Para 11 a 18 de agosto de 2018
Se você é
completamente humano, sem dúvida, às vezes se perguntou se Deus escolheu você
para ser salvo. Sabe que precisa de um Salvador; e sabe que muitas pessoas vão
se perder. Existem cristãos sinceros que realmente acreditam que Deus elege
alguns para serem salvos e outros para se perderem. Um texto que parece apoiar
essa ideia é Atos 13:48. Paulo tinha pregado o evangelho em sua primeira viagem
missionária a Antioquia. Então Lucas diz: “Todos
os que foram ordenados para a vida eterna creram” (Versão King James). A
Nova Versão Internacional diz o mesmo: “Todos
os que foram designados para a vida eterna creram”.
Isso soa como más
notícias e desencorajadoras para aqueles que não são tão “designados” ou “ordenados”.
Algumas pessoas queridas desistem desanimadas; dizem a si mesmas: “É muito
difícil; os jovens dizem que a tentação é forte demais; tenho certeza de que
Deus não me designou para ser salvo; ele não me elegeu”. Os calvinistas
realmente usam este texto para apoiar a sua doutrina da dupla predestinação.
Mas o verbo grego
não diz o que a KJV e a NIV dizem. É que tetagmenoi é uma forma
reflexiva do verbo para “ordenar”, o que significa que a tradução deveria ser: “Todos os que se designaram para a vida
eterna creram”. Em outras palavras, eles ouviram Paulo pregar as boas
novas; disseram para si mesmos: “Ei, eu quero isso! Isso é para mim! Vou me apegar
a essa pregação de Paulo!” Uma vez que tomaram essa decisão, imediatamente seus
corações começaram a derreter e aprenderam a apreciar a cruz de Cristo sobre que
Paulo estava pregando, enfim, “creram”.
Este tem que ser o
entendimento correto de acordo com o contexto. No verso 46, Paulo se dirigiu
aos judeus que escolheram não crer: “visto que a rejeitais, e não vos julgais dignos da
vida eterna, eis que nos voltamos para os gentios”. Eles fizeram o oposto do que os crentes
fizeram. É a mesma ideia, apenas ao contrário. Aqueles que acreditavam que estavam
cumprindo uma agenda pré-programada, a eles determinada antes da fundação do
mundo (“predestinação” calvinista); tomaram a verdade para si mesmos,
agarraram-na, “julgaram-se” favorecidos por Deus com o evangelho.
Então, agarre todos
os raios de luz que aparecerem no seu caminho; não espere um momento; "Apressei-me e
não me detive", diz Davi (Sal. 119:60). Se
for esperto, sempre conseguirá uma barganha no momento em que a vir. A ideia
não é que Deus prega o evangelho com indiferença, ou apenas de vez em quando. O
problema é que o seu próprio coração pode se tornar endurecido, procrastinador e
indiferente. Acredite nas boas novas agora; tudo o que Deus prometeu é para você.
O presente é dado a
"quem
quiser" recebê-lo (Apo. 22:17). Inclui o perdão dos pecados (Atos
13:38-39) e a fé para acreditar que foram perdoados. O perdão de Deus não é um “perdão”
temporário que diz que Ele não se importa se pecarmos novamente—não; se Deus
nos perdoa, significa que nunca mais faremos isso.
O discernimento inovador da mensagem de 1888 é que "por este se vos anucia a remissão (*o perdão) dos pecados" (Atos 13:38). Escrevendo
sobre a cura do homem paralítico por Jesus, E. J. Waggoner escreve: “Eles
fizeram uma mudança no homem, e essa mudança foi permanente. Mesmo assim deve
ser com o perdão do pecado. A ideia comum é que quando Deus perdoa o pecado, a
mudança se dá Nele próprio, e não no homem. Pensa-se que Deus simplesmente
deixa de ter qualquer coisa contra aquele que pecou, mas isso implica que Deus
tinha uma atitude severa contra o homem, o que não é o caso. Deus não é um
homem, Ele não gosta de inimizade, nem abriga sentimentos de vingança. Não é
que Ele tenha um sentimento severo em Seu próprio coração contra um pecador que
perdoa, mas porque o pecador tem algo em seu coração. Com Deus está tudo
bem—o homem está todo errado; portanto, Deus perdoa o homem, para que também
fique bem”.1
O perdão divino
implica em muito mais do que mera eliminação de culpa; o perdão leva o pecado
embora. O perdão transmite no lugar do pecado (que existia) um ódio divino ao
próprio pecado.
Incluído nesse dom
mui precioso está a reconciliação do coração com o Pai; Ele agora está
trabalhando para efetuar essa reconciliação, pois lemos em 2ª Cor. 5:19 que "Deus estava
em Cristo, reconciliando consigo o mundo".
O perdão inclui
essa reconciliação do coração com o Pai, “em Cristo”. Isto é, passamos a crer
(mesmo que ainda não tenhamos aprendido a entender) que agora odiamos o próprio
pecado; não há ressentimento no coração contra o Pai. Até mesmo a dor e o
sofrimento de um amor traído e perdido (que nos amarra) são curados por essa “paz”
que o Salvador dá—não apenas oferece.
Quase as últimas
palavras que Jesus falou para “nós” quando estava sendo levado em Sua ascensão
ao céu foram: "Paz seja convosco" (Luc.
24:36). Essa não foi uma saudação vaga; Ele dá essa paz—não apenas a oferece.
Tal “paz” é o oposto de preocupação ou temor; na verdade, é um antídoto para a
preocupação e o temor!
Milagre dos
milagres! Um coração ferido é curado pela “paz” que Jesus deu como Seu último
legado quando da ascensão. Sim, tem havido sofrimento, pois a “paz” que Jesus
dá não seria apreciada a menos que a provássemos; “a vós é concedido . . . não somente crer Nele, como também padecer por
Ele” (Fil. 1:29).
“Concedido
a nós!” (*Dado a nós!) Sim! Um “presente” de sofrimento para fazer você feliz
no dia em que Jesus vier; e está feliz mesmo agora agradecendo a Ele por isso, antecipadamente.
—Paul E. Penno
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Nota de rodapé:
1) E. J. Waggoner, "The Power of Forgiveness," (O poder do Perdão) Signs of the Times (10 de Abril de 1893),
1) E. J. Waggoner, "The Power of Forgiveness," (O poder do Perdão) Signs of the Times (10 de Abril de 1893),
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Notas:
Veja,
em inglês, o vídeo desta 7ª lição do 3º trim. de 2018, exposta pelo Pr. Paulo Penno, na internet, no sitio: https://youtu.be/iE02Whkw52I
Esta
lição em inglês está na internet no sitio: http://1888message.org/sst.htm
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Você sabia que temos estes artgigos de
JUSTIFICAÇÃO PELA FÉ, aplicáveis à lição da semana, também na modalidade
bilíngue? É útil não só para quem tem o inglês como segunda língua, mas também
para principiantes (cada parágrafo em português é repetido em inglês).
A
tradução é acadêmica — de alto nível.
É só nos pedir (agapeed@gmail.com)
dando-nos seu e-mail, e mandaremos semanalmente.
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Biografia do autor, Pastor Paulo Penno:
Paulo Penno foi pastor
evangelista da igreja adventista na cidade de Hayward, na Califórnia, EUA, da
Associação Norte Californiana da IASD, localizada no endereço 26400, Gading
Road, Hayward, Telefone: 001 XX (510) 782-3422. Foi ordenado ao ministério há
42 anos e jubilado em junho de 2016, Após o curso de teologia fez mestrado na
Universidade de Andrews. Recentemente preparou uma Compreensiva Pesquisa dos
Escritos de Ellen G. White. Recentemente também escreveu o livro “O Calvário no
Sinai: A Lei e os Concertos na História da Igreja Adventista do 7º Dia.” (Este
livro postamos, por inteiro, no nosso blog Ágape Edições (agape-edicoes.blogspot.com) em
1º de agosto de 2017). Ao longo dos anos o Pr. Paulo Penno, escreveu muitos
artigos sobre vários conceitos da mensagem de justificação pela fé segundo a
serva do Senhor nos apresenta em livros como Caminho a Cristo, DTN, etc. O pai
dele, Paul Penno foi também pastor da igreja adventista, assim nós usualmente
escrevemos seu nome: Paul E. Penno Junior. Ele foi o principal orador do
seminário “Elias, convertendo corações”, nos dias 6 e 7 de fevereiro de 2015,
realizado na igreja adventista Valley Center Seventh-day Adventist Church
localizada no endereço: 14919 Fruitvale
Road, Valley Center, Califórnia.
Atenção, asteriscos (*…) indicam acréscimos do tradutor.
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