(Capítulo 3 do livro “Resgate e Reunião Através do Santuário”)
Para
30 de agosto a 6 de setembro de 1214
[56]
Sabemos que o santuário não pode fechar até que os pecados dos filhos de
Deus sejam eliminados, e isso não pode ocorrer até que Lhe permitamos escrever
a Sua lei em nossas mentes e corações. Se a lei escrita na mente sugere
conhecer a vontade de Deus, a lei escrita no coração pode tomar o lugar da
experiência de amar a Sua vontade. Então a obediência não se torna uma carga,
mas um prazer. O verdadeiro cristão canta, “Deleito-me
em fazer a Tua vontade, ó Deus meu; sim, a Tua lei está no meu coração”
(Salmo 40:8).
Por
exemplo, suponha que eu peça a uma mãe com um bebê chorando, “Por que você não
mata essa criança?”
Ela responderia, “Ora, não sabe que há
uma lei neste país contra isso? Se eu viesse a matar o bebê a polícia iria me
prender, e eu poderia ter que passar o resto de minha vida na prisão. Assim,
sou muito cuidadosa em como trato o pequenino. Às vezes me pergunto se
conseguirei me controlar, mas quando penso naquela cadeia, não ouso deixar-me
dominar por meus sentimentos”.
Ou suponha que ela responda, “Não sabe
que a lei no templo celestial diz, ‘Não matarás’? Se eu matasse esta criança,
irei queimar no lago de fogo — e não desejo isso. Às vezes eu tenho que orar
bastante para me controlar, mas quando penso naquelas chamas terríveis. . .”
Você acha que esse bebê está em
segurança?
[57]
Existe uma lei nos códigos legais do estado? Sim. Há uma lei no santuário
celestial contra o assassinato? Sim. Mas onde está escrita a lei para proteger
a criancinha? No coração da mãe.
Não seria maravilhoso se todos os
mandamentos estivessem escritos em seu coração da mesma maneira? E podem eles
assim estar? Se não podem, o santuário terá que continuar aberto. Mas quando
permitimos que Deus escreva a Sua lei em nossas mentes e corações de modo a que
não apenas conheçamos, mas amemos a Sua vontade, Jesus pode aspergir o sangue
no propiciatório e fechará o santuário.
Como pode ver, se os pais amam seus
filhos, não é difícil impedi-los de matá-los. Quando os maridos amam suas
esposas, não é difícil mantê-los longe de cometer adultério, seja em ato
exterior ou por pensamentos. E os filhos que amam a seus pais não acham difícil
obedecê-los. As Escrituras nos dizem, “amor
é o cumprimento da lei” (Rom. 13:10). Quão estranho que alguém conclua que
se tivermos amor suficiente, então não precisamos observar a lei! Jesus insta, “Se Me amais, guardareis os Meus
mandamentos” (João 14:15).
Por que tornar a coisa difícil? Cristo
diz: “Meu jugo é suave, e o meu fardo é
leve” (Mateus 11:30). Deve uma mãe lutar duramente para guardar-se de matar
o seu bebê? Não, na verdade, o amor torna a sua luta fácil. E o amor é tudo de
quanto necessitamos para fazer tudo quanto Deus nos diz em cada um de Seus
mandamentos. Conhecer a Sua vontade e amar essa vontade ocorrerá quando Deus
escreve a Sua lei em nossas mentes e corações.
Desafortunadamente algumas pessoas gostariam
de encontrar uma máquina de Xerox para copiarem suas mentes e corações e em
cinco minutos ter tudo feito, mas Jesus não oferece um tal programa.
De fato, Jesus perdoará os nossos
pecados tão logo os confessemos, mas “a santificação não é obra de um momento,
uma hora, um dia, mas de toda uma vida” (Atos dos Apóstolos, pág. 560). E isso
não significa que se você [58] esperar
tempo bastante, seja pela morte ou a trasladação cuidará de tudo. A mera
passagem de tempo não escreverá a lei de Deus na mente e coração. Mas se você e
eu formos ao santuário, Jesus não só perdoará os nossos pecados passados mas
também escreverá a Sua lei em nossas próprias almas de modo a que amemos a
justiça e odiemos a iniquidade. Se crermos, Ele poderá fazê-lo, e Lhe concederemos
tempo todo dia para realizar esta bendita obra em nossos corações.
E agora chegamos a um ponto muito
interessante e importante. Para apresentá-lo permita-me perguntar, “Já conheceu
alguém que em algum tempo gostava de comer carne de porco, mas mais tarde
sentia nojo até do cheiro de presunto ou bacon?” Talvez esta tenha sido a sua
própria experiência. “Por que, então, deixou de comer carne de porco quando
gostava tanto dela?”
Você responderá, “li em Levítico 11:7 e
8 a respeito da carne de porco, ‘este vos será imundo. Das suas carnes não comereis’, então eu deixei de consumi-la”.
“Você quer dizer
que abandonou algo de que realmente gostava muito, apenas porque a Bíblia disse
para não comer de tal carne?”
“Sim, de fato
assim foi!”.
“O que veio
primeiro, a perda de seu gosto por carne de porco ou o desistir de comê-la?”
“Eu deixei de
comê-la porque Deus assim diz. E gradualmente, segundo foi passando o tempo,
descobri que o meu gosto estava mudando, e aquilo que antes apreciava posso
dizer com segurança que agora detesto”.
Aqui nos deparamos
com o importante princípio da cooperação. Se desejarmos que Deus escreva a Sua
lei em nossas mentes e corações, não esperaremos para obedecê-la até que
sintamos disposição para isso e pareça-nos fácil. Tão logo descubramos algo em
nossa vida que Deus deseja que seja mudado, disso devemos desistir
imediatamente.
Talvez você
esteja pensando, “Mas o pastor não disse que o fardo de Cristo é leve?” Sim,
mas mudar o nosso coração de modo que desfrutemos [59] somente as boas coisas e desprezemos toda a impiedade é um
processo gradual. Deus pode começar a obra num momento, mas sua realização
plena requer toda uma vida.
Sabe o que irá
apressar o processo? “É por contemplar que somos transformados” (O Grande
Conflito, pág. 478). Olhando à lei perfeita, discernimos o que é o pecado.
Olhando ao Calvário, vemos o que custou a Jesus nos redimir. Olhando para o
nosso Sumo Sacerdote, mais e mais nos harmonizaremos com o Seu anseio de
aperfeiçoar o Seu povo.
-W. D. Frazee
ATENÇÃO: OS CAPÍTULOS 3; 4; 5; 6; 7. e 8 deste livro, “Resgate e Reunião Através do Santuário” do Pr. Frazee, estão neste blog em 1/10/2013. Localize-os no índice ao lado.
Willmonte Doniphan Frazee (1906-1996) foi
graduado em ciência médica na Universidade de Loma Linda, e em evangelismo da
saúde pelo legendário físico britânico John H.N. Tindall. Em 1942, o Pr. Frazee
e um time de pioneiros de fé fundaram o Instituto e Sanatório Médico Missionário
em Wildwood, perto de Chattanooga, no estado de Tennessee, onde médicos,
enfermeiros, pastores, e membros leigos recebiam treinamento em evangelismo
médico.
Em 1985 ele fundou um
ministério de sermões gravados, inicialmente em fitas K7 e depois em CDs, com o
nome de Pioneers Memorial [Memorial
dos Pioneiros]. Milhares de sermões gravados são distribuídos cada ano.
Nos anos finais de sua
vida, apesar da doença de Parkinson, ele ainda com clareza e afeição, até bem
perto do dia de sua morte, continuou a escrever pequenas notas encorajadoras a
seus amigos, geralmente incluindo uma fita K7 com sermões. Aqueles que ajudaram
a fortalecer o ministério deste pioneiro creem que Deus o usou através deste
ministério “PIONEERS MEMORIAL.”
Na contra capa do
livro “Resgate e Reunião Através do Santuário” temos duas
recomendações da pessoa do Pastor Frazee:
A primeira é do Pastor Mark Finley, Vice Presidente de Evangelismo da Conferência Geral,
que, entre outras coisas, nos diz que “Quando eu o ouvi pregar senti que a
mensagem dele vem do Alto Trono da Sala de Audiência do Altíssimo. Eu sabia que
ele era homem de oração e que Deus impactou a sua mente. ... Suas mensagens são
profundas, bíblicas, e comoventes.”
A outra recomendação é
do Pastor Doug Batchelor, diretor da
instituição de apoio à igreja Amazing
Fact, ele diz, “Fiquei impressionado com o seu sincero amor por Jesus e
profundo conhecimento das Escrituras. ... Dois de seus livros que li
tiveram profunda influência em minha vida. ... Eu recomendo de coração seus
livros e suas mensagens.”
Nós de Ágape Edições podemos lhe
garantir que todo o livro é altamente prático para a purificação também do
santuário dos nossos corações. Demonstra claramente como é possível permitir
que Deus faça a Sua obra em nós para que Ele possa cumprir Sua lei em nosso
viver diário (Testemunhos Para Ministros,
pág. 92, 1º parágrafo).
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