ser batizado e unir-se à igreja—um reconhecimento físico do que já aconteceu. A escolha é nossa. Crerá você nisto?

Craig Barnes

Tradução e acréscimos, marcados com asteriscos, de João Soares da Silveira

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Notas do tradutor:

1) Neste texto: a palavra “Semente”, e sua variação em número, é traduzida na Almeida Fiel como “Descendência”, e como “Posteridade” na Almeida Revista e Corrigida.

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Citações suplementares para Ajudar em Seu Estudo (*da lição de sexta-feira):

“[Cristo] Foi feito na semelhança de carne pecaminosa, não na semelhança de mente pecaminosa. Não arraste Sua mente nisto. A sua carne era a nossa carne, mas a mente era "a mente de Cristo Jesus". Portanto está escrito: "Deixe estar em você esta mente que era também houve em Cristo Jesus" (*Fil. 2:5, KJV). ... Mas que tipo de mente é a nossa? Ó, é (*a mente) corrompida pelo pecado. ..." (A. T. Jones, Boletim da Conferência Geral de 1893, Sermão 17).

"Por Sua obediência a todos os mandamentos de Deus, Cristo operou a redenção do homem. Não fez isto transferindo-Se para outro, mas tomando em Si a humanidade. Assim Cristo deu à humanidade uma existência provinda [fluindo] dEle mesmo. Levar a humanidade a Cristo, levar a raça caída à unidade com aa divindade, tal é a obra da redenção. Cristo tomou a natureza humana a fim de que pudessem os homens ser um com Ele, como Ele é um com o Pai, a fim de que Deus pudesse amar ao homem como ama Seu Filho unigênito, e os homens possam ser participantes da natureza divina, e ser completos nEle" (Mensagens Escolhidas, livro 1, págs. 250, 251).

"Veio à igreja de Battle Creek um espírito que não tem parte alguma em Cristo. Não é um zelo pela verdade, não um amor pela vontade de Deus como revelado na Sua palavra. É um espírito de justiça própria. Lhe leva a exaltar-se acima de Jesus e considerar as próprias opiniões e idéias como mais importantes que a união com Cristo e a união uns com os outros. Vocês estão tristemente faltos em amor fraternal. É uma igreja apostatada. Conhecer a verdade, reivindicar união com Cristo, e não produzir fruto, não viver no exercício de constante fé—isto endurece o coração em desobediência e autoconfiança. Nosso crescimento em graça, nossa alegria, nossa utilidade, todo depende da nossa união com Cristo e o grau de fé que nós exercitamo-nos nEle. Aqui está a fonte de nosso poder no mundo.”

"Muitos de vocês procuram honra uns dos outros. Mas o que é a honra ou a aprovação humana para quem se considera como um filho de Deus, um co-herdeiro com Cristo? O que são os prazeres deste mundo para aquele que é um partilhador diário do amor de Cristo que transmite conhecimento? O que são o desprezo e oposição do homem para quem Deus aceita por Jesus Cristo? Egoísmo não pode mais viver no coração de quem está exercitando fé em Cristo do que luz e escuridão podem existir juntas. Frio espiritual, preguiça, orgulho, e covardia igualmente encolhem na presença da fé. Podem os que estão intimamente unidos com Cristo, como o ramo à vara da videira, conversar sobre tudo e com todo o mundo e não com Jesus?

"Estão vocês em Cristo? Não se vocês não se reconhecerem estar em erro, desamparados, condenados pecadores. Não se estão se exaltando e se glorificando. Se há qualquer bem em vocês, é totalmente atribuível à misericórdia de um Salvador compassivo. Seu nascimento, sua reputação, sua riqueza, seus talentos, suas virtudes, sua religiosidade, sua filantropia, ou algo mais em vocês ou ligado a vocês, não formará um elo de união entre suas almas e Cristo. Sua conexão com a igreja, a maneira em que seus irmãos os consideram, será de nenhum proveito a menos que creiam em Cristo. Não é suficiente crer a respeito dEle; vocês devem crer nEle. Vocês devem confiar inteiramente em Sua graça salvadora" (Testemunhos para a Igreja, vol. 5, págs. 48, 49).

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