A lição desta semana está focando na bondade como um fruto do Espírito, e nos fornece uma maravilhosa oportunidade para refletirmos neste presente dado por Deus e o que significa a você e a mim no contexto da mui preciosa mensagem que Deus enviou para preparar-nos para a breve vinda de Cristo (veja Testemunhos a Ministros, págs. 91-93).
Ser "bons" e referências à "minha bondade" são frequentemente declarados em contextos informais, e exclamações levianas. O foco da lição de Escola de Sabatina desta semana, no entanto não está tratando sobre a bondade do homem, mas com a bondade de Deus.
O Salmista escreve, "Louvem ao Senhor pela Sua bondade, e pela Suas maravilhas para com os filhos dos homens” (Salmo 107:8, 15, 21, 31).
O salmo 107:1 começa com a exortação "Louvai ao Senhor porque Ele é bom".
No começo, quando Deus criou nosso mundo, a Bíblia diz, "E viu Deus tudo quanto tinha feito, e eis que era muito bom" (Gênese 1:31).
O pecado entrou no mundo e tudo mudou: "E viu o Senhor que a maldade de homem se multiplicara sobre a terra, e que toda a imaginação dos pensamentos do seu coração era só má continuamente" (Gênese 6:5). Mais adiante, lemos: "Não há quem faça o bem, não há nem um só" (Romanos 3:12).
Mas o evangelho traz Boas Novas à luz. Deus não nos abandonou, embora fossemos pecaminosos. Quando Jesus deixou as cortes celestiais para vir a este mundo como nosso Salvador, anjos anunciaram Seu nascimento aos pastores, inundando os céus de noite com a boa nova: "Não temais, porque eis aqui vos trago novas de grande alegria, que será para todo o povo. Pois na cidade de Davi, vos nasceu hoje o Salvador, que é Cristo, o Senhor" (Lucas 2:10, 11). O medo foi exatamente a primeira consequência do pecado. Adão e Eva esconderam-se de seu Criador no jardim. Mas Jesus veio a este mundo reconciliar-nos com Ele.
Esta boa nova expulsaria o medo. Incentivaria mártires por todas as eras para morrerem nas fogueiras ou à espada, seus rostos iluminados com santa alegria. Inspiraria obreiros evangélicos a enfrentarem perigos desconhecidos em terras distantes ao carregarem a semente preciosa do evangelho. Incitaria o rico a dar todo por Ele. Causaria aos que a iriam proclamar a alegrar-se nas provações e dificuldades. Esta poderosa boa nova impeliu o evangelho ao mundo numa única geração no tempo de Cristo, e esta é a boa nova que logo iluminará a terra inteira com a glória de Deus! (*Apoc. 18:1).
A transformação milagrosa do coração humano de vil a puro; a transformação que enche os seguidores de Cristo com santa ousadia, é o resultado de se contemplar a bondade de Deus por nós. Em Romanos 2:4 o apóstolo Paulo escreve, "Ou desprezas tu as riquezas da Sua bondade, paciência, e longanimidade, ignorando que a bondade de Deus te leva ao arrependimento"?
E. J. Waggoner diz, "não devemos tentar melhorar as Escrituras, e dizer que a bondade de Deus tende a levar homens ao arrependimento. A Bíblia diz que os leva ao arrependimento, e nós podemos estar seguros de que assim é. Cada homem está sendo dirigido em direção ao arrependimento tão seguramente como Deus é bom. Mas nem todos se arrependem? Por quê? Porque desprezam as riquezas da bondade e paciência e longanimidade de Deus, e escapam da misericordiosa direção do Senhor. Mas quem não resiste ao Senhor, seguramente será conduzido ao arrependimento e salvação" (Waggoner em Romanos, pág.. 42).
A irmã White explica o poder da bondade de Deus em conduzir-nos a Ele: "Quando Cristo os atrai, levando-os a olhar para Sua cruz, para contemplar Aquele que os seus pecados ali cravaram, ... começam a compreender algo da justiça de Cristo. ... Poderá o pecador resistir, a esse amor; poderá recusar-se a ser atraído para Cristo; se porém não resistir, será levado para Ele. O conhecimento do plano da salvação levá-lo-á ao pé da cruz, arrependido de seus pecados, que causaram os sofrimentos do amado Filho de Deus" (Caminho a Cristo, pág. 27).
Falando a um grupo (*de delegados) convocado para a sessão da Conferência Geral de 1895, o Pastor Alonzo T. Jones explora as profundezas da bondade de Deus em abandonar tudo por nós:
"Veio Jesus a este mundo e então voltou como era antes, e assim foi Seu sacrifício só por trinta e três anos? ... A resposta é (*não. Seu sacrifício) foi por toda eternidade. ... Quando Jesus Cristo deixou o céu, Ele esvaziou-Se, e mergulhou, entranhou-Se em nós (*na humanidade) ... por toda a eternidade O Pai deu-nos Seu Filho (*abriu mão dEle, renuciou-O), e Cristo deu-Se (*entregou-Se, abandonou-Se) por toda eternidade. Nunca mais irá Ele ser, em todos respeitos, como era antes. Ele deu-Se a nós. ...
* “Agora, eu não me empenho em definir isto. Eu simplesmente devo ler uma declaração a este respeito no ‘Espírito de Profecia’ para saber que isto é um fato ... e tomá-la como uma bendita verdade e deixar a implicação disto para Deus e a eternidade. Eis aqui a palavra, (*está em Caminho a Cristo, pág. 14):
“‘Deus amou o mundo de tal maneira que deu o Seu único Filho.’ Ele deu Seu Filho não somente para que vivesse entre os homens e tomasse sobre Si os pecados deles, e morresse em sacrifício por eles: Ele Se deu à raça caída. Cristo deveria identificar-Se com os interesses e necessidades da humanidade.”
(*Assim a substituição não foi Vicária, ou seja, uma simples troca de experiência, como diz Babilônia, Dan. 2:11), mas foi sim uma SUBSTIUTUIÇÃO REAL, uma experiência compartilhada. Este é o supremo presente à raça humana: Deus está desejoso de que o crente não resista à ação de Cristo vivendo nele, a fim de que a justificação se torne efetiva (Rom. 5:
"Continuando em Caminho a Cristo, pág. 14: ‘Ele, que era um com Deus, ligou-se aos filhos dos homens por laços que nunca se romperão.’
"A fé de Roma (*herdeira de Babilônia) é que devemos ser puros e santos a fim de que Deus more conosco. (*Para os babilônicos os deuses não moravam com os homens, Dan. 2:11). A fé de Jesus é que Deus deve morar conosco, e em nós, a fim de que nós sejamos santos, ou totalmente puros" (A.T. Jones,
"Porque Deus é o que opera em vós tanto o querer como o efetuar, segundo a Sua boa vontade" (Fil. 2:13).
Podemos dizer com confiança que Deus é bom! Qualquer obra que Ele faça em, ou, por nós, é boa. Podemos louvar ao Senhor todos os dias pela Sua bondade! E podemos convidá-Lo a revelar os frutos do Seu Espírito em nós cada dia, "Porque somos feitura Sua, criados
— Patti Guthrie
Patti Guthrie é uma adventista de berço. É esposa, mãe e professora dos próprios filhos. Ela é estudante da Bíblia, escritora e musicista. Faz parte do comitê de música para leigos adventistas. A família de Guthrie aparece no canal de televisão adventista Três Anjos com música tanto vocal quanto instrumental. O marido do Patti, Todd Guthrie, é médico e membro da Mesa administrativa do Comitê de Estudo de Mensagem de 1888. Ele também é ancião na sua igreja adventista local, e constantemente está envolvido em organizar e executar programas musicais para acontecimentos importantes da Igreja Adventista nos EUA e em outros países.
Tradução e acréscimos, marcados com asteriscos, de João Soares da Silveira.
Pensamento sobre a bondade, adicionado pelo tradutor:
Anatole France, escritor francês, prêmio nobel de literatura em 1921, disse:
“A bondade não é natural ao homem; deve ser cuidadosamente cultivada e com contínuos artifícios.” Ele acertou na primeira parte de sua declaração, mas diríamos que não há necessidade de artifício algum. Basta não resistirmos à ação de Deus
Nota do tradutor:
Se você imprime estas introspecções cada semana, sugerimos que sempre o faça no sábado de manhã, pois muitas vezes fazemos correções que, devido ao aperto da nossa agenda e outros fatores, não é possível na primeira edição do texto traduzido.