quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Crede nos Seus profetas, e prosperareis.

“Crede no Senhor vosso Deus, e estareis seguros; crede nos seus profetas, e prosperareis” (2º Crônicas 20: 20).

Alegrei-me ao ler o artigo do Pr. Renato Stencel, diretor do centro de pesquisa Ellen G. White—Brasil, em Engenheiro Coelho, S.P., na Revista Adventista de Novembro de 2008.

O Pr. Renato reconhece que Ellen White “estava convencida de que os temas ministrados pelos pastores Waggoner e Jones eram verdades de Deus para Sua igreja. Em muitos momentos enquanto eles falavam, ela se manifestava por meio de freguentes ‘améns’” (pág. 10, 2ª coluna, grifamos).

A seguir ele cita um texto de Testemunhos para Ministros que temos constantemente ressaltado neste blog:

Em Sua grande misericórdia, enviou o Senhor mui preciosa mensagem a Seu povo por intermédio dos Pastores Waggoner e Jones. Esta mensagem devia pôr de maneira mais preeminente diante do mundo o Salvador crucificado, o sacrifício pelos pecados de todo o mundo. Apresentava a justificação pela fé no Fiador; convidava o povo para receber a justiça de Cristo, que se manifesta na obediência a todos os mandamentos de Deus” (págs. 91 e 92, aqui transcrito por nós de acordo com o original em inglês, na 1ª pessoa do singular).

O Pr. Renato conclui seu artigo, na mesma página, 3ª coluna, com as lições que podemos aprender daquele evento:

“1ª) Precisamos aprender a vencer o ‘espírito de Mineápolis’ [definido por E. G. W. como sarcasmo, zombaria, crítica, ciúme, descortesia, resistência à voz do Esp. Santo, etc..., por parte dos que menosprezaram e ridicularizaram da mensagem daqueles dois mensageiros de Deus (pág. 9, 2ª coluna). Leia as páginas seguintes de Testemunhos para Ministros, págs. 92 a 98];

“2ª) Precisamos crescer no conhecimento da Palavra de Deus e fazer dela a ‘nossa única regra de fé e doutrina’;

3ª) Devemos dar lugar especial em nossa pregação e testemunho pessoal à mensagem de Justificação pela fé em Cristo, assim como o fizeram os membros da igreja, em 1888. Jesus Cristo é a nossa grande necessidade hoje. “Falemos, oremos e cantemos a esse respeito, e isso quebrantará e conquistará corações” (E.G.White, Review and Herald, 17 de julho de 1888).

Grande é o alento ao ouvir nossos líderes reavivarem a grande verdade adventista da justificação pela fé. Creio que esta atitude deverá crescer até à completa restauração “desta mui preciosa mensagem”, nos moldes que Waggoner e Jones pregaram em 1888 e anos que se seguiram, com total endosso de E.G.W., como vemos centenas de declarações dela nas 1821 páginas de “Matérias de Ellen G. White de 1888”, uma compilação xerográfica, em 4 volumes, feita pela Conferência Geral em 1988.

Agora consulte o que falamos em 19 de Dezembro de 2008 no artigo O motivo “em Cristo”. Clique neste título, na coluna à direita deste blog, no mês de Dez. 2008,

Nem os irmãos em Mineápolis, nem os Gálatas, destinatários da carta de Paulo, negavam que a lei devesse ser guardada. A discórdia era como deveria sê-lo, seria por nossos próprios esforços, como os dois grupos até então criam, ou seria pelo poder de Deus, como a mensagem de Paulo , Waggoner e Jones afirmava? Esta foi a discórdia que tumultuava os irmãos em Mineápolis e na Galácia.

Até hoje, entre nós, líderes da igreja adventista, não aceitamos plenamente esta grande verdade que nos habilita a sermos cumpridores da lei pelo poder de Deus através de Cristo habitando em nós.

A situação se agravou com a mudança da nossa cristologia, tornando a justiça de Cristo ainda mais inacessível aos corações e mentes de nossos irmãos

Por mais de 100 anos, a partir da década de 1850, a “Cristologia Adventista” foi unânime e invariavelmente no sentido de afirmar que Cristo assumiu a natureza de Adão com 4.000 anos de pecado (DTN pág. 49 é uma das centenas de declarações neste sentido). O Comentário Bíblico Adventista, escrito por mais de 40 irmãos nossos por volta da década de 1950 afirma invariavelmente isto, enquanto três irmãos nossos se envolveram em reuniões com “evangélicos”, e numa tentativa de evitarem sermos chamados de “seita”, viraram 180 graus a Cristologia, afirmando o oposto, isto é, que Cristo veio a esta terra na natureza de Adão antes da queda.

Desde então tem-se feito todo o tipo de esforço para justificar-se esta mudança na doutrina, até mesmo usando-se textos da pena inspirada em que ela fala da santidade de Cristo, o que nenhum dos dois lados nega. A tentativa de dizer que a Irmã White tem declarações nos dois sentidos é o mesmo que afirmar que um profeta pode acender uma vela a Deus e outra ao diabo. A verdade é uma coisa ou outra. Ela mesmo disse, Minha obra... traz o selo de Deus, ou o do inimigo. Não há, meio-termo...” (Evangelismo, pág. 260, 4º §).

Deus não é sócio de Satanás e “nada faz em parceria com ele” (ibidem).

Mas antes deste assalto que o inimigo fez à igreja de Deus na década de 50 do século XX, com lamentável vitória, ele já havia tentado isto através de irmãos nossos no estado de Indiana, nos EUA, a saber, através do movimento da “carne santa”, mas, então, a serva do Senhor ainda era viva e o condenou, e a Conferência Geral mudou toda a liderança da Associação de Indiana.

Hoje, graças a Deus, a despeito da posição oficial predominante, ainda temos em todos os níveis da igreja, desde a Associação Geral, passando pelas uniões, associações, missões, instituições, igrejas e grupos, pessoas que creio serem bem mais do que 7.000 (1º Reis 19:18), que têm mantido intacta esta verdade.

Querem um exemplo?, o Pr. Marcos Aguiar, que há três anos ou pouco mais, deixou a igreja central de Belo Horizonte para assumir a central do Rio. Suas pregações estavam repletas da mensagem da Justiça de Cristo, como nos foi outorgada em 1888 e na década que se seguiu. Certa feita, em um encontro jovem, onde se debatia sobre a natureza de Cristo na encarnação, se antes ou depois da queda, disse que “se Cristo não correu o risco de pecar, ‘risco de perda eterna’ (DTN, pág. 49), se Ele não assumiu a nossa natureza pecaminosa de 4.000 anos de pecado, toda sua vida de sofrimento, principalmente no Calvário não passou de uma encenação teatral, um fingimento.”

E a este “risco de perda eterna” não se referia Ellen White simplesmente à “força física, e poder mental” de Cristo, mas ela também fala de “valor moral” (DTN, pág. 117. Atenção: algumas edições em português omitem a palavra valor).

Para o mundo ser revolucionado com a pregação do evangelho em alguns poucos anos, por pessoas vivendo “em Cristo”, a mensagem da Justiça de Cristo “deveria trazer, mais proeminentemente ante o mundo o Salvador crucificado, o sacrifício pelos pecados de todo o mundo. Esta mensagem apresentava a justificação pela fé no Fiador; convidava o povo a receber a justiça de Cristo, que se manifesta na obediência aos mandamentos de Deus. Muitos perderam Jesus de vista. Eles têm que ter os olhos fixos na Sua divina pessoa, Seus méritos e Seu imutável amor pela família humana.... Esta é a mensagem que Deus manda proclamar ao mundo”. Testemunhos para Ministros, págs. 91 e 92. Leia até o final do capítulo, e então responda:

Temos nós esta mensagem?, ou melhor, a estamos vivendo “em Cristo”?

Um importante elemento da mensagem da Justiça de Cristo é o “relacionamento” entre os trabalho final de Cristo na purificação do Santuário celestial e a verdade bíblica da justificação pela fé. “Cristo está apelando pela igreja nas cortes acima e com aqueles por quem Ele pagou o preço da redenção do Seu próprio sangue” (ibidem), intercedendo através do Espírito Santo, para que, “em Cristo”, abandonemos, pela fé “nEle”, pelo poder de Deus, os nossos pecados. (cf. Primeiros Escritos págs. 55 e 56).

A mensagem da justificação pela fé fala de “Cristo em” você. É uma experiência de vida, uma mudança de coração, e, se manifesta na obediência a todos os mandamentos de Deus”. Assim, esta expressão “em Cristo”, quando se torna uma realidade em nossas vidas, nos reconcilia com a lei de Deus, e deve repousar em um fundamento mais forte do que os sentimentos ou obras do crente, ou mesmo sua escolha em crer.

Efésios 2:8 diz que somos salvos “pela graça... por meio da fé”.

Quando se manifestou a graça? quando “Cristo Se deu a Si mesmo por nós para remir-nos ...” (Tito 2:11-14).

Ellen White viu esta verdade como um elemento da luz de deverá iluminar a terra com a Sua glória (Apoc. 18:1). Naturalmente que isto só será possível através de pessoas destituídas completamente do eu, e vivendo inteiramente “em Cristo”. A mensagem de 1888 é, assim, uma “motivação para servir a Cristo”.

Porque guardamos o sábado, devolvemos o dízimo, fazemos trabalho missionário, etc...? Ah!, queremos nos salvar, queremos ir para o céu!!!. Boa idéia, mas se nunca formos além disto torna-se a raiz do legalismo, uma motivação centralizada no egoísmo, e está “sob a lei”, é velho concertismo, e, sem dúvida, não subsistirá na crise final. Muito de nosso evangelismo público está baseado neste apelo egocêntrico, o que é bom para um entendimento com infantilidade.

Mas a Bíblia fala de um processo de crescimento. Efésios 4 apela “para que não sejamos mais meninos, levados ao redor por todo vento de doutrina... antes, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo, ‘nAquele’ que é o Cabeça, Cristo.”

A mensagem da Justiça de Cristo nos aponta para a motivação “em Cristo”, que promove o esquecimento do eu, uma preocupação por Jesus, para que Ele receba Seu galardão para que seja coroado Rei dos Reis, para que O honremos, a fim de que o peso dos sofrimentos que Ele sente pelo mundo cambaleante, em desgraça e miséria, possa ser alevantado, para que Ele veja o trabalho da Sua alma e possa ficar satisfeito. (cf. Isaias 53:11).

Esta motivação é criada no nosso mundo egocêntrico, em corações pecadores, pela introdução de algo que a Bíblia chama de “Ágape” (Rom. 5:8).

A pregação da Justiça de Cristo, pelos dois mensageiros de 1888, tem este amor, que é o próprio Deus, 1ª João 4:8, Ágape, como o fundamento de sua mensagem. É um conceito de amor muito diferente do que os seres humanos normalmente entendem. Um conceito de amor consistente com a idéia da Bíblia da não-imortalidade da alma.

Agora, cuidado para você não dizer que é exatamente isto que cremos! Aparentemente pode assim parecer, mas veja: nós, como denominação, já de há muito dizemos que o nosso entendimento da justificação pela fé é idêntico ao dos luteranos.

*Ora, já faz alguns anos (final do século XX), que a igreja Luterana e a igreja Católica Romana chegaram a um acordo virtual de que o entendimento da Justificação pela Fé de ambas é o mesmo.. É, assim, a Justificação pela Fé, que estas duas denominações pregam o que Ellen White chama de “a terceira mensagem angélica, em verdade”?

*Se a nossa pregação é a mesma que a dos guardadores do domingo, evangélicos e católicos romanos, aonde isto nos leva? Alguém poderá dizer, “oh! não faz diferença, contanto que continuemos a guardar o Sábado.” Mas, espere um pouco. Você não será capaz de manter a guarda do sábado quando a marca da besta for imposta, a menos que você esteja alicerçado “em Cristo”, na verdade da Justificação pela Fé, porque Ellen White e a Bíblia dizem que a mensagem do 3° anjo é, em verdade, a justificação pela fé.

Nisto, portanto, com todo respeito e carinho por nosso irmão, pr. Renato Stencel, preciso dele aqui discordar, do que ele teria dito num sermão em 1º de junho de 2008 (abjnoticias.com/2008/06/02/semana-do-salt-resgata-historia-adventista/ - 46k -), que os dois mensageiros de 1888 tenham reconhecido ser o nosso entendimento de justificação pela fé o mesmo dos evangélicos. Ao contrário, a mensagem de 1888 é bem diferente da dos evangélicos. Os nossos queridos irmãos guardadores do domingo não têm nem mesmo como entender de justificação pela fé se sustentam as doutrinas da imortalidade da alma e do tormento eterno, e nenhum entendimento têm da doutrina da purificação do santuário celestial, a base da mensagem de 1888.

Por que e para que a justificação se somos imortais? E que felicidade eterna esta justificação traria se os remidos soubessem que em algum lugar do universo seres humanos, entre eles entes querido nossos estariam sendo torturados eternamente? E, por fim, esta justificação deles não pode nem mesmo ser pela fé, porque desdenha da função messiânica e sumo-sacerdotal de Cristo.

*Outro elemento vital da mensagem de 1888 é a realidade de Cristo descer até o fundo do poço aonde nos encontramos, para nos tirar dele e ser Deus conosco, nosso Salvador. Esta mensagem proclama que Ele tomou sobre a Sua natureza santa a nossa pecaminosa; que, “em todos os pontos Ele foi tentado como nós, entretanto, sem pecado. Não tentado diferente do que somos. Ele foi tentado a partir do interior, como nós somos, “entretanto, sem pecado”, bem como a partir do exterior, a única forma que o primeiro Adão poderia ser tentado.

*Também a doutrina dos dois concertos é, possivelmente, a mais contestada verdade que o Senhor nos enviou no final do século XIX, e é diferente do entendimento das igrejas observadoras do domingo, e da qual muitos, mesmo entre nós, têm somente uma ofuscada visão.

Mas nós Adventista também temos que retornar à verdade dos mensageiros de 1888.

Veja o quadro abaixo sobre o entendimento de justificação pela fé em três diferentes visões:

A JUSTIFICAÇÃO E JUSTIÇA PELA

Comparação de Três Pontos de Vista Contrastantes

Pr. Robert J. Wieland, 30.08.1977

Confira os 46 pontos contrastantes em http://br.geocities.com/reexaminado1888/page23.htm

O Ponto de Vista

Evangélico

Popular

O Ponto de Vista

Atual da Igreja

Adventista do

Sétimo Dia

O Ponto de Vista

da Mensagem de 1888, de

Ellet J. Waggoner

e Alonzo T. Jones,

1. Começa com a necessidade do homem por segurança eterna. Assim o apelo é centrado no eu. Nunca vai além do egocentrismo.

1. Muito similar. O apelo comum é para nosso egoísmo natural. Parece difícil concebermos qualquer outro apelo mais efetivo do que o egocêntrico. Começa com a necessidade do pecador.

1. Começa com a revelação do amor de Deus na cruz (1ª Cor. 2:1-5).

O apelo é por uma motivação mais elevada—o amor e a gratidão.

Assim não é egocêntrico.

3. Fé é confiança no sentido de uma pessoa gananciosa querer garantir a segurança pessoal na salvação.

Embora haja muito falar de Cristo, mas de fato tudo se centraliza no eu e a fé permanece como o meio de satisfazer a in­segurança pessoal

3. Praticamente a mesma coisa. A fé é quase universalmente definida nos mesmos termos evangéli­cos.

3. Fé é uma apreciação tão profunda do amor sacrifical de Deus que o crente é constrangido a adotar os princípios do Céu, de amor abnegado como a motivação para todos os seus atos. Faz o que é certo porque é certo e não com a esperança de recompensa ou medo de punição. Conquista o egocentrismo e a mornidão.

5. Deus há muito tempo fez uma provisão para a nossa salvação, mas Jesus não faz nada por nós até que o aceite­mos.
Assim, a idéia transmitida é que se formos salvos será devido à nossa própria iniciativa.
E se estivermos perdidos é Deus que tomará a iniciativa de nos punir

5. Deus tem feito uma provisão para nossa salvação, mas isto não nos fará nenhum bem até que aceitemos a Cris­to.
O egocentrismo distorce e altera todos os conceitos de justificação. Isto é inevitável quando o pecador é ensi­nado que tudo depende do que ele faz com a oferta de Deus.

5. Cristo justificou a todos os homens; as boas novas assim lhes dizem.

Pelo Espírito, Jesus, insistente e ativamente, atrai a todos até que O façam retirar-Se pela persistente rejeição.

As boas novas não são SE fizermos a nossa parte, mas se realmente, pela fé apreciamos o que ELE tem feito.

A verdadeira aceitação é a fé real. Ver item 3, acima.

6. O evangelho é as boas novas do que Deus fará por nós se fizermos a nossa parte, isto é, aceitar a Jesus e assim mudar nosso irado Deus num amigo.

6. O evangelho é as boas novas do que Deus fará por nós se fizermos a nossa parte.

Tudo depende de nossa inicia­tiva agora, aceitando a Jesus.

Ele espera que nós demos o primeiro passo.

6. O evangelho é as boas novas do que Deus fez e está fazendo por nós agora.

Ele nos tem atraído em toda nossa vida (Jer. 31:3, João 12:32).

Se não resistirmos, seremos salvos.

O evangelho motiva para uma verdadeira entre­ga do coração, uma resposta da fé. (Caminho a Cristo, p. 27).

10. É difícil ser salvo e fácil perder-se, mas de modo geral não desenvolveram essa idéia tanto quanto nós.

10. A maioria pensa que é difícil ser salvo e fácil estar perdido.
Uma vez que poucos serão salvos, deve ser mes­mo difícil ser salvo.

Através de muitos meios essa idéia está arraigada nos jovens.

10. É fácil ser salvo e difícil perder-se, uma vez que compreendamos e creiamos na verdade da justificação pela fé.

O evangelho é importante pelo que ele é— boas novas.

12. Quando o pecador aceita ele é justificado.

12. A Mesma coisa: Quando o pecador aceita ele é justificado.

12. Todos os homens foram justificados quando Cristo morreu na cruz. por todos

Isto é chamado de justificação forense.

16. O supremo objetivo na vida é conquistar a segurança eterna, ser salvo, pois se morrermos hoje iremos para o céu.

16. O supremo objetivo na vida é estar preparado para entrar no céu, ganhar a eterna segurança lá.

A garantia pessoal da segurança tem a mais alta prioridade.

16. O objetivo supremo na vida é assegurar a honra e a vindicação do caráter de Deus no encerramento do grande conflito. Cristo deve receber a Sua recompensa.

17. O pecado é a conduta inaceitável à comunidade cristã popular.

Ela não inclui a guarda do domingo ou a quebra do sábado.

17. O pecado é a transgressão da lei - a definição padrão adventista.

Com frequência entendido superficialmente como mera quebra de um tabu moral. Muita ênfase sobre atos conhecidos de pecado. Pecado é status, eu peco porque sou filho de Adão, mas para alguns inclui também decisão.

17. Tudo quanto não procede da fé é pecado ou o pecado é tudo o que não é de fé.

(Lembre-se da definição do Novo Testamento no nº 3 acima).

O pecado não é a mera quebra de um tabu, mas a falha em apreciar o verdadeiro cará­ter de Deus, revelado na cruz.

Pecado é decisão.

19. Nascido sob a lei (Gal. 4:4) significa que Cristo nasceu sob as ordenanças judaicas.

19. Nascido sob a lei em Gal. 4:4 significa que Cristo nasceu sob a lei cerimonial judaica (cf. comentários sobre o texto, vol. 6 do SDABC, pág. 966).

19. Nascido sob a lei em Gal. 4:4 significa sob a condenação da lei moral.

Assim Cristo não foi imune de nada, mas não escolheu o pecado.

Ele foi ambos Substituto e Exemplo.

20. A natureza e a carne de Cristo eram diferentes das nossas —

Ele foi imune ou isento do pecado original.

20. A maioria de nossos escritores e teólogos agora ensinam que Cristo tomou a natureza sem pecado de Adão antes de sua queda no Éden.

Assim Jesus tinha carne santa.

20. Cristo tomou a natureza pecaminosa do homem após a queda de Adão (DTN, pág 49).

Desse modo Ele foi enviado na semelhança da carne pecaminosa.

Jesus tinha a “máquina de pecar”, mas não a pôs em funcionamento como nós fizemos

21. Cristo levou nossa culpa apenas vicariamente, não verdadeiramente. Isto é conseqüência do citado acima.

21. Cristo levou nossa culpa vicariamente e apenas assim. Ele não podia realmente levar a culpa. Isto é em conse­qüência da falha de entender a realidade da identidade de Cristo com a corporação da humanidade.

21. Cristo realmente levou a nossa culpa, embora Ele fosse sem pecado.

Cristo verdadeiramente Se identificou conosco completamente.

Seu batismo foi para o arrependimento. (A palavra vicário nunca foi usada por EGW, A.T. Jones ou E. J.Waggoner). Cf. Boletim da Conferência Geral de 1901, pág. 36.

22. A tentação, para Cristo, não era uma coisa real que nós temos de enfrentar.

Suas tentações eram apenas tenta­ções inocentes - isto é, era tentado apenas a fazer coisas que não seriam pecaminosas, alguns dizem, ou Ele foi tentado como foi o inocente Adão.

22. Era impossível, inútil, e desnecessário para Cristo ser verdadeiramente tentado em todos os pontos como nós somos.

Virtualmente o mesmo que o ponto de vista evangélico.
Essa trágica compreensão incorreta resulta da ignorância generalizada da mensagem de 1888.
A citação acima é da Ministry Magazine, janeiro de 1961.
Indu­bitavelmente esse ponto de vista exacerbou a imoralidade e o divórcio dentro da igreja.

22. Cristo foi verdadeira e severamente tentado em todos os pontos como nós somos, identicamente conosco, não meramente como foi o inocente Adão. (Revisar esta frase)

Ele foi tentado de dentro como nós somos, embora sem pecado.

Ele conhe­ce a plena força de qualquer tentação que qualquer filha ou filho caído de Adão pode sentir –não há ninguém que Ele não possa socorrer. Heb. 2:18.

23. Cristo era naturalmente bom. Sua vontade era idêntica a de Seu Pai.

23. Cristo era naturalmente bom. Sua própria vontade era idêntica a de Seu Pai. Nenhum conflito interior.

Esse ponto de vista falha em apreciar a realidade da encarnação e das tentações de Cristo como reveladas em Mateus 26:39.

23. A justiça de Cristo não era natural, mas pela fé. Ele teve de negar a Sua própria vontade a fim de seguir a vontade de Seu Pai, pois Sua vontade natural era oposta a de Seu Pai. João 5:30; 6:38.

27.Nenhum conceito qualquer que seja da purificação do santuário celestial. Virtualmente ignorância total.

27.Quase inexistentes apresentações contemporâneas da purificação do santuário, como tendo um efeito prático na experiência cristã, com poucas exceções de controvérsias recentes inspiradas pela mensagem de 1888.

27.O verdadeiro cerne na mensagem de 1888 é a purificação do santuário. Isto resulta no efeito prático da remo­ção dos pecados do coração dos crentes. A corrente de pecado que flui para dentro do santuário deve ser inter­rompida em sua fonte—os corações do povo de Deus.

28.Pecar e se arrepender é a ordem do dia até que Jesus retorne.

28.A ênfase popular é sobre a impossibilidade de viver sem pecar. Isto é devido à concepção errônea prevalecente sobre a natureza de Cristo e do descuido sobre a verdade do santuário.

28.A perfeição do caráter não é somente o objetivo; está facilmente disponível tão logo o povo de Deus tenha a fé de Jesus. A única dificuldade é a ignorância da verdadeira justiça pela fé ou a rejeição dela.

39. O consenso é mais importante do que a verdade. Eis por que guardam o domingo em lugar do sábado do Se­nhor.

39.O consenso é tão importante, que a verdade pode esperar quase interminavelmente. A maioria não pode estar errada. Se nossas convicções diferem da maioria organizada, devemos suprimi-las ou sufocá-las.

39.A genuína justiça pela fé sempre foi inicialmente aceita por uma minoria. A verdadeira fé do Novo Testamento comunica uma coragem que não teme a maioria ou o poder que esta possa empunhar. Conduz a suportar a cruz com Cristo

40. Muita confusão sobre o contraste entre o velho e o novo concertos; idéia do dispensacionalismo ampla-mente mantida.

Obediência aos dez mandamentos é viver o velho concerto. (Cf.Primeiros Escritos, 261, O GrandeConflito, 464).

40. Muita confusão; mesmo algum dispensacionalismo endossado. A raiz do velho concerto não é discernida; mui­ta ênfase em empenhar e prometer obediência aos dez mandamentos (especialmente para as crianças).

40. A raiz do velho concerto foi a promessa do povo sem fé para obedecer. Deus nunca nos pediu para fazer tal promessa para Ele; isto gera a escravidão através do conhecimento de promessas quebradas. Em vez disso, Ele nos pede para crer em Suas promessas para nós.

41. Muita exultação de que "Deus está operando maravilhosamente por eles" nos modernos reavivamentos tais como Charles Finney, Pearson e Hanna Whitall Smith, Andrew Murray, Moody, Billy Sunday, Billy Grahan, Cruzada Universitária, "Explosão de Evangelismo", etc.

41. Deus operou e está operando "maravilhosamente" na maioria desses "modernos reavivamentos". Nosso povo freqüentemente é instado a assistir esses encontros e ministros são enviados a centros evangelísticos não-adventis­tas para instrução em como apresentar a justiça pela fé. Isto cria séria confusão. A implicação é que Babilônia está pregando o "evangelho eterno", pelo menos tão significativamente.

41. Interesse e sério cuidado. Jones e Waggoner estavam convencidos de que Deus dera uma única mensagem da justiça pela fé à Igreja Adventista do Sétimo Dia, e que "Babilônia está caída" e não entende a mensagem.

42. Revivalistas (promotores de campanha de reavivamento religioso) talentosos têm sido a fonte da vida espiritu­al nessas igrejas por mais de 140 anos.

42. Especialmente, os seguintes envagélicos não-adventistas receberam de Deus a mesma mensagem que Ele deu aos adventistas em 1888: Moody, Murray, McNeil, Simpson, Gordon, Holden, Meyer, Waugh, McConkey, S­croggle, Howden, Smith, McKensie, McIntosh, Brooks, Dixon, Kyle, Morgan, Needham, A.T. Pierson, Seiss, Thomas West, "e um grande número de outros" (cf. Froom,319-320).

42. Jones e Waggoner especificamente não receberam sua mensagem ao ler com atenção outros autores ou comen­tários ou credos, mas da Bíblia. A "visão" de 1882 de Waggoner o convenceu de que Cristo crucificado é o cora­ção das três mensagens angélicas; ambos os mensageiros evidenciaram refrescante independência de escritos de outros autores. Sua mensagem é distintamente diferente das de outros vários revivalistas evangélicos.

43. A doutrina da justificação pela fé recebida como um legado dos reformadores do século XVI.

43. A mensagem de 1888 sobre a justificação e justiça pela fé vieram dos "credos das igrejas protestantes da épo­ca" (Cf. Pease, 138,139).

43. Discernimentos que fizeram a mensagem de 1888 única não vieram dos "Credos das igrejas protestantes da época" mas da inspiração direta do Espírito Santo sobre "as mentes de homens divinamente apontados", que ti­nham "credenciais do céu" (Materiais de EGW sobre 1888, pág. 545). Isto é evidente do fato que a mensagem de 1888 da justiça pela fé relacionava aquela verdade à purificação do santuário, uma verdade que nenhuma igreja não-adventista ou "credo" tem no­ção. Apenas superficialmente a mensagem de 1888 parece equiparar-se aos "credos das igrejas protestantes".

(NOVAMENTE: Confira os 46 pontos contrastantes em http://br.geocities.com/reexaminado1888/page23.htm)

*Se você entender e viver esta verdade “em Cristo”, você a desejará proclamar até mesmo com risco de vida. É algo que queimará dentro de você. Jeremias disse: “a verdade de Deus é algo que eu não posso segurar dentro de min; ‘Sua palavra me é no coração como fogo ardente. Estou cansado de mantê-la comigo, e não posso mais” (Jer. 20:9)

As boas novas são que esta mensagem ainda triunfará na igreja remanescente, e a eficácia dela há de ser recuperada pelo povo de Deus. Já o está sendo na pessoa dos pastores de hoje, como acima mencionamos.

Quando o noivo regressar, já a Sua noiva terá se aprontado (Apoc. 19:7).

Isto ocorrerá quando nós, a igreja de Deus, estivermos vivendo “em Cristo”, e “Ele em nós”, e, então, somente então, Deus poderá dizer “aqui está a paciência dos santos, aqueles que guardam os mandamentos de Deus e têm a fé de Jesus.” Apoc. 14:12.

Que Deus realize isto, “em Cristo”, na vida de cada um de nós, é o meu desejo e oração.

Tenham um feliz sábado,

Do irmão “em Cristo”,

João Soares da Silveira.

Muitas da idéias deste artigo colhi de diferentes publicações do Comitê de estudos da Mensagem da Justiça de Cristo, e as com asterisco (*) de um artigo do Pr. Roberto Wieland (News Leter de set./out. 1999).

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