Para
22 a 29 de março de 2013
A última lição deste
ciclo de estudos sobre "Discipulado” nos incita a perguntar: O que
"custará" a Laodicéia para estar em parceria com Cristo, nosso Sumo
Sacerdote em Sua missão no mundo? Há uma diferença entre o cumprimento da
Grande Comissão: —"Ide ... e ensinai
[discípulo] todas as nações" —
antes de 1844 e sendo co-obreiros com o Ceifeiro durante a purificação do
santuário.
Vai custar a
Laodicéia tudo o que ela acha que sabe sobre a justificação pela fé, em troca
de uma apreciação do que custou ao Filho de Deus obter a justificação pela fé,
que é paralela e consistente com a expiação. Esta é a "ofensa" da
mensagem de 1888.
*Ellen G. White na
Carta S24, 1892, disse “Eu sei que
naquele tempo (1888 e anos que se seguiram) o Espírito de Deus foi insultado"
(grifamos). Para maior esclarecimento leia o capítulo 21 de Mensagens Escolhidas, vol. 3, págs. 156
em diante.
Por que o discipulado
e a devoção de Laodicéia a Jesus são mornos e sem brilho? A Testemunha
Verdadeira diagnostica a doença dela que está causando-Lhe náusea aguda — "Eu estou a ponto de (*mellou,” no grego) vomitar-te da Minha boca" (Apoc. 3:16). (*Muitos dizem ser a
igreja Adventista uma igreja vomitada, rejeitada, mas este não é o caso como se
vê da versão grega, mesmo porque Jesus ainda apela a ela).
Esta advertência é
paralela à que Cristo dá àqueles que dizem: "Senhor,
Senhor, abre-nos; ... Digo-vos que não sei de onde vós sois; apartai-vos de
Mim, vós todos os que praticais a iniquidade. Ali haverá choro e ranger
de dentes ... vós mesmos lançados fora" (Lucas 13:25-28). Esta palavra
iniquidade é uma terrível palavra." "Nós instintivamente a passamos
para os nossos vizinhos guardadores do domingo.
O que precisamos
entender é que a devoção perfeitamente apropriada durante o ministério do Sumo
Sacerdote no Lugar Santo (*o 1º compartimento) torna-se "iniquidade"
quando contrastado com o incomparavelmente maior alcance de Seu ministério no
Santo dos Santos (*a câmara interior, também chamada de “Santíssimo”)! A
experiência cristã perfeitamente aceitável nos tempos anteriores à purificação
do santuário se torna "mornidão" em nossos dias. Para nosso Sumo
Sacerdote, não há pecado mais nauseante do que este.
A Testemunha
Verdadeira afirma que a compreensão de Laodicéia da justificação pela fé é a de
antes de 1844. E, além disso, ela não tem fome e sede de justiça. Sua confissão
é: "Eu sou rica, e aumentada de
bens, e não preciso de nada." De acordo com o Conselheiro Celestial
ela não conhece sua condição espiritual: "Não
sabes que és um desgraçado, e miserável, e pobre, e cego, e nu" (Apoc.
3:17).
A Testemunha
Verdadeira fala “ao anjo da igreja em
Laodicéia" (Apoc. 3:14). "O
anjo" é a liderança da Igreja Adventista do Sétimo Dia que
involuntariamente levou a igreja a uma compreensão egocêntrica da justificação
pela fé que proclama ao mundo como sendo sua comissão evangélica.
Sabemos que Jesus
desafia a Igreja Adventista a respeito de sua mensagem, porque Ele apela para
uma correção de curso. "Aconselho-te
que de Mim compres ouro refinado no fogo, para que te enriqueças, e vestes
brancas, para que te vistas" (Apoc. 3:18). O Salvador não poderia ser
mais claro. As "vestes
brancas," de que Laodicéia carece é, obviamente, vestes de justiça.
Esta roupa é "ouro provado no
fogo." Além disso, o Mercador Celestial comercializa seu produto para
ela. Ela deve "comprar de Mim
ouro."
O "ouro" de que Ele fala é a fé
e o amor. "O ouro provado no fogo é a fé que opera por amor. Somente isto
pode nos pôr em harmonia com Deus. Podemos ser ativos, podemos fazer muito
trabalho, mas sem o amor, amor como o que há no coração de Cristo, nunca poderemos
ser contados na família celestial."1
Seu problema não é
uma deficiência em ser "muito ativo" (*não fazer muito trabalho). O "ouro" que nos falta não é
mais atividade febril. Porque já somos verdadeiramente "ricos"
interiormente. Nossa necessidade é básica. Em relação ao próprio "ouro," a Testemunha
Verdadeira diz que o nosso caixa do tesouro está vazio.
Por que "comprá-lo"?
Por que Ele não diz: "Pede-me, e Eu o darei a você"? Será que devemos
entregar as nossas falsas concepções de justiça pela fé em troca da verdade?
Esses "bens" nós possuímos:
"Como dizes: Rico sou, e estou
enriquecido" (Apoc. 3:17).
A pena da inspiração
escreve: "Que
maior engano pode sobrevir à mente humana do que a confiança de estar correto,
quando se está totalmente errado! A mensagem da Testemunha Verdadeira
encontra o povo de Deus em triste engano, todavia sincero nesse engano!... Aqueles que são abordados se lisonjeiam de achar-se
em exaltada condição espiritual ... seguros em suas realizações ... ricos em
conhecimento espiritual."2 (*Grifos
nossos).
O "preço"
que precisamos pagar é "decepção," falso “conhecimento
espiritual". Em outras palavras , devemos abandonar as nossas falsas
ideias e enganos sobre justificação pela fé, a fim de "comprar" o "ouro."
Está o nosso Senhor
tentando nos dizer que nós realmente não entendemos o que o amor realmente é,
e, portanto, não podemos ter a verdadeira fé? É o "anjo" da igreja destituído de tal “amor como o que há no
coração de Cristo"?
Existem duas grandes
ideias antitéticas (*opostas) de "amor". Uma veio do helenismo e é o
tipo de "amor" que as igrejas evangélicas populares aceitam hoje. A
outra é completamente diferente, e é o tipo de amor que pode ter sua origem
apenas no ministério do verdadeiro Sumo Sacerdote em Sua purificação do santuário
celestial.3
O próprio Cristo
deixa claro o que a fé do Novo Testamento é, e a Sua visão é diferente da do
"ministério popular" (*das igrejas evangélicas): "Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o Seu Filho
unigênito, para que todo aquele que crê ... " (João 3:16). O amor de
Deus é a primeira coisa, e até que aquele amor seja revelado, não pode existir
o "crer". Como resultado de
Seu "amor" e de Sua "dádiva," o pecador acha possível
"acreditar ." Fé é uma experiência de coração, "obra do
coração" para emprestar a frase de Ellen G. White, e não pode existir até
que o amor de Deus seja entendido e apreciado.
O "crente"
não é motivado por um medo de "morrer" ou uma ávida consideração pela
"vida eterna". A principal causa da fé é "Porque Deus amou." Os resultados do amor de Deus são "que deu o Seu Filho unigênito"
e "que todo aquele que crê." O
crer é um resultado direto de Deus amando o mundo.
Assim a definição
clara de Jesus: A fé é uma apreciação de coração do amor de Deus revelado na
cruz. Uma sutil mudança ocorreu na Igreja Adventista do Sétimo Dia a respeito
de sua compreensão da justificação pela fé. Uma esperança adquirida de
recompensa é apresentada diante do povo e para o mundo, para compensar o
"custo" do discipulado agora. Esse egocentrismo é antitético
(*contrário) ao "ouro" da justiça de Cristo. Quando a fé e o amor são
verdadeiramente testados, será revelado que fonte produziu a justiça — se foi o
eu ou Cristo?
- Paul E. Penno
Paulo Penno é pastor
evangelista da igreja adventista na cidade de Hayward, na Califórnia, EUA, da
Associação Norte Californiana da IASD, localizada no endereço 26400, Gading
Road, Hayward, Telefone: 001 XX (510) 782-3422. Ele foi ordenado ao ministério
há 38 anos. Após o curso de teologia ele fez mestrado na Universidade de
Andrews. Recentemente ele preparou uma extensiva antologia dos escritos de
Alonzo T. Jones e Ellet J. Waggoner, a qual está incluída na Compreensiva
Pesquisa dos Escritos de Ellen G. White. Recentemente também ele
escreveu o livro “O Calvário no Sinai: A Lei e os Concertos na História da Igreja
Adventista do 7º Dia,” e, ao longo dos anos, escreveu muitos artigos
sobre vários conceitos da mensagem de 1888. O pai dele, Paul Penno foi também
pastor da igreja adventista, assim nós usualmente escrevemos seu nome: Paul E.
Penno Junior. Você pode
vê-lo, no You Tube, semanalmente, explanando a lição da semana seguinte na
igreja adventista de Hayward, na Califórnia, em http://www.youtube.com/user/88denver99
Notas:
[1] Parábolas de Jesus, pág. 158.
[2] Testemunhos
Para a Igreja , vol . 3 , págs. 252 , 253.
[3] Primeiros
Escritos, págs. 55 e 56.
*Adendo a esta nota 3
sobre O Verdadeiro amor.
*Como Deus define o conceito de amor:
Leia Primeiros Escritos, a partir da pág. 54 até 56, e, a seguir
as ideias abaixo da irmã Arlene Hill (uma fiel adventista, professora
da escola sabatina em sua igreja na cidade de Reno, estado de Nevada, nos
EUA. Profissionalmente foi advogada, no
estado da Califórnia, estando hoje aposentada):
À mensageira especial à nossa igreja, Ellen
G. White, foi dada uma visão que demonstra a importância do entendimento como
Deus define o conceito de amor:
"Os que se
levantaram com Jesus enviavam sua fé a Ele no santíssimo [o Apartamento também
chamado de Santo dos Santo], e oravam, 'Meu Pai, dá-nos o Teu Espírito’. Então
Jesus assoprava sobre eles o Espírito Santo. Nesse sopro havia luz, poder, e
muito amor, alegria e paz” (Primeiros
Escritos, págs. 55).
*Agora
observe o contraste;
"Virei-me para
ver o grupo que ainda estava curvado perante o trono [que não tinha seguido
Cristo, pela fé ao Santíssimo]; eles não sabiam que Jesus havia deixado o Lugar
Santo. Satanás parecia estar junto ao trono, tentando conduzir a obra de Deus.
Os vi olhar para o trono, e orar, ‘Pai, dá-nos o Teu Espírito’. Satanás então
inspirava-lhes uma influência má; nela havia luz e muito poder, mas nenhum suave amor, alegria e
paz" (idem, pág. 56).
(*A dupla ênfase nestes últimos dois
parágrafos é nossa):
Note as diferenças,
Satanás não podia falsificar "amor, alegria e paz". A vida e morte de
Jesus revestiu uma obscura palavra grega, Ágape, e sua resposta humana, fé,
com realçado significado, que virou o “mundo
antigo de ponta cabeça" (*Atos 17:6, na KJV,
ou, “de cabeça para baixo”).
"Para que a prova da vossa fé, muito mais preciosa
do que o ouro que perece e é provado pelo fogo, se ache em louvor, e honra e
glória na revelação de Jesus Cristo" (1ª Pedro 1:7).
*Podemos nós, egoístas que somos, amar como Deus ama, com Ágape?
Para respondermos a esta indagação é útil revermos o artigo que já postamos antes neste blog: “Amor, a Palavra que Alvoroçou o Mundo,” Pelo pastor Roberto Wieland.
“Deus é amor’ O Amor é uma característica central de Seu caráter,’ e ‘deve ser também a do nosso.’ ‘Aquele que permanece no amor permanece em Deus, e Deus nele. Infelizmente, a palavra amor hoje é aplicada a muitas coisas’ ... que ‘não passam pelo teste do verdadeiro amor divino, ... que é totalmente diferente, ... afeta toda a nossa existência, nosso estilo de vida, nosso modo de nos relacionar com os outros.” “A palavra Ágape expressa melhor a generalidade e imparcialidade do amor de Deus, como se vê em Cristo.”
Isto é belamente explicado pelo Pr. Roberto Wieland naquele artigo:
Nota: "Esta introspecção, e o vídeo desta lição 13, do Pastor Paulo Penno estão na Internet em: http://1888mpm.org
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