Para 13 a 20 de setembro de
2014
A sensação persistente de fome perturba a muitos. "Eu
me pergunto se a mensagem de 1888
é importante o suficiente para tomar
o meu tempo?" É. É o que a fome do coração adventista anseia. A
razão por que bate em você como
um trovão. Essa mensagem, dada a mais de um século atrás, era o "início" de uma explosão sem
precedentes desde os primórdios do
Cristianismo na conquista de almas. Foram os iniciais "aguaceiros
da chuva serôdia do céu," a refrescante Boa Nova para a qual um mundo assolado
pela seca estava faminto.
Foi
para
"iluminar a terra com glória,"
uma luz que penetraria os corações honestos do islamismo, hinduísmo, catolicismo, protestantismo, paganismo, sim, em todo o mundo. A "voz do
céu" iria falar com toda a alma
humana, "sai de Babilônia, povo!
Meu!” cumprindo a profecia há muito
aguardada de Apocalipse 18.
A mensagem teria acrescentado um "poderoso" quarto anjo ao ex logotipo dos três anjos de nossa
Igreja.1
Desde
que os
apóstolos do primeiro século foram
acusados de que "têm
alvoroçado o mundo” (Atos
17:6), nenhuma mensagem fez uma obra como a mensagem de 1888, embora que o clamor
da meia noite de 1844 tenha chegado
perto. O Senhor queria seriamente preparar um povo exatamente então para atender as questões finais da
história da Terra. A agenda
não era "Preparem-se para morrer",
mas "Preparem-se para a trasladação."
Eu fico tenso quando ouço alguém
dizer (com toda a boa intenção),
"Todo mundo tem que morrer um dia,"
quando a Bíblia diz exatamente o
contrário: "Olha, ...
não vamos todos morrer"
(1ª Cor 15:51, Bíblia Boas Novas),
que é uma boa tradução neste verso; a nossa versão Almeida fiel diz: "Na verdade, nem todos dormiremos").
O inspirado apóstolo Paulo
quer ter certeza que nós não
interpretemos mal: "Não quero, porém, irmãos que
sejais ignorantes a cerca dos que
já que dormem" (1ª Tess. 4:13). Ele
passa a explicar que haverá uma geração de pessoas que "estarão vivas e
permanecerão até a vinda do Senhor"
(vs. 15, na Nova Versão King James).
Os
"aguaceiros
da chuva serôdia", que começaram em
1888 eram um presente especial
na forma de uma mensagem. É para preparar o povo
de Deus para o encontro com Jesus,
e sendo transformados, na Sua
vinda, sem experimentar a morte. É
"trasladação", que Enoque
experimentou (Heb. 11: 5). A chuva serôdia
"amadurece o grão para a colheita."
Infelizmente, a lição parece centrar-se na nossa ressurreição, assumindo que todos nós vamos morrer. Além disso, não há nenhuma menção da segunda morte de
Cristo, que é o conceito central para
as verdades do evangelho na mensagem de 1888: Cristo já realizou algo para cada ser humano. Ele morreu a segunda morte por "todo homem", e,
portanto, elegeu "todos os homens" para serem salvos. Nesse sentido, é verdade que "Ele
salvou o mundo".2
Quando
Cristo
deu o Seu sangue pelos pecados do mundo, Ele redimiu a
humanidade perdida. Ninguém está
isento de qualquer envolvimento íntimo,
porque "Ele, pela graça de Deus
[provou] a morte por todos"
(Heb. 2: 9). Em
outras palavras, Ele morreu a segunda
morte de cada pessoa, a punição
final para o pecado de cada um.
E Ele fez tudo isso antes que nós tivéssemos
qualquer chance de dizer sim ou não. Jesus envolveu-Se
com toda a alma humana no nível mais
profundo da fonte secreta de seu íntimo — o medo
pessoal de morte eterna. O sacrifício de Cristo já "livrou" o homem do medo que O escravizou por
"toda a Sua vida."3 (O
pecador pode resistir e rejeitar,
e, assim, perder-se, Cristo não vai forçar ninguém para
ser salvo.)
O
sacrifício de Cristo reverteu a
"condenação" que veio a todos nós,
"em Adão". Ele literalmente salvou o mundo do suicídio prematuro
que o pecado trouxe sobre nós. Assim, cada pedaço
de pão é carimbado com a Sua cruz.
"Nunca alguém, seja santo ou
pecador, toma seu alimento diário,
que não seja nutrido pelo corpo e
o sangue de Cristo."4 Quando esta grande verdade
de 1888 entra em foco, nós a vemos
na Bíblia: "Porque o pão de Deus é aquele que desce do céu e dá vida ao mundo” (João 6:33). “O pão que Eu der é a minha carne, que Eu darei pela
vida do mundo" (vs. 51).
"O
ato
de graça de Deus está fora de qualquer proporção com o delito de Adão ... E,
novamente, o dom de Deus não é
para ser comparado em seu efeito
com o pecado de um homem; pois a ação judicial, na sequência de um delito,
emitiu um veredicto de condenação, mas o ato de graça, na sequência de tantos
crimes, emitiu um veredicto de absolvição. ... segue-se, então, que,
como a emissão de um delito foi a condenação [de Adão] para todos os homens, assim a emissão de um ato
justo [o Calvário] é absolvição e vida para todos
os homens" (Rom. 5: 15-18), Nova versão inglesa da
Bíblia).
Aqui
está
o poder motivador! Mas qual é o resultado prático de crer nesta Boa Nova? Estávamos afastados de Deus,
em inimizade com Ele; agora vamos vê-Lo como
um amigo. Em outras palavras,
temos recebido "expiação", que significa que estamos reconciliados com
Ele. (Romanos 6: 7-11).
Nós experimentamos a justificação pela
fé, que é uma mudança de coração. Fomos resgatados da
morte eterna! É como se alguém, no
corredor da morte, recebe um
indulto de última hora. Assim,
diz Paulo, "apresentai-vos a
Deus, como vivos dentre os mortos” (Rom.
6:13). O fardo é
tirado do coração cansado quando
a "paz com Deus" (5:1) flui. A partir de agora, nenhum sacrifício é demasiado difícil de fazer por Aquele que já te
salvou do inferno.
Alonzo
T.
Jones resume bem: "Quando Jesus Cristo
nos colocou todos livres do pecado e da morte, que veio sobre
nós desde o primeiro Adão,
aquela liberdade é para todos os homens,
e cada um pode tê-la por escolha.
O Senhor não vai
obrigar ninguém a tomá-la. ... Nenhum homem vai
morrer a segunda morte que não
tenha escolhido o pecado, em vez de justiça, a morte ao invés de vida."5
A
grande
reforma protestante da justificação pela
fé tem preparado um número
incontável de almas preciosas para
morrer preparados para entrar
na "primeira ressurreição" (ver
Apocalipse 20: 6).
A ressurreição dos mortos em Cristo depende da segunda vinda de Jesus. E a segunda
vinda depende de um povo que esteja
preparado para a trasladação. Os 144.000 são os graduados
da escola de Cristo, que têm
deixado que Ele faça a Sua perfeita obra
de Ágape
em seus caráteres. Erramos se pensamos que
é "nossa" bem-aventurada
esperança. A noiva vai pensar apenas na "bem-aventurada
esperança do Esposo."
Cristo quer voltar porque Ele ama
o Seu povo que dorme seu repouso
ao longo dos séculos, e Ele quer se reunir com eles.
Eles podem ser felizes no reino de Deus para sempre. Agora nós chegamos ao momento
em que o Espírito Santo irá
revelar uma compreensão mais clara da verdade que prepara
as pessoas para a trasladação na
segunda vinda de Jesus (veja 1ª Tess. 4:16,
17).
"Demos graças
ao Senhor que Ele está lidando com a gente ainda, para nos salvar de nossos erros, para nos
salvar de nossos perigos, para guardar-nos
dos caminhos errados,
e para derramar sobre
nós a chuva serôdia, para que
possamos ser trasladados. Isto é o que a mensagem de 1888 significa — trasladação — para você e para mim. Irmãos vamos recebê-la com todo o
coração, e agradecendo a Deus por
isso."5
-Colhido dos escritos de Robert J. Wieland
Notas (a primeira é do tradutor):
1) Um dos passos que demos em direção
ao ecumenismo foi abandonar o logotipo dos três anjos, que retratava a nossa
missão, e adotar outro com os elementos usados nos logotipos evangélicos: a
bíblia; a cruz, as chamas de fogo, etc.
[2] Veja Apocalipse 2:11; 20: 6, 14; Hebreus 2: 9.
[3] Heb. 2:14,
15; cf. E.
J. Waggoner, As
Boas Novas, págs. 13, 104.
[4] Ellen G. White, O Desejado de
Todas as Nações, p. 660.
[5] AT Jones, Boletim da Conferencia Geral de 1895, pág. 269.
[6] Jones, Boletim da Conferencia Geral de 1893, p. 185.
_______________________________