Para 24 de fevereiro a 3 de março
de 2018
Vez após vez,
Jesus recomendou calorosamente a fé de muitas pessoas que Ele curou. Mas o
elogio a Maria estabelece o selo que coroa a perfeição de Sua crescente
definição de fé.
Ele tinha dito ao frio
Simão: "Os seus
muitos pecados lhe são perdoados, porque muito amou" (Lucas 7:47).
Claramente, Maria amava muito porque sabia que tinha sido muito perdoada.
Ela provavelmente
sentiu, entretanto, como muitos desde então sentem, que ainda carecia de fé.
Este amor simples e contrito, ela conhecia— que bem isso poderia ser para ela se não conhecesse
a maior virtude da fé que sozinha poderia fazer algo, como mover montanhas?
Imagine a sua
surpresa ao ouvir que Jesus atribui a Sua própria definição à sua experiência
de amor contrito, ao Ele dizer-lhe: "A tua fé te salvou, vai-te em paz" (vs. 50). Ela
tinha uma possessão preciosa: “fé genuína”. Mas o que é isso?
Uma imagem vale
mais do que mil palavras. A fé é a essência da verdadeira experiência cristã. A
justiça é apenas por fé, "não vem de obras, para que ninguém se glorie" (Efésios 2: 8,
9).
Mas devemos
distinguir a fé genuína da falsa se quisermos conhecer a paz de espírito. Jesus
soergue a resposta de coração de Maria a Sua libertação dela de seus “sete
demônios” como sendo o que o cristão deseja: a “imagem” da fé. A história de
Maria nos ajuda a entender. Uma imagem vale mais do que mil palavras.
A fé é
simplesmente uma apreciação de coração do amor ágape que levou o Filho de Deus
a morrer por nós em Sua cruz. Essa fé foi a que Maria teve.
Do seu primeiro
contato com o Salvador, ela começou a abrir o coração para o Espírito Santo “derramar”
aquele amor ágape. Ela não podia receber muito no início, mas dia após dia sua
capacidade começou a aumentar.
Em Seu primeiro
contato com ela em Magdala, Jesus expressou aquele amor ágape, talvez não em
palavras, mas no olhar, no toque, no espírito, no fervor de Sua oração por sua
libertação. Ela estava quase que totalmente liquidada, mas um resquício de alma
ainda habitava dentro dela, que respondeu com aquela pequena centelha de
apreciação. Posteriormente, com cada oração sucessiva durante as seis sessões
seguintes, cresceu sua apreciação do amor ágape de Deus.
O que a motivou
depois disso não foi o medo do inferno, nem a esperança de recompensa, nem amor
ao céu, nem desejo de louvor dos outros, mas uma apreciação totalmente não-egocêntrica
pela "a largura, e o comprimento, e a altura, e a
profundidade e conhecer o amor [Ágape] de Cristo que excede todo o
conhecimento" (Efésios 3: 18,19).
Ela experimentou a
realidade do deleitoso processo declarado em Romanos 5:5: "A esperança
não traz confusão, porquanto o amor [Ágape] de Deus está derramado em nossos corações
pelo Espírito Santo que nos foi dado." A partir de um coração vazio,
o ágape enche-o como se você preenche um jarro de vinho! E uma vez que o
coração está cheio, tudo fluirá para outros tão fácil e naturalmente como que
fluindo do coração de Jesus.
Não é que você
tente e tente se comportar como Jesus; “Contemple,” veja, compreenda a
realidade que estava em Seu coração; sentir o que custou a Ele para salvá-lo;
então o mesmo comportamento decorre do seu próprio coração. Como assistir a um
jogo num estádio, contemplamos este drama se desenrlando inconscientemente em
Maria. Ela é uma demonstração de como um pecador é salvo.
Qual é o vínculo
entre o amor de Cristo e a fé de Maria? Quando ela quebrou o vaso de alabastro
de precioso unguento para ungir Jesus, ela estava dando uma lição ao mundo. Mostrava
o mesmo espírito de sacrifício que a vida e a morte de Jesus exemplificaram. O
ato de Maria tem um significado especial para nós, como uma ilustração do que O
levou a Sua cruz.
Seu ato em
Betânia se destaca sozinho na história como a mais bela e sincera ação que toca
o coração, realizada por um pecador arrependido. Estava intimamente envolvido
com o desenrolar do grande conflito entre Cristo e Satanás, porque era uma
evidência bem-vinda a Jesus e ao universo de observação de como a grande
contenção de Satanás estava errada: a humanidade é realmente capaz de alcançar
uma apreciação de coração do sacrifício que Jesus fez.
Maria
não tinha justiça própria; mas a justiça do seu Salvador lhe foi comunicada
para se tornar agora um elemento integral de seu caráter. Ela aceitou isso. Não foi meramente imputado legalmente;
encontrou morada em sua alma. Como Jó havia provado há muito tempo antes que Satanás estava errado quando
demonstrou que alguém podia servir a Deus sem recompensa, então agora Maria
dava uma demonstração magnífica, mas não percebendo o seu papel.
Ela demonstra o
poder implícito em um compromisso. Ela queima todas as pontes atrás dela; de
agora em diante se entregou ao Salvador, tudo colocado no altar de Cristo.
Paulo disse: "Mas, para mim o viver é Cristo" (Filipenses 1:21). Doravante, ela
não teve nenhum problema com a “obediência”. Não se trata de atos externos; é coração.
Ela ajudou a Jesus?
Imagine como sua nobre ação animou o coração do Salvador em Suas horas mais
sombrias, quando esteve pendurado em Sua cruz! Nenhum anjo do céu poderia ter
trazido a Ele o conforto que a lembrança de Seu sacrifício em lágrimas Lhe deu.
Em sua fé sacrificial dirigida a Ele, discerniu uma promessa de Sua alegria final.
O trabalho de Sua alma irá adquirir para Ele uma preciosa recompensa—a criação
de muitos justos através da “fé que opera pelo amor” (Gálatas 5: 6, [*ver] Isaías
53:11).
A morte de Cristo
na cruz satisfazia as exigências legais da expiação. Tudo bem. Os teólogos
podem disputar isso incessantemente. Mas a evocação de amor tão arrependido nos
corações humanos é o que muda vidas. Ele dá ao Salvador uma recompensa por Seu sacrifício.
Sim, “Deus ordenou”
que a “mui preciosa mensagem [de 1888]” (*Testunhos Para Ministros, pág.
91) vá ao mundo; e Jesus disse claramente que, sempre que o evangelho for
pregado “em todo o mundo”, a história de Maria Madalena deve ser contada
(*”para sua memória”)
(Marcos 14: 9). A
alegria de Jesus estava em proclamar esta Boa Nova e ver os olhos das pessoas
se iluminarem. Essa
alegria também será sua.
--Paul E. Penno
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Notas:
Veja, em inglês, o vídeo desta 9ª lição do 1º trim. de
2018, exposta pelo Pr. Paulo Penno, na internet, no sitio: https://youtu.be/D9_of4YyKUA;
Esta lição em inglês está na internet no sitio: 1888message.org/sst.htm
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Biografia do autor,
Pastor Paulo Penno:
Paulo Penno foi pastor
evangelista da igreja adventista na cidade de Hayward, na Califórnia, EUA, da
Associação Norte Californiana da IASD, localizada no endereço 26400, Gading
Road, Hayward, Telefone: 001 XX (510) 782-3422. Foi ordenado ao ministério há
42 anos e jubilado em junho de 2016, Após o curso de teologia fez mestrado na
Universidade de Andrews. Recentemente preparou uma Compreensiva Pesquisa dos
Escritos de Ellen G. White. Recentemente também escreveu o livro “O Calvário no
Sinai: A Lei e os Concertos na História da Igreja Adventista do 7º Dia.” (Este
livro postamos, por inteiro, no nosso blog Ágape Edições (agape-edicoes.blogspot.com) em
1º de agosto de 2017). Ao longo dos anos o Pr. Paulo Penno, escreveu muitos
artigos sobre vários conceitos da mensagem de justificação pela fé segundo a
serva do Senhor nos apresenta em livros como Caminho a Cristo, DTN, etc. O pai
dele, Paul Penno foi também pastor da igreja adventista, assim nós usualmente
escrevemos seu nome: Paul E. Penno Junior. Ele foi o principal orador do
seminário “Elias, convertendo corações”, nos dias 6 e 7 de fevereiro de 2015,
realizado na igreja adventista Valley Center Seventh-day Adventist Church
localizada no endereço: 14919 Fruitvale
Road, Valley Center, Califórnia.
Atenção,
asteriscos (*…) indicam acréscimos do tradutor.
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