quarta-feira, 24 de junho de 2015

Lição 13 – Crucificado e ressurreto, por Ty Gibson



Para 20 a 27 de junho de 2015

A ressurreição de Jesus não foi um ato arbitrário de Deus. Ao contrário, foi a conquista definitiva do amor centrado no objeto de Seu amor — nós.
De acordo com Paulo, “a lei do Espírito e vida” pesaram seu decisivo conflito na pessoa de Jesus Cristo (Rom. 8:3). Tendo tomado sobre Si mesmo nossa “carne pecaminosa,” Jesus viveu uma vida incorrupta e sem egoísmo, na própria natureza humana na qual o princípio do pecado sempre reinou. O Pecado nunca O possuiu. Por virtude de Seu insistente amor pelos pecadores e Sua inabalável confiança no Pai, Cristo neutralizou o poder do pecado na própria natureza que temos. A Sua ressurreição é prova desta vitória.
 “Deus O ressuscitou, soltas as ânsias da morte, pois não era possível que fosse retido por ela” (Atos 2:24). Precisamente porque o pecado, o qual é a causa da morte, nunca o possuiu!
Por que era impossível à morte retê-Lo? Porque Ele viveu uma vida sem pecado, não corrompida pelo egoísmo, exatamente na natureza humana na qual o princípio do pecado sempre reinou. O pecado nunca o possuiu.
Precisamente porque o pecado, que é o poder causador da morte, nunca se apossou dEle! O Pai não ressuscitou a Cristo furtivamente ou por decreto, mas por conquista legal. A ressurreição  de Jesus não foi um ato arbitrário de Deus. Ao contrário, era a revelação do fato de que a vida eterna é herdada em amor sem egoísmo. Era impossível à morte segurá-Lo porque Ele não se agarrou egoisticamente à própria vida em resistência à morte. Movido pelo poder do amor sem egoísmo, Ele depôs Sua vida pela salvação do mundo. Sua morte foi um ato livre da amor.
 “Eu dou a Minha vida,” Jesus explicou, “para tornar a tomá-la. Ninguém a tira de Mim, mas Eu de Mim mesmo a dou; tenho poder para dar, e poder para tornar a tomá-la. Este mandamento recebi de Meu Pai” (João 10:17 e 18).
O FATO DE QUE NINGUÉM TOMOU SUA VIDA CONTRA A SUA VONTADE PROVA QUE ELA FOI DADA VOLUNTARIAMENTE EM AMOR.
Tendo abandonado o eu pelo bem de outros, Ele triunfou sobre o princípio do pecado, assim anulando o seu poder de destruí-Lo. O fato de que ninguém tomou a Sua vida contra a Sua vontade prova que ela foi dada em amor. Se os homens tivessem tomado Sua vida contra Sua vontade, a própria resistência de Sua vontade teria provado Sua incapacidade de amar a outros a qualquer custo para Ele mesmo. O pecado teria prevalecido sobre o amor. Mas porque Ele Se submeteu à completa perda do Eu, o amor permaneceu a força dominante em Seu coração. As palavras “Eu dou a minha vida para tornar a tomá-la,” estabelece uma vital conexão entre o sacrifício de Sua vontade e Sua ressurreição vitoriosa. Pois se o pecado é o poder da morte, e se a essência do pecado é o egoísmo, então se segue que o amor altruísta de Cristo, manteve-se até ao ponto da morte, é o poder pelo qual Ele venceu “a lei do pecado e da morte.”
Foi o diabólico propósito de Satanás frustrar o amor de Cristo pela humanidade e quebrar Sua confiança no Pai. A condenação do nosso pecado Sobre Ele, e o correspondente sentido de separação do Pai, o abuso e crueldade colocados sobre Ele por aqueles que Ele veio salvar — tudo foi calculado para deturpar o amor do Seu coração e forçá-Lo a concentra-Se em Si mesmo.
Os lideres religiosos zombavam dEle  dizendo, “Aos outros salvou, salve-Se a Si mesmo, se este é o Cristo, o escolhido de Deus” (Lucas 23:35).
E também os soldados se uniram em zombaria, “Se Tu és o Rei dos judeus, salva-Te a Ti mesmo” (Lucas 23:37)..
Um dos malfeitores que estavam pendurados blasfemava dEle, dizendo: “Se Tu és o Cristo, salva-Te a Ti mesmo, e a nós” (Lucas 23:39).
Salve! Salve! Salve!
A ironia é, Ele poderia ter Se salvado e nos abandonar ao nosso próprio egoísmo e ódio. Mas Ele simplesmente escolhe não fazê-lo.
Tudo sobre o evento da Cruz foi determinado para pressionar Jesus a preservar o Eu. O âmago da essência do caráter de Deus estava sob cerco. A questão central dos séculos estava pendente ante os homens e anjos, Quem é o Regente do universo? Do que é feito o Seu coração? Irá Seu próprio coração provar ser uma fraude sob pressão, ou irá Ele mergulhar nas profundezas do total sacrifício próprio por outros?
Quando escarnecido pela feiúra do nosso odioso egoísmo, continuará Cristo a amar-nos com renúncia altruísta, ou entrará Ele em colapso? Quando confrontado com a completa separação do Pai por causa das trevas, continuará Ele a pôr-nos em primeiro lugar, ou irá o impulso por preservar o eu às nossas custas chegar com Ele?  
Toda adoração inteligente e toda verdadeira lealdade são para sempre suas por virtude da Cruz.
Ao o Salvador pendurado sobre a cruz ser torturado no corpo e na alma, desprezado dos homens e aparentemente esquecido de Deus, completamente sozinho na profunda escuridão de nossa vergonha, amor e egoísmo permaneceram face a face em raivoso combate. Em Cristo, a lei do pecado e da morte mediam força contra a lei da vida, e a vida, por amor, ganhou a vitória. Na respiração final de Jesus, o Calvário foi colocado por lembrança por toda a eternidade o fato de que Deus é infinitamente altruísta. Toda adoração inteligente e toda lealdade são, para sempre Suas em virtude da cruz. E toda rebelião contra tal Deus como este é manifestamente injustificável.
A tumba vazia prova o triunfo do amor sobre o egoísmo. Este é o empreendimento monumental em evidência no Cristo ressurreto.


Ty Gibson


Ty Gibson é co-diretor do Ministério Light Bearers [Portadores da Luz] e pastor da Igreja Adventista do Sétimo Dia da cidade de Storyline em Eugene, Oregon. Ele é um comunicador apaixonado por Jesus mais do que por tudo que este mundo tem para oferecer, e pregava a  mensagem de Justificação pela fé, que abre, move e transforma mentes e corações, Ty Gibson prega sobre uma variedade de tópicos, enfatizando o amor infalível e inesgotável de Deus como o tema central da Bíblia. Ele é autor de muitos livros. É´casado com Sue Gibson,  têm três filhos adultos: Amber; Jason e Leah, e dois netos.