terça-feira, 15 de setembro de 2009

Cuidado com os Anticristos, Liç. de 15.09.09

Na lição de 15 de setembro de 2009, na 5ª pergunta o texto usado são os vs. 7 a 9 da 2ª epístola que é uma repetição, com outras palavras, do que João já havia dito na primeira epistola, no capítulo 4: 1-3. Agora ele diz, “muitos enganadores entraram no mundo, os quais não confessam que Jesus Cristo veio em carne. Este tal é o enganador e o anticristo.”

A nota então comenta: "Os ensinos dos anticristos a respeito de Jesus eram diferentes dos ensinos dos apóstolos."
Os lideres da Associação do estado de Indina, nos EUA, em 1900, promoveram o movimento da carne santa, pretendendo que Cristo possuia carne santa como Adão antes da queda., ensinamento contrário ao que nos foi revelado por EGW . A serva do Senhor foi incisiva e veemente ao combater esta idéia, e a liderança daquela associação foi toda trocada. Veja o livro Mensagens Escolhidas, vol. 2, pág. 31. Você pode também ver neste blog o artigo postado com o título "A Doutrina da Carne Santa", em 13/07/09, a propósito do estudo deste trimestre.

Também em 1957, em decorrência de "diálogos" com pastores evangélicos, três influentes líderes de nossa igreja promoveram a publicação do Livro Questions on Doctrines, (Questões sobre Doutrina) no qual a cristologia, recebida por revelação divina à serva do Senhor, foi alterada 180º (cento e oitenta graus), partindo-se da mesma base que usou Santo agostinho — que Cristo não podia ter a nossa natureza caída. Veja o nosso artigo “O Pecado Original”, postado em 05/05/2009 neste glog.

A lição indaga:

“Quais são as consequências de seguir falsas doutrinas?”

Naquele mesmo artigo, “O Pecado Original”, você pode vislumbrar a série de distorções, erros doutrinários, que decorreram do afastamento da verdade, cometido por Santo Agostinho. Esta cascata de erros foi decorência lógica, cada erro levando a outro por simples sequência de causa e efeito.

Veja as consequências:

1ª) A doutrina da imaculada concepção da virgem Maria;
2º) A rejeição de Cristo como nosso Mediador;
3º) Jesus deixou de ser verdadeiramente o nosso exemplo;
4º) Foram criados novos mediadores, homens e mulheres, pecadores que cederam às tentações, como nós;
5º) O entendimento de que o ato do batismo, em si, removia a culpa;
6º) Para os não batizados foi criado o limbo;
7º) Depois o batismo infantil foi introduzido no dogma católico;
8º) A unção do abdômen de mães grávidas, moribundas, com garantias de que elas e os nascituros iriam para o céu;
etc..., etc...; examinem cuidadosamente aquele artigo neste blog.

Quanto à declaração de que Cristo “veio em carne,” tanto em 1ª João 4: 2 como na 2ª epístola, verso 7, O Comentário Bíblico, vol. 5, pág. 912, nos diz que os gnósticos ensinavam “o docetismo, que negava que Cristo tenha tido um corpo, ele era só um espectro, um fantasma”, e à página 913 diz que “Paulo advertiu os colossences contra o erro docetista em Col. 2:4, 8, 9, e 18. E Pedro com maior veemência em 2ª Pedro 2: 1-3 e Judas vs. 4 se refere à heresia docetista. João ainda com mais veemência na 1ª epístola, cap. 2: 18-26; 4:1-3, 9, 14; e 2ª João vs. 7 e 10.

No nosso guia de estudos da lição dos professores, desta semana, 12 a 19/09/09, pág. 155, sob o item III, com o título Protegendo a Verdade, lemos: “Muitos estudiosos crêem que João estava se referindo à doutrina falsa do docetismo, que afirmava que Cristo não era verdadeiramente humano. Docetismo vem da palavra grega dokeo, que significa ‘parecer’. De acordo com essa doutrina, Cristo só parecia ser humano.”

O Comentário Bíblico, no vol. 7, pág. 661, diz: “Que os gnósticos negavam não somente a divindade, mas a humanidade do Salvador. Eles estavam preparados para crer que os deuses se manifestavam aos homens em diversas maneiras, mas negavam que ‘o Verbo Se fez carne”. Assim a ênfase de João quanto à encarnação tinha especial significação para os dias nos quais os apóstolos viveram.

E o Comentário continua: “Mas a verdade [de 1ª João 4: 2 e 3], precisa ser enfatizada em todos os tempos, e muito mais em nossos próprios dias. ... Nós precisamos estar pessoalmente cônscios da encarnarão, para lembrar-nos de que Deus, que tornou este milagre possível, é também apto para realizar qualquer milagre que seja necessário para a nossa salvação,” inclusive viver em cada um de nós hoje, em nossa carne pecaminosa. Ele está desejoso de o fazer, mas não violará nosso livre arbítrio. Só habitará em nós se O permitirmos. Quando Cristo leu de Isaias 61: 1, “O Espírito do Senhor ... Me enviou para apregoar liberdade aos cativos” (Lucas 4:18), Ele quis significar: viver em nós para que sejamos livres do pecado do qual somos escravos.

“Cristo, a Palavra, é Deus, e é inseparável da Palavra escrita. Se cremos nas Escrituras, Cristo mora no nosso coração pela fé. O mistério de Deus feito carne deve ser reproduzido em nós. "Cristo em vós, a esperança de glória" (Colossenses 1:27), é o mistério do Evangelho" (E. J. Waggoner, no artigo "O Verbo Feito Carne," publicado no periódico The Present Truth, A Verdade Presente, de 19 de dezembro de 1895. Neste blog você o encontra postado em 6 de agosto de 2008).

E em 1ª Coríntios 3:16 lemos: "Não sabeis vós que sois o templo de Deus e que o Espírito de Deus habita em vós?” O Espírito de Deus traz tudo de Cristo na Sua plenitude a cada crente, e Cristo então mora no templo da alma pelo Espírito Santo. Isto foi declarado ser "O mistério que esteve oculto desde todos os séculos, e em todas as gerações, e que agora foi manifesto aos Seus santos; aos quais Deus quis fazer conhecer quais são as riquezas da glória deste mistério entre os gentios, que é Cristo em vós, esperança da glória” (Col. 1:26, 27).

Esta glória sabemos ser o caráter de Cristo (veja João 17:17-24). "Ser um cristão é ser seguidor de Cristo. O cristão é uma pessoa em quem a vida e caráter de Cristo são reproduzidos". (E. J. Waggoner, em The Present Truth, A Verdade Presente: de 5 de Setembro de 1895).

Ellen White é também clara: "É o Espírito Santo, o Confortador, que Jesus disse que enviaria ao mundo, que muda nosso caráter na imagem de Cristo; e quando isto é realizado, nós refletimos, como num espelho, a glória do Senhor. Isso é, o caráter dos que assim contemplam a Cristo é tão semelhante ao dEle, que alguém olhando ao próprio caráter deles vê o de Cristo brilhando como em um espelho" (Review and Herald, de 28 abril de 1891).

A mensagem de 1888 era para concluir a obra do evangelho preparando um povo para estar pronto para regozijar-se em Seu retorno!

Falando do mistério em que Cristo, nosso Sumo Sacerdote, purifica nosso santuário, o templo da nossa alma, João, o revelador, escreve, "Mas nos dias da voz do sétimo anjo, quando tocar a sua trombeta, se cumprirá o segredo de Deus, como anunciou aos profetas, seus servos.” (Apoc. 10:7). Os corações do povo de Deus serão purificados ANTES da 2ª vinda de Cristo, em outras palavras, na obra de purificação do santuário.

Deus terá um povo preparado para ficar em pé sem um Mediador, mas terão um Salvador, antes do fechamento da porta da graça. Um mediador só é necessário onde pecado é encontrado. Este povo está pronto porque andou de acordo com a luz revelada—permitindo o eu ser crucificado com Cristo e por permitir que Ele os purificasse, por parar o pecado em sua fonte, os seus corações. Apoc 19:7 diz que, quando da volta do Cordeiro, “já a Sua esposa se aprontou.”

A mensagem de 1888 nos diz que quando estamos "em Cristo", Sua vitória é nossa vitória. Não é que nos é dada força suficiente para superar a tentação, mas nós somos instados: "deixe esta mente estar em você, que também esteve em Cristo Jesus” (Fil. 2:5, KJV). Isto é, permita que Ele realize isto em você. Sua vitória na nossa carne torna-se nossa vitória pela fé. Não se trata de ação sua e sim de Deus em você.

O Evangelho em Uma Palavra: Assim quero propor que o evangelho pode ser resumido no verbo “DEIXAR”. Deus é um eterno caçador sempre em safári tentando nos capturar, nos conquistar. Mas nas versões em português não temos o verbo “DEIXAR”. Infelizmente, em português, nas versões Almeida lemos: “De sorte que haja em vós o mesmo sentimento (mente) que houve em Cristo Jesus”, o que denota ação do indivíduo. Mas a KJV trás a idéia essencial do evangelho:"deixe esta mente estar em você...”. Ele não o fará sem o seu consentimento. “O livre arbítrio é um templo sagrado que Deus jamais violará” (Autor desconhecido). Vemos o mesmo princípio exarado no “sermão da montanha”: Deixe sua luz brilhar”, Mat. 5:16 (KJV), ao invés da redação da Almeida: “resplandeça a vossa luz”. Em Col. 3:15, Deixe a paz de Deus ... dominar em vossos corações”. E o vs. 16, Deixe a palavra de Cristo habitar em vós abundantemente, em toda a sabedoria ...”. O Evangelho é—Deus desejoso de agir no ser humano; e Ele o fará simplesmente se não for resistido.

Cristo assumiu nossa natureza com 4.000 anos de degenerescência, sem isenção alguma, (DTN, p. 49), nem sequer moral (DTN, 117), para ser “Deus Conosco”. Desceu ao fundo do poço do pecado para dele nos resgatar, estando sujeito às mesmas tentações que nós, “com risco de fracasso e ruína eterna” (DTN, 49). E, a despeito de portar esse “equipamento” defeituoso e falho, “não pecou”, muito embora tenha sido em tudo tentado como nós. Se nós pregarmos a Cristo sem confessar que Ele veio em carne pecaminosa (o conceito de carne no Novo Testamento), não estaremos sendo Mensageiros da Esperança, mas apresentando um cristo falso, manifestando “o espírito do anticristo”. Este é o mesmo espírito de Babilônia, que não cria em um Deus Conosco, mas “nos deuses cuja morada não é com os homens” (Dan. 2:11).

1ª João 4: 2 e 3 diz: “Todo o espírito que confessa que Jesus Cristo veio em carne é de Deus; e todo o espírito que não confessa que Jesus Cristo veio em carne não é de Deus." Preste atenção no verbo “confessar”, no tempo presente, confessa”. Não é suficiente confessar que Jesus Cristo veio na carne; isso não trará nenhuma salvação a qualquer pessoa. Devemos confessar, com conhecimento indiscutível, que Jesus vem agora em carne, para habitar em nós pecadores, e então nós somos de Deus. Cristo encarnou-Se há 2.000 anos atrás para demonstrar tal possibilidade.

Só há uma maneira de eu crer que Cristo vem para habitar no coração pecaminoso do João Soares pecador, é crendo que Ele já fez isto uma vez. Ele já veio a este mundo e habitou em carne humana pecaminosa, caída, deteriorada. E o que Ele fez uma vez, Ele pode fazer outra vez. Aquele que nega a possibilidade de Sua vinda na carne dos homens agora, nega assim o fato de ter Ele jamais assumido a carne humana caída.

No Novo Testamento o termo “carne”, (“SARX”, do grego), é a natureza humana caída, deteriorada, pecaminosa. Karl Barth, (1886/1968), considerado o maior teólogo do século XX, em Church Dogmatic, vol. I, parte 2, pág. 151, diz: “Carne é a natureza humana marcada pelo pecado de Adão.” O dicionário Revised Bauer-Arndt-Gingrich Greek Lexicon, diz que a palavra “sarx” (Gr.), “carne”, é a tendência dentro do homem caído para desobedecer a Deus em todas as áreas da vida; o instrumento desejoso do pecado (particularmente nos escritos de Paulo).

Negar que Cristo veio na nossa carne para nos dar Sua vitória sobre o pecado, é partilhar do espírito do anticristo. Não podemos ver como Deus pode mudar nossas mentes para dar-nos vitória, e, insistir em ver como Ele o fará, é querer andar por visão, não por fé.

É verdade que há um mistério sobre como isto pode ser. Como Deus pode fazer manifesto o conhecimento de Si por tais pessoas como você e eu somos, em qualquer lugar, e em cada lugar? Mas embora seja um mistério, é a própria verdade. Mas não cremos nós no mistério de Deus? Seguramente que sim. Então nunca esqueça que o mistério de Deus é Deus manifesto na carne. E você e eu somos carne. Então o mistério de Deus é Deus manifesto em você e em mim que cremos.

Não esqueça também, que o mistério de Deus não é a manifestação de Deus em carne sem pecado, mas Deus manifesto em carne pecaminosa. Nunca poderia haver qualquer mistério em Deus manifestar-Se em carne santa—em alguém que não teve nenhuma conexão com o pecado. Isso seria suficientemente simples. Não há mistério algum em um Ser Santo manisfestar-Se em carne santa, como, por exemplo, Deus Se manifestou em Cristo; nem em seres inocentes como adão e Eva antes do pecado e nos anjos no céu e em seres não caídos de outros mundos que possam ser habitados, onde o pecado não entrou. Só pode haver mistério no caso contrário, como pode se dar com você e comigo: Um Deus Santo manifestar-Se em carne caída, pecaminosa. Isto certamente é um mistério; Que um ser santo possa se manifestar em carne carregada com pecado e com todas as tendências para pecar, tal como a nossa é—isto é um mistério. “Grande é o mistério da piedade: Deus se manifestou em carne” (1ª Tim. 3:16, E lembre-se, carne no Novo Testamento é só pecaminosidade). Sim, isto é o mistério de Deus. E é um fato glorioso, graças ao Senhor! E perante todo o mundo, e para a alegria de cada pessoa no mundo, em Jesus Cristo, Ele demonstrou que este grande mistério é, sem dúvida, um fato na experiência humana. Pois "visto como os filhos participam da carne e do sangue, também Ele participou das mesmas coisas” (Heb. 2:14). "Por isso convinha que em tudo fosse semelhante aos irmãos.” (vs. 17). E, portanto Deus "o fez ser pecado por nós” (2ª Cor. 5:21). Deus “fez cair sobre Ele a iniquidade de nós todos” (Isa. 53:6). Assim, na nossa carne, tendo nossa natureza carregada com iniquidade, e Ele mesmo feito para ser pecado, Cristo Jesus viveu neste mundo, tentado em todos pontos como nós somos, Heb 4:15, mas Deus sempre O fez triunfar nEle e fez manifesta a fragrância do Seu conhecimento por Ele em cada lugar. Assim Deus era manifestado na carne—na nossa carne, em carne humana carregada com pecado—e feito para ser pecado na carne, fraca e tentada como a nossa carne é. E assim o mistério de Deus foi feito conhecido a todas as nações para a obediência da fé.
(Estes pensamentos são de um dos dois mensageiros de 1888)

E este é o mistério de Deus hoje e eternamente—Deus manifesto na carne, em carne humana, em carne carregada com pecado, tentada e testada. Nesta carne Deus fará manifesto o conhecimento de Si em cada lugar onde o crente é achado.

Este é o mistério que hoje, na terceira mensagem angélica (Apoc. 14), deve outra vez ser feita conhecida a todas as nações para a obediência da fé. Este é o mistério de Deus, que neste tempo deve "ser concluído,”—não só concluído no sentido de acabar de ser transmitida ao mundo, mas concluído no sentido de trazer o encerramento deste grandioso trabalho no crente.

Este é o tempo quando o mistério de Deus deve ser acabado no sentido de que Deus é para ser manifesto na carne em cada crente verdadeiro, A finalidade de Cristo assumir nossa natureza com 4.000 anos de degenerescência, DTN, p. 49, sem isenção alguma, nem sequer moral (DTN, 117), foi para ser “Deus Conosco”, descendo ao fundo do poço do pecado onde a humanidade estava, para nos resgatar. O Verbo foi feito carne e habitou entre nós (João 1: 14), literalmente "acampou em nós".

Outra vez, me desculpem repetir, como posso eu crer que Cristo se manifestará na minha carne, pecador que sou, para que Ele possa me levar à obediência? A resposta é — o Ele fez uma vez poderá fazê-lo quantas vezes for necessário. Ele já veio a este mundo e assumiu a nossa carne caída, para ser Deus Conosco, e está desejoso de habitar em nós, e devemos confessar isto a todo momento, que Ele está desejoso de atuar em nós, em cada lugar onde estivermos. E isto é, de fato, e em verdade, o guardar dos mandamentos de Deus e a fé de Jesus.

Romanos 10:6-8, nos diz que o Verbo, isto é, Cristo, está junto de nós, na nossa boca, e no nosso coração, e o verso 9 diz, "se com a tua boca confessares ao Senhor Jesus, e em teu coração creres que Deus O ressuscitou dentre os mortos, serás salvo.” Confessar a Cristo, portanto, é reconhecer que Ele está em nós com poder, a saber, o poder da ressurreição, e que Ele tem o direito de aí estar, tendo-nos comprado pela Sua morte; e isso significa render-nos a Ele plenamente (porque Ele não usará de qualquer força), para que Sua vida possa ser manifestada em nós em sua perfeição, e não simples e intermitentemente nos intervalos quando não O resistimos. "Reconhece-O em todos os teus caminhos, e Ele endireitará as tuas veredas” (Provérbios 3:6). Então podemos dizer, "estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida que agora vivo na carne, vivo-a na fé do Filho de Deus, o qual me amou, e Se entregou a Si mesmo por mim” (Gálatas 2:20).

No Colégio Adventista da cidade de South Lancaster, estado de Massachusetts, EUA, em Janeiro de 1889, em reuniões de reavivamento, com vários oradores, incluindo Ellen White e A. T. Jones, como registrado na Review and Herald, de 5 de março de 1889, a irmã White observou: "Tanto estudantes como professores compartilharam grandemente as bênçãos de Deus. As profundas influências do Espírito de Deus foram sentidas sobre quase todos os corações. Os que assistiram às reuniões deram um testemunho de que eles tinham obtido uma experiência superior a tudo que tinham sentido antes. Testificaram sua alegria de que Cristo tinha perdoado seus pecados. Os seus corações foram cheios de ação de graças e louvor a Deus (ênfase acrescida).

O que ocasionou tal reação de alegria e louvor entre esses que atenderam àquelas reuniões há quase cento e onze anos, pouco depois das reuniões de Minneapolis? Aqui está o que a serva do Senhor observou em seu artigo:

"Sentimos a necessidade de apresentar Cristo como um Salvador que não está longe, mas perto, à mão."

Esta é uma referência à natureza humana que Cristo assumiu na encarnação, igual à nossa em todos os sentidos, inclusive moralmente (DTN, 117), sem exceção ou isenção alguma, exceto que não pecou. Para estar perto de nós Ele quis ser “Deus Conosco”, e, assim, Se postou ao nosso lado, veio ao fundo do poço do pecado para dele nos resgatar, assumiu a nossa natureza caida, estando sujeito às mesmas tentações que nós, “com risco de fracasso e ruína eterna” (DTN, 49). E, a despeito de portar esse “equipamento” defeituoso e falho, “não pecou”, muito embora tenha sido em tudo tentado como nós. Se nós apresentarmos a Cristo sem confessar que Ele veio em carne pecaminosa (único conceito de carne no Novo Testamento) estaremos apresentando o cristo falso, manifestando “o espírito do anticristo”.

Isto está explicitamente claro em 1ª João 4: 2 e 3. Considere O Desejado de Todas as Nações, págs. 311 e 312, onde a serva do Senhor nos diz:
“Cristo é a escada que Jacó viu, tendo a base na Terra, e o topo chegando à porta do Céu, ao próprio limiar da glória. Se aquela escada houvesse deixado de chegar à Terra, por um único degrau que fosse, teríamos ficado perdidos. Mas Cristo vem ter conosco onde nos achamos. Tomou nossa natureza e venceu, para que, revestindo-nos de Sua natureza, nós pudéssemos vencer. Feito ‘em semelhança da carne do pecado’ (Rom. 8:3), viveu uma vida isenta de pecado. Por Sua divindade, firma-Se ao trono do Céu, ao passo que, pela Sua humanidade, Se liga a nós. Manda-nos que, pela fé nEle, atinjamos a glória do caráter de Deus. Portanto, sede perfeitos, como "é perfeito vosso Pai que está nos Céus". Mat. 5:48. (DTN, págs. 311 e 312). “Cristo, com Seus próprios méritos construiu uma ponte através do abismo que o pecado causou. Ele liga o homem em sua fraqueza e desamparo, à fonte do poder infinito.” Patriarcas e Profetas., pág. 184.

Apresentar a Cristo como “isento” de nossa natureza no aspecto moral, é apresentar um deus egoísta que não se deu completamente à humanidade, mas que teria vindo ao nosso planeta como um embaixador, com isenções e prerrogativas protecionistas, aqui cumprindo sua missão e voltando, 3 anos e meio depois, para o seu pais de origem. Isto faria dos sofrimentos de Cristo no Getsêmani e no Calvário um a peça teatral, fingimento. Este não é o Homem-Jesus apresentado na Bíblia e no Esp. de Profecia.

Temos que entender corretamente este tema da cristologia, porque “a humanidade do Filho de Deus é tudo para nós. É a corrente de ouro que liga nossa alma a Cristo, e por meio de Cristo a Deus. Isto deve constituir nosso estudo. Cristo foi um homem real; deu prova de Sua humildade, tornando-Se homem. Entretanto, era Ele Deus na carne. Quando abordamos este assunto, bem faremos em levar a sério as palavras dirigidas por Cristo a Moisés, junto à sarça ardente: ‘Tira as sandálias dos pés, porque o lugar em que estás é terra santa.’ Êxo. 3:5. Devemos aproximar-nos deste estudo com a humildade de um discípulo, de coração contrito. E o estudo da encarnação de Cristo é campo frutífero, que recompensará o pesquisador que cave fundo em busca de verdades ocultas.” Mensagens Escolhidas, vol. 1, pág. 244

Uma das bênçãos da mensagem de 1888 é o fato de que o nosso Salvador entende muito bem nosso sofrimento porque, na encarnação, Ele veio totalmente perto de nós. Ele veio a ser a própria humanidade. Sem um verdadeiro entendimento da natureza que Cristo assumiu na encarnação, nós sempre duvidaremos que Deus possa simpatizar-Se com as lutas da vida em carne pecaminosa. Sabemos que Ele foi tentado "em todos os pontos como somos," na mesma carne pecaminosa (mas nunca pecou), Ele está intimamente ciente de nossas necessidades. Portanto podemos acreditar que Ele fornecerá a ajuda de que nós necessitamos para sermos vitoriosos.
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