Para 9
a 16 de abril de 2016
Jesus
começou o Seu famoso Sermão do Monte com nove prescrições de cura certa, cada
uma começando com, “Felizes são os que ...” (Mat. 5: 3-12, Bíblia na Linguagem de
Hoje). Mesmo que a publicação de estudo da lição afirme que “precisamos... aplicá-lo
[o sermão]”, talvez se surpreenda em notar que nenhuma daquelas nove
“bem-aventuranças” nos diz o que fazer a fim de sermos “felizes”, como se Jesus
fosse um guru propondo um programa de obras. A ênfase na mensagem da Boa Nova
de Jesus não é fazer alguma coisa boa a fim de ser feliz, mas crer em alguma
“boa notícia”.
Se a felicidade dependesse de
fazermos a coisa certa, sempre chegaríamos ao ponto em que perceberíamos que
não podemos fazer isso direito. Não importa o quanto tentemos, há sempre um
elemento de falha ou não-cumprimento. Se Deus nos promete algo de bom sob a
condição de que primeiro cumpramos certos pré-requisitos de coisas a fazer, as
Suas promessas haverão de cair por terra porque não podemos realizá-las. Deus
pode nos prometer o céu, mas é uma crueldade se Suas promessas forem anuladas
por alguma condição impossível.
Tem por muito tempo havido uma
questão de saber se Jesus pregou o Sermão da Montanha para os Seus discípulos
ou para a multidão. Alguns dizem que Deus não é o Pai de “toda a humanidade”,
apenas daqueles que são convertidos. Todos os demais são filhos do diabo. Mas
Mateus 5:1 diz que quando Jesus viu “as
multidões, subiu ao monte” e pregou, sobre “vosso Pai que está nos céus” (capítulos 6, 7).
“AMAI OS VOSSOS INIMIGOS ...”
No Seu Sermão do Monte, Jesus
nos disse: “Amai a vossos inimigos,
bendizei os que vos maldizem, fazei bem aos que vos odeiam, e orai pelos que
vos desprezam e vos perseguem” (Mat. 5:44).
Mas ninguém sabia o que Ele queria
dizer. Isso passou alto por sobre a cabeça das pessoas. Ninguém realmente
entendeu as verdadeiras dimensões do “amor” até a cruz (cf. Ef. 3:18, 19). A
palavra que Jesus usou para “amor” não era a comum, do dia-a-dia que as pessoas
usavam no mundo grego ou latino — era Ágape. A ideia era nebulosa; não
poderia ser definida até a cruz.1
O mundo se maravilha com o
milagre da ressurreição de Cristo, depois de três dias no túmulo; mas o maior
milagre foi o amor que Ele demonstrou. Foi sobrenatural — nunca tinha sido
visto desde que o tempo começou. Cada crucificação executada pelos romanos
tinha sido uma demonstração de pura maldição e ódio. Ali estava Aquele em que a
vítima orou por seus assassinos! Tornou-Se falado por todo o Império. Nenhuma
publicidade poderia ser comprada a qualquer preço que fosse mais eficaz para
proclamar o evangelho.
Este amor conhecido como Ágape
está numa categoria diferente daquele a que chamamos amor. Ao contrário do amor
“natural” com que nascemos, que ama a si próprio ou pessoas agradáveis, Ágape
ama as pessoas feias, pessoas más, pessoas indignas, sim, inimigos. Nunca
ouvido antes! (A lição faz alusão a essa ideia quando o autor diz: “O enfoque desta
seção [Mat. 5: 43-48] é o amor às pessoas, não simplesmente àquelas que qualquer
um poderia amar, mas àquelas que, pelos padrões do mundo, geralmente não amaríamos
...” no entanto, o foco parece estar em nosso
“amor”, não no de Deus, e a palavra Ágape não é usada).
Nos lábios dos apóstolos,
tornou-se a palavra que “pôs o mundo de
cabeça para baixo” (Atos 17: 6, KJV). Sua origem era sobrenatural. Tinha
que ser “derramado em” corações
humanos esvaziados de uma fonte externa (Rom. 5:5). Ele não pode ser transmitido
por palestras, e não pode ser propagado pelo PowerPoint. Tem que ser comunicado
por uma chama quente branca que queima num coração humano que haja sido
profundamente tocado pelo Espírito Santo.
PERFEIÇÃO
Nossa lição afirma: “De todos
os ensinos do Sermão do Monte, esse tem sido um dos mais surpreendentes, o mais
‘radical’. Ser tão perfeito como nosso ‘Pai celeste’? O que isso significa?”
(1º § da lição de 4ª feira, pág. 33 da edição dos professores).
Alonzo
T. Jones, um dos “mensageiros” de 1888, em seu livro de grande peso, “O Caminho Consagrado à Perfeição Cristã”2, escreve:
“Esta perfeição é, em todos os sentidos, obtida
através do sacerdócio, do sacrifício e do serviço deste nosso grande Sumo
Sacerdote à destra do trono da Majestade nos céus, em Seu ministério no
santuário e no verdadeiro tabernáculo, que o Senhor fundou, e não o homem. ...
“Perfeição,
perfeição do caráter é o alvo do cristão — perfeição, obtida na carne humana
neste mundo. Cristo obteve esta perfeição na carne humana neste mundo, e
consagrou um caminho pelo qual, nEle, cada crente pode obter a
mesma. Ele, tendo alcançado isso, tornou-Se assim o nosso grande Sumo
Sacerdote, pelo Seu ministério sacerdotal no verdadeiro santuário, para habilitar-nos
de a obter (*isto é, nos permitir atingir esse objetivo).
“A perfeição é o grande alvo dos cristãos; e o
sumo sacerdócio e o ministério de Cristo no verdadeiro santuário é o único caminho
pelo qual cada alma pode obter este verdadeiro alvo neste mundo. ‘O
teu caminho, ó Deus, está no santuário’” (Sal. 77:13, Almeida Fiel).
UMA MENSAGEM SERENA QUE AQUECE
O CORAÇÃO
Deus não pode atrair a atenção
de Seu povo por uma exigência sem precedentes motivada pelo medo de uma vida
santa. O meio que o Senhor vai empregar será uma mensagem serena, que aquece o
coração da “justiça dos santos”, uma
mensagem que atrai o coração — “justificação pela fé”.
Quando o último grande anjo
desce com a mensagem que vai “iluminar a
terra com glória” será uma mensagem para ir para a “toda nação, e tribo, e língua, e povo”, com o impacto poderoso que
o Sermão de Jesus no Monte teve no mundo há dois mil anos, porque será simples
(Apo. 18: 1-4; 14: 6, 7). O Senhor não sobrecarrega você (Ap 2:24). Apenas insiste
que estude!
From
the writings of Robert J. Wieland
Notas:
1) Veja o sermão do pr. Roberto Wieland: Amor [Ágape] - A Palavra que Alvoroçou o Mundo, anexo;
2)
Alonzo T.
Jones, “O Caminho Consagrado para a
Perfeição Cristã”, págs. 87-89.
Na edição de que disponho está à pág. 77-79.
A todos que desejarem poderei fornecer uma cópia
deste livro.
A cópia de que disponho foi publicado na Alemanha pela
igreja “Sabbath Rest Advent Church”,
localizada na rua Waldstrasse, nº 37 na cidade de Dickendorf, 57520, Germany.
Em português solicite-o a nós, nesta semana e na
próxima, simplesmente respondendo-nos este e-mail.
Se o pedido vier no futuro faça referência ao
título desta lição e ao período de 9 a 16 de abril de 2016.
Em inglês você poderá copiar o livro inteiro do site:
Nota:
O vídeo desta lição, ministrada
no sábado passado pelo Pr. Paulo Penno, pode ser visto em https://www.youtube.com/watch?v=s9ihl4yXX7s
Também esta lição pode ser localizada na Internet
em: http://1888mpm.org
O irmão
Roberto J. Wieland foi um pastor adventista, a vida inteira, missionário na
África, em Nairobe e Kenia. É autor de inúmeros livros. Foi consultor editorial
adventista do Sétimo Dia para a África. Ele deu sua vida por Cristo na África.
Desde que foi jubilado, até sua morte, em julho de 2011, aos 95 anos, viveu na
Califórnia, EUA, onde ainda era atuante na sua igreja local. Ele é autor de
dezenas de livros. Em 1950 ele e o
pastor Donald K. Short, também missionário na África, em uma das férias deles nos
Estados Unidos, pediram à Conferência Geral que fossem publicadas todas as
matérias de Ellen G. White sobre 1888. 38 anos
depois, em 1988, a Conferência Geral atendeu o pedido, o que resultou na
publicação de 4 volumes com um total de 1821 páginas
tamanho A4, com o título Materiais de
Ellen G. White sobre 1888.
Asteriscos (*) indicam acréscimos do tradutor.
______________________