sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

Cristo e a Bíblia, Lição 1.1ºT.09

A revelação especial, referida na introdução da lição e desenvolvida nas lições de 4ª e 5ª, são abordadas em um interessante parágrafo na introdução do livro O Grande Conflito:

“A Escritura Sagrada, com suas divinas verdades, expressas em linguagem de homens, apresenta uma união do divino com o humano. Uma união semelhante existiu na natureza de Cristo, que era o Filho de Deus e o Filho do homem. Assim, é verdade, com relação à escritura, como o foi em relação a Cristo, que ‘o Verbo Se fez carne e habitou entre nós’ (João 1:14).

Ele, que é Deus, guiou a mente na seleção do que falar e do que escrever. O tesouro foi confiado a vasos de argila, entretanto, a despeito disto, é do Céu. O testemunho foi conduzido através da imperfeita expressão da linguagem humana, e, entretanto, é o testemunho de Deus (Apesar de ter sido conduzido através da expressão da linguagem humana, com estilos e expressões regionais de cada época, o testemunho é de Deus).

Não sei se pode ser “encontrado”, em qualquer outra parte, uma melhor descrição de como a inspiração divina opera, como no trecho que citamos acima. Abrange a evidência vital do que vem a ser inspiração.

O então presidente da Associação Geral da IASD em 1995, no artigo “Firmados em Terreno Sólido—A Bíblia”, disse:

“Nossa inequívoca ênfase histórica sobre a divina inspiração e confiabilidade das Escrituras tem fortalecido a nossa igreja. Isso nos tem ajudado a rejeitar o erro de tratar algumas partes das Escrituras como Palavra de Deus, enquanto ignorando ou rejeitando outras partes. Se a aceitamos como Palavra de Deus, devemos aceitá-la por inteiro, gostemos ou não do que ela diz. Para nós as Escrituras devem ser a revelação final da vontade de Deus para nossa vida” (Revista Adventista, em inglês, de 3 de agosto de 1995).

O caráter e a vontade de Deus para nós estão revelados na Bíblia, embora escrita por homens. A produção do Velho e do Novo Testamentos foi supervisionada por Deus, em tal modo que nós podemos aceitar que o que foi escrito é confiável, de genuína autoridade e infalível expressão de revelação divina.

A inspirada Palavra de Deus é que determina a autoridade das Escrituras. Sua Palavra é autoridade porque Ele é autoridade. Através de Sua Palavra o próprio Deus Se dirige a nós e revela Seu sábio plano e amoroso desejo para nós. Ele que é nosso Criador e Redentor continua a nos falar através de Sua Palavra. Os escritores da Bíblia eram escolhidos, inspirados e guiados pelo próprio Deus, através de Seu Santo Espírito.

“Ao lermos a Bíblia, a razão deve reconhecer uma autoridade superior a si própria, e o coração e a inteligência devem se curvar perante o grande EU SOU” (Caminho a Cristo, pág. 110; ou 111 em outra tradução).

A palavra grega traduzida por “inspiração”, em 2ª Tim. 3:16, literalmente significa: a respiração de Deus. As Escrituras foram produzidas por um processo de respiração divina, que tornou Sua revelação conhecida para nós. Deus moveu e capacitou Seus escolhidos escritores a captarem e comunicarem aquilo que Ele revelou para eles em uma forma confiável e com autoridade.

A Bíblia foi escrita num período de mais de 60 gerações (1600 anos) por mais de 40 autores, que, na maioria, não se conheceram e chega até nós como uma unidade completa, ininterrupta. Assim, é óbvio que somente uma Inteligência, uma Mente Superior, poderia ter concebido e trazido à existência essa incrível compilação de maravilhoso material e tremendo guia para todo ser humano. Todas essas coisas nos chegam ao lermos a Bíblia. Ela própria não alega ter sido escrita por homens comuns, mas “que homens santos da parte de Deus falaram movidos pelo Espírito Santo” (2ª Pedro 1:21). Em outras palavras, Deus é a inteligência por detrás de tudo isso. Ele é Aquele que a trouxe à existência e leva homens a receberem dEle os pensamentos que foram colocados em palavras por esses escritores, e Deus cuidou para que Sua Palavra seja mantida pura e incontaminada.

Assim, podemos ver bem claramente que temos aqui um fundamento sobre que erigir a nossa fé. Não temos que ficar tateando nas trevas em busca de direção e entendimento. Podemos edificar sobre um mais sólido fundamento, do que o que as estruturas das maiores religiões filosóficas possuem.

E agora uma declaração que corrobora a inicial acima, da 1ª pág. da introdução do Grande Conflito:

Os escritores da Bíblia foram os instrumentos de Deus, não Sua pena. Olhai os diversos escritores. Não são as palavras da Bíblia que são inspiradas, mas os homens é que o foram. A inspiração não atua nas palavras do homem ou em suas expressões, mas no próprio homem que, sob a influência do Espírito Santo, é possuído de pensamentos. As palavras, porém, recebem o cunho da mente individual. A mente divina é difusa. A mente divina, bem como Sua vontade, é combinada com a mente e a vontade humanas; assim as declarações do homem são a Palavra de Deus” (Manuscrito 24, escrito na Europa em 1886. Primeiros Escritos, vol. 1, pág. 21).

Devemos sempre recorrer ao estudo da palavra com nova submissão. Buscando vida nova que conflite com as idéias e opiniões que devem ser renunciadas. Esta é a única maneira pela qual podemos ser mudados, pelo poder de Deus. Podemos ser fortalecidos para a hora antes do momento da tentação. Assim, Deus “livra-nos da tentação” (como Cristo nos ensinou a orar). Podemos receber guia e sabedoria ao buscarmos solução para os problemas do mundo e, particularmente, os nossos.

Após revelar nossos pecados, a Palavra explica a penalidade para o pecado, as consequências de pecar, e quem pode conhecer essas consequências e não se arrepender dos pecados? Assim a Palavra inspira o arrependimento. Após o arrependimento, a Palavra revela o remédio, PERDÃO, POIS REVELA A JESUS e Seu terno amor pelo pecador, que está esperando para obter perdão e, então, PODER PARA OBEDECER. Quem poderia saber que Jesus está esperando para perdoar e transmitir poder para obedecer, e não se entristecer por seus pecados? Cristo e a Bíblia nos transmitem a lei da liberdade. Não liberdade da obediência a ela (NOMINIALISMO), mas LIBERDADE DA DESOBEDIÊNCIA.

Então, juntamente com o conhecimento do perdão, a Palavra revela o maravilhoso preço que o amor (Ágape) pagou para propiciar o perdão, A VIDA DO CORDEIRO IMACULADO DE DEUS.



Tenha um feliz sábado, lhe deseja o irmão em Cristo.

João Soares da Silveira

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