Para
2 a 9 de abril de 2016
O rito da circuncisão foi dado
como um sinal a Abraão e seus descendentes de sua incapacidade de, por si mesmo,
produzir o Herdeiro da promessa. Os organismos de Abraão e Sara estavam
essencialmente mortos. O nascimento de Isaque foi um milagre prometido por
Deus. Sem essa promessa, eles não poderiam produzir o Herdeiro final, que era
Jesus.
A CERIMÔNIA DO
BATISMO
A cerimônia do batismo é um
sinal de que o crente se identifica com a morte de Cristo, para que possa dizer
com Ele, “não posso de Mim mesmo, fazer
coisa alguma” (*João 5:30). Somos absolutamente incapazes de produzir
justiça pelas nossas próprias obras, porque estamos mortos em delitos e
pecados.
Jesus não estava morto em
delitos e pecados, então por que Se submeteu Ele à cerimônia do batismo? João
se perguntou por que Jesus pedia o batismo, e Sua resposta é intrigante. “Deixa por agora, porque assim nos convém
cumprir toda a justiça. Então ele o permitiu” (Mat. 3:15). Jesus não disse
que era para cumprir a lei, mas para cumprir “toda a justiça”.
O batismo não era desconhecido
para o mundo pré-cristão. O livro de Levítico contém muitos rituais e
requisitos de uso da água para higiene. Os fariseus amantes das obras
perverteram os requisitos razoáveis de Deus tornando-os jugos insuportáveis.
Embora a origem do batismo seja incerta, pode ter derivado do costume judaico
de imersões rituais ou “mikves”. Antes que o judeu devoto pudesse frequentar o
culto ou outras cerimônias, realizava o ritual de imersão, não necessariamente
para higiene ou limpeza, mas para pureza espiritual. Presumivelmente, por causa
deste simbolismo, ninguém achou estranho que João estivesse batizando.
Geralmente, a explicação do
motivo pelo qual Jesus participou no batismo é que Ele é nosso exemplo, e isso
é verdade. Mas Ele disse a João para batizá-Lo para “cumprir toda a justiça”. A
palavra que Jesus usou em Mateus 3:15, dikaiosune, é o termo grego para
justiça imputada. Esta é a justiça que Cristo, tendo vindo na semelhança da
nossa carne pecaminosa, realizou por nós.
É sempre somente a justiça de
Cristo — Ele é sempre o seu derradeiro valor. Ele é o único no universo que
possui a justiça verdadeira, porque foi para a cruz e morreu a “segunda
morte”. Sua escolha de livre arbítrio para morrer a segunda morte foi
motivada por amor genuíno (Ágape), que por si só é verdadeira “justiça”.
O salário do pecado é a morte,
a segunda morte. Enquanto os seres humanos podem experimentar a segunda morte
(e isso se aplicará a muitos), ela não lhes acarretará nenhum bem pois não há
ressurreição sem o poder divino. Uma vez que não temos o poder divino e,
portanto, não podemos ressuscitar-nos, Cristo o fez por nós e nos imputa este “veredito judicial de absolvição” (Rom
5:16, REB), mas Ele é sempre o valor, ou garantia dessa justiça.
The wages of sin are death, the second death.
While humans can (and many will) die the second death, it does them no good as
there is no resurrection without divine power. Since we don't have divine power
and thus cannot resurrect ourselves, Christ did it for us and imputes this "judicial
verdict of acquittal" (Rom. 5:16, REB) to us, but He is always the value,
or surety of that righteousness.
FEITO COMO SEUS IRMÃOS
A fim de Se qualificar e fazer
isso por nós, Ele teve que ser feito semelhante a Seus irmãos (Heb. 2:17). Ele
colocou de lado as prerrogativas da divindade (Fil. 2:5-8) e foi feito à
semelhança da carne do pecado, para que pudesse fazer o que a lei não podia
fazer — como oferta pelo pecado, condenou o pecado na carne (Rom . 8:3). Nenhum
dos habitantes do vasto universo não-caído possui verdadeira justiça, pois
ninguém, exceto Cristo, morreu a “segunda morte.” Nenhum anjo não-caído possui
“justiça”. Eles têm apenas “santidade”.
Alonzo T. Jones, um dos
“mensageiros” de 1888, expressou-o desta maneira: “Todos os nossos pecados que
realmente cometemos foram colocados sobre Ele, a Ele imputados, para que a Sua
justiça pudesse ser colocada sobre nós, a nós imputada. Também a nossa tendência para o pecado foi colocada
sobre Ele, nEle sendo tornada carne, no ser Ele nascido de uma mulher, da mesma
carne e sangue como nós temos, para que Sua justiça fosse realmente manifesta
em nós como nossa vida diária. ... E para guardar-nos
de pecar, a Sua justiça é concedida a nós em nossa carne; tal como (*é) a
nossa carne, com a sua propensão para o pecado, foi dada a Ele. Assim, Ele é
o Salvador completo. Ele salva de todos os pecados que temos efetivamente
cometido; e salva-nos igualmente de todos os pecados que possamos cometer
enquanto separados dEle”.1 Este
conceito da mensagem de 1888 baseia-se na crença então prevalecente na Igreja
Adventista do Sétimo Dia de que “Deus
enviou o Seu próprio Filho à semelhança da carne do pecado, e por causa do
pecado, condenou o pecado na carne” (Rom. 8: 3).
Justiça comunicada é uma
expressão diferente na língua original — dikaiomata. É o dom da justiça
de Cristo finalmente apreciada, recebida no coração para que a alma nunca seja
movida; agora ela odeia o pecado com ódio tão completo que ele ou ela
preferiria morrer para sempre a submeter-se a uma tentação pecaminosa; é o
compartilhar desse Ágape de total negação do eu com Cristo, tornando-se
um participante com Cristo da natureza divina (2ª Pedro 1:4).
A obra do Espírito Santo é
administrar a justiça de Cristo, ou comunicá-la a nossos corações e mentes, como
Jesus ministra no Lugar Santíssimo do santuário celestial. Este trabalho é
específico para cada indivíduo segundo cada um participe e dê permissão para o
processo de purificação. Apo. 14: 1-5 descreve um povo no final dos tempos que “são irrepreensíveis diante do trono de
Deus”, e que “seguem o Cordeiro para
onde quer que vá”. Eles recusam a “marca da besta” e recebem “o selo de
Deus” (Apo. 13:16, 17; 7:1-4). Este processo resulta na justiça tornando-se
parte de cada crente, mas isso só é possível através da fé.
Quando Cristo morreu por toda a
raça humana, Ele deu valor ao Seu sacrifício que beneficiou toda a humanidade.
Não há necessidade de qualquer um morrer a segunda morte, porque Cristo já fez
isso.
Podemos concluir que, quando
Jesus disse que João O batizasse a fim de cumprir “toda” a justiça, Ele
estava incluindo tudo de quanto os seres humanos caídos precisam, tanto
imputado quanto comunicado. O Pai expressou a Sua aprovação dizendo: “Este é o Meu Filho amado, em quem Me
comprazo”. O Espírito Santo Se manifestou na forma de uma pomba para ungir
a Jesus para a missão do ministério que Ele estava começando. Assim se dá
conosco. Temos o poder de aceitar pela fé que a Divindade operou isto, e se
aceitarmos que vamos receber todo o poder que o Céu tem para refletir a justiça
de Cristo. Ore para que nenhum de nós rejeite este presente maravilhoso.
--Arlene
Hill
Nota:
1)
Alonzo T.
Jones, “O Caminho Consagrado para a
Perfeição Cristã”, págs. 48 e 49.
Na edição de que disponho está à pág. 39.
A todos que desejarem poderei fornecer uma cópia
deste livro.
Solicite-o a nós, nesta semana, e na próxima, respondendo-nos
este e-mail.
Se o pedido vier no futuro faça referência ao
título desta lição, e ao período de 2 a 9 de abril de 2016.
A irmã Arlene Hill é uma advogada aposentada da Califórnia, EUA. Ela agora
mora na cidade de Reno, estado de Nevada, onde é professora da Escola Sabatina
na igreja adventista local. Ela foi um dos principais oradores no seminário “É a Justiça Pela Fé, Relevante
Hoje?”, que se realizou na sua igreja em maio de 2010, a Igreja Adventista
do Sétimo Dia, localizada no endereço: 7125 Weest 4th Street, Reno,
Nevada, USA, Telefone 001 XX
(775) 327-4545; 001 XX (775) 322-9642. Ela também foi oradora do
seminário “Elias, convertendo corações”, realizado nos dias 6 e 7 de fevereiro
de 2015, na igreja adventista Valley
Center Seventh-day Adventist Church localizada no endereço: 14919 Fruitvale
Road, Valley Center, Califórnia.
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