Para 11 a 18
de abril de 2015
A Dinâmica da
Mensagem de 1888:
Em busca de nós, Cristo veio todo o caminho até onde estamos, tomando sobre Si
a “semelhança da carne do pecado, e por causa
do pecado, condenou o pecado na carne” (*Rom. 8:3). Assim, Ele é um
Salvador (*que está sempre) “perto, à mão, não distante” (* Emanuel”,
Isa. 7:14, este nome significa “Deus conosco”,
Mat. 1:23). Ele “é
o Salvador de todos os homens” (*1ª Tim. 4:10) até mesmo do “principal dos pecadores” (*1ª Tim.
1:15).
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Nossa
lição desta semana aborda uma pergunta frequente sobre Jesus: Quem é Ele? Esta
pergunta tem absorvido as mentes dos teólogos e pastores sinceros pela maior
parte de vários séculos. Centenas, talvez milhares de livros foram escritos
para responder a esta pergunta, mas a mensagem de 1888 fornece uma resposta que
traz Jesus para fora da neblina teológica — para a luz do sol.
Quem
é Ele? “O Filho de Deus” sim, 100% verdade, mas há mais.
Ele
estava entre nós, aqui neste planeta cerca de 2.000 anos atrás. “Estava no mundo, e o mundo foi feito por
Ele, e o mundo não O conheceu” (João 1:10). Será que o mundo O conhece
melhor hoje? Esperamos que sim; há pessoas no mundo todo que pregam sobre Ele.
Em
seu livro The Glad Tidings (pág. 10),
Ellet J. Waggoner escreveu: “Todo o ensino do evangelho é baseado na divindade
de Cristo. Os apóstolos e profetas estavam tão plenamente imbuídos dessa
verdade que isso aparece em todos os lugares em seus escritos. Jesus Cristo é ‘a imagem do Deus invisível’ (Col.
1:15), ‘sendo o resplendor da Sua glória,
e é a expressa imagem da Sua pessoa’ (Heb. 1: 3). ‘No princípio ... estava com Deus e o Verbo era Deus’ (João 1: 1) ‘antes
que o mundo existisse’ (João 17: 5). ‘Ele
é antes de todas as coisas, e todas as coisas subsistem por Ele’ (Col.
1:17)”.
Mas
pensem no povo de Nazaré; outrora eles amavam Jesus como o bebê de Maria e como
uma criança, não sabendo, logicamente, quem Ele era. As mulheres O
tratavam carinhosamente como um bebê, e O admiravam como adolescente. Ele
voltou uma ocasião para visitá-los e para pregar durante o seu culto do sábado.
Anunciou-lhes a Sua “especialidade médica”: “O
Espírito do Senhor está sobre Mim, porque o Senhor Me ungiu para pregar o
evangelho [Boas Novas] aos mansos,
enviou-Me a restaurar os contritos de coração, a proclamar liberdade aos
cativos [escravos], e restaurar a
vista aos cegos [um supremo oftalmologista] e pôr em liberdade os oprimidos” (*Isa.
61:1).
Mas
todo aquele amor ao próximo da vizinhança que outrora sentiam por Ele tornou-se
azedo e amargo, e tentaram jogá-Lo de sobre um penhasco e matá-Lo, quando Ele
lhes anunciou que era o Messias (cf. Luc. 4: 16-29). O que antes fora amor
havia se transformado em amargo ódio! Se você provou mesmo um pouquinho disso,
pode simpatizar-se com Jesus pela dor que Ele teve de sentir.
A identidade de Cristo
Reconhecer a Sua
identidade ainda divide a Igreja em quase todos os lugares. Estamos todos de
acordo quanto a Sua divindade: Ele é o Filho divino do Pai, o Criador do
universo, absolutamente sem pecado. Mas quem é Jesus em relação a sua
encarnação?
Em geral, (*todos) estamos unidos em vê-Lo como o descendente de Adão; mas o problema é — que
Adão? O sem pecado, antes de ele e Eva caírem? Ou é Ele o descendente do Adão
caído?
A
questão não é se Jesus era ou não perfeitamente sem pecado em Sua encarnação:
não temos dúvida quanto à perfeita impecabilidade de Jesus em Sua natureza como
ser humano, em Sua encarnação. A questão é: teve Jesus que enfrentar, e
condenar o pecado, em Sua natureza humana? Esta é a luta que todos temos. Ou
era Jesus “isento” dessa luta, de modo que não tinha nenhuma batalha com o
pecado a “vencer”?
Mas
Jesus também é “o Filho do homem”. O Pai “enviou”
o Seu Filho em “semelhança da carne do
pecado, e por causa do pecado, condenou o pecado na carne” (Rom. 8: 3). Ele
tornou-Se um de nós, eternamente, para suportar a nossa natureza humana, bem
como Sua natureza divina. Isso também é 100% verdadeiro. Mas o que Ele realizou
por essa grande condescendência e sacrifício?
O Pai deu a Jesus a “descrição do
trabalho” (*que Ele deveria realizar:) — Salve o Mundo Perdido. A “Descrição de
trabalho” de Jesus”, quando o Pai O enviou a este mundo escuro, foi: salve o
mundo perdido! (Veja Rom. 8: 3):
1. Derrote Satanás na
humanidade;
2. Entre na briga
onde o problema está;
3. Tome sobre Sua
natureza sem pecado (trazida do céu), a mesma caída, carne e natureza pecaminosas
que todos os seres humanos têm;
4. Em seguida, condene
ou derrote o pecado ali, no seu último esconderijo no universo;
5. Livre a raça
humana desse cativeiro de pecado, (*e)
6. Triunfe no “grande
conflito” sobre Satanás.
Sem
“exceção”, nem “colete à prova de bala”, Jesus entrou na mesma arena onde todos
nós perdemos a batalha. E aqui, em nossa carne e natureza humanas, Ele “condenou”, derrotou, destruiu o pecado.
Ele veio aonde o pecado tinha raízes — na carne humana. Em nossa mesma carne
Ele ganhou o grande conflito com Satanás, abriu as portas do céu para os
pecadores crentes, arrependidos, e alegrou os corações de todo o céu. Cristo
fez a Sua obra; Ele realmente “salvou o
mundo”.
Mas
tanto “Babilônia” quanto Laodiceia não conseguem entender que Jesus morreu a
segunda morte de cada pessoa que já nasceu: Ele, “pela graça de Deus provou [a segunda] morte para cada pessoa” (Heb. 2: 9). Não apenas o nosso “sono” (*a
primeira morte). O sacrifício na cruz era infinitamente maior do que temos sido
capazes de ver. O ensino da imortalidade natural diz que Jesus não morreu
realmente a morte real, o nosso salário do pecado — a morte! Assim Ele não
“pagou tudo isso”.
Romanos
8: 4 diz o que vai acontecer agora: “Para
que a justiça da lei se cumprisse em nós, que não andamos segundo a carne, mas
segundo o Espírito”. Aqui está a verdade fundamental da mensagem de 1888:
os seres humanos (*quando da volta de Jesus, a última geração) pela fé em Jesus
vão vencer o pecado, “condená-lo” em nossa carne decaída, e estarão prontos
para a segunda vinda de Jesus — algo que nenhum outro grupo corporativo realizou
em toda a história passada.
A Transfiguração
Lucas dá um relato
vívido da Transfiguração. Jesus foi glorificado no Monte da Transfiguração,
conversando com Moisés e Elias. Luz celestial.
Mas
agora Ele retorna para a Sua vida diária de ministério pelas pessoas que
sofrem. Ele continua o Seu trabalho no Santuário Celestial. Como nosso Sumo
Sacerdote está fazendo “intercessão” por nós (Rom. 8:34.); e João compara
Cristo a “um advogado para com o Pai” (1ª
João 2: 1). Em outras palavras, Jesus é um advogado de defesa a pleitear o
nosso caso “junto ao Pai”. Nosso
advogado divino está trabalhando em nosso favor.
Em
misericórdia para com a Igreja remanescente (e o mundo), “o Senhor, em Sua
grande misericórdia, enviou uma mui preciosa mensagem ao Seu povo”, há mais de
120 anos atrás, que contava a verdade salvadora de uma forma clara e tão simples
que uma criança pode entender. Cristo tomou sobre Sua natureza sem pecado a
nossa natureza caída e pecaminosa para que pudesse salvar a raça humana do
pecado. “Tentado em todos os pontos como
nós somos [tentados], mas sem pecado”
(Heb. 4:15), Ele livrou toda a raça humana do cativeiro do pecado. Ele disse a
Seu Pai que tinha “consumado a obra que
Me deste a fazer” (João 17:4).
Mas
isso não é tudo da Boa Nova: Ele terá um povo que recebe Sua fé e vai vencer
também, “assim como [Ele] venceu” (*Apoc 3:21). Serão aqueles
trasladados na segunda vinda de Jesus (cf. 1ª Tes. 4:16, 17).
Na
última página da Bíblia, a mais feliz de todas, eu e você somos convidados: “O Espírito [Santo] e a esposa dizem: Vem! E quem ouve, diga: Vem; e quem tem sede, venha;
e quem quiser tome de graça da água da vida” (Apoc. 22:17).
Redigido a partir dos escritos de
Robert
J. Wieland
O irmão
Roberto J. Wieland foi um pastor adventista, a vida inteira, missionário na
África, em Nairobe e Kenia. É autor de inúmeros livros. Foi consultor editorial
adventista do Sétimo Dia para a África. Ele deu sua vida por Cristo na África.
Desde que foi jubilado, até sua morte, em julho de 2011, aos 95 anos, viveu na
Califórnia, EUA, onde ainda era atuante na sua igreja local. Ele é autor de
dezenas de livros. Em 1950 ele e o
pastor Donald K. Short, também missionário na África, em uma das férias deles nos
Estados Unidos, fizeram dois pedidos à Conferência Geral: 1º) que
fossem publicadas todas as matérias de Ellen G. White sobre 1888, e 2º) que fosse publicada uma antologia dos escritos de
Waggoner e Jones. Eles e sua mensagem receberam mais de 200 recomendações de
Ellen G. White. 38 anos depois, em 1988, a Conferência
Geral atendeu o primeiro pedido, o que resultou na publicação de 4 volumes
com um total de 1821 páginas tamanho A4, com o título Materiais de Ellen G. White sobre 1888. Quanto ao segundo pedido
até hoje não foi o mesmo ainda atendido.
Atenção: Asteriscos (*) indicam acréscimos do tradutor.
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