quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Lição 4 – O Dom de Profecia e a Igreja Remanescente

A igreja remanescente de Deus é identificada em Apocalipse 12 e 14 como uma igreja protegida e como um povo que guarda os mandamentos de Deus porque tem a fé de Jesus. A esta igreja Deus deu o testemunho de Jesus que é o espírito de profecia (Apocalipse 19:10).


Foi na assembléia da Conferência Geral de 1888, em Minneapolis que o Ágape de Deus, outra vez, foi revelado à Sua igreja por uma mensagem que Ele enviou do Seu coração a nós. Deus escolheu os mensageiros para dar Sua mensagem a Sua igreja remanescente, que era o começo do derramamento da última chuva (*, a chuva serôdia).


O dom Profético à Igreja remanescente é claro concernente a esta mensagem: "Em Sua grande misericórdia enviou Senhor uma mui preciosa mensagem ao Seu povo por intermédio dos pastores [E. J.] Waggoner e [A. T.] Jones. Esta mensagem devia pôr de maneira mais preeminente diante do mundo o Salvador crucificado, o sacrifício pelos pecados de todo o mundo. Apresentava a justificação pela fé no Fiador; convidava o povo para receber a justiça de Cristo, que se manifesta na obediência a todos os mandamentos de Deus. ... Esta é a mensagem que Deus manda proclamar ao mundo. É a terceira mensagem angélica, que deve ser proclamada com alto clamor, e regada com o derramamento do Seu Espírito Santo em grande medida" (Testemunhos para Ministros e Obreiros Evangélicos [TM], págs. 91e 92).


O dom Profético à Igreja remanescente é claro concernente à recepção desta mensagem: "A indisposição em ceder a opiniões pré concebidas, e de aceitar esta verdade (*falando da lei moral em Gálatas), estava à base de grande parte da oposição manifestada em Minneapolis contra a mensagem do Senhor através dos irmãos [E. J.] Waggoner e [A. T.] Jones. Excitando aquela oposição, Satanás teve êxito em afastar do povo, em grande medida, o poder especial do Espírito Santo que Deus anelava comunicar-lhes. O inimigo impediu-os de obter a eficiência que poderiam ter tido em levar a verdade ao mundo, como os apóstolos a proclamaram depois do dia de Pentecostes. Sofreu resistência a luz que deve iluminar toda a terra com a sua glória (*referência a Apocalipse 18:1), e pela ação dos nossos próprios irmãos tem sido, em grande medida, conservada afastada do mundo" (Mensagens Escolhidas, livro 1, págs. 234 e 235).


O dom Profético à Igreja remanescente não faz acepção de pessoas: "... nem sempre devem os homens em autoridade ser obedecidos, ainda mesmo que professem ser mestres da doutrina bíblia. Muitos há hoje em dia que ficam indignados e ofendidos quando alguma voz se levanta apresentando idéias presentes que divergem das suas com relação a pontos de crença religiosa" (TM 69).


"Mas não fizeram caso dele": "Em uma de Suas parábolas Cristo liga o reino do céu a um rei que tinha chamado convidados à festa de casamento em honra do matrimônio do seu filho, e quando tudo estava preparado esses a quem ele tinha convidado não vieram. A descrição de sua ação é aplicável a todos os povos em cada século. "Mas não fazendo caso, foram, um para seu campo, outro para seu tráfico; e outros, apoderando-se dos servos, os ultrajaram e mataram” (*Mat. 22:5 e 6).


"Hoje, sob nosso próprios olhos, continuamente vemos isto acontecendo novamente. Aqueles a quem a mensagem do Evangelho é enviada vão aos seus próprios caminhos, e a suas fazendas e comércio, sem ter em conta o convite sincero que o próprio Senhor do céu tão graciosamente estende a eles, —e não só tomam os próprias caminhos, mas zombam do convite, criticam, duvidam, tiram conclusões errôneas, e não crêem em sua linguagem e seu propósito; sim, vão tão distantes quanto negar a sua autoridade, e ainda mais longe, zombam da idéia da existência do próprio Grande Rei.


"São, no entanto, largamente, a maioria que zomba da mensagem e do convite. A grande parte da recusa está na forma negligente e irrefletida... Esquecem-se de que cada cópia das miríades de Bíblias distribuídas por todo o mundo contem um registro do convite que foi dirigido a eles pessoalmente, e que assim é possível para todo o mundo testificar do fato do gracioso convite, e que aquele que se declara não convidado, somente se condena por negligência, insolente e irrefletidamente. Recebeu a palavra escrita, o convite gracioso do seu Rei, mas a pôs de lado, sem lê-la; ou, se a abriu, os seus olhos deram uma olhada por ela tão superficialmente quanto totalmente fracassou em compreender seu intento e em perceber seu caráter pessoal. Quem, então, podem eles culpar se quando a hora designada for passada, acharem que perderam uma oportunidade de ouro? Seguramente ninguém senão eles próprios sentir-se-ão os culpados.


"Na hora da realização de sua grande, irremediável, perda eterna, nenhuma alma humana poderá colocar a responsabilidade pela posição em que se acha sobre outro ser, —muito menos sobre seu Deus. "Muitos são chamados, mas poucos escolhidos" (*Mateus 20:16 e 22:14) e esses que se acham em trevas exteriores só poderão acusar a si mesmos de fracassar ou recusar aceitar o convite do Pai, e a veste nupcial de justiça que o Filho oferece a todos" (E. J. Waggoner; The Present Truth (A Verdade Presente) de 22 de Outubro de 1896).


Os líderes Judeus há 2.000 anos rejeitaram a Jesus e a mensagem que Ele trouxe. Não mediam esforços para silenciar a ambos. Nosso pecado como um povo é o mesmo: manchamos a mensagem que Deus enviou à Sua igreja em 1888; difamamos os mensageiros que a trouxeram; e negamos as mesmas escrituras que nos informam quanto à natureza que Cristo tomou quando nasceu nesta terra.


O dom Profético à Igreja remanescente nos adverte: "Mesmo os adventistas do sétimo dia correm o perigo de fechar os olhos à verdade como ela é em Jesus, porque contradiz algo que eles supunham ser a verdade, mas que o Espírito Santo ensina não ser" (TM 70).

Daniel Peters

Tradução e acréscimos, marcados com asteriscos, de João Soares da Silveira