Para
20 a 27 de junho de 2015
A ressurreição de Jesus não foi um ato arbitrário de Deus. Ao contrário,
foi a conquista definitiva do amor centrado no objeto de Seu amor — nós.
De acordo com Paulo, “a lei do Espírito e vida” pesaram seu
decisivo conflito na pessoa de Jesus Cristo (Rom. 8:3). Tendo tomado sobre Si
mesmo nossa “carne pecaminosa,” Jesus
viveu uma vida incorrupta e sem egoísmo, na própria natureza humana na qual o
princípio do pecado sempre reinou. O Pecado nunca O possuiu. Por virtude de Seu insistente amor pelos
pecadores e Sua inabalável confiança no Pai, Cristo neutralizou o poder do
pecado na própria natureza que temos. A Sua ressurreição é prova desta vitória.
“Deus O ressuscitou, soltas as ânsias da morte, pois não era possível
que fosse retido por ela” (Atos 2:24). Precisamente porque o pecado, o qual é a
causa da morte, nunca o possuiu!
Por que era impossível à morte retê-Lo? Porque Ele viveu uma vida sem pecado, não corrompida pelo egoísmo,
exatamente na natureza humana na qual o princípio do pecado sempre reinou. O pecado nunca o possuiu.
Precisamente porque o pecado, que é o poder causador da morte, nunca se
apossou dEle! O Pai não ressuscitou a Cristo furtivamente ou por decreto, mas
por conquista legal. A
ressurreição de Jesus não foi um ato
arbitrário de Deus. Ao contrário, era a revelação do fato de que a vida eterna
é herdada em amor sem egoísmo. Era impossível à morte segurá-Lo porque
Ele não se agarrou egoisticamente à própria vida em resistência à morte. Movido
pelo poder do amor sem egoísmo, Ele depôs Sua vida pela salvação do mundo. Sua
morte foi um ato livre da amor.
“Eu dou a Minha vida,” Jesus explicou, “para
tornar a tomá-la. Ninguém a tira de Mim, mas Eu de Mim mesmo a dou; tenho poder
para dar, e poder para tornar a tomá-la. Este
mandamento recebi de Meu Pai” (João
10:17 e 18).
O FATO DE QUE NINGUÉM TOMOU SUA VIDA CONTRA A SUA
VONTADE PROVA QUE ELA FOI DADA VOLUNTARIAMENTE EM AMOR.
Tendo abandonado o eu pelo bem de outros, Ele triunfou sobre o princípio
do pecado, assim anulando o seu poder de destruí-Lo. O fato de que ninguém
tomou a Sua vida contra a Sua vontade prova que ela foi dada em amor. Se os
homens tivessem tomado Sua vida contra Sua vontade, a própria resistência de
Sua vontade teria provado Sua incapacidade de amar a outros a qualquer custo
para Ele mesmo. O pecado teria prevalecido sobre o amor. Mas porque Ele Se
submeteu à completa perda do Eu, o amor permaneceu a força dominante em Seu
coração. As palavras “Eu dou a minha vida
para tornar a tomá-la,” estabelece uma vital conexão entre o sacrifício de
Sua vontade e Sua ressurreição vitoriosa. Pois se o pecado é o poder da morte,
e se a essência do pecado é o egoísmo, então se segue que o amor altruísta de
Cristo, manteve-se até ao ponto da morte, é o poder pelo qual Ele venceu “a lei do pecado e da morte.”
Foi o diabólico propósito de Satanás frustrar o amor de Cristo pela
humanidade e quebrar Sua confiança no Pai. A condenação do nosso pecado Sobre
Ele, e o correspondente sentido de separação do Pai, o abuso e crueldade
colocados sobre Ele por aqueles que Ele veio salvar — tudo foi calculado para
deturpar o amor do Seu coração e forçá-Lo a concentra-Se em Si mesmo.
Os lideres religiosos zombavam dEle
dizendo, “Aos outros salvou,
salve-Se a Si mesmo, se este é o Cristo, o escolhido de Deus” (Lucas
23:35).
E também os soldados se uniram em zombaria, “Se Tu és o Rei dos judeus, salva-Te a Ti mesmo” (Lucas 23:37)..
Um dos malfeitores que estavam pendurados blasfemava dEle, dizendo: “Se Tu és o Cristo, salva-Te a Ti mesmo, e a
nós” (Lucas 23:39).
Salve! Salve! Salve!
A ironia é, Ele poderia ter Se salvado e nos abandonar ao nosso próprio
egoísmo e ódio. Mas Ele simplesmente escolhe não fazê-lo.
Tudo sobre o evento da Cruz foi determinado para pressionar Jesus a preservar
o Eu. O âmago da essência do caráter de Deus estava sob cerco. A questão
central dos séculos estava pendente ante os homens e anjos, Quem é o Regente do
universo? Do que é feito o Seu coração? Irá Seu próprio coração provar ser uma
fraude sob pressão, ou irá Ele mergulhar nas profundezas do total sacrifício
próprio por outros?
Quando escarnecido pela feiúra do nosso odioso egoísmo, continuará
Cristo a amar-nos com renúncia altruísta, ou entrará Ele em colapso? Quando
confrontado com a completa separação do Pai por causa das trevas, continuará
Ele a pôr-nos em primeiro lugar, ou irá o impulso por preservar o eu às nossas
custas chegar com Ele?
Toda adoração inteligente e toda verdadeira
lealdade são para sempre suas por virtude da Cruz.
Ao o Salvador pendurado sobre a cruz ser torturado no corpo e na alma,
desprezado dos homens e aparentemente esquecido de Deus, completamente sozinho na
profunda escuridão de nossa vergonha, amor e egoísmo permaneceram face a face
em raivoso combate. Em Cristo, a lei do pecado e da morte mediam força contra a
lei da vida, e a vida, por amor, ganhou a vitória. Na respiração final de
Jesus, o Calvário foi colocado por lembrança por toda a eternidade o fato de
que Deus é infinitamente altruísta. Toda adoração inteligente e toda lealdade
são, para sempre Suas em virtude da cruz. E toda rebelião contra tal Deus como este
é manifestamente injustificável.
A tumba vazia prova o triunfo do amor sobre o egoísmo. Este é o
empreendimento monumental em evidência no Cristo ressurreto.
Ty Gibson
Ty Gibson é co-diretor do
Ministério Light Bearers [Portadores da Luz] e pastor da Igreja Adventista
do Sétimo Dia da cidade de Storyline em Eugene, Oregon. Ele é um
comunicador apaixonado por Jesus mais do que por tudo que este mundo tem
para oferecer, e pregava a mensagem de
Justificação pela fé, que abre,
move e transforma mentes e corações,
Ty Gibson prega sobre uma variedade de
tópicos, enfatizando o amor infalível e inesgotável de Deus como o
tema central da Bíblia. Ele é autor de
muitos livros. É´casado com Sue Gibson, têm três filhos adultos: Amber; Jason e Leah, e dois
netos.