Para 7 a 14 de maio de 2016
Milhões de adventistas do
sétimo dia ao redor do mundo estão estudando sobre como um rapaz desconhecido e
os discípulos alimentaram mais de 5.000 judeus e 4.000 gentios com “pão”. Você
diria, pensei que fosse Jesus quem alimentou as multidões com “pão”. Sim, mas
Ele não poderia ter feito isso sem a ajuda deles.
A criação ex nihilo terminou no
sétimo dia no Princípio. Se Jesus não pudesse transformar pedras em pão para
aliviar Sua fome no deserto, tampouco poderia criar pão a partir do nada para
alimentar os milhares.
As
regras do grande conflito exigem que a Sua fé seja recompensada pela resposta e
cooperação daqueles que acreditam nEle. O Seu ministério de Ágape terá sucesso por inspirar o
serviço desinteressado de pecadores anteriormente egocêntricos que se tornaram
discípulos. Assim, a acusação de Satanás de que é impossível que pecadores
separados de Deus revelem compaixão e amor para com o próximo, como exigido
pela lei de Deus, se comprovada falsa. A graça muda os corações humanos.
Jesus disse aos
discípulos: “dai-lhes vós [os judeus] de comer” (Mat. 14:16). André encontrou
um menino desconhecido que estava disposto a dar o seu almoço constituído por
cinco pães de cevada e dois peixes a Jesus (João 6: 8-9). Isso revelou uma
negação louvável do eu por um menino faminto, não é mesmo? Foi ele motivado
pelo amor de Cristo?
Jesus aceitou o
sacrifício do menino, agradeceu ao Pai pela dádiva tão singela em Suas mãos,
orou pedindo Sua bênção sobre ela (João 6:11). Pense nisso, agradecer a Deus
por uma fonte tão inadequada de alimentos necessários!
Então Ele partiu o pão,
deu-o a cada um dos discípulos e continuou dando o pão que se multiplicava em
Suas mãos segundo eles iam distribuindo — não uma grande pilha de cada vez, só
momento a momento, segundo a necessidade se tornava evidente. Assim, os mais de
5.000 judeus foram alimentados com pão.
No caso dos “quatro mil”
gentios (Mat. 15:38, 32), quando Ele expressou compaixão pelas pessoas que
estavam tão famintas que poderiam até fraquejar em sua jornada rumo a suas
casas, Ele primeiro perguntou aos discípulos: “Quantos pães vocês têm?” (Mat. 15:34). Aparentemente, eles
conferiram entre si para dar a resposta à indagação, “Sete, e uns poucos peixes”. Muito bem, agora Ele podia fazer algo:
“Ele tomou os sete pães e os peixes, deu
graças, partiu-os e deu-os aos discípulos [Ele precisava deles para
servirem como garçons!] E os discípulos
os deram à multidão” (Mat. 15:36).1
Como Filho de Deus, Jesus
era cheio do Espírito Santo desde o Seu nascimento. Certamente Ele deve ter
sido a personificação viva da mensagem dos três anjos. Como? Ele falou e viveu
o evangelho eterno. Sua vida foi um constante apelo para que os indivíduos se
arrependessem e saíssem do mundo e se separassem para Deus.
Após trinta anos de
trabalho comum na obscuridade, Jesus — o Filho do homem — foi levado pelo
Espírito à experiência de conversão.2
Jesus como o
Representante portador dos pecados teve nosso pecado removido e a substituição
foi o batismo do Espírito Santo — chuva serôdia. “Ele viu o Espírito de Deus descendo como pomba e vindo sobre Ele” (Mat.
3:16). Jesus foi ungido como o Apóstolo [enviado] de Deus para “iluminar a terra com a Sua glória”
(Apo. 18:1). Ele deu testemunho do caráter amoroso de Deus, que procura e salva
o perdido. Deus não condena o pecador mas, sim, o convence do pecado, da
justiça e do juízo — um verdadeiro ministério de conforto para os “pobres”.
No Seu sermão inaugural na
sinagoga sábado pela manhã, Jesus usou como texto de Isaías 61:1-3. “O Espírito do Senhor está sobre mim, porque
o Senhor me ungiu para pregar boas novas ... aos mansos ... a fim de que se
chamem árvores de justiça, plantações do Senhor, para que Ele seja
glorificado”. E a mensagem para os caminhos e atalhos, as ruas e becos da
cidade, é enfaticamente o levar o evangelho aos pobres.
Esta mensagem e obra de
Jesus foi o quarto anjo combinado com a mensagem do terceiro anjo. Ele ensinou
os mandamentos de Deus e a fé de Jesus. Ele ministrou a remissão dos pecados e
transmitiu o poder para uma vida restaurada a Deus. Cristo declara que “o pão que Eu darei é a Minha carne ... Eu
darei pela vida do mundo”.3
Assim, “não temos nenhuma vida”,
exceto a que é comprada por Sua “carne”
e “sangue” (João 6:51, 53).
Jesus deu “pão” às
multidões judaicas, que incluíam o povo comum e os líderes da Igreja, chamando
assim todos a um arrependimento corporativo. Mas os líderes rejeitaram a Jesus,
o verdadeiro Pão.
Ele deu o pão para todos,
incluindo a multidão comum, indiferente, que O via como o Libertador longamente
esperado e até formaram um movimento populista para coroá-Lo. Mesmo os Doze se
empolgaram com isso no momento. Foi por esta razão que Jesus os enviou para
seguirem num barco pelo lago, e ficou para trás para dispersar as multidões
(Mat. 14:22).
Jesus Cristo enviou o
Espírito Santo para levantar o Grande Movimento do Segundo Advento. Jesus
batizou esse movimento com o Espírito Santo. Individualmente, podemos
experimentar o batismo do Espírito Santo e Sua plenitude contínua ao longo de
toda a jornada. Mas também é verdade que para nós como um povo devemos juntos
experimentar o batismo do Espírito Santo — a chuva serôdia.
Isto é o que está
previsto. “Eu vi outro anjo descer do
céu, que tinha grande poder [o batismo do Espírito Santo], e a terra foi iluminada com a sua glória E
ele clamou com alta voz [o alto clamor].” (Apo. 18:1).
Outro anjo nos leva de
volta a Apocalipse 14, àqueles três anjos que têm feito um trabalho maravilhoso
desde 1831, quando Guilherme Miller apresentou o seu primeiro estudo bíblico
sobre as profecias, 185 anos atrás.
O Senhor Jesus nos enviou
“Pão”, o início da chuva serôdia, em 1888 por meio de Seus mensageiros A. T.
Jones e E. J. Waggoner.4 Jesus é “pão” para a “vida do mundo” (João 6:33) — judeus e gentios.5 A
justificação, perdão dos pecados, é dada a todos, por iniciativa de Deus. Para
todos os que comem/recebem este “Pão” Jesus reconcilia com Deus o coração
endurecido pelo pecado; e não se pode ser reconciliado com Deus e não ser
reconciliado com os Seus mandamentos. Assim, o “pão” é a justificação pela fé coerente com a ideia adventista
singular da verdade da purificação do santuário.
Devemos “nós” recuperar em
nossa história a ideia singular do “Pão”
de 1888 e dá-lo ao mundo? Jesus precisa de “garçons” para que vença no grande
conflito.
-Pr.
Paulo Penno
Notas
finais:
[1]
“O alimento se multiplicava em Suas mãos; e as mãos dos discípulos, alcançando
ao próprio Cristo, o Pão da Vida, nunca estavam vazias. A pequena quantidade
foi suficiente para todos” (Ellen G. White, O
Desejado de Todas as Nações, págs. 369, 370 — original em inglês).
[2]
“Após Cristo ter dado os necessários passos em arrependimento, conversão e fé
em benefício da raça humana, Ele foi até João para ser batizado por ele no
Jordão” (Ellen G. White, The General
Conference Bulletin (Boletim da Conferência Geral) April 4, 1901, p. 36).
[3]
A palavra grega signifca a raça humana inteira e todo o planeta. Mantemos que
“pão” é a justificação da vida, que Jesus concedeu a todos, judeus e gentios.
Com referência a “pão”, a pena inspirada escreve: “Ele desejou que O
reconhecêssemos em Seus dons, para que possam ser, como Ele intenciou, uma
bênção para nós. Devia cumprir este propósito a fim de que os milagres de Cristo
fossem realizados. ... Nada devia se perder. ... Nem uma palavra que diga
respeito a sua salvação eterna devia cair sem utilidade ao chão” O Desejado de Todas as Nações, pág. 368 —
original em inglês).
[4]
“A mensagem do Senhor mediante os irmãos [E. J.] Waggoner e [A. T.] Jones”, “a
luz que é para iluminar toda a terra com sua glória foi resistida, e pela ação
de nossos irmãos tem sido em grande medida afastada do mundo” (Ellen G. White,
Mensagens Escolhidas, Livro 1, págs. 234, 235).
[5]
João 6:33-35 não é citado na lição com respeito à alimentação de judeus e
gentios. Assim, pode-se procurar em vão pela ideia singular da mensagem de
1888. Deus concede a Jesus, o Pão da Vida, pela justificação do mundo.
Paulo
Penno é pastor evangelista da igreja adventista na cidade de Hayward, na
Califórnia, EUA, da Associação Norte Californiana da IASD, localizada no
endereço 26400, Gading Road, Hayward, Telefone: 001 XX (510) 782-3422. Ele foi
ordenado ao ministério há 38 anos. Após o curso de teologia ele fez mestrado na
Universidade de Andrews. Recentemente ele preparou uma extensiva antologia dos
escritos de Alonzo T. Jones e Ellet J. Waggoner, a qual está incluída na Compreensiva
Pesquisa dos Escritos de Ellen G. White. Recentemente também ele
escreveu o livro “O Calvário no Sinai: A Lei e os Concertos na História da Igreja
Adventista do 7º Dia,” e, ao longo dos anos, escreveu muitos artigos
sobre vários conceitos da mensagem de 1888. O pai dele, Paul Penno foi também
pastor da igreja adventista, assim nós usualmente escrevemos seu nome: Paul E.
Penno Junior. Ele foi o principal orador do seminário “Elias, convertendo
corações”, nos dias 6 e 7 de fevereiro de 2015, realizado na igreja adventista Valley Center Seventh-day Adventist Church localizada
no endereço: 14919 Fruitvale Road, Valley Center, Califórnia. Você pode vê-lo, no You Tube, semanalmente,
explanando a lição da semana seguinte na igreja adventista de Hayward, na
Califórnia, em
Atenção, asteriscos (*…) indicam acréscimos do
tradutor.
__________________________