Nesta lição Satanás levanta sua acusação contra Deus “—Deus é mentiroso. Ele lhe disse que você morreria se comesse desta fruta, mas você não morrerá. Deus retem informação de que você precisa saber. Essa é a razão pela qual você necessita partilhar deste fruto, porque ao come-lo você tornar-se-á como Deus, sabendo o bem e o mal". O homem mordeu a isca. Adão, como o primeiro homem e pai da raça humana, nos vendeu à prisão, por assim dizer, e deu a esta raça pecado e morte na caída, pecaminosa natureza humana—tanto carne como mente. Assim a felicidade da inocência foi retirada da humanidade. O homem, que previamente conhecia unicamente o bem, agora aprendeu o mal.
Como nossa lição apresenta, este pensamento foi desenvolvido na mente de Satanás enquanto estava ainda no paraíso celestial. Uma mente sem pecado concebeu pecado—isto é um oximoro (*uma aparente contradição). Entretanto, obviamente, é possível para uma mente sem pecado cometer pecado. A escolha é sempre do indivíduo. Cristo morreu para que nós possamos ter o poder de escolha ainda que Ele, com Sua mente santa, na carne humana, caída, pecaminosa, que Ele tomou, poderia ter pecado, mas nunca o fez. E então a acusação foi feita e o cenário estabelecido para o julgamento de Deus, o julgamento do universo. Chamamos isto de "o grande conflito" e "o plano da salvação".
Deus está agora em julgamento. Ele é o réu. Deve responder a acusação. O contendor, Satanás, tendo conquistado a humanidade, agora reivindica ser o representante da raça humana. Eis por que ele assiste à assembléia no céu convocada por Deus—e é desafiado. Veja a história em Jó, capítulo 1, começando com o verso 6, onde Deus pergunta a Satanás o que ele faz ali, dizendo-lhe que ele não pode representar a raça humana porque há, pelo menos, um filho fiel, Jó, que segue a Deus, não a Satanás. Então vemos que este julgamento será ganho no campo de batalha das mentes e vida do povo de Deus—Suas testemunhas. Estas são testemunhas vivas de quem Deus realmente é.
Há quatro métodos (*bíblicos) de tornar-se apto para representar um grupo de indivíduos:
(1).Por criar as pessoas: o criador tem posse (e também controle) do que Ele criou. (*Mas Deus, tendo dado o livre arbítrio às suas criaturas racionais, não interfere nas suas escolhas);
(2) Por ser o primeiro: representação é auto-evidente, pois Adão, sendo o pai da raça humana, tornou-se o primeiro representante humano. (*Esta autoridade ele exerceu enquanto foi fiel ao Criador);
(3) Por subjulgar: o conquistador usurpa a "posse" e controle; foi o que Satanás fez no jardim do Éden, e,
(4) Por tornar-se um deles (e ganhar seu apoio): o método que Cristo usou para recuperar o que fora perdido no Éden. O que foi perdido por um ser humano foi reconquistado e revertido por outro ser humano (*o Segundo Adão) (*grifos acima acrescidos)1.
Somente três destes métodos são aceitáveis por Deus. Deus criou cada anjo e cada ser humano com uma mente livre para escolher. Quando o homem escolheu seguir a Satanás antes que a Deus, isto causou uma mudança na criação de Deus, pois a raça não era mais como Deus a tinha criado, tendo se tornado carne humana caída, pecaminosa. Portanto, por artimanha, Satanás conquistou—e o homem escolheu um novo representante.
Deus poderia ter escolhido simplesmente reconquistar. Ele era (e ainda é) vastamente capaz de isto fazer. Em vez disso, Ele escolheu conservar o poder de escolha do homem como lhe tinha dado na criação. Então as linhas da batalha foram postas. Para qualificar-Se para representar o homem nesta batalha, Deus entrou no reino do homem por tornar-Se um deles—100 por cento Deus e 100 por cento homem. Como sendo a raça humana, em virtude de ser Ele próprio um homem e o representante da raça, Ele ganhou de volta tudo que foi perdido por Adão, e mais.
(*Na Bíblia) (Salmo 76:8, 9; Juizes 2:16; e I Samuel 24:15) vemos que o trabalho do juiz é representar e libertar (ou livrar) o réu. Assim, deixemos Deus ser o juiz, pois Ele é capaz de tomar conta do réu. Ante o júri do universo inteiro, este julgamento ocorrerá—de fato tem estado acontecendo por mais de 6000 anos. Estamos nas alegações finais de ambos os lados; a mensagem da hora do juízo está sendo dada mesmo agora.
"Satanás apontara a pecado do Adão como prova de que a lei de Deus era injusta, e não podia ser obedecida. Cristo devia redimir, em nossa humanidade, a falta de Adão. ... Por quatro mil anos estivera a raça a decrescer em força física, em poder mental, e em valor (sic)2 moral; e Cristo tomou sobre Si as fraquezas da humanidade degenerada. Unicamente assim podia salva o homem das mais (sic)2 baixas profundezas da sua degradação" (O Desejo de Todas as Nações, p. 117, ênfase acrescida).
"O próprio Deus está em julgamento perante o universo e Satanás e homens maus sempre O acusaram de ser injusto e arbitrário, mas no julgamento todo o universo dirá, 'Justos e verdadeiros são os Teus caminhos, ó Rei dos santos’” (E. J. Waggoner, Boletim da Conferência Geral de 1891, número 3, pagina 1).
"Ele veio ao mundo para demonstrar a injustiça do argumento que Satanás apresentava nas cortes de Deus, como o acusador (*deste mundo). Este é o pensamento; é completamente legal. ... E Ele conquistou, e assim tornou-Se, por direito, a cabeça deste domínio outra vez, e de todo que será redimido dele, e da redenção do próprio domínio. E agora essa palavra também no grego que diz que ‘já o acusador de nossos irmãos é derrubado’ (*Apoc. 12:10, Almeida Fiel), trás a idéia de um procurador que processa, que vem ao tribunal, mas ele não tem nenhuma acusação mais, ele é repudiado; ele não tem nenhuma razão de argumento. Por quê? —porque agora temos um Advogado na corte, Jesus Cristo, O justo. Sim; graças ao Senhor"! (A. T. Jones, Boletim da Conferência Geral de 1895, "A Terceira Mensagem Angélica," sermão número 23, p. 448).
"E as palavras dirigidas a Jesus no Jordão, 'Este é o Meu Filho amado, em quem Me comprazo' (*Mat. 3:17 e II Pe. 1:17) abrangem a humanidade. Deus falou a Jesus como nosso representante. Com todos nossos pecados e fraquezas, nós não somos rejeitados como indignos. Deus ‘nos fez agradáveis a Si no Amado'. Ef. 1:6” (O Desejado de Todas as Nações, p. 113, ênfase acrescida).
"Assim, serei vosso representante no Céu. O Pai não vê vosso caráter defeituoso, mas vos olha como revestidos de Minha perfeição" (idem, p. 357, citando Cristo).
"Embora Jesus Cristo tenha entrado nos Céus, ainda há uma corrente viva que liga os Seus crentes ao Seu próprio coração de infinito amor. O mais humilde e fraco é ligado intimamente ao Seu coração por um elo de simpatia. Ele nunca se esquece de que é o nosso representante, de que Ele tem a nossa natureza. ... Mas, exaltado ‘a Príncipe e Salvador, para dar a Israel o arrependimento, e a remissão de pecados,' fechará Cristo, nosso Representante e Cabeça, o coração, ou encolherá Sua mão, ou falsificará Sua promessa?—Não; nunca, nunca" (Testemunhos a Ministros, pp. 19, 20, ênfase adicionada).
Cristo é seu representante. Fica você feliz em ouvir isto?
—Craig Barnes3
Tradução e acréscimos, marcados com asteriscos, de João Soares da Silveira.
Notas do tradutor:
1) Cristo, o 2º Adão, representa a “Humanidade”
Jesus nos convida: 'Permanecei em Mim' ou 'Estai em Mim'. (João 15.4). Se entendermos corretamente o que significa a expressão 'em Cristo', e qual a realidade nela envolvida, estaremos em melhores condições de compreender, profundamente, as 'boas-novas' o evangelho da salvação e de vivê-lo. O tema 'em Cristo' abarca a graça divina!
O conceito 'em Cristo', é um tanto complicado e difícil de se compreender, porque estamos mais acostumados a raciocinar e a nos expressar em termos individuais, não em termos corporativos ou de representação coletiva. “Como alguém pode estar em outra pessoa?” “Como posso eu 'estar em Cristo'?” “O que significa, realmente, ‘permanecer em Jesus’?”
Algumas ilustrações pertinentes!
Por exemplo, quando o presidente da nossa nação assina um acordo com outro país, o faz por todos os brasileiros, e seu ato afeta a todos nós.
Biblicamente, diríamos que nós estávamos 'no presidente', quando ele assinou um acordo com outra nação. Assinamos o acordo 'nele'!
Se um pai rico for à falência, também seus filhos serão afetados: empobreceriam ou nasceriam pobres.
Esse conceito baseia-se na solidariedade bíblica, a idéia de que uma pessoa representa a muitos, age em nome deles, e seus atos pessoais [bons ou maus] afetam a todos.
Alguns exemplos bíblicos!
'Ora, Isaque orou insistentemente ao Senhor por sua mulher, porquanto ela era estéril; e o Senhor ouviu as suas orações, e Rebeca, sua mulher, concebeu. E os filhos [Esaú e Jacó] lutavam no ventre dela; então ela disse: Por que estou eu assim? E foi consultar ao Senhor. Respondeu-lhe o Senhor: Duas nações há no teu ventre, e dois povos se dividirão das tuas entranhas, e um povo será mais forte do que o outro povo, e o mais velho servirá ao mais moço.' (Gênesis 25.21-23). Essa profecia não se cumpriu na vida desses dois irmãos, e sim, nos seus descendentes, — árabes [edomitas] e israelitas — os quais, no— ventre de Rebeca, estavam 'em Esaú' e 'em Jacó', respectivamente.
Outro exemplo: Leiamos Hebreus 7:9-10 – Vejam: “E por assim dizer, também Levi, que recebia dízimos, pagou-os na pessoa de Abraão. Porque Levi ainda não tinha sido gerado por seu pai, quando Melquisedeque saiu ao encontro deste.” (Hebreus 7.9-10). Quando Abraão devolveu o dízimo, Levi, seu bisneto, estava implicado naquele seu ato, que o afetou. Por considerar Abraão como uma unidade corporativa, a Bíblia se expressa assim: 'Levi ... pagou-os na pessoa de Abraão.' Levi estava ‘em Abraão’. Essa é maneira da Bíblia se expressar a respeito da solidariedade coletiva ou de uma unidade corporativa. Outros exemplos: Gên. 12.3; 1ª Samuel 17.8-10.
Uma imperfeita compreensão!
Você conhece uma ilustração, muito difundida entre os cristãos, na qual a morte de Jesus, na cruz, é equiparada à de um pai inocente, que aceita morrer no lugar, ou como substituto, de um filho condenado à morte?
Trata-se de uma ilustração popular e comovente, mas ... está ela bem alinhada com o conceito 'em Cristo'? Em outras palavras, espelha bem a realidade do que, efetivamente, aconteceu?
Considere: o referido pai, muito embora estivesse sofrendo as conseqüências do crime do filho, em sua consciência teria a si próprio, sempre como inocente, e nunca como culpado! Teria o filho por culpado, não a si próprio!
Se fosse esse o caso, como teria sido possível a Jesus sentir-Se realmente tão separado do Pai, tão indigno, devido aos pecados de toda a humanidade, ao ponto de Sua angústia mental fazê-Lo suar gotas de sangue? Lucas 22.44.
Cristo não cometeu pecado algum, Ele não deixou de ser santo. Não! O que estamos realçando é o fato de que Ele, efetivamente, sentiu como se fossem Suas, a culpa e a 2ª morte que eram nossas. E, ao começar a senti-las, disse: 'A Minha alma está profundamente triste até à morte.' (Mat. 26.38).
A questão é: 'Como pôde Ele, sendo inocente, sentir como Seus os nossos pecados, as nossas culpas e a conseqüente separação do Pai, por nós?’ Quanto mais você compreender como Ele pôde angustiar-Se em nossos pecados e em nossas culpas, tanto mais apto estará a rejubilar-se na Sua perfeita obediência, que lhe pertence 'em Cristo'! “Aquele que se gloria, glorie-se no Senhor.” (1ª Cor. 1.31).
Compreendamos bem esta questão!
Tanto na Bíblia, como nas leis humanas, NÃO se concebe a possibilidade de uma pessoa inocente morrer no lugar de outra culpada! Tanto a culpa como o mérito são intransferíveis. A transferência de culpa é imoral, inválida, ilegítima, ilegal e, eticamente, inadmissível.
Leiamos Deut. 24.16. “Os pais não serão mortos em lugar dos filhos, nem os filhos em lugar dos pais: cada qual será morto pelo seu pecado.” Leiamos também Ezequiel 18.20 “... o filho não levará a iniqüidade do pai, nem o pai a iniqüidade do filho: a justiça do justo ficará sobre ele, e a perversidade do perverso cairá sobre este.”
'Como pôde então Jesus, sendo inocente, legalmente, morrer pelos pecados de todo o mundo, assumindo a culpa de todos nós?'
Sabemos, sim, que as Sagradas Escrituras nos informam também que 'Deus dá prova do Seu amor para conosco, em que, quando éramos ainda pecadores, Cristo morreu por nós' (Rom. 5.8). Se tanto a lei de Deus como as leis civis não admitem a possibilidade de um inocente ser punido em lugar de um culpado, como pôde ser legal e aceitável, no caso de Jesus? E há ainda mais outra questão correlata: 'Como é legalmente aceitável que Deus Pai nos credite a perfeita obediência de Seu Filho?
Como pode Alguém obedecer pelos outros?' As respostas encontram-se no conceito 'em Cristo'! Ei-las:
Os nossos dois Pais: O 1º e o 2º Adão!
O que Adão — enquanto representante da raça humana — e Jesus Cristo fizeram afetou todos os seres humanos, a humanidade toda. “Visto que a morte veio por um homem, também por um homem veio a ressurreição dos mortos. Porque assim como em Adão todos morrem, assim também todos serão vivificados em Cristo.“ (1ª Coríntios 15.21-22).
“Pois assim está escrito: o primeiro homem, Adão, foi feito alma vivente. O último Adão, porém, é espírito vivificante [que dá vida].” (1ª Coríntios 15.45). Quando Adão pecou, afetou todos os seus descendentes, e, tendo eles, consientemente, também, cedido ao mal, passaram, assim, à condenação da 2ª morte. A partir do instante em que pecou, Adão deixou de ser o representante da humanidade. A raça humana caída passou a necessitar, assim, de um novo cabeça: o segundo Adão. O 1º Adão gera filhos 'escravos do pecado', sujeitos, dominados pela lei do pecado, a lei do egoísmo. Por isso: ‘deveis nascer de novo’ (João 3.7, BJ), pois Jesus — o 2º Adão — gera filhos 'livres da lei do pecado’, sujeitos, dominados pela lei do amor, a 'lei do Espírito da vida'. (Rom. 8.2). 'Em Adão' éramos escravos do pecado; mas 'em Cristo' viemos a ser livres daquela escravidão de continuar pecando.
“Para esta liberdade foi que Cristo nos libertou.” (Gál. 5.1). Ele nos libertou da escravidão de continuar pecando não da obediência à lei.
'Em Adão' fomos um fracasso; 'em Cristo' somos um sucesso!
Toda a raça humana estava 'em Adão', o nosso primeiro pai. Assim temos que:
a) Deus criou, corporativamente, todos os homens em um único homem — 'em Adão'. Um — o cabeça da humanidade — recebeu a vida. Logo, todos os seus descendentes, estando 'em Adão', a receberam 'nele'. Todas as vidas humanas são uma multiplicação da vida de Adão: 'de um só fez toda raça humana.' (Atos 17.26). Todos nascemos ‘em Adão’!
b) Satanás arruinou, corporativamente, todos os homens em um único homem — 'no primeiro Adão'. Um — o cabeça da humanidade — pecou. Logo, todos os seus descendentes foram prejudicados, passaram a ter a natureza pecaminosa, porque estavam 'nele'. E, por essa razão, Adão passou a gerar os seus descendentes 'à sua semelhança, conforme a sua imagem' (Gên. 5.3), i. é, passamos a nascer sob o domínio da lei do egoísmo, e sujeitos a dificuldades, ao envelhecimento e à conseqüente primeira morte, chamada de sono na Bíblia.
Após termos nascido 'em Adão', 'vendidos à escravidão do pecado' (Rom. 7.14), i. é, com tendências hereditárias ao mal, cedemos a elas conscientemente; e, assim, pecamos, tornando-nos culpados e condenados também à segunda morte.
Rom. 6.23 nos diz que 'O salário do pecado é a morte' mas é a segunda morte, que é gerada, exclusivamente, por pecado pessoal. 'Em Adão' todo ser humano registrou uma história de fracasso.
c) Deus redimiu, corporativamente, todos os homens em um único Homem — ‘em Cristo'.
(c 1) Foi no ventre de Maria que Deus Pai formou o novo Cabeça da humanidade, o 2º Adão.
Na encarnação, Deus Pai tomou a natureza divina de Jesus e a uniu com a natureza da raça caída, pecaminosa, com inclinações ao mal e que precisava ser redimida. Assim, Jesus, nascendo Divino / Humano, veio a ser a 'escada de Jacó' Em João 1.51 Jesus disse “Vereis o céu aberto, e os anjos de Deus subindo e descendo SOBRE o Filho do Homem.” e Gênesis 28.12], que uniu a humanidade toda à Divindade. A natureza humana de Cristo não foi apenas a natureza de uma única Pessoa, mas, antes, representou toda a humanidade, a qual estava 'nEle'.
Toda a raça humana uniu-se à natureza divina 'em Cristo'. Aquela vida humana, assumida por Cristo, representou a todos nós, bons e maus, crentes e descrentes. Todos estivemos 'nEle' em Sua encarnação.
Sua natureza humana abrangeu as demais naturezas de todos os seres humanos, de todas as épocas.
A natureza humana de Cristo representou, corporativamente, toda a raça pecaminosa, tendente ao mal ou, em outras palavras, todos os humanos estavam 'em Cristo', na Sua encarnação.
Assim, Paulo escreveu: “É por causa dEle [Deus Pai] que estais em Cristo.” (1ª Cor. 1.30). A parte humana de Cristo foi realmente a corporativa humanidade fracassada, pecaminosa, que Ele veio redimir.
Porque Sua natureza humana representava toda a humanidade, Deus Pai formou, no ventre de Maria: o 2º Adão; o novo Cabeça da Raça pecaminosa; o novo Representante da humanidade; o nosso Fiador; o Penhor [Garantia]; o Substituto legal; o nosso ‘Irmão mais velho’; o Primogênito da raça caída; o nosso Parente achegado; o Resgatador; Alguém, em legítimas condições de ser o nosso Salvador, i. é, de viver e de morrer por nós.
Ao unirem-se a Divindade com a Humanidade pecaminosa 'em Cristo', Jesus tornou-Se nós, a humanidade toda —e nós nos tornamos coletivamente um 'nEle', conforme Gálatas 3.28, ú.p.: '...porque todos vós sois um em Cristo Jesus'. Somos, legalmente, um só corpo 'nEle'.
Dessa forma, Jesus, sendo nós todos, adquiriu o direito legal de viver e agir por nós. Todos os Seus atos afetariam todos os humanos, porque todos estavam 'nEle'.
Assim, Deus deu um novo 'Pai-eterno' à raça humana, agora caída. “Porque um Menino nos nasceu, um Filho se nos deu, a Ele caberá o domínio e o Seu nome será: Conselheiro-maravilhoso, Deus-forte, Pai eterno, Príncipe-da-paz.” (Isaías 9.5-6 BJ).
(c 2) Jesus viveu perfeitamente: logo, todos os seres humanos, por estarem corporativamente 'nEle', viveram perfeitamente 'nEle'. Ele, sendo nós, viveu vitoriosamente, satisfazendo perfeitamente todas as demandas da lei em nosso favor. Somos todos legalmente perfeitos 'nEle'. Cristo, sendo nós, venceu a Satanás, obedecendo perfeitamente à Lei por nós! Tudo o que Ele fez, nós o fizemos 'nEle', porque Ele venceu sendo nós, coletivamente. Sendo nós, pôde viver por nós! Todos nós estivemos ‘nEle' enquanto Ele vivia Sua vida perfeita, não cedendo a Satanás, nenhuma única vez, nem em pensamento. Sua vitória é nossa vitória, devido ao fato de que nós estávamos 'nEle' em todos os atos de Sua vida após a encarnação.
Quando Golias foi derrotado [1ª Samuel 17], como todos os israelitas estavam ‘em Davi’, venceram ‘nele’; assim, quando Jesus venceu a Satanás, nós o vencemos 'em Cristo'. Todo ser humano obedeceu, perfeitamente, à Lei de Deus 'nEle', porque todos os seres humanos estavam 'em Jesus’, através da Sua corporativa humanidade.
Ele, sendo nós, adquiriu o direito de obedecer por nós, de nos imputar [nos creditar] a Sua vida perfeita, Sua obediência à Lei, e assim, conferiu a todos nós, gratuitamente, o direito à vida eterna. 'Em Cristo', a humanidade toda passou a registrar uma história de completo sucesso, o que confere, a cada crente, o direito legal de ir para o céu. Deu-nos o título ao céu, grátis!
(c 3) Jesus morreu na cruz: logo, todos os seres humanos foram, corporativamente, crucificados 'com Ele' e morreram 'nEle'
“Pois o amor de Cristo nos constrange, porque julgamos assim: se Um morreu por todos, logo todos morreram” (2ª Cor. 5.14). “Fiel é a palavra: se já morremos com Ele, também viveremos com Ele.” (2ª Tim. 2.11).
Jesus, sendo inocente, não precisava passar pela 2ª morte, mas a humanidade toda, que estava 'nEle', cometera pecados e devia sofrer aquela penalidade. Jesus, sendo nós, pôde também morrer por nós! Quando Ele morreu na cruz, não foi um homem morrendo em vez de todos os outros homens; mas, sim, TODA A HUMANIDADE morrendo 'nEle'.
2) Duas alterações do texto original em inglês de O Desejado de Todas as Nações ocorreram aqui na tradução deste parágrafo para o português: Primeiro, Foi omitida a palavra “Worth”, valor, e juntados os adjetivos mental e moral, ficando assim diminuído o entendimento do aspecto moral na natureza humana de Cristo na encarnação. Coincidentemente ou não, é isto o que a nova teologia prega, que, na encarnação, Cristo não era igual a nós no aspecto moral; Segundo, foi diminuída a força superlativa da palavra “lowest”, na expressão “das mais baixas profundezas”, o que pode levar-nos à interpretação de que Cristo não desceu totalmente ao fundo do poço das nossas misérias humanas, não foi 100 % “Deus conosco” na encarnação pelo errôneo entendimento de que Cristo teve a natureza humana de Adão antes da queda. É o que diz o romanismo com a doutrina da imaculada concepção da virgem Maria, excluindo-a da participação do nosso DNA, para gerar um “Ente Santo”. Os defensores da nova teologia fazem isto diretamente com o homem Cristo, excluindo-O da “semelhança” com os homens que veio salvar. Ninguém nega que Cristo permaneceu e sempre há de ser Santo, entretanto, “de Sua parte humana Cristo herdou exatamente o que herda todo filho de Adão—uma natureza pecaminosa. ... para demonstrar que todo que é ‘nascido do Espírito’ (*João 3: 6 e 8) pode obter idênticas vitórias sobre o pecado, mesmo em sua pecaminosa carne. Assim cada um tem que vencer como Cristo venceu, Apoc. 3: 21. (Estudos Bíblicos”, CPB, Santo André, 4ª edição, 28º ao 36º milheiro, anos de 1972 a 1979, no capítulo intitulado “Vida Sem Pecado”, nota da pergunta 6. Em uma edição muito antiga, sem data, anterior aos anos 60 está à página 116).
Cristo tomou nossa natureza caída para ser DEUS CONOSCO. Nisto Roma papal segue Babilônia. No livro acima citado às páginas 212 (ou 174), apontando como na profecia a Igreja de Roma, o papado, é designada como antítipo da antiga Babilônia e transcreve Apoc. 17:5, “E na sua testa estava escrito o nome: Mistério, a grande Babilônia, a mãe das prostituições e abominações da Terra.” No final da nota da pergunta 14 lemos: ‘Na subversão de Babilônia pelos persas, que nutriam ódio tradicional à sua idolatria, os sacerdotes caldeus fugiram para Pérgamo, na Ásia Menor, ali estabelecendo a sede de sua religião. ... O último rei, pontífice de Pérgamo foi Átalo III, que ao morrer deixou seus domínios e autoridade para os romanos, em 133 a. C., e desde então, as duas linhas dos Pontífices Máximos se uniram no de Roma.’” O Falso Cristo, J. Garnier, Londres, George Allen, 1900, págs 94 e 95.
Agora, voltemos ao início da nota da pergunta 14, ainda na pág. 212: “A Igreja de Roma é chamada Babilônia, e sua religião foi um restabelecimento da religião da antiga Babilônia. ... Pelo dogma da imaculada conceição da Virgem Maria, nega haver Deus em Cristo assumido a mesma carne do homem caído, exatamente como o fazia Babilônia antiga.” Então nos aconselha a lemos Daniel 2:11, onde vemos que os deuses pagãos babilônicos não moravam com os homens. Este não é o caso de nosso Deus cuja glória foi dar-se a nós (ver João 3:16). Mateus 1:23 diz que Cristo é “Deus Conosco”, não Deus lá com Deus. Ele “Veio com essa hereditariedade [do homem caído] para partilhar de nossas dores e tentações, e dar-nos o exemplo de uma vida impecável.” O Desejado de Todas as Nações, pág 49.
Não se admire dEle apelar para nós, “sai dela, povo Meu, para que não sejas participante dos seus pecados” (Apoc. 18:4).
A glória de Deus está na Sua altruísta humilhação. Ele “a Si mesmo Se humilhou” a ponto de sofrer a mais ignominiosa das mortes, “a morte de cruz, por isso, também Deus o exaltou sobremaneira ...” (Fil. 2: 8 e 9).
“Teria sido uma quase infinita humilhação para o Filho de Deus, revestir-Se da natureza humana mesmo quando Adão permanecia em seu estado de inocência, no Éden. Mas Jesus aceitou a humanidade quando a raça havia sido enfraquecida por quatro mil anos de pecado. Como qualquer filho de Adão, aceitou os resultados da operação da grande lei da hereditariedade. O que estes resultados foram, manifesta-se na história de Seus ancestrais terrestres. Veio com essa hereditariedade para partilhar de nossas dores e tentações, e dar-nos o exemplo de uma vida impecável” Ibidem, (Grifamos).
3) O Irmão Craig Barnes é capelão e co-gerente, juntamente com sua esposa Joyce Barnes, do LAR REFÚGIO PRIMAVERIL, perto de Nashville, Tennessee, nos EUA., Este lar é para pessoas com disfunções mentais, mas Craig tem pregado o evangelho a eles e se regozija na habilidade dos internos em captar as Boas-Novas do evangelho. Também ele tem ministrado séries de palestras sobre Justiça pela Fé ali em Nashville, Tennessee.