Para 29 de abril a 6 de maio de 2017
Você já foi perseguido por Cristo? Se a honestidade força
você a dizer Não, então você nunca foi totalmente "abençoado". Você está em
falta quanto a isso! A
palavra "perseguição" passou a significar principalmente sofrer
oposição injusta ou aflição de autoridades religiosas. Quando pessoas que são
abertamente ateias o atacam, é mais fácil de suportar do que quando aqueles que
professam ser servos de Deus o fazem. Jesus disse: "Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem, e perseguirem e,
mentindo, disserem todo o mal contra vós por Minha causa. Exultai e alegrai-vos
e alegrai-vos ... porque assim perseguiram os profetas que foram antes de
vós" (Mat. 5:11, 12).
Por que essa perseguição é tão dolorosa para as pessoas
sinceras? A comunhão com a Igreja é como a comunhão familiar, muitas vezes bastante
íntima. É como puxar uma planta do chão pelas raízes; logo cai. Onde está Jesus
quando isso acontece com você? Podemos encontrar a resposta em João 9: Jesus
curou o cego de nascença; o clero judeu o assediou, o perseguiu, e, finalmente,
o "expulsou" de sua "comunhão com a igreja", a sinagoga. "Jesus ouviu que o tinham expulsado e, ...
[Ele] ... encontrando-o" ... (vs.
35). Jesus o encontrar e estar com ele era parte da "bênção" que prometera
aos que são perseguidos por causa dEle.
Muitas vezes, na história sagrada, os servos fiéis de
Deus trabalharam desinteressadamente e, no entanto, foram rejeitados ou
sofreram nas mãos do verdadeiro povo de Deus, sem a devida apreciação. Um
exemplo é a história da mensagem trazida por dois jovens (A. T. Jones e E. J.
Waggoner) numa grande assembleia da Associação Geral em 1888, quando Ellen
White foi quase a única pessoa presente que expressou apreço pelo seu trabalho
e sua mensagem. Salomão disse: "A
sabedoria do pobre foi desprezada" (Eclesiastes 9:16), a própria
palavra que Ellen White usou repetidamente para descrever a recepção que esta
mensagem enviada pelos céus recebeu entre "nós" bem mais de um século
atrás.
Mas há outra maneira de olhar para "sofrimento por
Cristo". Há um reverso desta "moeda" - em nosso sofrimento pela
opressão pode ser motivo de regozijo.
Quando Jesus disse que os que choram são pessoas felizes
(Mt 5: 4), Ele chocou a todos. Ao Lucas relatar a declaração, ele coloca Jesus
dizendo: "Bem-aventurados vós, que
agora chorais, porque haveis de rír" (Lucas 6:21).
Aparentemente pode parecer não ser verdade, mas como
muitas coisas que Jesus declarou, há uma realidade profunda envolvida. Quando
você derrama lágrimas de manhã, se acredita no evangelho, de fato está
percebendo um ponto de contato íntimo com Cristo, o Filho de Deus. O segredo é
revelado em 1ª Pedro 4:13, que diz: "Alegrai-vos
no fato de serdes participantes das aflições de Cristo, para que, também na
revelação da Sua glória vos regozigeis e alegreis".
Você já sentiu que sua vida foi um fracasso? Alguns que
perderam um amor ou sofreram o divórcio sentem-se doloridas até suas raízes; alguns
sofreram a perda da saúde, oram e nada acontece. Em momentos sóbrios eles
pensam no juízo final e se perguntam como se sairão nele. As cargas podem ser
pesadas. E não são apenas os que por toda a vida lutam assim; os adolescentes
podem saber o que é a depressão. Você se sente deprimido por não haver ninguém
em qualquer lugar que realmente lhe entenda. Está sozinho!
E então o Espírito Santo o faz lembrar de Jesus. Acaso Ele
passou através da vida sempre rindo, sempre no topo? Será que Ele já acordou
durante a noite incapaz de dormir, sentindo fracasso? Sim! Há uma passagem em
Isaías que não pode ser escrita por ninguém mais do que Jesus: "Então Eu disse: Debalde tenho
trabalhado, inutil e vãmente gastei as Minhas forças" (49: 4). Isaías
realmente escreveu estas palavras, mas Ele fez isso como uma profecia de Jesus
(ver versículos 1-3). Você pensaria que tal pessoa nunca seria tentada a sentir
que Sua vida fosse um fracasso! Mas Ele "como
nós, em tudo foi tentado" (Hebreus 4:15).
Ele tomou tudo o que é nosso sobre Si mesmo, levando o
fardo de sentir um fracasso mais do que poderíamos: sentiu que até mesmo o Pai
o havia "abandonado" no momento mais sombrio que qualquer humano já
conheceu. A própria coisa que toda a sua alma anseia — viver para um propósito —
requer que você se familiarize com Jesus, "prove" a Sua experiência,
conheça pelo menos um pouco algo do que significa ser "desprezado e O mais rejeitado entre os homens" (Isaias 53:
3). É verdade, você será diferente para sempre depois, não poderá se juntar ao
riso do ambiente social; sentir-se-á impulsionado a "orar a teu Pai que está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto,
te recompensará publicamente" (Mateus 6: 6).
Vai ser uma rica experiência. Você verá que não pode
viver sem orar a Ele "em segredo". Você esquecerá sobre ajustar seu
despertador para acordar e "ter suas devoções"; O Pai vai acordá-lo
porque está ansioso em ter comunhão com você! Você conhecerá o Salvador como
Alguém com quem nunca sonhou — quem ama você de maneira diferente do como se
comadece de seu cão: Ele realmente o honra como um dos príncipes ou princesas
em Seu reino, Ele mesmo lhe convida a "sentar-se
com [Ele] em Seu trono"
(Apocalipse 3:21). Não desprezeis ser "participantes
das aflições de Cristo" (1ª Pedro 4:12, 13). A vida não está terminando;
Está apenas começando
O que significa ser "participante
dos sofrimentos de Cristo", e como isso é motivo de regozijo?
O tema frequentemente repetido por Paulo (e por Cristo) é
"identidade". Como o "segundo" ou "último Adão"
Cristo entrou na corrente da nossa humanidade caída, tornou-Se um conosco tão
verdadeiramente que, como todos nós somos "em Adão" pelo nascimento,
então nós "todos" somos "em Cristo" Sua redenção de toda a
raça humana (1ª Coríntios 15:22). Assim Ele Se identifica conosco como Isaías
diz: "Em toda a angústia deles Ele
foi angustiado" (Isaías 63: 9). É por isso que Ele diz a todos,
afinal: "Em verdade vos digo que
quando o fizestes a um destes Meus pequeninos irmãos [bons ou maus], a Mim o fizestes" (Mateus 25:40). Ele realmente sente a tristeza do mundo!
Essa identidade é recíproca quando apreciamos como Ele Se
identificou conosco — acreditamos, "permaneçam, permaneçam nEle".
Nossa apreciação de Seu sofrimento agora enobrece e santifica nosso sofrimento
de modo que, como diz Pedro, "Alegrai-vos
no fato de serdes participantes das aflições de Crsito" (*1ª Pedro
4:13). O princípio é inclusivo: "Se morremos
com Ele, também com Ele viveremos: se sofremos, também com Ele reinaremos"
(2ª Tim. 2:11, 12).
O conforto resultante é enorme. O crente vê como ele ou
ela é importante na infra-estrutura do universo de Deus: "Porque a vós vos foi concedido, em relação a Cristo [nós fazermos
algo por Ele!], não somente crer nEle,
mas também padecer por Ele” (Fil. 1:29) e (pensamento incrível!) contribuímos
para o grande conflito entre Cristo e Satanás, na medida em que "[enchemos
o que está por trás de algo que deve ser suprido!] "As aflições de Cristo, em [nossa] carne pelo Seu corpo, que é a igreja" (Colossenses 1:24).
Esta "participação" não contribui de modo algum
para a nossa salvação, mas permite-nos ser felizes quando O encontramos,
finalmente, sabendo que temos algo íntimo em comum com Ele! Ele realmente
convida aqueles que sofrem nestes últimos dias a "cear com Ele" na medida em que eles têm "vencido, assim como [Ele] venceu" (*Apoc. 3:21).
Portanto, não se surpreenda se Ele permitir que um pouco
de sofrimento venha em seu caminho! Esses pensamentos apenas arranham a
superfície da gloriosa Boa Nova.
—Extraído
dos escritos de Roberto Wieland
Notas:
Veja, em inglês, o vídeo desta 6ª lição do 2º trimestre de 2017, exposta pelo Pr. Paulo Penno, na internet, no sitio: https://youtu.be/R4JsLX80jBE
Veja, em inglês, o vídeo desta 6ª lição do 2º trimestre de 2017, exposta pelo Pr. Paulo Penno, na internet, no sitio: https://youtu.be/R4JsLX80jBE
Esta lição está na internet, em
inglês, no sitio: 1888message.org/sst.htm
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Biografia do autor, Pr. Roberto
Wieland:
O irmão Roberto
J. Wieland foi um pastor adventista, a vida inteira, missionário na África, em
Nairobe e Kenia. É autor de inúmeros livros. Foi consultor editorial adventista
do Sétimo Dia para a África. Ele deu sua vida por Cristo na África. Desde que
foi jubilado, até sua morte, em julho de 2011, aos 95 anos, viveu na
Califórnia, EUA, onde ainda era atuante na sua igreja local. Ele é autor
de dezenas de livros. Em 1950 ele e o
pastor Donald K. Short, também missionário na África, em uma das férias deles
nos Estados Unidos, pediram à Associação Geral que fossem publicadas todas as
matérias de Ellen G. White sobre 1888. 38 anos
depois, em 1988, a Associação Geral atendeu o pedido, o que resultou na
publicação de 4 volumes com um total de 1821 páginas
tamanho A4, com o título Materiais de
Ellen G. White sobre 1888.
Asteriscos (*) indicam acréscimos do tradutor.
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