Para 20 a 27
de maio de 2017
“Por esta
mesma razão, fazei todos os esforços
para acrescentar à vossa fé bondade, e à bondade, conhecimento, e ao
conhecimento, autocontrole, e ao autocontrole, perseverança, e à perseverança,
piedade, e à piedade, o afeto mútuo; e ao afeto mútuo, ao amor”
(2ª Pedro 1: 5-7, Nova Versão Internacional, ênfase adicionada).
Nosso verso para memorização
desta semana pode facilmente ser mal interpretado se não entendemos o trabalho
especial de preparar um grupo de pessoas que permanecerão até o fim dos tempos.
As pessoas que estão inclinadas ao legalismo veem este texto como instrução
para tentar cada vez mais fazer todas as coisas na lista de Pedro (*de modo)
"certo", sem perceber que é impossível para os humanos pecaminosos
fazerem isso. Aqueles que percebem que zombam da impossibilidade e se confortam
pensando que um Deus racional nunca esperaria a perfeição dos seres humanos
pecaminosos.
A. T. Jones e E. J. Waggoner,
os "mensageiros" de 1888, viram que a justiça genuína pela fé desde
1844 é uma experiência especial ministrada por Jesus, nosso Sumo Sacerdote, do
Apartamento Santíssimo (*do Santuário Celestial). Este ministério especial não
se preocupa principalmente em preparar as pessoas para morrer, mas na
preparação de uma corporação do povo de Deus para a trasladação na vinda de
Cristo.
O grande conflito entre
Cristo e Satanás não pode ser concluído até que tal demonstração se desenvolva.
Assim, é evidente que os pontos de vista das igrejas populares, que não seguem
Cristo pela fé em Seu ministério do Santíssimo, não podem ser a "verdade
presente" da justificação pela fé.
A mensagem dada à Igreja
Adventista do Sétimo Dia em 1888 tem um entendimento especial e único do
evangelho eterno que nos foi confiado. O mundo deve tomar conhecimento da
purificação do santuário e como ela se relaciona com a piedade prática. Não é obra
nossa limpar-nos e tornar-nos justos (*neste grande) Dia da Expiação. Isto é
responsabilidade do nosso Sumo Sacerdote. Nós escolhemos crer, ou
"deixamos" que Ele o faça (*em nós).
Depois de discutir a
impossibilidade de aperfeiçoar o caráter através do sistema de sacrifício
terrestre ou da lei, A. T. Jones explica: "Isso mostra novamente que,
embora a perfeição fosse o alvo em todo o ministério que foi realizado
sob a lei, a perfeição não foi alcançada por nenhum desses cumprimentos ... portanto,
uma vez que a vontade de Deus é a santificação e a perfeição dos adoradores; uma
vez que a vontade de Deus é que os Seus servos sejam purificados de modo que
não tenham mais consciência do pecado, e uma vez que o serviço e os sacrifícios
naquele santuário terreno não poderiam realizar isto, Ele tirou tudo para
estabelecer a vontade de Deus. "Pela qual seremos santificados
pela oferta do corpo de Jesus Cristo de uma vez por todas".1
A perfeição é alcançada
somente através de Cristo. "Na Sua vinda na carne — tendo sido feito em
todas as coisas semelhantes a nós, e tendo sido tentado em todos os pontos como
nós somos — Ele Se identificou com cada alma humana exatamente onde alma está...
Ele, como um de nós, em nossa natureza humana, fraco como nós, carregado com os
pecados do mundo, em nossa carne pecaminosa, neste mundo, viveu uma vida
inteira, "santo, inocente, imaculado,
separado dos pecadores, e feito mais sublime do que os céus”. ...
Perfeição, perfeição de caráter, é o objetivo do cristão — perfeição alcançada
na carne humana neste mundo. Cristo a atingiu em carne humana neste mundo, e
assim fez e consagrou um caminho pelo qual, n'Ele, todo crente pode alcançá-lo.
Ele, tendo alcançado isto, tornou-Se nosso grande Sumo Sacerdote, por Seu
ministério sacerdotal no verdadeiro santuário para nos capacitar a alcançá-lo
... "O Teu
caminho, ó Deus, está no santuário," Salmos 77:13."2
O que isso significa? Se o
santuário detém a chave para a perfeição cristã, então é importante compreendê-lo.
Quando Deus abriu o mar, criando um caminho para um grupo desordenado de
escravos deixar a maldade do Egito, sua única exigência era que eles cressem e
agissem com base nessa crença. Claramente, eles tinham dúvidas, dúvidas e
queixas, mas eles deixaram seus cortiços de escravos e seguiram Moisés. Fora
isso, eles não haviam feito nada para ganhar a atenção ou o favor de Deus. Deus
ainda não lhes tinha dado Sua lei, de modo que, além de participar de uma
refeição da Páscoa e sair do Egito, eles não tinham idéia do que Deus esperava
deles.
Quando Deus lhes deu Sua lei,
eles acreditavam que Deus estava negociando com eles. Eles deveriam guardar Sua
lei, e em troca Ele seria seu Deus e os protegeria. Eles esqueceram o fato de
que, (*no preâmbulo da lei) pouco antes de lhes proferir a lei, Ele lhes
lembrou: "Eu sou o Senhor teu Deus,
que te tirei da terra do Egito, da casa da escravidão" (Êxo. 20: 2). Ele
já era seu Deus. Já havia feito milagres para resgatá-los de sua situação. Ele
sabia que lhes era impossível cumprir a lei, mas usou a lei como um espelho
para mostrar quão pecaminosos eram. Visto que eles nunca poderiam guardar a lei
em espírito e verdade, Ele lhes deu o serviço do santuário para mostrar-lhes o
Seu caminho de salvação.
No sistema de sacrifício do santuário, o papel do pecador
era entender que havia pecado. Porque não há remissão para o pecado sem
derramamento de sangue, eles deveriam trazer um sacrifício para o tabernáculo.
Lá, eles confessariam seus pecados somente a Deus, transferindo-os para a
vítima inocente. O pecador era obrigado a tomar uma faca e cortar a garganta do
animal. Este ato violento era para impressionar o pecador do aborrecimento de
Deus com o pecado, bem como para dirigir suas mentes à vítima final, que era
apenas tipificado pelos sacrifícios de animais.
Depois da degola, o sacerdote pegava o sangue em uma
tigela e o levava para o Lugar Santo e o aspergia no véu que separava os dois
compartimentos, transferindo simbolicamente o pecado para o Lugar Santíssimo.
Note que o sacerdote é aquele que administrava o sangue. O pecador não seguia o
sacerdote no tabernáculo para ver o que o sacerdote fazia com o sangue. O
pecador tinha que crer que este processo provia conciliação, o perdão, e assim ele
era tornado justo para com Deus. Era pela fé no antigo tabernáculo, e assim como
é inteiramente pela fé agora.
Então isso é tudo? Sim, isso
é tudo que há para fazermos, apenas crer? Mas o que dizer de Pedro nos falando
para "fazer
todos os esforços" para acrescentar coisas boas ao nosso caráter? Isso
não significa que nossas obras valem alguma coisa? O capítulo 11 de Hebreus nos
lembra de pessoas de fé: Noé, Abraão, Jacó, José, Moisés e muitos outros que
começaram uma longa jornada de escolhas e passos conforme Deus os disciplinou e
refinou, estabelecendo-os em sua fé para que eles não pudessem ser abalados.
Para a maioria deles, uma grande parte de sua jornada foi gasta simplesmente
esperando, o que raramente é fácil. O problema acontece quando resistimos à voz
de Deus, deixamos a fé porque não entendemos por que Ele está nos pedindo que
façamos essa ou aquela coisa difícil, ou por que Ele espera.
Jesus disse a Nicodemos que
se Ele fosse "levantado", Ele
atrairia todos para Se, João 12: 32. Isso nos inclui enquanto passamos pela
disciplina de provações que nosso Pai celestial traz para refinar nossos caráteres.
Assim como o pecador que trazia seu cordeiro para o antigo tabernáculo
precisava de fé para crer que o sacerdote estava cumprindo suas
responsabilidades, então precisamos elevar Jesus em nossas vidas quando
passamos por provações. O fato em que Jesus é capaz de acrescentar as coisas na
lista de Pedro aos nossos caráteres é obra dEle. Nosso
trabalho é não resistir.
—Arlene Hill
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Notas finais:
1) A. T.
Jones, em O Caminho Consagrado para a Perfeição Cristã, págs. 84-86;
edição Glad Tidings (enfase do original).
2) Ibidem,
págs. 87 a 89
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Notes:
Veja, em inglês, o vídeo desta 9ª
lição do 2º trimestre de 2017, exposta pelo Pr. Paulo Penno, na internet, no sitio: https://youtu.be/pWD9uRgJDHM
Esta lição está na internet, em
inglês, no sitio: 1888message.org/sst.htm
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Biografia
da autora Arlene Hill
A
irmã Arlene Hill é uma advogada
aposentada da Califórnia, EUA. Ela agora mora na cidade de Reno, estado de
Nevada, onde é professora da Escola Sabatina na igreja adventista local. Ela foi um dos principais oradores no seminário “É a Justiça Pela Fé, Relevante
Hoje?”, que se realizou na sua igreja em maio de 2010, a Igreja Adventista
do Sétimo Dia, localizada no endereço: 7125 Weest 4th Street, Reno,
Nevada, USA, Telefone 001 XX
(775) 327-4545; 001 XX (775) 322-9642. Ela também foi oradora do
seminário “Elias, convertendo corações”, realizado nos dias 6 e 7 de fevereiro
de 2015, na igreja adventista Valley
Center Seventh-day Adventist Church localizada no endereço: 14919 Fruitvale Road, Valley Center, Califórnia, telefone: +001
XX 760-749-9524
Nota: Asteriscos (*) indicam acréscimos feitos pelo tradutor.
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