sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

Lição 13 - Expiação e Harmonia Universal.

A idéia básica que o autor de nossa Lição 13 pretende que obtenhamos está na parte 3 das perguntas para sexta-feira, 26 de dezembro: “Pense no que Deus nos oferece” (ênfase nossa).

(*Entretanto a edição de nosso guia de estudos em português não trouxe esta 3ª parte, ou melhor, a 3ª pergunta para consideração que está no guia de estudos original, em inglês, assim a transcrevemos aqui:)

“3. Pense sobre o que Deus nos oferece. Quão tolo e incrivelmente limitado é desperdiçar essa esperança em qualquer coisa que esta vida nos oferece. Como podemos aprender a afastar-nos das coisas deste mundo que poderiam prejudicar a esperança de uma nova vida no reino eterno de Deus?” (*Grifos em negrito são nossos).


Vamos reformular esta declaração e dizer: “Vamos pensar no que Deus nos . . .”

A lição se demora sobre as maravilhas “cósmicas” da nova vida que Deus provê na ressurreição e no processo de trasladação na segunda vinda de Cristo. A vida eterna será um novo tipo de vida, a vida compartilhada com o Pai e Seu vasto universo.


Essa vida eterna começa mesmo agora, não temos de esperar até a ressurreição para conhecer esta nova qualidade de vida:

(a) Começamos agora mesmo a viver “em Cristo”, o que significa que compartilhamos o Seu pensamento e a Sua amorável preocupação pelos outros.

(b) Vemos pessoas agora com nova visãoas vemos como Ele as vê.

(c) Isso significa que amamos mesmo as pessoas difíceis de se amar1, porque o amor que temos por elas tornou-se ágape.

(d) O medo foi eliminado de nosso pensamento, o que significa que já não mais tememos a ninguém ou o que qualquer um possa nos fazer (esse é um enorme passo à frente!). O temor não é o motivo pelo qual guardamos o sábado ou devolvemos o dízimo, etc. O amor (ágape) de Cristo nos motiva a viver para Ele e não para o eu.

(e) Podemos pensar de forma diferente sobre pessoas que têm nos aborrecido ou revelaram desprezo por nós, em outras palavras, os nossos “inimigos”. Nós as vemos como crianças que foram prejudicadas pela educação errada que receberam, e somos capacitados a poder “vê-las” por aquilo que poderiam ser se a sua “educação” tivesse sido modelada por Cristo.

(f) O mundo inteiro tornou-se “novo” e agora caminhamos “em novidade de vida” (Rom. 6:4). Com o medo tendo sido eliminado “em Cristo”, somos livres para crescer e desenvolver nossos talentos até então enterrados. Ninguém pisará sobre as novas plantinhas que começaram a germinar!

(g) Por favor, lembre-se das sete grandes promessas que o Senhor faz para nós no Novo Concerto, em Gênesis 12:2, 32. O Senhor fez essas promessas a Abraão, mas elas também são feitas cem por cento para você.


(h) Agora creia nelas!


E caminhe em liberdade (Gal. 5:1).

Robert J. Wieland

Tradução de Azenilto Guimarães Brito,

Edição e acréscimos, marcados com asteriscos, de João Soares da Silveira

Notas do editor,

1). Nota para a letra C, acima (amamos mesmo as pessoas difíceis de se amar):

O amor natural humano baseia-se em um sentido de valor.

Muitos africanos continuam seguindo o antigo sistema de noiva-preço, o qual, sinceramente, reflete as mais sutis bases de todas as nossas outras culturas também. O total do preço da noiva a ser pago é proporcional à despesa de educação que os pais da jovem investiram nela. Umas poucas vacas são suficientes para uma jovem que apenas sabe rabiscar o seu nome; elevadíssimos dotes são exigidos por jovens que freqüentaram Oxford ou Cambridge.

Nós, também avaliamos uns aos outros.

Poucos tratam o lixeiro cortes e atenciosamente, como tratamos uma elevada autoridade. Se, como a água que procura o seu próprio nível, “amardes os que vos amam, que galardão tereis? Não fazem os publicanos também o mesmo? E, se saudardes unicamente os vossos irmãos, que fazeis de mais?” Jesus pergunta. (Mat. 5: 46, 47). “Os homens te louvarão quando fizeres o bem a ti mesmo.” (Salmo 49: 18).

Em contraste, Ágape é agradavelmente diferente. Ao invés de ser dependente do valor do Seu objeto, Ele cria valores no Seu objeto.

Suponhamos que eu tenha uma pedra bruta em minha mão. Eu a peguei num campo. Se eu tentar vendê-la ninguém me daria nem mesmo um centavo por ela. Isto não é porque a pedra é em si mesma ruim, mas porque ela é tão comum que não tem valor.

Mas, suponhamos que enquanto eu seguro esta pedra bruta em meus braços, eu pudesse amá-la como uma mãe ama o seu bebê. E suponha que meu amor pudesse funcionar como alquimia e transformá-la em uma peça de ouro puro. Eu estaria rico.

Isto é uma ilustração do que Ágape faz por nós. De nós mesmos não valemos nada mais do que o duvidoso valor químico dos ingredientes de nosso corpo. Mas o amor de Deus nos transforma em um valor equivalente ao do Seu próprio Filho: “Farei que o homem seja mais precioso do que o ouro puro, e mais raro do que o ouro fino de Ofir” (Isa. 13: 12).

Sem dúvida que você conheceu algum exemplo de trapos humanos que foram transformados em pessoas de infinito valor. João Newton (1725 – 1807) foi um. Ele era um marinheiro que negociava com o tráfico de escravos africanos. Tornou-se um bêbado miserável, que caiu vítima do povo que ele tentou escravizar. Com o tempo Ágape tocou seu coração. Largou seu vil negócio, e transformou-se em um honroso mensageiro de boas novas. Milhões lembram-se dele pelo seu hino que mostra o “fino ouro” em que ele se transformou.


“Oh, graça excelsa de Jesus!

Perdido, me encontrou!

Estando cego, me fez ver;

Da morte me livrou!


A graça libertou-me assim,

E meu temor levou.

Oh! quão preciosa é para mim

A hora em que me achou!

(Hinário Adventista nº 208).


(Esta nota eu extraí do primeiro artigo que apresentamos para este trimestre, INTRODUÇÃO AO TEMA DA EXPIAÇÃO. Você pode localiza-lo ao clicar na coluna da direita deste blog na parte intitulada “Arquivo do Blog”, no mês de outubro)

2). As sete bênçãos que temos em Gênesis 12: 2 e 3 (Para a letra “g”, acima):

2.1) Far-te-ei uma grande nação;

2.2) Abençoar-te-ei;

2.3) Engrandecerei o teu nome

2.4) E tu serás uma bênção;

2.5) Abençoarei os que te abençoarem;

2.6) Amaldiçoarei os que tem amaldiçoarem, e

2.7) Em ti serão benditas todas as famílias da terra.