quinta-feira, 4 de setembro de 2014

Lição 10, A Lei de Deus, por Paulo Penno

Para 30 de agosto a 6 de setembro de 2014

dinâmica da verdade  do concerto eterno de Deus formaram a base da mensagem de 1888. A motivação do velho concerto de medo do inferno e esperança de recompensa (*de vida eterna) é o que significa estar"sob a lei." A motivação do novo concerto é uma apreciação de coração pelo amor de Jesus que O fez percorrer todo o caminho para o inferno (*a sepultura) por você na cruz. Isto é o que significa estar"debaixo da graça."
Compreender o novo concerto é a preparação do coração para receber o "selo de Deus" e discernir a crise da "marca da besta". O novo concerto é vital para o quarto anjo, "que tem grande poder; e a terra foi iluminada com a Sua glória"(Apoc. 18: 1), para unir-se com os três anjos que têm"o evangelho eterno"(Apoc. 14: 6).
A promessa de Deus no concerto eterno é "porei as Minhas leis em seus corações, e as escreverei em suas mentes" (Heb. 10:16), que é paralela com a verdade da purificação do santuário. O nosso Sumo Sacerdote celestial purifica o caráter de Sua noiva com Ágape em prontidão para as últimas pragas, o tempo da angústia, para que ela possa ficar ao lado de seu esposo, prontos para a Sua segunda vinda em fogo consumidor.
Mas, até agora, em "nosso" 170ºano da história do desenvolvimento [desde 1844], "nossa" fé estava no primeiro compartimento do santuário. Por 1800 anos Cristo realizou um ministério maravilhoso lá, preparando pessoas para morrer, a fim de ressurgirem na primeira ressurreição em Sua segunda vinda. Mas Ele não está mais lá. Desde 1844Ele está no segundo compartimento, preparando o caráter de Sua noiva para a trasladação sem ver a morte na Sua vinda.
Seu corpo corporativo, a igreja, resistiu ao convite para o casamento em 1888. Até que esta rejeição de Cristo seja claramente entendida e sua história posterior de repetida rejeição, para receber o Seu amor,seja reconhecida, não haverá reconciliação com Ele. Arrependimento geral em todos os níveis da igreja sobre a nossa história deve ocorrer a fim de limpar a alienação dos nossos corações com Cristo.
Nós estamos repetindo a nossa história de 1888 hoje. Houve um tempo em que a pena inspirada escreveu estas palavras sobre os nossos púlpitos e evangelismo: "Temos pregado a lei até que ficamos secos como as colinas de Gilboa"1 "Nós" pensávamos que estávamos agindo muito bem, cumprindo Apoc. 12: 17 e 14:12; fomos o grande "remanescente" distinguidos pela "observância dos mandamentos de Deus." Então veio "1888"
Em 1888, "os nossos" irmãos dirigentes resistiram ao concerto eterno, tal como apresentado por Alonzo T. Jones e ElletJ. Waggoner, porque achavam que havia muita ênfase na graça e não suficiente foco sobre a obediência à lei. Os líderes sentiram que a compreensão de 1.888 do concerto era como a dos evangélicos, que ensinavam que a graça anula a lei.
Mas Ellen White viu as implicações da lei e dos concertos em 1888.Ela ficou muito feliz ao ouvir isso, e disse que era a apresentação mais clara do evangelho que ela tinha ouvido publicamente "durante os últimos 45 anos."2 Ela também disse que se esses dois jovens mensageiros não tivessem trazido a mensagem, nós simplesmente não a teríamos tido, o que significa que o Senhor tinha colocado um fardo sobre eles que não havia colocado sobre ela. Se de alguma forma a mensagem deles enfraquece a obediência à lei de Deus, não pode ser "preciosa", muito menos "mui preciosa."3
O que a fez tão feliz foi que, finalmente aquela mensagem estabeleceu a lei diante do povo em sua verdadeira luz. A compreensão dos jovens mensageiros era nova, original, dinâmica. Ela estava dolorosamente ciente de que os guardadores do domingo das igrejas evangélicas denegriam a lei de Deus, declarando ou que tinha sido abolida na cruz ou era impossível para nós seres humanos obedecê-la. De qualquer forma, a visão popular da justificação pela fé foi empregada para refutar a verdade do sábado. Ela se alegrou que "1888" finalmente retratava os dez mandamentos como dez promessas glorificando obediência de coração.4
"1888" foi clara dessa forma: A justificação pela fé é muito mais do que uma declaração legal. A declaração legal de "absolvição para todos os homens" foi feita na cruz (João 12:32, 33; Rom 3:23, 24; 5: 15-18). Tudo realizado não pode ser restringido ou negado a ninguém, porque o sacrifício de Cristo foi universal. "1888" deu um passo gigante mais longe: "Afé de Jesus faz o crente manifestar ... obediência a todos os mandamentos de Deus"5
A justificação pela fé agora tornou-se uma experiência pessoal. O coração de quem crê é reconciliado para estar em unidade com Deus. E ainda: uma vez que ninguém pode ser reconciliado com Deus e ao mesmo tempo não se reconciliar com a santa lei de Deus, segue-se (diz Ellen White) que genuína justificação pela fé faz o crente demonstrar obediência ao mandamento do sábado.
Assim, "1888" foi a primeira mensagem poderosa no adventismo que juntou "a fé de Jesus" à lei de Deus. Ela produz o tipo de obediência não-egocêntrica que capacitará “Seu povoa estar de pé no dia de Deus,.”Eis porque foi as iniciais "torrentes do céu da chuva serôdia" e "o começo" de Apocalipse 18:1-4, que vai encerrar a grande comissão evangélica.
Toda "obediência" que é motivada pelo medo da punição ou pela esperança de recompensa é a "justiça" dos fariseus.6 o cumprimento aparente da lei quando o coração não está reconciliado é a praga da mornidão "igreja mundial de Laodicéia." Este foi o problema que "o Senhor, em Sua grande misericórdia" procurou curar através do envio da mensagem de "1888." Eis porque o novo concerto era seu ponto focal da controvérsia com os irmãos.
Jones e Waggoner tiveram uma visão da cruz na mensagem do terceiro anjo. Eles vislumbraram um pouco da luz que irá finalmente iluminar a Terra.
-Paul E. Penno
Notas (A última é do tradutor):
[1] Ellen G. White,"Cristo orou pela unidade dos Seus discípulos:"Advent Review and Sabbath Herald
[2] Materiais de Ellen G. White sobre 1888, vol. 1, págs. 348 e 349.
[3] Ellen G. White, Testemunhos Para Ministros e Obreiros Evangélicos, p. 91.
[4] Comentário Bíblico Adventista, vol. 1, p. 1105 (1896).
[5] Ellen G. White, Testemunhos Para Ministros e Obreiros Evangélicos, pág. 92.
[6] Na lição de segunda-feira uma questão muito importante é perguntada: "Como podemos obedecer aos mandamentos de Deus de todo o coração, sem cair na hipocrisia [semelhante à dos judeus] e no legalismo dos escribas e fariseus?" Infelizmente, a lição não responde à pergunta e não consegue apontar ao aluno a verdade do Ágape da purificação do santuário. Jesus aponta o caminho, dizendo: "Se a vossa justiça não exceder a dos escribas e fariseus, de modo nenhum entrareis no reino dos céus" (Mateus. 5:20). O legalismo é a fé motivada pelo medo e pela esperança de recompensa em troca de ações executadas, e, como tal, é motivado pelo egocentrismo do [antigo concerto]. Que irônico, então, que na lição de terça-feira o motivo do medo encontra-se com a aprovação pelas palavras: "Com que seriedade encaramos esta advertência sobre ["arrancar os olhos ou cortar uma das mãos?"] ... Se essa advertência assusta você, muito bem. Ele deve assustar mesmo!”A motivação “debaixo da graça" pela fé é Ágape, que"excede a justiça dos escribas."Não há egoísmo em Ágape. Assim, "o amor é o cumprimento da lei" (Rom. 13:10).

7) Não é o temor do castigo, ou a esperança de uma recompensa eterna, que leva os discípulos de Cristo a segui-Lo. Contemplam o incomparável amor do Salvador, revelado em sua peregrinação na Terra, da manjedoura de Belém à cruz do Calvário, e essa visão dEle atrai, abranda e subjuga o coração. O amor desperta na alma dos que O contemplam. Ouvem-Lhe a voz, e seguem-nO. Ellen White” (O Desejado de Todas as Nações, pág. 480).
Justificação pela fé é a peça central do evangelho, a partir do qual toda doutrina bíblica deriva seu significado. O próprio Jesus, em Sua vida, morte e ressurreição, é a personificação da justiça pela fé e, portanto, Ele tem o nome, "o Senhor Justiça nossa." Esta é a verdade que inflamou os ardentes e redentivos incêndios da Reforma Protestante, no ausência dos quais se arrastou a longa Idade média. E este é o único assunto que vai engolir todos os outros com seu poder e glória nos eventos finais da história humana.
Veja mais, em inglês, em: 01—One Subject Will Prevail
Paulo Penno é pastor evangelista da igreja adventista na cidade de Hayward, na Califórnia, EUA, da Associação Norte Californiana da IASD, localizada no endereço 26400, Gading Road, Hayward, Telefone: 001 XX (510) 782-3422. Ele foi ordenado ao ministério há 38 anos. Após o curso de teologia ele fez mestrado na Universidade de Andrews. Recentemente ele preparou uma extensiva antologia dos escritos de Alonzo T. Jones e Ellet J. Waggoner, a qual está incluída na Compreensiva Pesquisa dos Escritos de Ellen G. White. Recentemente também ele escreveu o livro “O Calvário no Sinai: A Lei e os Concertos na História da Igreja Adventista do 7º Dia,” e, ao longo dos anos, escreveu muitos artigos sobre vários conceitos da mensagem de 1888. O pai dele, Paul Penno foi também pastor da igreja adventista, assim nós usualmente escrevemos seu nome: Paul E. Penno Junior. Você pode vê-lo, no You Tube, semanalmente, explanando a lição da semana seguinte na igreja adventista de Hayward, na Califórnia, em http://www.youtube.com/user/88denver99

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